2012/10/26

Adeus a Louçã (finalmente!)

Lamento quebrar algum unanimismo sobre a saída de Louçã do Parlamento, mas não acho nada que se tenha perdido um grande parlamentar.

Bem pelo contrário.

Com a saída de Louçã é o fim de um tempo de parlamentares mediáticos, truculentos e por vezes a roçar a má-criação, de sound bites sem conteúdo mas com imprensa garantida, representante de uma demagogia e de um partido extremista que não quer ser poder nas condições democráticas existentes (porque a sua visão de democracia nada tem a ver com o conceito ocidental que nós temos dela) e que nestes longos 13 anos que se manteve no Parlamento apenas fazia faits divers, propaganda barata de teorias económicas apenas seguidas por países como Cuba, Venezuela, Irão, Coreia do Norte e outras ainda mais miseráveis que estas... Era isto um grande parlamentar? Não me lixem, alguém que fica para a história parlamentar por chamar "manso" a um Primeiro Ministro deve deixar Natália Correia, Adelino Amaro da Costa e Sá Carneiro corados de vergonha; esses sim, eram grandes parlamentares e conhecidos por discursos no Parlamento míticos, e devem dar uma volta nos caixões cada vez que dizem e escrevem isso por estes dias!

Louçã tinha todas as condições intelectuais para ser um excelente político. Infelizmente, desbaratou-as para o pior, para a demagogia e para causas sem sentido. Tanto pior para ele que dedicou uma vida a elas, e tanto melhor para nós que ele sai agora - e só espero que por muito que ande por aí, como o outro, não nos chateie muito mais...

Dele apenas lhe louvo uma coisa na sua saída: aparentemente, não vai requerer nem usufruir das inúmeras alcavalas que os deputados se atribuem a si próprios. Ao menos isso!

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