Foto Scuderia Ferrari |
Apesar de ter um carro muito mais fraco que o Red Bull, o que se notou mais na segunda metade da época, o momento chave foi, quanto a mim, o 12º grande prémio dos 20 da época, em SPA (Bélgica) quando Alonso foi atingido na primeira curva por Grosjean (que nesse incidente conseguiu, só ele, pôr de fora ainda o Hamilton e o Perez!) e que quase custou a vida do asturiano quando este viu passar uma roda do Lotus a centimetros da sua cabeça - de resto, incidente este que valeu ao piloto francês um castigo de uma corrida.
Até essa corrida, Alonso liderava com uma vantagem muito razoável fruto de ter terminado até então todos os anteriores 11 grandes prémios, tendo acumulado 32 pontos de vantagem sobre Vettel (154-122). A partir desse 2 de Setembro, a vantagem que o asturiano havia construído esboroou-se em pouco mais de um mês - até 7 de Outubro, no GP do Japão, quando Alonso volta a não terminar a corrida (as únicas duas que não pontuou esta época, tendo terminado 13 das 20 corridas no pódio!) apenas conseguiu dois terceiros lugares em Itália e Singapura, num total de 30 pontos em 4 grandes prémios, enquanto Vettel nesse período de tempo e grandes prémios termina 3 deles, vencendo 2 e ficando em 2º noutro, conquistando 58 pontos e conseguindo assim recuperar de 32 pontos de atraso antes do GP da Bélgica para uma vantagem de 6 pontos sobre o Asturiano.
Ou seja, tendo Vettel terminado com 3 pontos de vantagem sobre Alonso hoje, bastava ao asturiano na Bélgica ter terminado em 8º e ter conseguido os respectivos 4 pontos para ter sido campeão, algo que se poderia pensar conseguir com facilidade pois durante toda a época apenas uma vez, logo na 3ª corrida da época, terminou abaixo dessa posição.
Enfim, não venceu o piloto, venceu a mecânica. O piloto que tinha o carro mais forte conseguiu cumprir a sua tarefa, que era ir terminando corridas e acabou por vencer. Atenção, não quero dizer que Vettel não é bom piloto, nada disso. Ninguém é tri-campeão do mundo aos 25 anos se não for um bom piloto. Acontece é que, quanto a mim, não é melhor que Alonso - ou até que Raikonnen, por exemplo, apenas tem o melhor carro à disposição - por exemplo, o Iceman quando teve o melhor carro à disposição, foi campeão do mundo. Aposto que ele na Ferrari este ano não conseguiria estar na última corrida a lutar e quase conseguir o título. Ou Alonso na Red Bull já teria ganho o título há umas corridas atrás...
Fica a esperança que durante este Inverno a minha Ferrari trabalhe muito e consiga para a próxima época recuperar este gap que a separa da Red Bull - não só o campeonato poderá ser melhor ainda, como eu ficaria contente por voltar a comemorar um titulo da Scuderia, coisa que não faço desde o já longínquo ano de 2007...