E hoje, nas cinzas da quarta-feira, penso se valeu a pena o estardalhaço todo que fizeram à volta não marcação da tolerância de ponto do Carnaval e concluo que não.
E não valeu a pena porque o país trabalhou, a função pública trabalhou e mesmo assim quem quis gozar o Carnaval, nas ruas ou em casa, conseguiu fazê-lo como se pôde ver nas TV's. Os foliões gozaram o seu Carnaval. E onde o Carnaval tem tradições, os municípios que gozam de autonomia suficiente para marcar o seu calendário de trabalho, tratou de isentar uma boa parte dos foliões de trabalhar. Tudo satisfeito, tudo normal. Menos quem não tem mais nada que fazer do que andar a reclamar contra o fim dos direitos adquiridos. Que se o são (adquiridos) então também podem ser "penhorados" e "vendidos" - num momento de crise, para mantermos os "dedos", vendemos os "anéis", querendo com isto dizer que se não há dinheiro para circo e pão, como diziam os imperadores romanos, então resta-nos abdicar de alguns desses adquiridos direitos de forma a não perdermos tudo...
Então que conclusão se pode tirar disto?
Para mim, a conclusão é só uma: fez muito bem Pedro Passos Coelho em fazer o que fez. Já chega de se andar a gozar dias sem trabalhar à custa dos patrões, públicos ou privados. Quem quer ser folião, deve fazê-lo à sua custa, metendo dias de férias. Reparem que só Portugal, entre os países da Europa, decreta uma tolerância de ponto (aos funcionários públicos) pois em Espanha, França ou Itália (apenas para citar os que mais celebram este dia, apesar de ser também celebrado em países como o Luxemburgo ou Alemanha, por exemplo) nenhum Governo o faz - como tal já era altura de alguém acabar com mais um "vicio" de funcionamento deste país.
Portugal está a mudar, mesmo que as dores dessa mudança incomodem alguns, mas tem de ser!
Ridículo foi o BE apresentar uma proposta no Parlamento para que o Carnaval passe a ser feriado nacional. Já dizia o Diácono Remédios e muito bem: oh meuz amigoz... não havia nexexidade...
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