Todos os dias um pouco de Macau do antigamente desaparece sob o peso da modernidade dos resort-casinos do Cotai e dos investidores das torres de escritórios e habitação no centro de Macau.
Mas ainda se encontram, aqui e ali, pedaços de história. História que eu também vou descobrindo e conhecendo aos poucos, graças aos vários blogs que se encontram aqui nesta plataforma com explicações fantásticas sobre o passado de Macau.
Desde que me mudei para a nova empresa que os meus percursos de casa-trabalho-casa foram alterados. E nesse percurso (re)encontrei o velhinho Casino Macau Palace.
Neste blog, descobri que este foi o primeiro casino de Macau, do Stanley Ho, como é evidente, tendo aberto as portas em 1962, antes ainda do primeiro casino (em terra) que foi no Hotel Estoril, do outro lado da praça onde hoje vivo (a Tap Seac) e que está igualmente ao abandono.
Apesar de Angela Leong (deputada em Macau, administradora da empresa STDM - novamente, do Stanley Ho - e 4ª mulher deste empresário...) ter prometido em 2012 recuperar este casino flutuante e transformar o mesmo num Museu, pelo visto nada foi feito de então para cá e o casino flutuante continua a degradar-se a olhos vistos.
O que se lamenta, porque até está numa zona arejada e minimamente arranjada - apesar das inúmeras torres que o Fai Chi Kei tem - o local onde hoje se encontra, que é já a 3ª pois abriu em 1962 na Ponte 12-B, mais tarde passou para a zona do Porto Exterior e só agora foi colocado nesta zona interior do Fai Chi Kei. Se bem me lembro, em 1997 quando aqui estive, tive um jantar (ou almoço?) no restaurante deste casino flutuante que havia sido completamente renovado no ano anterior, segundo o que li no já mencionado blog.
Macau tem características únicas e fantásticas. Tem uma história de integração da diversidade de culturas que não sendo caso único no mundo, é, quanto a mim, caso único na Ásia.
Se o Governo e a STDM de Angela Leong deixarem perder-se este património único e notável penso que é um atentado contra o passado e o futuro desta maravilhosa cidade. E Macau não merece isso...
2014/09/20
2014/09/16
Kalmaegi [gaivota]
Uma gaivota voava, voava...
E esta kalmaegi (gaivota em coreano, que assim baptizou este tufão) voou ao largo de Macau (a cerca de 300km) mas foi o suficiente para, finalmente e já em final de época, ter sido um tufão de grau 8 (a 3ª mais elevada de uma escala compreendida pelos graus 1,3,8,9 e 10) e assim ter suspendido os trabalhos e transportes em Macau, encerrado as pontes e escolas e dando uma folga generalizada aos trabalhadores de Macau.
Ontem à noite, quando me deitei, não pensei que o tufão chegasse ao 8. No entanto, talvez pelas intensas chuvadas pela noite dentro (que não ouvi...) e inundações que causou na zona do Porto Interior, acabei por acordar com a noticia do tufão já em grau 8. Aliás, neste ano e meio que levo aqui em Macau foram poucos os tufões que atingiram o território e este foi apenas o 2º de grau 8 - sendo que até agora ainda experienciei nenhum superior, felizmente - e hoje este não foi mais que leve 8 com algumas chuvadas mais fortes e rajadas de vento que quase não provocaram danos de maior aqui em Macau: ao que sei, apenas uma mão cheia de feridos ligeiros e algumas árvores e publicidades caídas.
E este ano têm sido muito poucos os tufões nesta zona do globo (este foi o 15º quando normalmente são mais de 20) e aqui ao território, que me recorde, apenas 3 passaram muito ao largo.
Segundo ouvi o director do SMG dizer na televisão, tal deve-se ao facto de este ser um "ano neutro", isto é, de não ser ano daquele fenómeno das marés conhecido como "El Niño" ou "La Niña" que, aquecendo mais as águas dos oceanos, fazem com que se extreme a ocorrência dos tufões.
Em todo o caso, se aqui em Macau apenas temos levado com as "franjas" dos tufões, em países vizinhos tal não tem acontecido. As Filipinas, por exemplo, foram atravessados por inúmeros tufões este ano que mataram muitas pessoas - umas dezenas - e até a costa chinesa mais a oeste de Macau, na zona de Hainan, muita gente tem sido evacuada das zonas costeiras por causa da força com que os tufões têm atingido aquela zona.
E esta kalmaegi (gaivota em coreano, que assim baptizou este tufão) voou ao largo de Macau (a cerca de 300km) mas foi o suficiente para, finalmente e já em final de época, ter sido um tufão de grau 8 (a 3ª mais elevada de uma escala compreendida pelos graus 1,3,8,9 e 10) e assim ter suspendido os trabalhos e transportes em Macau, encerrado as pontes e escolas e dando uma folga generalizada aos trabalhadores de Macau.
Ontem à noite, quando me deitei, não pensei que o tufão chegasse ao 8. No entanto, talvez pelas intensas chuvadas pela noite dentro (que não ouvi...) e inundações que causou na zona do Porto Interior, acabei por acordar com a noticia do tufão já em grau 8. Aliás, neste ano e meio que levo aqui em Macau foram poucos os tufões que atingiram o território e este foi apenas o 2º de grau 8 - sendo que até agora ainda experienciei nenhum superior, felizmente - e hoje este não foi mais que leve 8 com algumas chuvadas mais fortes e rajadas de vento que quase não provocaram danos de maior aqui em Macau: ao que sei, apenas uma mão cheia de feridos ligeiros e algumas árvores e publicidades caídas.
E este ano têm sido muito poucos os tufões nesta zona do globo (este foi o 15º quando normalmente são mais de 20) e aqui ao território, que me recorde, apenas 3 passaram muito ao largo.
Segundo ouvi o director do SMG dizer na televisão, tal deve-se ao facto de este ser um "ano neutro", isto é, de não ser ano daquele fenómeno das marés conhecido como "El Niño" ou "La Niña" que, aquecendo mais as águas dos oceanos, fazem com que se extreme a ocorrência dos tufões.
Em todo o caso, se aqui em Macau apenas temos levado com as "franjas" dos tufões, em países vizinhos tal não tem acontecido. As Filipinas, por exemplo, foram atravessados por inúmeros tufões este ano que mataram muitas pessoas - umas dezenas - e até a costa chinesa mais a oeste de Macau, na zona de Hainan, muita gente tem sido evacuada das zonas costeiras por causa da força com que os tufões têm atingido aquela zona.
