Tabela dos resultados do distrito de Braga (fonte: DGCI) |
Surpreendido porque não esperava um comportamento de excelência das coligações do PSD-CDS no distrito. Não fiquei surpreendido porque, conhecendo pessoalmente alguns dos candidatos e os concelhos em causa relativamente bem, sabia que as coisas iriam correr bem.
Não posso, como é evidente, deixar de saudar a estrondosa vitória do amigo Ricardo Rio em Braga! Porque não só ganhou, como soube-o fazer de forma expressiva, terminando com o "reinado" do mais antigo autarca do país, Mesquita Machado. E conseguiu-o porque foi perseverante, porque desde que se candidatou em 2005 a primeira (época em que o conheci) percebi que as suas qualificações o guindavam para aquele dia, mais cedo ou mais tarde, porque não desistiu de Braga e tentou novamente, ainda sem sucesso, em 2009 para apenas em 2013 conseguir a almejada e merecida vitória. Um exemplo para Guimarães, não se deve trocar de candidato sem mais nem menos quando o actual, mesmo não tendo vencido, tem qualidades, projecto e equipa que permitem a aspirar à vitória.
Outro resultado marcante for a vitória, que eu esperava apesar de saber difícil, em Vieira do Minho. Sabia que a equipa e o candidato eram bons, não sabia até que ponto um concelho dominado pela máquina instalada no poder (à semelhança de Guimarães...) teria a "coragem" de mudar. Teve. Felizmente, porque agora o ar de Vieira do Minho, mesmo sem a Epmar, é respirável...
Depois, a manutenção dos municípios que já eram presididos pela coligação, como Famalicão, Esposende, Póvoa de Lanhoso, Vila Verde e Celorico de Basto era esperado, sendo que a novidade foi a expressão dos resultados, mormente em Famalicão e Esposende.
Das que perderam, para além de Guimarães, também Vizela e Fafe tiveram comportamentos razoáveis, em especial em Vizela onde as habituais "cabazadas" deram lugar a uma vitória renhida.
Surpresa foi o resultado da lista de independentes em Fafe que quase ganhava a CM, ficando a uns meros 15 votos de superar o eterno PS de Fafe.
Menos bom apenas os resultados de Amares, Cabeceiras e Barcelos. Em especial, este último, que em tempos era um forte bastião do PSD, agora não consegue recuperar a credibilidade que já ali teve.
Apesar de tudo, 7 municípios em 14, quando antes eram apenas 5 presidências, é um excelente score, talvez o melhor do país no que toca ao PSD ou coligações PSD-CDS, para mais quando a erosão do Governo nacional se fez (faz) sentir enormemente neste momento. De parabéns, duplos, o Paulo Cunha, quer pelo trabalho realizado no distrito, quer no seu concelho onde sucedeu ao carismático Armindo Costa com melhor resultado do que a ultima eleição de 2009! Teve o mesmo número de Câmaras que o PS, mas conquistou a capital de Distrito e teve mais votos e mais percentagem que o PS (42,43% na soma de todas as coligações e PSD por si só contra 38,76% do PS) e foi o grande vencedor deste distrito.
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