A minha geração habituou-se a seguir a Volta em França, em particular, como um dos momentos desportivos altos do ano. E foi com emoção que vimos Greg Lemond, Miguel Indurain e Lance Armstrong dominar o Tour anos a fio. Trepar os Alpes e os Pirinéus como nenhum outro o fazia.
A queda de Lance Armstrong |
Afinal, agora percebemos que os super-homens eram artificiais. O homem que nunca havia acusado nada, revelou que sempre usou produtos para vencer - é certo e percebo que a coisa era generalizada e quem andava no pelotão (e pelo visto não era só no da frente) usava o dopping como forma de melhorar as suas performances. Mas mesmo assim, há aqui algo que morreu na forma como agora vejo os feitos que esses homens alcançaram.
E o pior, como bem coloca o Público, é a pergunta que fica: "E agora, Lance, como podemos voltar a acreditar num campeão"?
De facto, depois disto, não é só o ciclismo que sai abalado. Também o ténis, o andebol, o basquetebol e, porque não, o futebol, entre outros desportos, saem descredibilizados. Tantos controlos são feitos nestas modalidades, como eram no ciclismo, e descobre-se agora isto. E fica por isso a dúvida no ar... Lamentável!
1 comentário:
E assim se dá a estocada final numa modalidade desportiva já bastante moribunda e descredibilizada.
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