2014/09/11
Songs of Inocence, U2
Os U2 estão de volta!
Esperado para este ano, o álbum era mais provável sair em Outubro. Mas um tremendo golpe de marketing da Apple, fez coincidir com o lançamento do seu novo iPhone 6 (e 6 Plus) com o lançamento do novo álbum (e grátis no iTunes para quem tem conta lá, e são mais de 500 milhões em todo o mundo!) que foi intitulado de "Songs of Inocence".
E é um álbum ao melhor estilo daquilo que os U2 são (ainda hoje) capazes de produzir. Confesso que não fiquei muito impressionado à primeira audição mas depois de ter estado a tocar em modo "repeat" no iPad e iPhone, rendi-me à evidência.
Tem o rock, tem as baladas, tem as batidas mais techno, tem homenagem a Joey Ramone e aos Beach Boys e tem letras como só Bono escreve, que falam do dia-a-dia de todos nós e da ética dos políticos, das guerras, do futuro e do passado do próprio grupo e de Bono (com referência mais explicita na canção 8, "Cedarwood Road", a rua onde Bono cresceu na sua Dublin natal.
Gostei muito das músicas 1, 3, 6, 10 e 11 - mas no geral gostei de todo o álbum e do alinhamento conseguido.
Quem sabe não esquece. Cinco anos depois do último álbum, eles mostram que não se esqueceram e que continuam a saber. Muito.
Alinhamento:
1. The Miracle (of Joey Ramone)
2. Every Breaking Wave
3. California (There is No End to Love)
4. Song for Someone
5. Iris (Hold Me Close)
6. Volcano
7. Raised by Wolves
8. Cedarwood Road
9. Sleep Like a Baby Tonight
10. This Is Where You Can Reach Me Now
11. The Troubles
Esperado para este ano, o álbum era mais provável sair em Outubro. Mas um tremendo golpe de marketing da Apple, fez coincidir com o lançamento do seu novo iPhone 6 (e 6 Plus) com o lançamento do novo álbum (e grátis no iTunes para quem tem conta lá, e são mais de 500 milhões em todo o mundo!) que foi intitulado de "Songs of Inocence".
E é um álbum ao melhor estilo daquilo que os U2 são (ainda hoje) capazes de produzir. Confesso que não fiquei muito impressionado à primeira audição mas depois de ter estado a tocar em modo "repeat" no iPad e iPhone, rendi-me à evidência.
Tem o rock, tem as baladas, tem as batidas mais techno, tem homenagem a Joey Ramone e aos Beach Boys e tem letras como só Bono escreve, que falam do dia-a-dia de todos nós e da ética dos políticos, das guerras, do futuro e do passado do próprio grupo e de Bono (com referência mais explicita na canção 8, "Cedarwood Road", a rua onde Bono cresceu na sua Dublin natal.
Gostei muito das músicas 1, 3, 6, 10 e 11 - mas no geral gostei de todo o álbum e do alinhamento conseguido.
Quem sabe não esquece. Cinco anos depois do último álbum, eles mostram que não se esqueceram e que continuam a saber. Muito.
Alinhamento:
1. The Miracle (of Joey Ramone)
2. Every Breaking Wave
3. California (There is No End to Love)
4. Song for Someone
5. Iris (Hold Me Close)
6. Volcano
7. Raised by Wolves
8. Cedarwood Road
9. Sleep Like a Baby Tonight
10. This Is Where You Can Reach Me Now
11. The Troubles
2014/09/07
Macau, parte 2: Leighton
Como já muitos saberão, começo amanhã uma nova aventura profissional em Macau.
Depois de mais de um ano a trabalhar com a Westar Architects International, o ramo de Macau da grupo Westar Architects dos EUA (Las Vegas e Philadelfia), irei agora passar para uma das maiores construtoras do mundo, o grupo Leighton, mais propriamente na Leighton Asia.
Originário da Austrália, tem obras no continente australiano e em toda a Ásia (desde o sudeste da China onde estou até ao extremo oriente) e India, sendo o grupo o 11º construtor mundial.
Eu vou estar a trabalhar na construção do mega-casino Wynn Palace, aqui em Macau. Podem ver um pequeno resumo da obra aqui. Esta mega-construção ocupa a área de 21 hectares (!) no aterro do Cotai e compreende a construção de mais de 450.000m2 (!!) de área de pisos, entre áreas de jogo, hoteis, centro de convenções e áreas comerciais - e ainda um lago de 30.000m2, o tamanho de 3 campos de futebol (!!!) para um show de luz.
Será um desafio enorme. Quanto mais não seja, pelas dimensões da obra! Mas que estou ansioso por abraçar!
Depois de mais de um ano a trabalhar com a Westar Architects International, o ramo de Macau da grupo Westar Architects dos EUA (Las Vegas e Philadelfia), irei agora passar para uma das maiores construtoras do mundo, o grupo Leighton, mais propriamente na Leighton Asia.
Originário da Austrália, tem obras no continente australiano e em toda a Ásia (desde o sudeste da China onde estou até ao extremo oriente) e India, sendo o grupo o 11º construtor mundial.
Eu vou estar a trabalhar na construção do mega-casino Wynn Palace, aqui em Macau. Podem ver um pequeno resumo da obra aqui. Esta mega-construção ocupa a área de 21 hectares (!) no aterro do Cotai e compreende a construção de mais de 450.000m2 (!!) de área de pisos, entre áreas de jogo, hoteis, centro de convenções e áreas comerciais - e ainda um lago de 30.000m2, o tamanho de 3 campos de futebol (!!!) para um show de luz.
Aspecto do Wynn Palace ainda no seu inicio, há cerca de 2 anos atrás. |
Será um desafio enorme. Quanto mais não seja, pelas dimensões da obra! Mas que estou ansioso por abraçar!
2014/08/25
Leituras [83] - Madrugada Suja, de Miguel Sousa Tavares
A "Madrugada Suja" é um interessante romance sobre o Portugal moderno, das teias de influências dos políticos e dos empresários (ou daqueles que são ambos em simultâneo) e que povoam as câmaras municipais deste país - mas também os governos da Nação.
Se a história romanceada não aconteceu (o que não tenho a certeza...) poderia muito bem ter acontecido. Todos nós já lemos nos jornais e ouvimos nos telejornais muitas histórias assim (que, lamentavelmente, acabaram arquivadas...) e não têm nada de novo.
