2013/04/30

Macau [12] - O que não há em Macau!

A famosa árvore das patacas! Eu ainda não a vi e já calcorreei uns 300km a pé esta cidade por entre ruas e jardins...
Colheres de pau!
Chocolate em pó para culinária (e mesmo cacau em pó não é fácil encontrar)!
Alho em pó!
Inundações quando chove, perdão, quando há dilúvios nas monções (como este que está acontecer agora)!
Facilidade de expressão em português - são poucos os que entendem e menos ainda os que falam!
Táxis quando chove - mesmo quando não chove parece que demoram sempre uma eternidade a aparecerem!
Medicamentos ocidentais - quer dizer, haver, até há, e até há muitas farmácias, algumas com farmacêuticos que até falam português, mas nem sempre há na dose que queremos ou quando os queremos, estão mais vezes esgotados que à venda...
Carne de vitela - boi ainda encontro, mas de vitela? Só importada congelada dos EUA!
Coxas de galinha! Vendem os peitos, vendem as asas ou vendem a galinha inteira. Mas as coxas não as vejo!
O meu champô!
Pão sem sal. Ou melhor, comida sem sal! Aqui deveriam ter todos tensões arteriais do tamanho do Hotel Grand Lisboa...
Fogões com mais de 2 bicos e/ou com bicos pequenos! É tudo tamanho wok!
Portugueses! Ou melhor, haver, até há, mas estão diluídos nos mais de 500 mil habitantes e 10 milhões de visitantes anuais a este pequeno mas delicioso território...

Actualização (4 de Maio):
* Massa folhada!
* Toalhas de mesa em tecido - apenas em plástico! Devem estar todas à venda na Europa...

Nova actualização (5 de Maio):
* ENCONTRAMOS: massa folhada e colheres de pau! Novidades...

2013/04/24

Os acidentes da Rua 25 de Abril em Silvares e a CMG

Há coisas que metem nojo. Posições, por exemplo.

A da CMG nesta história, por exemplo.

Foto Guimarães Digital
Quem não se lembra de há pouco mais de um mês numa Assembleia Municipal, que chegou a ser interrompida, o presidente da CM Guimarães ter recusado "assumir responsabilidade motivadas por comportamentos irresponsáveis de alguns automobilistas" e não dando provimento a um plano da Junta de Freguesia porque "a competência da Junta não ia além do cemitério e dos caminhos vicinais"?

Pois qual não é o meu espanto quando, agora ao ler nova noticia sobre o assunto, após a Junta de Freguesia fazer "n" ofícios a solicitar a colocação de semáforos e lombas no local, sempre recusados ou não acolhidos, vem o candidato do PS à Junta informar, numa reunião onde ia ser votada a responsabilização da CMG pelas tragédias que têm acontecido naquele arruamento, que a CMG vai, finalmente, fazer o que há muito se impunha - obras para minimizarem os acidentes no local, com colocação de semáforos e lombas.

Anda a Junta há meses a dizer isto, os acidentes acontecem há meses sem que a CMG tomasse medida e vem agora, pela voz do candidato que arranjou para a freguesia, dizer que finalmente vai fazer o que já devia ter feito há muito tempo atrás - pelo menos, desde o primeiro aviso que a Junta enviou a informar dos perigos que o arruamento apresenta desde que se encontra com o perfil actual.

Fazer política com a vida e a segurança das pessoas é nojento. Isto é nojento. A política assim é nojenta. O que vale é que em Outubro a forma de fazer política em Guimarães vai mudar...

2013/04/19

Receitas - Bolo Encharcado do Coco

Esta foi uma descoberta da Sara, num blog qualquer, que experimentamos e ajustamos.

Primeiro ficou a foto que suscitou água na boca a quem viu. Agora vem a prometida receita, Isabel!



Aqui vai.


Ingredientes
3 ovos
O peso dos ovos em Açúcar
O peso dos ovos em Farinha com fermento em pó
2 colheres de sopa de leite
2 colheres de sopa de coco ralado
125g de manteiga
__________________________

225 ml de leite
Coco para polvilhar

Preparação
Pré-aqueça o forno a 200ºC.

Bata as claras em castelo e reserve.

Misture a manteiga com o açúcar até ficar bem cremosa. Adicione as gemas e as 2 colheres de sopa de leite e mistura-se bem. Depois, adicione a farinha com o fermento em pó e o coco ralado alternado com as claras batidas em castelo.

Coloque a massa numa forma untada e polvilhada e leve ao forno a cozer a 180ºC por uns 40 minutos ou até estar cozido.

[A receita fala numa forma de bolo inglês mas já experimentamos em forma redonda e funciona também. Também já fizemos em 2 formas de bolo inglês pequenas, congelamos um depois de preparado e após descongelar, estava tão bom como novo!]

