1. Há muita confusão entre REGENERAR e REABILITAR e outras palavras como requalificar e reconstruir. São tudo conceitos próximos e parecidos, mas não iguais e sinónimos. Obras como a REQUALIFICAÇÃO do Largo do Toural e Alameda em Guimarães foi, subrepticiamente, apresentada como REGENERAÇÃO. Obras como a RECONSTRUÇÃO do Chiado em Lisboa foi apresentada, subrepticiamente, como REABILITAÇÃO. Não o foram assim designadas nos documentos oficiais nem elas correspondem ao que quiseram, para o efeito, os oradores fazê-las passar.
2. Reabilitação pode ser dos espaços públicos ou do edificado, podendo este ser público ou privado. Normalmente não há investimento privado sem que o público não avance primeiro com a reabilitação do espaço público e por vezes até que crie pontualmente novos equipamentos públicos em edifícios reabilitados. O problema é que hoje não há dinheiro para o investimento público e não há crédito para o investimento privado e não há procura suficiente para rentabilizar os investimentos. E o problema da "Lei das Rendas" continua por resolver...
3. Regeneração depende das políticas e planeamento, sendo que o planeamento político é fraco e quase inexistente.
4. Regeneração pode ser casual e fragmentada, sendo que nestes casos não resulta porque se destina normalmente "turistificação" e à "museificação" dos espaços, deixam de ser para quem os habita e passam a ser para quem os visita, perdendo com isso a vida própria dos espaços e a sua característica própria.
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6. As cidades em Portugal com centro histórico estão a sofrer do efeito de "cidade donut", ou seja, os seus centros esvaziaram-se e nas radiais desenvolveram-se vários novos centros, pólos de atractividade que a "cidade do automovel" ajudou a consagrar.
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8. A cidade tem de ser feita COM as pessoas e não apenas PARA as pessoas. A participação através de consultas à população ou através dos orçamentos participativos vão ser, sem qualquer dúvidas, cada vez mais frequentes no futuro.
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