Apenas por dar um nome a jovem arquitecto paisagista e contornos políticos à história, MST criou um romance que nos mostra que poderia ser qualquer outro arquitecto a viver essa personagem e história.
Vale bem a leitura, leve e fácil, e actual. Muito actual.
Se a história romanceada não aconteceu (o que não tenho a certeza...) poderia muito bem ter acontecido. Todos nós já lemos nos jornais e ouvimos nos telejornais muitas histórias assim (que, lamentavelmente, acabaram arquivadas...) e não têm nada de novo.
Apenas por dar um nome a jovem arquitecto paisagista e contornos políticos à história, MST criou um romance que nos mostra que poderia ser qualquer outro arquitecto a viver essa personagem e história.
Vale bem a leitura, leve e fácil, e actual. Muito actual.
Sinopse
No princípio, há uma madrugada suja: uma noite de álcool de estudantes que acaba num pesadelo que vai perseguir os seus protagonistas durante anos. Depois, há uma aldeia do interior alentejano que se vai despovoando aos poucos, até restar apenas um avô e um neto. Filipe, o neto, parte para o mundo sem esquecer a sua aldeia e tudo o que lá aprendeu. As circunstâncias do seu trabalho levam-no a tropeçar num caso de corrupção política, que vai da base até ao topo. Ele enreda-se na trama, ao mesmo tempo que esta se confunde com o seu passado esquecido. Intercaladamente, e através de várias vozes narrativas, seguimos o destino dessa aldeia e em simultâneo o dos protagonistas daquela madrugada suja e daquela intriga política. Até que o final do dia e o raio verde venham pôr em ordem o caos aparente.
Excerto
“E agora, de volta à minha aldeia, onde a luz eléctrica chegara tarde demais para os homens, madrugada dentro, eu lia o Guerra e Paz. Numa aldeia morta, numa noite deserta, seguia, como se estivesse a ver, o esplendor dos salões de baile do Império Russo, a imensidão das estepes gélidas, os gritos de horror dos estropiados pelo fogo dos canhões de Napoleão Bonaparte, e chegava-me mais ao calor da lareira para não sentir a solidão das trincheiras de lama, húmidas, frias, desoladas, onde se abrigava o exército de Kutúsov. Alguém dissera um dia que se podia viver sem tudo, menos água e comida, mas que viver sem livros e sem música não seria o mesmo que viver.”
2014/08/19
Dia Mundial da Fotografia
Hoje é o seu dia mundial. Não concordo lá muito com isto dos "dias mundiais" porque acho que esses dias devem ser celebrados... todos os dias.
Mas enfim, fica aqui uma ideia apenas sobre as fotos.
Dos mil e um temas que há para serem fotografados, fica um link para um dos meus favoritos: a fotografia de arquitectura. Para vosso deleite, algumas fotos fabulosas, maioritariamente de fotógrafos tão anónimos como eu ou até o leitor.
Fotografe. Basta ter olho... e máquina fotográfica!
Mas enfim, fica aqui uma ideia apenas sobre as fotos.
Dos mil e um temas que há para serem fotografados, fica um link para um dos meus favoritos: a fotografia de arquitectura. Para vosso deleite, algumas fotos fabulosas, maioritariamente de fotógrafos tão anónimos como eu ou até o leitor.
Fotografe. Basta ter olho... e máquina fotográfica!
@2014, Nuno Silva Leal |
2014/08/06
Leituras [82] - O Vendedor de Passados, de José Eduardo Agualusa
Neste "O Vendedor de Passados" a mestria de JEA em contar-nos histórias simples, poéticas e fora do comum é exacerbada! Quem mais senão JEA para se lembrar de pôr uma lagartixa a narrar a história e ser personagem de uma história que, se não aconteceu, podia ter acontecido?
Uma história sobre mentiras e verdades. Sobre homens. Ou Homens. E sobre a realidade angolana, novamente. Que ele descreve de uma forma apaixonada denunciando o que vai menos bem - aliás, como ele só Pepetela tem este dom de transformar os "pecados" da sociedade moderna em fantásticas histórias que os livros nos contam.
Livro curto, que se lê num sopro, é uma boa opção para estas férias (para aqueles que ainda não as tiveram) - de resto, como são todos os outros livros de JEA que li (e já não são poucos) e que merecem a leitura. JEA, que é hoje um dos nomes maiores da literatura em língua portuguesa - e, porque não, um futuro Nobel da literatura um destes anos? É que já merece!
Sinopse:
Uma história sobre mentiras e verdades. Sobre homens. Ou Homens. E sobre a realidade angolana, novamente. Que ele descreve de uma forma apaixonada denunciando o que vai menos bem - aliás, como ele só Pepetela tem este dom de transformar os "pecados" da sociedade moderna em fantásticas histórias que os livros nos contam.
Livro curto, que se lê num sopro, é uma boa opção para estas férias (para aqueles que ainda não as tiveram) - de resto, como são todos os outros livros de JEA que li (e já não são poucos) e que merecem a leitura. JEA, que é hoje um dos nomes maiores da literatura em língua portuguesa - e, porque não, um futuro Nobel da literatura um destes anos? É que já merece!
Sinopse:
"Félix Ventura. Assegure aos seus filhos um passado melhor". É a partir deste cartão-de-visita que se desenrolam os capítulos de "O Vendedor de Passados", novo romance de José Eduardo Agualusa. A mentira e a verdade, o(s) homem(s) e o(s) seu(s) duplo(s), a memória e a memória da memória, a ficção e a realidade. Angola ("é importante ironizar com a sociedade angolana, que é uma sociedade que se construiu e se continua a construir assente em muitas ficções" - o autor ao Público, 19/06/04). Tudo poderia acontecer. Tudo poderia ter acontecido. (Susana Moreira Marques, Público, Mil Folhas: "A determinada altura a osga recorda a mãe num momento da sua vida passada: 'Nos livros está tudo o que existe, muitas vezes em cores mais autênticas, e sem a dor verídica de tudo o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros'(p. 122). José Eduardo Agualusa provavelmente escolhe a vida.") Isto é: os livros?
2014/07/05
Seminário "Cluster do Mar"
A pedido do amigo Paulo Bispo, deixo aqui o cartaz do seminário "Cluster do Mar" que vai decorrer no próximo dia 10 de Julho, pelas 18H em Oeiras (instalações da AERLis) e cuja presença é gratuíta, apesar da inscrição ser obrigatória (pelo email movimentomaisengenharia@gmail.commovimentomaisengenharia@gmail.com).
