2007/01/28

Minho Com Vida

Infelizmente não estarei em Portugal no dia 11 de Fevereiro para participar no referendo nem para poder participar na campanha que está a decorrer.

Se pudesse, estaria provavelmente envolvido no movimento "Minho Com Vida" no Núcleo de Guimarães. Mas pelo menos pude participar com a minha assinatura para a sua constituição formal perante o Tribunal Constitucional.

Este é um debate importante, não é "apenas" uma questão de consciencia de cada um - e muito menos uma questão que apenas diz respeito às mulheres.

Esta é uma questão de sociedade. Da sociedade. Civilizacional.

Repare-se que o aborto era livre na Europa até há poucos séculos atrás, período em que um acordo entre o Estado de França (com dinheiro mas problemas de baixa natalidade) e o Vaticano (com problemas tesoureiros) introduziu essa questão na sua doutrina como forma do Estado frances penalizar socialmente quem procedesse ao aborto.

A questão que se põe hoje, num país como Portugal que está a envelhecer terrivelmente, é a possibilidade de se proceder ao aborto apenas porque sim - istó é, ao ceifar de uma vida - pois que a actual legislação já o permite para casos de perigo de saúde da mãe ou do feto, para casos de defeciencia ou mal formação do feto, para gravidezes resultantes de violações, enfim, para os casos fundamentais.

Porque a condição económica não deve ser o factor determinante. Muito menos a vontade de se ser mãe - devia ter sido responsável, adulta e pensado nisso antes do sexo, não depois! A condição económica, de vida estável à familia, se a ela não existe, deveria ser o Estado a proporcionar, pois fica muito mais caro perder uma vida, um cidadão, do que ajudar hoje a criar uma familia maior.

Portugal tem hoje, já poucos portugueses novos. É um país envelhecido e a envelhecer. O aborto livre até às 10 semanas como é proposto é um atraso civilizacional, é voltarmos à idade média, é ajudarmos a matar um pouco mais o nosso país. Mais do que referendar e permitir o aborto livre, é fundamental ensinar valores culturais e civilizacionais aos jovens, é estender o civismo a todos. Porque o que este país tem é muita gente irresponsável e que não se quer responsabilizar pelos actos que pratica - seja a conduzir, seja a trabalhar, seja no acto sexual!

Eu votaria NÃO se aí estivesse. Como o fiz da outra vez, porque entendo que os motivos que já então me levaram a fazê-lo ainda mais se agravaram neste período de tempo.

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