2013/04/03

Macau [10] - As Portas do Cerco

Foto de 1997
Ontem regressei às Portas do Cerco, simbólico local de entrada (e saída) em Macau para a China continental, local que em 1997 foi um dos pontos altos da visita por lá estar então, ainda, hasteada a nossa bandeira.

Era então uma "simples" muralha, um muro que dividia o lado de cá do lado de lá.

Hoje é completamente diferente!

Apesar de se manter uma fronteira, que separa na mesma a China continental do Território Especial de Macau SAR (Special Administrative Region) ou RAE (Região Administrativa Especial) que, sendo chinesa na mesma, é portadora de um regime especial de grande autonomia ao Governo Central de Pequim já que, deste lado, há eleições, um parlamento, canais de TV livres e uma economia de mercado a funcionar a pleno vapor - dentro do famoso espírito de "um país, dois sistemas" que Deng Xiaoping falou.

Mas o que me traz hoje aqui é, no fundo, um novo momento de orgulho lusitano à semelhança daquele que aqui descrevi há uns dias atrás quando visitei o Forte de Macau. Se então tínhamos uma placa alusiva à nossa passagem por Macau a encimar a entrada, hoje nas Portas do Cerco temos muito mais.

Foto de 2013

Da antiga muralha, sobrou apenas um pequeno troço. O mais significativo deles, diria eu. A própria Porta do Cerco, que hoje é apenas um monumento na frente de um enorme pavilhão moderno que é uma alfandega movimentadissíma - pelas 11h00 da manhã, já tinham entrado cerca de 50 mil pessoas por lá, segundo um grande ecran informava, contra as pouco mais de 20 mil que haviam saído do território de Macau.

E é especial, porquê?

Muito simples. Porque encima a Porta novamente o lema da Marinha de Portugal, o já aqui citado (quando o encontrei na Sagres) e afamado "A PÁTRIA HONRAI QUE A PÁTRIA VOS CONTEMPLA"!



A tal prova, repetida, que aquilo que os portugueses deixaram no Mundo na sua globalização do séc. XV e subsequentes foi algo de único, especial e irrepetível por nenhum outro povo que também tenha contribuído para essa aventura da humanidade.

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