2012/02/29

Das costas para o peito!

Tradicionalmente a nossa Selecção carrega com a cruz às costas, tamanhas as dificuldades que passa para as qualificações e nas competições.

Parecendo quebrar com o passado, mas claramente inspirado no passado, os criativos da Nike desenharam um novo equipamento alternativo que nos põe agora a cruz... ao peito!

Gostei do equipamento e do simbolismo. A ver se inspira os jogadores.

Os neo conquistadores. Que não sentem nada mais do que a vitória. Assim o esperamos...

O dia +1

A cada 4 anos, temos direito a mais um dia no nosso calendário. Este ano, de crise, era bem escusado... estamos todos ansiosos para sair de 2012 e da crise, não havia necessidade nenhuma de prolongar o mês e o ano mais 1 dia...

2012/02/27

Streep como Thatcher

Retirado de Wikipedia
A esta hora não sei ainda se Meryl Streep ganha o Óscar de Melhor Actriz (depois de o ter ganho em 1983 e antes, em 1979, ter ganho o de Melhor Actriz Secundária) e ter tido 14 nomeações entre 1979 (quando ganhou o primeiro) e este deste ano onde encarna, brilhantemente ao que parece, o papel da Dama de Ferro, Margaret Thatcher.

Sei apenas que este filme, ao que dizem as várias críticas que tenho lido, vive de uma brilhante representação e caracterização desta fantástica actriz - e, pelo menos, o Óscar de Melhor Caracterização o filme já ganhou! Espero, por isso, que ela ganhe. Porque ela é uma grande actriz, como um currículo impressionante e se ela não merece ganhar por este papel, ninguém merece...

NOTA - Sim, ela ganhou!

2012/02/22

Da palhaçada do Carnaval

E hoje, nas cinzas da quarta-feira, penso se valeu a pena o estardalhaço todo que fizeram à volta não marcação da tolerância de ponto do Carnaval e concluo que não.

E não valeu a pena porque o país trabalhou, a função pública trabalhou e mesmo assim quem quis gozar o Carnaval, nas ruas ou em casa, conseguiu fazê-lo como se pôde ver nas TV's. Os foliões gozaram o seu Carnaval. E onde o Carnaval tem tradições, os municípios que gozam de autonomia suficiente para marcar o seu calendário de trabalho, tratou de isentar uma boa parte dos foliões de trabalhar. Tudo satisfeito, tudo normal. Menos quem não tem mais nada que fazer do que andar a reclamar contra o fim dos direitos adquiridos. Que se o são (adquiridos) então também podem ser "penhorados" e "vendidos" - num momento de crise, para mantermos os "dedos", vendemos os  "anéis", querendo com isto dizer que se não há dinheiro para circo e pão, como diziam os imperadores romanos, então resta-nos abdicar de alguns desses adquiridos direitos de forma a não perdermos tudo...

Então que conclusão se pode tirar disto?

Para mim, a conclusão é só uma: fez muito bem Pedro Passos Coelho em fazer o que fez. Já chega de se andar a gozar dias sem trabalhar à custa dos patrões, públicos ou privados. Quem quer ser folião, deve fazê-lo à sua custa, metendo dias de férias. Reparem que só Portugal, entre os países da Europa, decreta uma tolerância de ponto (aos funcionários públicos) pois em Espanha, França ou Itália (apenas para citar os que mais celebram este dia, apesar de ser também celebrado em países como o Luxemburgo ou Alemanha, por exemplo) nenhum Governo o faz - como tal já era altura de alguém acabar com mais um "vicio" de funcionamento deste país.

Portugal está a mudar, mesmo que as dores dessa mudança incomodem alguns, mas tem de ser!

Ridículo foi o BE apresentar uma proposta no Parlamento para que o Carnaval passe a ser feriado nacional. Já dizia o Diácono Remédios e muito bem: oh meuz amigoz... não havia nexexidade...

2012/02/19

Fotografia Total

Um bom programa de televisão, sobre fotografia, na TVI24, aos domingos.

Para além de uma entrevista a um fotografo, cada semana mostra ainda várias fotos de fotógrafos profissionais de todo o mundo, informações sobre novas máquinas fotográficas, dicas sobre como tirar fotografias e ainda fotos de espectadores.

Curto, conciso e interessante. Ver aqui.

2012/02/18

Tiago Ferreira

Imagem Porta19
Memorizem este nome, fixem esta cara. Este menino vai dar muito que falar no futuro, um grande central: forte, alto, rápido, tecnicamente dotado e um líder em campo.