Deixe o bolo arrefecer dentro da forma e pique-o todo muito bem com um palito ou espeto pequeno. Aqueça bem os 225ml de leite e verta-o sobre o bolo de modo a que este embeba todo o leite. Ao início poderá parecer-lhe que o bolo não tem capacidade para embeber o leite todo, mas é mesmo assim [a receita original tinha 300ml e embebia mas ficava um pouco empapado, com menos fica melhor, mais húmido!] e deixe arrefecer novamente e desenforme cuidadosamente o bolo colocando no prato de servir.

Polvilhe então com coco ralado a gosto.

2013/04/18

Inquérito para arquitectos, engenheiros e outros técnicos de obras / construções

No âmbito da minha dissertação de mestrado, ainda tenho a decorrer um inquérito, semelhante ao que aqui anunciei há uns dias, mas este apenas dedicados a técnicos de obras.

Ainda preciso de algumas respostas para o validar.

Uma ajuda aos meus colegas e amigos do sector da construção era bem vinda...

É rápido de preencher (5 a 10 minutos) e é anónimo.

Obrigado!


2013/04/15

Inquérito para a minha dissertação de mestrado: ajudem!

Caros leitores, preciso do vosso apoio para receber muitas respostas que validem o inquérito relacionado com o tema da dissertação do meu mestrado.

Agradeço desde já os minutos dispensados!

Obrigado!


2013/04/11

Uma ideia realmente brilhante...

Tou como o Jonh Nash no "Mente Brilhante"...



Está aqui à vista dos esquemas que faço e no entanto falta-me qualquer coisa para ter a "tal" ideia realmente única para a minha dissertação!
Ai ai ai....


2013/04/10

Macau [11] - Penha

É engraçado como algumas coincidências acontecem separadas por milhares de quilómetros.

A Penha é um monte encimado por uma igreja, em Guimarães. Mas também em Macau!
Em Guimarães encontraram-se vestígios da sua remota ocupação. Em Macau, é aqui que também há alguns vestígios mais remotos da ocupação portuguesa neste ponto tão distante do oriente.

Daí o meu comentário: "Saudades de Guimarães? Vem-se à Penha!" Não é bem a mesma coisa, mas estar em locais cuja toponímia nos parece tão próxima de casa, ajuda sempre...











Reza a história que a "Capela de Nossa Senhora da Penha, também conhecida como a Ermida de Nossa Senhora da Penha e como a Capela de Nossa Senhora do Bom Parto, foi construída em 1622 (ano da invasão holandesa a Macau) pela tripulação e passageiros de um barco que quase havia sido capturado pelos holandeses, por cima de uma colina, ao lado do baluarte de Nossa Senhora do Bom Parto. Antigamente, a capela servia como local de peregrinação para marinheiros católicos que embarcavam para uma viagem perigosa.
A capela foi completamente reconstruída, juntamente com o paço episcopal (residência do bispo de Macau), em 1837, continuando a manter a sua traçada simples. Em 1892, a capela começou a ser ampliada, depois de ser demolido o baluarte. Em 1935, o BispoCardeal D. José da Costa Nunes completou a amplificação e reedificação da capela e inaugurou a magnífica torre sineira.
No adro da capela foi erguida uma estátua da Nossa Senhora do Bom Parto, feito em mármore, de mãos fechadas, de face serena e olhando para o mar, como se ela estivesse a oferecer protecção aos marinheiros e pescadores, sendo essa a razão por que lhe foi dada o nome de "Bom Parto". Perto da capela, encontra-se uma réplica da gruta da Nossa Senhora de Lourdes, em memória da aparição da Nossa Senhora em LourdesFrança.
A colina onde se situa a capela chama-se "Colina da Penha" e "Monte do Bispo", em memória ao antigo bispo de Macau, D. João Paulino." (retirado do Wikipedia)

2013/04/06

Macau, 2h28 da manhã

Ainda chega a PM antes de eu chegar a Portugal...
Não aguento mais o suspense - ou isso, ou é o sono!

Vou dormir na certeza que Pedro Passos Coelho ainda é o Primeiro-Ministro.

Mas tenho a ligeira sensação que amanhã, quando acordar, não será. E algo me diz que como Cavaco (e, já agora, os patrões) é contra novas eleições, como o Seguro é um palhaço e como a Troyka ainda deve mandar alguma coisa neste país, com a bênção do PSD (em parte) e do CDS (em maior parte) e de Cavaco (na totalidade) e da Troyka teremos ainda na próxima semana um novo Governo liderado por Rui Rio...

Ou então, mais uma vez, deve ser do sono... Vou dormir e amanhã quando acordar vejo se o mundo mudou ou ainda é o mesmo de sempre...

