2010/09/19

Sempre a contar...



...parece que estou a ficar mais velho, mas não noto nada... :) e ainda falta muito para os "enta"!

2010/09/18

Ah, dragão!

“Não aceitaria, porque estou sentado na minha cadeira de sonho. Não abdico dela por nada”.
André Villas Boas, em resposta à pergunta se aceitaria o cargo de Seleccionador temporário


Ainda o acho um pouco verde e tenho a noção que ainda está a aprender este ofício.

Mas quando ouço/leio declarações como esta, tenho a certeza que é o homem certo no local certo! Estou contigo, André!

2010/09/17

Leituras [56] - As Mulheres Do Meu Pai, de José Eduardo Agualusa



Acabei de ler este excelente romance de JE Agualusa e fico com a ideia que a ficção portuguesa (e, porque não dizê-lo, angolana) estão num momento excelente, recheada de bons autores capazes de escrever boas histórias que nos prendem aos personagens e locais onde se desenrolam.

Esta história desenrola-se por toda a África austral, de Luanda à Cidade do Cabo, passando pelo Lobito, Namibe, Maputo e mais alguns locais, em comum pontos de passagem do personagem principal que afinal já morreu...

Sinopse:
"As Mulheres do Meu Pai é um romance sobre mulheres, música e magia. Nestas páginas anuncia-se o renascimento de África, continente afectado por problemas terríveis, mas abençoado pelo talento da música, o sempre renovado vigor das mulheres e o secreto poder de deuses muito antigos.
Faustino Manso, famoso compositor angolano, deixou ao morrer sete viúvas e dezoito filhos. A filha mais nova, Laurentina, realizadora de cinema tenta reconstruir a atribulada vida do falecido músico.
Em As Mulheres do Meu Pai, realidade e ficção correm lado a lado, a primeira alimentando a segunda. Nos territórios que José Eduardo Agualusa atravessa, porém, a ficção participa da realidade. As quatro personagens do romance que o autor escreve, enquanto viaja, vão com ele de Luanda, capital de Angola, até Benguela e Namibe. Cruzam as areias da Namíbia e as suas povoações-fantasma, alcançando finalmente Cape Town, na África do Sul. Continuam depois, rumo a Maputo, e de Maputo a Quelimane, junto ao rio dos Bons Sinais, e dali até à ilha de Moçambique. Percorrem, nesta deriva, paisagens que fazem fronteira com o sonho, e das quais emergem, aqui e ali, as mais estranhas personagens."

Finalmente, a praia



E foi preciso esperar pelo feriado de 17 de Setembro, feriado nacional aqui em Angola, para fazer uma praiínha, com direito a banho de mar e avistar baleias incluído.
Este ano o Cacimbo foi forte e longo mas, finalmente, o Verão está a começar...

E como me sabem bem estas horas de praia, onde recarrego baterias e verdadeiramente descanso, entre uma leitura agradável, uma musica no ouvido e uma soneca ocasional...

Agora, daqui até ao Natal, será cada vez melhor tempo e a água do mar será cada vez mais quentinha! Para chegar a Portugal no Natal com um ar de quem chega de férias...

2010/09/12

Em grande

É um FC Porto cada vez mais forte e personalizado, o mais claro candidato ao título este ano, que venceu ontem o seu mais forte adversário este ano, o Braga.

E foi com um estádio cheio, quase 50 mil pessoas, um jogo intenso, de resultado imprevisível até ao final, golos e jogadas de belo efeito, um hino ao futebol.

E, ainda por cima, com declarações no final que louvam o espectáculo, quer quem ganhou, quer quem perdeu em vez das pífias desculpas de mau perdedor. Futebol positivo, bom espectáculo e a vitória do FC Porto no final, lançado à 4ª jornada para o título - é uma questão de gestão, nesta altura, tamanho o avanço sobre os adversário neste momento...

2010/09/11

Para não esquecer

Passam hoje 9 anos do célebre atentado em Nova Iorque às torres gémeas, data que fica marcada na história moderna da civilização ocidental como momento em que alguns terroristas conseguiram vergar e condicionar a forma de viver de inúmeras nações, criando obstáculos à livre circulação e comércio entre nações.



No entanto, 9 anos passados sobre este momento, fica a pergunta: valeu a pena?

E a resposta é tambem ela curta e clara: não!

Porque a vontade de quem quer ser livre e livremente circular acaba por se sobrepor àqueles que querem controlar o pensamento e as liberdades, que querem impor o seu estilo de vida e religião aos outros, àqueles que não são tolerantes e não aceitam as diferenças.

Mas se a perseverança está a ganhar, a memória não se pode perder. Porque amanhã, quem ontem fez isto, poderá voltar a tentar fazer o mesmo. A teimosia é também outra qualidade humana que muitas vezes, quando usada obstinadamente, acaba por ser um defeito. Especialmente quando não se aprende com o erro cometido...

2010/09/08

Bronca?



Barraca? Não... natural e normal.

Com excepção da novela que a FPF está a desenrolar para despedir o seleccionador sem o indemnizar depois de o ter contratado para 4 anos, não acho que estes 2 jogos e o Mundial sejam barracada ou bronca...

É o resultado de anos em desinvestimento na formação a favor da importação de jovens.

Basta ver a equipa que jogou ontem e lembrar a da final do Euro 2004 e ver as diferenças. Em 2004 eram Ricardo, Paulo Ferreira/Miguel, Fernando Couto, Ricardo Carvalho, Nuno Valente, Costinha, Maniche, Deco/Rui Costa, Figo, Cristiano Ronaldo e Pauleta. E ainda sobravam de fora jogadores como Vitor Baia, Quaresma, João Pinto ou Pedro Barbosa, por exemplo. Em comparação com a selecção hoje em dia, poucos são os que sobram desse ano (e com mais 6 anos em cima, estão prestes a completar a sua carreira) e os novos são inferiores, com excepção talvez do guarda-redes que será, quando muito, do mesmo nível - mas claramente abaixo do Baia.

A qualificação para o Euro 2008, ainda com o Scolari, já foi complicada e a prestação na prova fraca. Já se antevia que isto fosse acontecer, já aqui o escrevi antes. A renovação que Scolari não fez e a falta de investimento na formação dos principais clubes em detrimento da importação massiva de sul-americanos, estão a ter a consequência de hoje não haver um defesa-esquerdo, um trinco, um médio criativo e um ponta de lança de nível mínimo, para além do guarda-redes, defesa-direito, um defesa-central, médio de transição e um extremo serem apenas medianos. O resultado é que vamos ter de aguardar longe dos grandes palcos alguns anos antes de voltarmos a sonhar novamente. Até lá, será "à José Torres", recentemente falecido: deixem-me sonhar...