Tiago Ferreira, o central do futuro no FC Porto e na Selecção.

2012/02/16

Logo à noite...

Foto Vincent Metier
...para não me sentir só, estarei ali no meu lugar, no meio de mais uns milhares a torcer pelo meu FC Porto contra os citizens!

Eu (ainda) acredito, apesar de Vítor Pereira...

I've got a feeling...

Foto Johnny Routh
Hoje sinto-me assim... sozinho.
Miss u!

2012/02/08

Piegas


adjectivo invariável, nome 2 géneros 2 números
1.que ou pessoa que é considerada excessivamente sensível ou sentimentallamecha
2.que ou pessoa que é considerada medrosa e assustadiçamedricas
3.niquento
(De origem obscura)

Ou seja, não só os portugueses têm sido piegas q.b. nos últimos tempos como, para aumentar a dose, também os "oposicionistas" e jornalistas o têm sido ainda mais, niquentos com tudo o que diz Pedro Passos Coelho, lamechas a chorar por dias passados onde o futuro se antevia diferente porque nos mentiam quanto à situação do país, medrosos e assustadiços com as mudanças que são necessárias fazer no país para voltarmos a ter uma hipótese de futuro outra vez.

Por isso, parém lá com a lamechice que isto (já) não é assunto... 

Já rosnam os motores do grande circo

Ferrari F2012
A Formula 1 já mexe. Em Jerez de la Frontera, as equipas estão a efectuar os primeiros testes da pré-época, um mês antes do arranque da temporada.

Temporada esta que está, para já, marcada pelos mais feios bólides de que tenho memória.

Cada um que vejo é pior que o anterior, angulosos, cheios de retalhos e com muitas protuberâncias. Longe vão os tempos em que a fluidez, a leveza e a beleza harmoniosa final eram a lei. Com regulamentos cada vez mais complexos no que toca à execução dos carros, é cada vez mais difícil criar um carro "normal".

Para esta época, como a sempre, as minhas expectativas são as mesmas de sempre: ver a Ferrari cavalgar a concorrência e vencer o título de construtores e, quase consequentemente, o de pilotos...

Forza Ferrari!

Sauber C31
Red Bull RB08
Toro Rosso STR7
Lotus E20
Williams FW34

2012/02/05

Lucho!

Foto Reflexão Portista
Que saudades! Ver Lucho jogar é um luxo. Um jogador com classe, qualidade técnica, sabedoria.

O melhor jogador em Portugal, sem dúvidas.

Só um grande jogador pode estar dois anos e meio fora do país, chegar, fazer 4 treinos, ser titular e dar a impressão que nunca saiu da equipa...

2012/02/02

Mobilidade em Guimarães: ainda sobre o debate

Ainda sobre o debate realizado na 2ª feira passada pela Comissão Permanente de Cidadãos e a que tive a honra de moderar, deixo o texto que preparei para abrir a sessão e onde, de forma quase telegráfica, resumi os temas que marcaram a discussão virtual na plataforma do Facebook antes desde debate live.

Partilho assim aqui o meu texto:

Mobilidade Urbana

A terminar o ano de 2011, o amigo JOSÉ CUNHA lançou no grupo um post que poderia ter sido apenas mais um, como dezenas outros que ali têm sido colocados e amplamente discutidos. Mas não foi apenas mais um. Porque gerou um imenso debate, polémica quanto baste e derivou em muitos temas também que paralelamente foram sendo discutidos. E mostrou, se ainda fosse preciso, da validade desta Conferência Permanente de Cidadãos e a prova que a cidadania activa é fundamental para a comunidade, para o seu progresso, para o seu bem-estar. E o tema de tão interessante que é, permite-nos estar aqui hoje à noite reunidos para o debater.

MOBILIDADE EM GUIMARÃES.

Perguntava então o José Cunha que “somos património mundial há dez anos, mas passam mais carros que turistas no Largo da Oliveira, e as nossas ruas e largos do centro histórico são parques de estacionamento. Não será a CEC uma oportunidade de mudança? Concordam com o actual estado?”

Mobilidade, qual o sentido actual da palavra?

Das inúmeras definições possíveis, agrada-me uma que diz que a mobilidade visa a melhoria contínua das condições de deslocação, a diminuição dos impactes no ambiente e o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, indo ao encontro das grandes orientações estratégicas comunitárias e nacionais neste âmbito, numa lógica de sustentabilidade. Portanto, a mobilidade urbana deve ser sustentável. Deve diminuir o impacto no ambiente e melhorar a qualidade vida dos cidadãos, naquilo que normalmente se associa à qualidade do ar, que é uma das principais queixas dos cidadãos, para além da poluição visual que os carros por vezes se transformam ao ocuparem as nossas ruas e praças.