A divulgação que faço é porque este é um dos nichos de mercado em que Portugal mais deve apostar no futuro próximo, não só pela imensidão de costa e de mar que está no território português, mas acima de tudo pelas riquezas que tem lá e que tanta falta fazem ao país neste momento - e não estou a falar apenas do peixe e da pesca, mas de muito mais coisas como a energia gerada no mar ou a industria naval, por exemplo.
É mais uma excelente iniciativa do movimento que o Paulo Bispo integra e com quem tenho vindo a colaborar muito pontualmente, mesmo que à distância, porque é um movimento meritório, que está a trabalhar não só em prol da própria classe mas também do país e porque é um movimento que não fecha a engenharia em torno de si própria e dialoga e colabora com outras classes como a arquitectura - como defendo que deve ser.
Parabéns ao Paulo Bispo pelo urgência e felicidade de debater este tema.
A divulgação que faço é porque este é um dos nichos de mercado em que Portugal mais deve apostar no futuro próximo, não só pela imensidão de costa e de mar que está no território português, mas acima de tudo pelas riquezas que tem lá e que tanta falta fazem ao país neste momento - e não estou a falar apenas do peixe e da pesca, mas de muito mais coisas como a energia gerada no mar ou a industria naval, por exemplo.
É mais uma excelente iniciativa do movimento que o Paulo Bispo integra e com quem tenho vindo a colaborar muito pontualmente, mesmo que à distância, porque é um movimento meritório, que está a trabalhar não só em prol da própria classe mas também do país e porque é um movimento que não fecha a engenharia em torno de si própria e dialoga e colabora com outras classes como a arquitectura - como defendo que deve ser.
Parabéns ao Paulo Bispo pelo urgência e felicidade de debater este tema.
Posted by
Nuno Leal
at
4:15 da manhã
0
comments
Enviar a mensagem por emailDê a sua opinião!Partilhar no TwitterPartilhar no FacebookPartilhar no Pinterest
Labels:
+engenharia,
cluster,
mar,
seminário
2014/05/05
O algodão não engana!
Facto: a saída foi limpa. Sem novo programa de ajustamento, sem outros apoios. Portugal conseguiu por si só ter dinheiro para o próximo ano e ter as taxas de juro mais baixas desde o 1º governo Sócrates (ou seja, antes da crise mundial) e apresenta resultados sustentáveis de crescimento económico - apesar da austeridade.
Agora o que eu não percebo é porque é que ninguém consegue reconhecer esse mérito ao governo - para o bem ou para o mal, momentos houve em que apenas o governo parecia acreditar nas medidas que tomava - e agora que vemos 3 anos depois que resultaram naquilo que era o grande objectivo do governo - terminar o período de apoio da Troyka sem necessitar de o prolongar ou renovar e voltarmos a ter alguma independência financeira - foi conseguido todos acham que foi por acaso, por obra dos ourtros, por tudo menos por acção do governo.
Meus caros, o algodão não engana. O que foi conseguido nestes 3 anos foi imenso, como muitos sacrifícios de todos e que ainda vamos pagar por muitos anos - mas foi por acção do governo que foi conseguido. Se fossem dados ouvidos à oposição, tínhamos renegociado a dividida ou até não pagávamos a dividida - mas o governo não seguiu esse caminho e conseguiu pôr o pais no rumo certo e teve a sua saída limpa.
Pode nem sempre ter tomado as melhores opções, pode nem sempre ter seguido o melhor caminho, pode ter tido muitas decisões discutíveis - mas conseguiu cumprir o que se propôs e colocar o pais no rumo do crescimento, sustentado - apesar da austeridade.
Parabéns a Pedro Passos Coelho enquanto chefe do executivo porque a sua teimosia e preserveranca é que permitiram este desfecho. Pode não ganhar as eleições (veremos daqui a um ano como estará o pais e como estará a oposição...) mas se não fosse ele, neste momento, sei que estaríamos bem pior que a Grécia.
(Nota - para quem não se lembrar, há 3 anos atrás o ministro das finanças de Sócrates anunciava que só havia dinheiro até Maio, para Junho ou havia dinheiro da Troyka ou o governo não tinha como pagar ordenados e pensões! Ver em http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1828896 Este foi o pais que Pedro Passos Coelho recebeu. Sem dinheiro e amarrado a um acordo com a Troyka que condicionava os seu futuro próximo. Mas entregará um pais bem diferente nesse aspecto, felizmente.)
2014/02/08
Leituras [81] - O Estranho Ano de Vanessa M., de Filipa Fonseca Silva
Este foi o primeiro e-book de romance que li (porque já li vários no iPad mas todos eles cientificos-escolares). É de uma escritora portuguesa, Filipa Fonseca Silva, que desconhecia até ter visto uma notícia sobre ela que era a primeira portuguesa a chegar ao top100 dos mais vendidos da Amazon e ao procurar por coisas sobre ela, descobri o seu blog e acabei por receber, numa promoção de subscrever o blog, este seu livro grátis.
No final do ano passado, antes de ir a Portugal no Natal, completei a leituras dos livros (físicos) que tinha disponíveis e comecei, por isso, ainda aqui em Macau a ler este "O Estranho Ano de Vanessa M".
E devo dizer que gostei muito.
Uma escrita desempoeirada, uma história de vida que podia ser, em muitos momentos, a de cada um dos leitores/as, um ritmo de escrita vivo e que vai prendendo o leitor para ler sempre mais um parágrafo, página, capítulo.
Não sei até que ponto a história é um tanto auto-biográfica ou não. Mas sei que a autora é imaginativa nas várias situações que apresenta, é consistente nas descrições de locais e personagens que criou na trama, é feliz até na capa da ilustradora.
E é uma "self-made writer", ou seja, está a chegar onde está a chegar pela sua capacidade própria de escrever os livros, de os traduzir e de ter procurado formas de os vender sem precisar da "benção" dos agentes e editoras - publicando directamente na loja virtual da Amazon.
Sou sincero, gostei deste livro e da forma como foi escrito. E penso em comprar o seu outro livro (o tal que está no top100 da Amazon), "Os 30 - Nada É Como Sonhamos" quanto mais não seja porque a Filipa Fonseca e Silva merece pelo esforço que tem em se promover e perseguir a carreira e reconhecimento que almeja como escritora.
Sinopse:
No final do ano passado, antes de ir a Portugal no Natal, completei a leituras dos livros (físicos) que tinha disponíveis e comecei, por isso, ainda aqui em Macau a ler este "O Estranho Ano de Vanessa M".
