Lista de necessidades
É sempre subjectivo falar sobre o que é necessário trazer para Angola e cá ter, porque cada um é como cada qual… Portanto, aquilo que eu preciso pode ser desnecessário para qualquer outro, mas mesmo assim, aqui fica o meu “packing list” para estar no Lobito.
Antes de mais, uma boa farmácia, porque prevenir é o melhor remédio – no Lobito, como em Angola, há farmácias e medicamentos, mas normalmente ou são caros ou são de fabrico indiano… Por isso, estes são os básicos que devem constar na caixa de primeiros socorros.
Imodium - para as diarreias;
UL250 - para reconstituir a flora intestinal;
Paracetamol ou Aspirina - para gripes e constipações, frequentes graças ao ar condicionado;
Antibióticos - no meu caso, sendo ligeiramente alérgico a penicilina, é quase obrigatório andar com eles;
Mephaquin (ou similar) - que a(o) médica(o) da consulta para viajantes do Centro de Saúde da Batalha (no Porto, onde eu fui), à qual se tem de ir para obter o cartão de vacinas internacional, irá indicar (para prevenção do paludismo);
Voltaren (ou similar) - para prevenção de dores em torções de pés e afins (muito frequente torcer o pé com os buracos dos passeios);
Betnovate - para ajudar a “desinchar” as picadelas (ou trincadelas?) dos mosquitos africanos, que deixam cubulos com 1cm de diâmetro ou mais;
Outras coisas como auxiliares de digestão para as lagostadas, brufen, xarope para tosse, gotas para olhos, ouvidos e nariz, etc…
Nos artigos para a casa, apesar do preço algo exagerado e da pouca escolha disponível, encontra-se um pouco de tudo, mas às vezes há coisas que teimam em não estar nas lojas para venda…
Colheres de chá e café (é difícil encontrar isso aqui, não sei porquê!);
Chávenas de café (haver há, mas costumam ser muito caras, tipo 4 chávenas cerca de 10,00€);
Coberta (quem for friorento e graças aos ares condicionados, pode precisar de uma leve coberta para a cama);
Cortinados (aqui há uns pré-fabricados mas costumam ser um pouco finos, se a luz incomoda…).
Na parte da informática e comunicações, encontram-se bastantes produtos, mas não há lojas tipo FNAC ou Staples, infelizmente – e o que há aqui é mais caro…
Um computador portátil, pois claro, wireless de preferência para se poder ir para o Zulu como eu estou agora;
CD’s e DVD’s virgens que são carotes por cá;
Há duas redes de telemóveis em Angola, a Unitel (maioritária) e a Movicel. Da rede Unitel não se consegue mandar SMS para a Vodafone em Portugal. Recebe-se SMS, telefona-se, recebe-se telefonemas de lá, mas SMS de Angola para a Vodafone Portugal não passam! Fora isso, a rede funciona normalmente, com excepção de quando não funciona de todo… Os preços são normais, cada unidade de conversação em Angola na rede custa cerca de 7 kwanzas. E há telemóveis com cartão da Unitel e desbloqueados a partir de 5000 kwanzas (50 Euros), mas são os modelos mais básicos…
Nos produtos de higiene pessoal, o supermercado Jota Jota tem muita oferta de produtos portugueses. Mas há coisas que prefiro não mudar e trazer de Portugal.
Perfume preferido (mas sem ser muito intenso ou há o risco de sermos perseguidos pelos mosquitos!);
Shampoo (quem não tem marca preferida, há aqui bastante oferta mas não se compara com o que temos em Portugal, mas se temos um produto preferido o melhor é trazer o suficiente para cada estadia);
Protector solar (aqui há mas é muito caro);
Nota 1 – há aqui um pouco de tudo o resto, desde pastas dentífricas até gel de banho, passando por cotonetes, álcool, água oxigenada e coisas assim)
Nota 2 – não há cabeleiros aqui, pelo menos que eu conheça, como nós os conhecemos aí… Conselho a uma mulher “maníaca” pelo cabelo: trazer secador, rolos, pentes, escovas, tesouras e tudo o resto que precise para se tratar… Conselho ao homem: trazer máquina de corte ou começar a pensar num estilo de cabelo comprido…
Quanto a roupa é muito, mas mesmo muito subjectivo, pelo que ficam umas generalidades…
Fresca, claro. Estamos agora no período do cacimbo (Inverno) e o tempo mesmo assim anda na casa dos 20ºC à noite e pode chegar aos 30ºC de dia, apesar de haver mais nuvens e o tempo ser, de facto, mais fresco que entre Novembro e Maio. Aconselho uns casacos de malha para a noite ou principio da manha. A chuva é rara e normalmente só ao fim da tarde, pelas 19h00, no Verão (e já não chove desde meados de Abril), mas quando chove é em tal quantidade que a única protecção é não andar à chuva! Conselho: ter um casaco muito fininho impermeável, eventualmente um guarda-chuva pequeno para ter no carro para prevenção;
Pijama fresco;
Bikini ou calções e toalha de praia, pois claro;
Chapéu(s) por causa do sol forte de Verão;
Óculos de sol.
Para os tempos livres, e ainda no capítulo da subjectividade, eu preciso destas coisas:
Livros (e é uma chatice andar com eles para trás e para a frente pois pesam muito…) porque só há uma livraria mas com pouca oferta, infelizmente;
Ipod Nano, azul, pois claro e com muita música… apesar de se vender em grande quantidade cd’s pirateados na rua, mas são quase sempre de kizomba, música brasileira dos inqualificáveis duos sertanejos e similares;
Sapatilhas para correr (ou agora, para andar de bicicleta);
Jogos de computador (apesar de jogar pouco…);
Revistas (tipo Visão, Sábado, Fócus, Arquitectura & Construção, Arquitectura & Vida, Turbo, Auto-Motor);
Mochila - para levar coisas para a praia;
Filmes não preciso porque há alguns clubes de vídeo e tenho na TV por satélite os canais Lusomundo Premium e o Lusomundo Gallery;
Bicicleta (comprei cá uma, 300 dólares, mas em Portugal ela não custaria mais que 100 euros);
Camisola e cachecol do FC Porto, evidentemente! Mas em Agosto volto com uma bandeira também…
E pronto! De repente, não me lembro de mais nada que possa aqui colocar…
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