E como está Guimarães neste capítulo?

Recentes obras, intervenções que se queriam de fundo, não alteraram o trânsito nas áreas intervencionadas – o Toural continua rodeado de carros por todos os lados, a Alameda continua com automóveis a circular em cima, em baixo e agora também ao meio e as ruas Santo António e Gil Vicente continuam com trânsito automóvel a mais e passeios a menos. Discute-se onde deveria haver parques de estacionamento e se os actuais chegam e estão bem localizados. Uma associação vimaranense, a AVE, propôs um plano de mobilidade ciclável em Junho que, pelo que se vê na cidade, não teve grande acolhimento pela autarquia.

Comecemos então por aqui. Será Guimarães uma cidade amigável dos ciclistas?

Pessoalmente, julgo que não. Não só não tem vias próprias para estes, como não há espaços próprios para estes parquearem as bicicletas como ainda os pisos existentes das ruas do centro histórico e arredores são extremamente desconfortáveis (até para quem anda de carro) e nada convidativos a passar de bicicleta lá. E os transportes públicos, respondem às necessidades dos habitantes e utilizadores da cidade? Não sei, tenho algumas dúvidas. E por experiência própria, em vários anos que habitei no centro, poucas vezes usei os transportes públicos por dificuldades de encontrar carreiras que se ajustassem às minhas necessidades ou horários. Parecem-me grandes para algumas ruas estreitas, parecem-me que falham todo o centro histórico, apenas o contornando. E sendo transportes antigos, são pouco amigos da qualidade do ar…

E estacionamentos, como está Guimarães servida?

Por um lado, há muitos estacionamentos no arco urbano do centro histórico. Mas no Centro Histórico, não há quase nenhum parque “intramuros” – exceptuando o Largo João Franco e o Largo Martins Sarmento. Na fronteira existem os parques de S. Francisco, de S. António e da Mumadona. Todos os restantes estão a 5 minutos a pé de distância, ou mais ainda. E todos estes parques são de pequena dimensão, totalizando cerca de 1000 automóveis, mais ou menos, e todos pagos. Será suficiente? Não havendo um estudo sobre a quantidade de carros que se deslocam ao centro da cidade e sobre os objectivos das pessoas que aí vão (ou se há não é do meu conhecimento) é difícil responder a essa pergunta. Mas utilizando esse medidor impressionante que todos temos, o “olhómetro”, diria que para permitir maior mobilidade em Guimarães seriam necessários mais parques perto do Centro Histórico, com maior ligação a transportes públicos, implementando o uso de bicicletas (talvez no sistema de Aveiro, a Buga) e baixando os preços/hora do estacionamento.

E a qualidade de vida de quem vive na cidade?

Do ponto de vista do ruído, o empedrado onde circulam os veículos é inimigo do conforto. Os veículos em baixa velocidade e a antiguidade do parque automóvel de transportes públicos poluem o ar. E a passagem de veículos nas ruas perturba a utilização das mesmas por quem habita, impedindo até por vezes o acesso por automóvel destes às suas próprias casas.

E quem trabalha na cidade?

Como bem mostrou o Pedro Escobar Meireles Graça, por vezes há determinados serviços onde não é possível cumprir sem ter o carro bem perto do local de trabalho. Há quem carregue uma simples pasta, há quem carregue uma fotocopiadora ou uma máquina de lavar. Também não é fácil ajuizar esta questão, mas penso que determinadas pessoas têm imensa dificuldade em trabalhar no centro de Guimarães.

Julgo que haverá espaço a melhorar muito, em muitas coisas.

Por exemplo, há neste momento em curso a implementação de um programa de mobilidade sustentável, pela Agência Portuguesa do Ambiente, que uma das cidades do Quadrilátero Urbano, Barcelos, está já a implementar – vale a pena procurar pelo estudo deles na net, muito completo e interessante e perceber o que ainda pode ser feito – e por vezes com pequenas verbas – para melhorar a mobilidade urbana.

A lógica que explicava o desenvolvimento urbano dos últimos anos era:

Carros > Edifícios > Espaços > Pessoas > Vida

O desafio hoje é inverter essa ordem, começando a nossa preocupação de projecto por:

Vida > Pessoas > Espaços > Edifícios > Carros

Esta é uma ideia que julgo muitos de nós subscrevemos e é também uma boa questão de partida para o debate: saber em que sentido vai Guimarães.