Relvas, o TC e o Governo

1. Relvas demitiu-se e arrisca-se a perder a licenciatura, retirada após inquérito conduzido pelo colega ministro da Educação. Saiu no seu timing, como eu sempre disse que ia acontecer, após resolver os "dossiers" que tinha em mãos: RTP, TAP e Reforma Administrativa do Território.
De todos, o dossier TAP foi um falhanço absoluto ao não conseguir privatizar a empresa e expondo-a ao risco de falência por não poder ser ajudada na sua falta de liquidez pelo Estado, segundo as regras comunitárias.
O dossier RTP foi um quase falhanço, pois se acabou por deixar as coisas diferentes em relação ao que encontrou, acima de tudo do ponto de vista financeiro em que a RTP nos custa a todos quase metade do que  custava (cerca de menos de 100 milhões de euros a menos) mantendo no geral os serviços que tinha, toda a novela de avanços e recuos e mudanças de direcção nos objectivos da empresa foram um falhanço político absoluto.
O dossier da Reforma Administrativa foi aquele onde acabou por ter maior sucesso, já que conseguiu diminuir cerca de 1000 freguesias (sobrando ainda umas 3000...) e, muito mais importante, acabou com cerca de 200 empresas municipais que apenas andavam a criar dívidas ao Estado. E deixou os municipios intactos, num medo de afrontar os presidentes de Câmara. Ou seja, só fez meio serviço...
Mas onde, quanto a mim, Relvas mais falhou, foi naquilo que não se fala, foi na coordenação política do Governo. Que andou muito tempo, quase sempre, descoordenado, cada um falando e actuando como entendia e cada partido dizendo o que entendia sem se preocupar com o outro e com o todo (o Governo). Relvas deveria ter sido o homem que deveria ter evitado isso. E, aí sim, falhou em todo o campo.

2. O TC é inconstitucional no meu entender. Passo a explicar. Não me parece constitucional que um órgão não executivo e não eleito por sufrágio universal venha interferir nas políticas executivas de um Governo eleito universalmente. Tenho a certeza que a Constituição deve falar em separação dos poderes algures... E enquanto for constitucional o TC dizer que é inconstitucional mudar tudo o que nos colocou na crise actual, não há salvação possível. Disse um dos juízes  a determinada altura, que é a lei de execução orçamental (no fundo, a realidade do país) que se tem de ajustar à Constituição e não o contrário. Ou o senhor não percebeu o que disse, ou o país anda completamente maluco...

3. O Governo pós-Relvas só pode ser melhor, por razões várias que me vou escusar de alongar aqui. O Governo pós-relatório do TC adiado dias a fio e transmitido em prime-time televisivo quais prima-donas a quererem os seus 15 minutos da fama, esse vai ter a tarefa mais complicada. Já não bastava o Governo andar a resolver os problemas que o Sócrates criou, agora ainda tem de resolver os problemas que o TC cria também. Depois de 6 anos de Sócrates a afundar-nos em despesa constitucional, temos agora 2 anos de TC a defender a inconstitucionalidade de se cortar a despesa constitucional.

O circo, esse prossegue dentro de momento. O palhaço pobre já chegou junto a um microfone: "Eu estou disponível para substituir o Governo" mas "quem criou o problema que o resolva"...

2013/04/03

Macau [10] - As Portas do Cerco

Foto de 1997
Ontem regressei às Portas do Cerco, simbólico local de entrada (e saída) em Macau para a China continental, local que em 1997 foi um dos pontos altos da visita por lá estar então, ainda, hasteada a nossa bandeira.

Era então uma "simples" muralha, um muro que dividia o lado de cá do lado de lá.

Hoje é completamente diferente!

Apesar de se manter uma fronteira, que separa na mesma a China continental do Território Especial de Macau SAR (Special Administrative Region) ou RAE (Região Administrativa Especial) que, sendo chinesa na mesma, é portadora de um regime especial de grande autonomia ao Governo Central de Pequim já que, deste lado, há eleições, um parlamento, canais de TV livres e uma economia de mercado a funcionar a pleno vapor - dentro do famoso espírito de "um país, dois sistemas" que Deng Xiaoping falou.

Mas o que me traz hoje aqui é, no fundo, um novo momento de orgulho lusitano à semelhança daquele que aqui descrevi há uns dias atrás quando visitei o Forte de Macau. Se então tínhamos uma placa alusiva à nossa passagem por Macau a encimar a entrada, hoje nas Portas do Cerco temos muito mais.

Foto de 2013

Da antiga muralha, sobrou apenas um pequeno troço. O mais significativo deles, diria eu. A própria Porta do Cerco, que hoje é apenas um monumento na frente de um enorme pavilhão moderno que é uma alfandega movimentadissíma - pelas 11h00 da manhã, já tinham entrado cerca de 50 mil pessoas por lá, segundo um grande ecran informava, contra as pouco mais de 20 mil que haviam saído do território de Macau.

E é especial, porquê?

Muito simples. Porque encima a Porta novamente o lema da Marinha de Portugal, o já aqui citado (quando o encontrei na Sagres) e afamado "A PÁTRIA HONRAI QUE A PÁTRIA VOS CONTEMPLA"!



A tal prova, repetida, que aquilo que os portugueses deixaram no Mundo na sua globalização do séc. XV e subsequentes foi algo de único, especial e irrepetível por nenhum outro povo que também tenha contribuído para essa aventura da humanidade.