E devo dizer que gostei muito.
Uma escrita desempoeirada, uma história de vida que podia ser, em muitos momentos, a de cada um dos leitores/as, um ritmo de escrita vivo e que vai prendendo o leitor para ler sempre mais um parágrafo, página, capítulo.
Não sei até que ponto a história é um tanto auto-biográfica ou não. Mas sei que a autora é imaginativa nas várias situações que apresenta, é consistente nas descrições de locais e personagens que criou na trama, é feliz até na capa da ilustradora.
E é uma "self-made writer", ou seja, está a chegar onde está a chegar pela sua capacidade própria de escrever os livros, de os traduzir e de ter procurado formas de os vender sem precisar da "benção" dos agentes e editoras - publicando directamente na loja virtual da Amazon.
Sou sincero, gostei deste livro e da forma como foi escrito. E penso em comprar o seu outro livro (o tal que está no top100 da Amazon), "Os 30 - Nada É Como Sonhamos" quanto mais não seja porque a Filipa Fonseca e Silva merece pelo esforço que tem em se promover e perseguir a carreira e reconhecimento que almeja como escritora.
Sinopse:
Quando entrou no carro, naquela tarde de Inverno, Vanessa não sabia que estava a embarcar numa viagem sem retorno. Uma viagem interior, que pôs em causa todas as suas escolhas e, acima de tudo, toda uma vida construída em torno das expectativas e opiniões dos outros. Entre episódios trágicos e cómicos, que envolvem uma mãe controladora, uma tia hippie, um casamento entediante, um chefe insuportável e uma amiga que não sabe quando se calar, “O Estranho ano de Vanessa M.” conduz-nos nessa auto-descoberta e faz-nos reflectir sobre o poder que temos de, a qualquer momento, colocar tudo em questão. Porque a busca da felicidade não tem prazo.
2014/02/06
Lai see (利市/利是)
Hoje recebi o meu primeiro lai see (利市/利是), ou seja o meu primeiro envelope vermelho (no meu caso é amarelo com figuras vermelhas...) que é uma tradição chinesa de oferecer um envelope com um donativo a subalternos, os casados aos solteiros e os fornecedores aos clientes.
São, como é bom de perceber, dádivas pequenas (normalmente entre 10 e 100 Patacas nestes casos, nos casamentos bastante mais entre familiares), simbolizam (como em tudo aqui na China, o simbolismo é muito importante) o desejo de prosperidade e sucesso. São oferecidos não só nalguns feriados (como este do ano novo chinês) ou nos casamentos (um pouco à semelhança do que também é feito em Portugal).
É mais uma tradição engraçada deste lado do mundo.
São, como é bom de perceber, dádivas pequenas (normalmente entre 10 e 100 Patacas nestes casos, nos casamentos bastante mais entre familiares), simbolizam (como em tudo aqui na China, o simbolismo é muito importante) o desejo de prosperidade e sucesso. São oferecidos não só nalguns feriados (como este do ano novo chinês) ou nos casamentos (um pouco à semelhança do que também é feito em Portugal).
É mais uma tradição engraçada deste lado do mundo.
2014/02/04
Viagens: Malásia, Kuala Lumpur e Malaca
Aproveitando que o mundo chinês pára no seu ano novo lunar, permitindo que vários dias de feriado sejam incluídos no calendário laboral, dei um salto à Malásia, um dos muitos pontos do meu "check list" de viagens a fazer enquanto estiver sediado aqui pelo extremo oriente.
E porquê a Malásia?
Porque foi mais um dos pontos por onde os portugueses passaram na Diáspora quinhentista.
E para ver as famosas Torres Gémeas na capital.
Aproveitando a multiplicidade de destinos que a AirAsia (uma especie de RyanAir) oferece a preços relativamente baratos a partir de Macau (e também Hong Kong), fui então desta vez ao reino Malásia por breves dias que deu para ver o essencial (se bem que não tudo o que queria) durante estas mini-férias.
Chegando ao Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur (KLIA) fiquei desagradavelmente surpreendido - em primeiro porque fica a cerca de 50Km a sul da cidade em Sepang, mesmo junto ao autódromo de F1, em segundo porque é um aeroporto antigo, onde andamos a pé no seu interior desde o avião até à alfandega durante umas centenas de metros, entre aviões e carrinhos de malas e autotanques, em terceiro pela confusão no seu exterior para se conseguir comprar a viagem de táxi e encontrar o local do táxi. Mas, verdade seja dita, foi a principal nota negativa de toda a viagem, pois de resto gostei mesmo muito da Malásia.
Os acessos à cidade são excelentes, autoestradas de qualidade e baratas. Kuala Lumpur é uma cidade limpa, organizada, segura, um paraíso de centros comerciais de luxo, com bons hoteis de luxo a preços muito acessiveis.
Fiquei na KLCC (Kuala Lumpur City Center, a zona das Torres Gémeas, a meros 500 metros do hotel onde estive hospedado) e com facilidade de acesso a toda a cidade. Optei por comprar no próprio hotel packs de viagens turísticas, uma para 6ª feira à tarde na capital e outro para sábado a Malaca. Tive a sorte de ter tido um excelente guia, o Sam, que nos transportava em limusina e que não só sabia dos locais e histórias dos pontos onde nos levava, como era extremamente simpático e nos explicou também como é que um país islâmico é tão aberto, integrador e conciliador de tantas etnias, culturas e religiões - há quatro etnias, os malaios, os indianos, os chineses e os indigenas, cada um com as suas culturas, há várias religiões (50% de islamismo e os restantes 50% divididos entre budistas, católicos e outras religiões).
Visitamos fábricas de chocolate, de batiks (panos de seda pintados à mão), de couros, o museu nacional e o museu da cidade. Fomos ao cimo da torre de comunicações e não consegui ir ao cimo das torres gémeas porque é necessário comprar bilhete antecipadamente e já estavam esgotados para os dias que ia estar na capital. Mas visitei o centro comercial Suria KLCC na sua base, 5 pisos de lojas de luxo e onde encontrei a "nossa" Sacoor e vi 2 bólides da equipa Mercedes da F1 pendurados na entrada principal.
No sábado fomos visitar os restos da presença portuguesa na Malásia, em Malaca, que foi governada pelos portugueses após Afonso de Albuquerque em 1511 a conquistar e antes dos holandeses nos terem tomado em definitivo a cidade já no séc. XVII.
