Uma história sobre mentiras e verdades. Sobre homens. Ou Homens. E sobre a realidade angolana, novamente. Que ele descreve de uma forma apaixonada denunciando o que vai menos bem - aliás, como ele só Pepetela tem este dom de transformar os "pecados" da sociedade moderna em fantásticas histórias que os livros nos contam.
Livro curto, que se lê num sopro, é uma boa opção para estas férias (para aqueles que ainda não as tiveram) - de resto, como são todos os outros livros de JEA que li (e já não são poucos) e que merecem a leitura. JEA, que é hoje um dos nomes maiores da literatura em língua portuguesa - e, porque não, um futuro Nobel da literatura um destes anos? É que já merece!
Sinopse:
"Félix Ventura. Assegure aos seus filhos um passado melhor". É a partir deste cartão-de-visita que se desenrolam os capítulos de "O Vendedor de Passados", novo romance de José Eduardo Agualusa. A mentira e a verdade, o(s) homem(s) e o(s) seu(s) duplo(s), a memória e a memória da memória, a ficção e a realidade. Angola ("é importante ironizar com a sociedade angolana, que é uma sociedade que se construiu e se continua a construir assente em muitas ficções" - o autor ao Público, 19/06/04). Tudo poderia acontecer. Tudo poderia ter acontecido. (Susana Moreira Marques, Público, Mil Folhas: "A determinada altura a osga recorda a mãe num momento da sua vida passada: 'Nos livros está tudo o que existe, muitas vezes em cores mais autênticas, e sem a dor verídica de tudo o que realmente existe. Entre a vida e os livros, meu filho, escolhe os livros'(p. 122). José Eduardo Agualusa provavelmente escolhe a vida.") Isto é: os livros?
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