Foi Assim! Este é um assombroso relato de quem viveu por dentro e foi agora capaz de assumir tudo o que de mau fez pelo país ao longo da sua deslumbrada juventude seguidora de um ideário comunista.
Para quem sempre desconfiou desta ideologia e quem sempre, por tudo o que fui lendo mais do que vivendo que a minha tenra idade de então tal não me permitia percepcionar, viu no PCP e sucedaneos radicais de esquerda uma fonte de problemas e causa do estado em que ainda hoje o nosso país se encontra com a deriva do caminho para a via socialista pós-revolução.
Para quem quiser ler nas entre-linhas, mais do que a história pessoal da Zita Seabra, este livro mostra o comunismo e o país até ao 25 de Novembro tal como ele foi: de uma ditadura de direita passamos para uma proto-ditadura de esquerda, com os mesmos ou mais graves tiques de autoritarismo, desmando e desvario, controle das pessoas e dos seus pensamentos, das liberdades.
Obrigado por ter escrito este livro que espero que seja lido por muitas gerações mais novas que eu para que possam encontrar nele tudo aquilo que não devemos fazer nem seguir... Parabéns por assumir os seus erros do passado, matar os fantasmas que a acompanhavam e dar a conhecer a realidade do socialismo cientifico português a todos os leitores.
A única coisa válida, mas que nunca justifica os ideais que seguiu para o obter, é a luta pela liberdade. Como bem provaram Mário Soares, Sá Carneiro, Balsemão, Adelino Amaro da Costa ou Freitas do Amaral, havia formas muito mais válidas e justas de o fazer!
Sinopse:
“Foi Assim é a história de uma aprendizagem: da inocência à realidade e da realidade à sabedoria, um pouco melancólica, do adulto. Mas Zita Seabra, que “passou” à clandestinidade aos 17 anos, cresceu no Partido Comunista de Cunhal, o que faz da história dela a história de uma época. Sem se justificar, sempre cândida e às vezes comovedora, Zita Seabra fala naturalmente de um mundo fantástico e brutal, que nunca foi descrito com tanta intimidade e tanta exactidão. Foi Assim é o livro que faltava para perceber a grande tragédia do comunismo português”.- Vasco Pulido Valente
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