Mais um livro de um dos meus autores preferidos, ainda por cima de língua portuguesa, mas neste caso com o "açúcar" dos trópicos e os tão tipicos e (agora) familiares termos e expressões de Angola.
Não se pode viver, ou ter vivido, em Angola e não gostar de ler Pepetela. Que retrata de forma mordaz a sociedade dos seus tempos, mesmo quando o livro se reporta a outras eras.
Portugal precisava de um escritor assim nos dias de hoje...
Desta vez a temática gira em torno de um amor impossível. Um filho de colono, angolano branco, em luta pela independência de Angola e a estudar na URSS, apaixona-se e tem um filho com uma estudante da longinqua e fechada Mongólia, filha do todo-poderoso ministro da Defesa.
Peripécias de um mundo já global há umas décadas atrás. Leitura fácil de um livro ligeiro próprio para estes dias de Verão, um livro quase de bolso.
Sinopse:
"Novo livro de Pepetela. Angola, dos anos 60 aos nossos dias. A história real de um amor impossível.
Do encontro entre um estudante angolano e uma jovem mongol, nos anos 60, em Moscovo, nasce um amor proibido.
Baseada em factos verídicos, ficcionados pelo autor, esta história põe em evidência a vacuidade de discursos ideológicos e palavras de ordem, que se revelam sem relação com a prática. Política internacional, guerra, solidariedade e amor, numa rota que liga um ponto perdido de África a outro da Ásia, passando pela Europa e até por Cuba. Uma viagem no tempo e no espaço, o de uma geração cansada de guerra num mundo cada vez mais pequeno.
Maravilhoso e comovente, este é um romance sobre o triunfo do amor, contra todas as vontades e todas as fronteiras.
Pepetela, Prémio Camões 1997"
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