Vale a pena a visita, apesar de ficar o conselho de não o fazerem ao fim de semana. O transito é, nessa altura, um inferno! Mas vale a visita a este património da UNESCO.
E porquê a Malásia?
Porque foi mais um dos pontos por onde os portugueses passaram na Diáspora quinhentista.
E para ver as famosas Torres Gémeas na capital.
Aproveitando a multiplicidade de destinos que a AirAsia (uma especie de RyanAir) oferece a preços relativamente baratos a partir de Macau (e também Hong Kong), fui então desta vez ao reino Malásia por breves dias que deu para ver o essencial (se bem que não tudo o que queria) durante estas mini-férias.
Chegando ao Aeroporto Internacional de Kuala Lumpur (KLIA) fiquei desagradavelmente surpreendido - em primeiro porque fica a cerca de 50Km a sul da cidade em Sepang, mesmo junto ao autódromo de F1, em segundo porque é um aeroporto antigo, onde andamos a pé no seu interior desde o avião até à alfandega durante umas centenas de metros, entre aviões e carrinhos de malas e autotanques, em terceiro pela confusão no seu exterior para se conseguir comprar a viagem de táxi e encontrar o local do táxi. Mas, verdade seja dita, foi a principal nota negativa de toda a viagem, pois de resto gostei mesmo muito da Malásia.
Os acessos à cidade são excelentes, autoestradas de qualidade e baratas. Kuala Lumpur é uma cidade limpa, organizada, segura, um paraíso de centros comerciais de luxo, com bons hoteis de luxo a preços muito acessiveis.
Fiquei na KLCC (Kuala Lumpur City Center, a zona das Torres Gémeas, a meros 500 metros do hotel onde estive hospedado) e com facilidade de acesso a toda a cidade. Optei por comprar no próprio hotel packs de viagens turísticas, uma para 6ª feira à tarde na capital e outro para sábado a Malaca. Tive a sorte de ter tido um excelente guia, o Sam, que nos transportava em limusina e que não só sabia dos locais e histórias dos pontos onde nos levava, como era extremamente simpático e nos explicou também como é que um país islâmico é tão aberto, integrador e conciliador de tantas etnias, culturas e religiões - há quatro etnias, os malaios, os indianos, os chineses e os indigenas, cada um com as suas culturas, há várias religiões (50% de islamismo e os restantes 50% divididos entre budistas, católicos e outras religiões).
Visitamos fábricas de chocolate, de batiks (panos de seda pintados à mão), de couros, o museu nacional e o museu da cidade. Fomos ao cimo da torre de comunicações e não consegui ir ao cimo das torres gémeas porque é necessário comprar bilhete antecipadamente e já estavam esgotados para os dias que ia estar na capital. Mas visitei o centro comercial Suria KLCC na sua base, 5 pisos de lojas de luxo e onde encontrei a "nossa" Sacoor e vi 2 bólides da equipa Mercedes da F1 pendurados na entrada principal.
Vista de KL desde a Torre de Comunicações |
KLCC |
Monumento às guerras |
Praça da Indepêndencia |
No sábado fomos visitar os restos da presença portuguesa na Malásia, em Malaca, que foi governada pelos portugueses após Afonso de Albuquerque em 1511 a conquistar e antes dos holandeses nos terem tomado em definitivo a cidade já no séc. XVII.
Vale a pena a visita, apesar de ficar o conselho de não o fazerem ao fim de semana. O transito é, nessa altura, um inferno! Mas vale a visita a este património da UNESCO.
Igreja de S, Pedro de Malaca |
Templo Chinês de Malaca |
Templo Chinês de Malaca |
Praça Central de Malaca |
Praça Central de Malaca |
O estreito de Malaca |
2014/01/25
F14T
Num ano de aparente patinhos feios na F1, com "bicos" muito estranhos, será este um F1 normal pela aparencia debaixo do pano?
A ver dentro de algumas horas na apresentação oficial.
Aqui.
A ver dentro de algumas horas na apresentação oficial.
Aqui.
2013/12/31
2013...2014
Foi um ano longo. Quer dizer, foi igual aos outros, eu sei, mas pareceu muito mais comprido.
Talvez porque mais de 8 meses deste ano passei-os em Macau, com a distância o tempo parece mais longo.
Foi um ano, apesar de tudo, positivo. A trabalhar no estrangeiro, mas junto da Sara.
Foi um ano com viagens, descoberta de novos lugares, culturas, formas de trabalhar diferentes. Foi um ano de eleições em que apenas pude participar na parte inicial do processo (pois fui depois para Macau) e apesar de ter acabado a minha dissertação, a defesa foi adiada para 2014 porque o timing apertado não permitiu a defesa este Natal.
Resta, por isso, esperar que passem estas horas finais de chuva e frio que restam de 2013 para que 2014 inicie o seu longo caminho que irá terminar, como todos os outros anos, num fim-de-ano como todos os outros de reflexão e contagem decrescente para o ano que se seguirá...
A todos os familiares e amigos, um grande abraço e um ano de 2014 carregado de novos projectos, com muito sucesso e saúde, paz e alegria. Bom ano!
2013/12/07
Leituras [80] - A Vida no Céu, de José Eduardo Agualusa
Devem comprar o livro aqui. |
A história desenvolve-se como tantas outras que ele escreve de forma linear, escorreito, aprazível. O autor constrói e define bem os seus mundos de fantasia, num futuro próximo para o antevermos e imaginarmos possível e distante para percebemos a fantasia da sua prodigiosa imaginação. E depois com o seu jeito tropical a embalar o ritmo da aventura, é tudo mais fácil, mais agradável, mas interessante de se ler.
Gosto muito, cada vez mais, de José Eduardo Agualusa, autor que merece mais altos voos e prémios...
Imaginar um Grande Desastre de proporções bíblicas que força os sobreviventes da terra a viverem longas décadas no ar enquanto o planeta está cheio de água é algo que por mais impossível que possa parecer, parece ser possível de acontecer um dia.
A partir daí, a forma como descreve a nova organização das cidades e do mundo que resta no ar à espera que as águas baixem um dia é fabulosa.
Um excelente livro. Um excelente escritor. Imperdível.
