2009/09/27

Abstenção

Pela primeira vez desde que tenho capacidade eleitoral, não votei em Legislativas. Desde 1991, nas Legislativas que deram a 2ª maioria a Cavaco Silva, que nunca faltei a Legislativas, Autárquicas, Europeias, Presidenciais ou Referendos. Até este ano, quando falhei tambem as Europeias, sempre cumpri com o dever cívico. Por estar em Angola e não me ter recenseado no consulado de Benguela, falhei.

Mas não irei falhar as Autárquicas, pois estarei em Portugal nesse dia.

Em todo o caso, se votasse não iria contribuir com o meu voto para nennhum partido, a exemplo do que aconteceu em 2005, quando votei em branco. E 4 anos depois, continuo a entender que nenhum candidato merece (ou mereceria) o meu voto.

Assim, a abstenção continua a ser elevadíssima. Para o que contribui, quanto a mim, alguns factores de forma cumulativa. Desde logo, as fracas campanhas eleitorais, onde se perde tempo com o acessório (os fait-divers, os insultos, os incidentes) e pouco ou nenhum com o essencial (as ideias, as políticas, as promessas). Depois, a enorme emigração registada nos ultimos 4 anos que levou centenas de milhares de portugueses e eleitores para o estrangeiro. Também a falta de depuração de cadernos eleitorais aumenta a abstenção artificialmente, deixando mortos tempo de mais lá, não mudando em tempo util os eleitores que mudaram de residencia, etc. Por útlimo, a falta de utilização de novas tecnologias para melhorar os cadernos eleitorais e para permitir o voto à distancia, o voto on-line.

Tudo junto, dá este cenário de mais de 1/3 dos eleitores dos cadernos eleitorais não votarem, o que é muito.

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