2003/10/23

2º Congresso da Ordem dos Arquitectos - Os Temas II (A Arquitectura Como Conhecimento)

Pergunta-se, e muito bem, "o que sabemos"?
E realmente é possivel afirmar que se sabe muito pouco sobre a arquitectura. Não é fácil justificar perante pessoas que nunca tiveram o hábito de irem a um arquitecto que eles são as pessoas recomendadas (e necessárias) para tratar dos assuntos relacionados com o projecto de uma construção. Porque tiveram a formação adequada para isso; porque têm uma visão mais abrangente de um projecto e estão habituados a servir de "ponte" entre as várias disciplinas/matérias envolvidas. Por isso defender a arquitectura passa por explicar, de forma clara, que um projecto não é apenas um conjunto de "riscos" numas folhas! É muito mais, é ter vários conhecimentos (cada vez menos básicos e mais aprofundados) de diversas matérias de forma a fazer a gestão e coordeação de algo que é cada vez mais complexo, que é realizar um projecto de uma construção. Quantas pessoas saberão o que é necessário para se poder obter uma licença de construção? Este é um bom tema para um próximo texto...
Por isso é importante analisar os conhecimentos que temos e que deveriamos ter! Ou analisar o impacto da arquitectura, de cada projecto, na vida real e no espaço urbano. Ou da importância da arquitectura nas políticas culturais.
Por tudo isto, é necessário também analisar também, para além da formação inicial (o curso!) a formação contínua - pois esta é a que permite a qualquer profissional manter-se actualizado e apto a desenvolver de uma forma mais eficiente a sua profissão. E no caso dos arquitectos, essa formação é essencial devido ao novo regime de responsabilidade e qualificação profissional que substituiu o "velhinho" Decreto-Lei n.º 73/73.

No próximo post: Os Temas III (A Arquitectura Como Práctica)

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