Sinopse:
"A Vida no Céu é um romance distópico, num futuro que se segue ao Grande Desastre, e em que o Mundo deixou de ser onde e como o conhecemos. Encontrando-se o globo terrestre inteiramente coberto por água, e a temperatura, à superfície, intolerável, restou ao Homem subir aos céus. Mas essa ascensão é literal (não é alusiva ou simbólica): a Humanidade, reduzida agora a um par de milhões de pessoas, habita aldeias suspensas e cidades flutuantes - dirigíveis gigantescos denominados Tóquio, Xangai ou São Paulo -, e os mais pobres navegam o ar em pequenas balsas rudimentares. Carlos Benjamim Moco é o narrador da história. Tem 16 anos e nasceu numa aldeia, Luanda, que junta mais de cem balsas. O desaparecimento do pai fará com que Benjamim decida partir à sua procura."
2013/12/03
Chiang Mai, Tailândia
Tive a oportunidade de dar um pulinho à Tailândia, a meras 2h30 de distância de Macau, e aproveitei para conhecer o norte, a provincia de Chiang Mai.
Que é uma cidade pequena relativamente ao tamanho e população do país e por isso mais sossegada que a capital Bangkok, sem praia e atractividade do sol e águas transparentes que o sul tem.
E que tinha Chiang Mai de atrativo para lá ir?
Tigres!
Elefantes!
E a tribo das mulheres-girafa.
E as quintas das orquídeas e os imensos templos.
E não há muito mais que se possa ver. Estive três dias lá, mas dois tinham chegado para o efeito.
Conselhos: comprar um pacote no próprio hotel de viagem para ir aos elefantes num dia e aos tigres no outro. Quem for mais aventureiro, tem ainda desportos radicais tipo rapel, sliding, rafting e outros na floresta - mas essa não é a minha praia.
Vale a pena visitar? Sim, vale. Até porque os tailendeses são extremamente simpáticos, a comida é razoavelmente boa e o clima é muito agradável (quase 30 graus no final de Novembro...).
Que é uma cidade pequena relativamente ao tamanho e população do país e por isso mais sossegada que a capital Bangkok, sem praia e atractividade do sol e águas transparentes que o sul tem.
E que tinha Chiang Mai de atrativo para lá ir?
A tirar uma pestaninha com o meu "Hobbes" |
Tigres!
Quem quer uma banana, quem é? |
Hora do banho deles... |
...e hora do nosso banho! |
E no final comprei esta obra de arte. |
Elefantes!
E a tribo das mulheres-girafa.
E as quintas das orquídeas e os imensos templos.
E não há muito mais que se possa ver. Estive três dias lá, mas dois tinham chegado para o efeito.
Conselhos: comprar um pacote no próprio hotel de viagem para ir aos elefantes num dia e aos tigres no outro. Quem for mais aventureiro, tem ainda desportos radicais tipo rapel, sliding, rafting e outros na floresta - mas essa não é a minha praia.
Vale a pena visitar? Sim, vale. Até porque os tailendeses são extremamente simpáticos, a comida é razoavelmente boa e o clima é muito agradável (quase 30 graus no final de Novembro...).
2013/11/25
25 de Novembro, para que ninguém esqueça!
E nestes dias que tanto fazem lembrar esse Verão quente, ao ver a postura de Eanes (o grande obreiro desse dia e primeiro PR eleito) com a postura de Soares (outro vencedor desse dia que tanto se bateu então contra a mesma extrema-esquerda e militares que agora reúnem consigo na Aula Magna e segundo PR eleito) percebo que a idade actua de forma diferente sobre as pessoas: na maior parte dos casos, como com Eanes, refina as suas qualidades; nalguns casos, como com Soares, acentua os seus defeitos...
O meu agradecimento ao General Ramalho Eanes por esse dia e pelo comportamento cívico e moral irrepreensível que tem tido nestes dias tão difíceis, como o teve nessa longínqua época de 1975.
Foram homens como ele que nos permitiram evoluir e melhorar a qualidade de vida numa República Democrática em vez de nos afundarmos numa qualquer República Popular como queriam homens como Vasco Lourenço, Vasco Gonçalves, Cunhal, Jerónimo e tantos outros que agora sob a batuta de Soares revivem esses longínquos dias do poder na rua como forma de intimidação do Governo democrática e legalmente eleito.
O meu agradecimento ao General Ramalho Eanes por esse dia e pelo comportamento cívico e moral irrepreensível que tem tido nestes dias tão difíceis, como o teve nessa longínqua época de 1975.
Foram homens como ele que nos permitiram evoluir e melhorar a qualidade de vida numa República Democrática em vez de nos afundarmos numa qualquer República Popular como queriam homens como Vasco Lourenço, Vasco Gonçalves, Cunhal, Jerónimo e tantos outros que agora sob a batuta de Soares revivem esses longínquos dias do poder na rua como forma de intimidação do Governo democrática e legalmente eleito.
2013/11/20
"Eu estou aqui"!
Pois está. Estava lá e partiu a louça toda!
Cada corrida, cada golo, cada bicada nos Platter's e Platini's deste mundo da bola.
Ontem, hoje de madrugada em Macau, Ronaldo mostrou que este ano o prémio de melhor jogador do mundo tem de ser para ele.
3 golos que garantiram a qualificação de Portugal para o Mundial de 2016 no Brasil mas, acima de tudo, uma exibição portentosa e ao mais alto nível, aliás na senda de outras que tem feito nos últimos 2 meses, levando já mais de 60 golos marcados este ano civil - mais só ele do que muitas equipas!
Ronaldo ontem foi fenomenal. Foi galáctico. Foi do outro mundo. Pena é que apenas Moutinho e Pepe sejam do mesmo calibre, havendo uma enorme mediania nos restantes jogadores. Mas valha-nos que como grupo funcionam bem.
Dificilmente poderemos ser campeões do mundo, eu sei. Mas com Ronaldo num dia assim e se os outros não falharem muito, tudo é possível.
Que venha o campeonato do mundo...
Nota - Concordo com o Ibrahimovic: um mundial sem ele não é a mesma coisa. De facto, grandes jogadores como ele fazem falta a estas grandes competições. Mas entre ele ou o Ronaldo, o nosso faz ainda mais falta...
Cada corrida, cada golo, cada bicada nos Platter's e Platini's deste mundo da bola.
Ontem, hoje de madrugada em Macau, Ronaldo mostrou que este ano o prémio de melhor jogador do mundo tem de ser para ele.
3 golos que garantiram a qualificação de Portugal para o Mundial de 2016 no Brasil mas, acima de tudo, uma exibição portentosa e ao mais alto nível, aliás na senda de outras que tem feito nos últimos 2 meses, levando já mais de 60 golos marcados este ano civil - mais só ele do que muitas equipas!
Ronaldo ontem foi fenomenal. Foi galáctico. Foi do outro mundo. Pena é que apenas Moutinho e Pepe sejam do mesmo calibre, havendo uma enorme mediania nos restantes jogadores. Mas valha-nos que como grupo funcionam bem.
Dificilmente poderemos ser campeões do mundo, eu sei. Mas com Ronaldo num dia assim e se os outros não falharem muito, tudo é possível.
Que venha o campeonato do mundo...
Nota - Concordo com o Ibrahimovic: um mundial sem ele não é a mesma coisa. De facto, grandes jogadores como ele fazem falta a estas grandes competições. Mas entre ele ou o Ronaldo, o nosso faz ainda mais falta...
2013/11/17
Leituras [79] - O Palácio da Meia-Noite, de Carlos Ruíz Záfon
Um dos mais fracos livros deste autor, talvez porque é um dos primeiros que escreveu e que foi agora publicado por cá, este "O Palácio da Meia-Noite".
Sejamos claros, o livro não é fraco. Mas atendendo ao elevado nível a que o autor nos habituou, a bitola é tão alta que um dos seus primeiros escritos não poderia, como o próprio autor reconhece logo no principio numa nota justificativa, ser do mesmo quilate.
Em todo o caso, a fantasia que o autor aqui nos retrata está bem pensada e a acção desenvolvida em Calcutá, na India, é interessante. Mas também o facto do autor não estar no seu habitat natural (Barcelona) faz com que as descrições não sejam tão realistas precisas, não nos prendam tanto, como acontece nos mais recentes livros que escreveu.
Para quem nunca leu nada de Záfon, este é um bom livro para começar a entrar neste autor. Para quem já leu, a não ser que não tenha mais nada sobre a sua mesinha de cabeceira, ou que esqueça aquilo que o autor é capaz de escrever hoje, então é um livro dispensável de ser lido.
Sinopse:
"No coração de Calcutá esconde-se um obscuro mistério...
Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios.Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios.
Um comboio em chamas atravessa a cidade. Um espectro de fogo semeia o terror nas sombras da noite. Mas isso não é mais do que o princípio. Numa noite obscura, um tenente inglês luta para salvar a vida a dois bebés de uma ameaça impensável. Apesar das insuportáveis chuvas da monção e do terror que o assedia a cada esquina, o jovem britânico consegue pô-los a salvo, mas que preço irá pagar? A perda da sua vida. Anos mais tarde, na véspera de fazer dezasseis anos, Ben, Sheere e os amigos terão de enfrentar o mais terrível e mortífero mistério da história da cidade dos palácios."
2013/11/07
Já cheira ao GP de Macau
E começa já este fim-de-semana, o 60º Grande Prémio de Macau. Hoje ao passar na Praça de Tap Seac vi o parque fechado com os primeiros carros lá estacionados, mas ainda cobertos com uma lona.
As ruas da cidade já há mais de uma semana que se encontram com os rails de protecção e redes de segurança. As bancadas na zona do Hotel Lisboa e do Reservatório estão montadas. E a nova torre de controle acabou por estar pronta em tempo útil.
A cidade irá parar. Literalmente. Boa parte do transito automóvel estará cortado entre as 6 da manhã deste sábado e o final da tarde de domingo e entre as 6 da manhã da próxima quinta e o fim da tarde de domingo. E antecipando um pouco o que vi aqui na golden week dos chineses, desconfio que a cidade vai ficar a abarrotar pelas costuras, carregada de turistas que irão ver as corridas de dia e jogar e encher os hoteis dos casinos de noite. Bem, e de dia também, muito provavelmente...
Entretanto, o passe já cá está, para poder assistir em local quase priveligiado, na "Curva da Maternidade", como se vê na foto ao lado. Ou aqui. Mas a parte interessante é mesmo o próximo fim de semana, com as corridas de WTCC e de Formula 3, onde o vencedor do ano passado e nosso compatriota Felix da Costa é um dos favoritos para vencer novamente e onde o esta semana vencedor da etapa de Shangai, Tiago Monteiro, estará a correr também quase em casa depois do excelente comportamento o ano passado aqui em Macau.
Não há Formula 1 aqui porque a parte final do circuito é demasiado estreita e julgo que por mais que quisessem as boxes dificilmente comportariam o circo da F1. Mas há a certeza que alguns dos pilotos que aqui vão andar no outro fim-de-semana vão estar na disciplina máxima em bem pouco tempo. Afinal, 15 dos 22 pilotos que esta época lá estão já correram (e até ganharam, por sinal o tetra-campeão do Mundo, Sebastien Vettel) o GP de Macau algures na sua carreira...
As ruas da cidade já há mais de uma semana que se encontram com os rails de protecção e redes de segurança. As bancadas na zona do Hotel Lisboa e do Reservatório estão montadas. E a nova torre de controle acabou por estar pronta em tempo útil.
A cidade irá parar. Literalmente. Boa parte do transito automóvel estará cortado entre as 6 da manhã deste sábado e o final da tarde de domingo e entre as 6 da manhã da próxima quinta e o fim da tarde de domingo. E antecipando um pouco o que vi aqui na golden week dos chineses, desconfio que a cidade vai ficar a abarrotar pelas costuras, carregada de turistas que irão ver as corridas de dia e jogar e encher os hoteis dos casinos de noite. Bem, e de dia também, muito provavelmente...
Entretanto, o passe já cá está, para poder assistir em local quase priveligiado, na "Curva da Maternidade", como se vê na foto ao lado. Ou aqui. Mas a parte interessante é mesmo o próximo fim de semana, com as corridas de WTCC e de Formula 3, onde o vencedor do ano passado e nosso compatriota Felix da Costa é um dos favoritos para vencer novamente e onde o esta semana vencedor da etapa de Shangai, Tiago Monteiro, estará a correr também quase em casa depois do excelente comportamento o ano passado aqui em Macau.
Não há Formula 1 aqui porque a parte final do circuito é demasiado estreita e julgo que por mais que quisessem as boxes dificilmente comportariam o circo da F1. Mas há a certeza que alguns dos pilotos que aqui vão andar no outro fim-de-semana vão estar na disciplina máxima em bem pouco tempo. Afinal, 15 dos 22 pilotos que esta época lá estão já correram (e até ganharam, por sinal o tetra-campeão do Mundo, Sebastien Vettel) o GP de Macau algures na sua carreira...
Subscrever:
Mensagens (Atom)