2004/01/22

Linha de Rumo n.º 57 - 2003 de A a Z

António Magalhães – Foi um ano difícil: muitos problemas a surgirem em cada coisa que tocava. Uma espécie de Rei Midas, mas ao contrário! Com diversos processos judiciais pendentes e outros que se avizinham em função dos últimos desenvolvimentos, prevê-se que 2004 não vá ser um ano muito melhor...
Bruno Fernandes – O adjunto do Governador Civil demonstra que tão importante como ter o número 1 é ter um excelente adjunto! O trabalho que está a desenvolver tem sido excelente.
Concursos – A polémica dos concursos da empresa municipal de águas e saneamento ainda está para durar. Afinal, foram anulados ou não? E foi a lei que a isso obrigou ou o bom senso? E foram adjudicados ou não aos mesmos concorrentes que a lei proibia de entregar por concurso? E se foi por metade do preço, foram os empreiteiros que baixaram o preço ou foi a obra que diminui de tamanho? Com tantas perguntas por responder, muita tinta (e água e esgotos...) ainda vai correr!
Durão Barroso – Prossegue a hercúlea tarefa de reconstruir o que seis anos de guterrismo destruíram. O rigor orçamental, a confiança dos investidores estrangeiros, as diversas reformas que ficaram adiadas, enfim, um país que se encontrava paralisado no estado de graça dialogante do engenheiro! A governação não tem sido fácil, por vezes até poderá tomar algumas decisões discutiveis, mas de facto o país está a entrar na senda da retoma: internacional com a recuperação da credibilidade externa, económica com os dados que são positivos para os próximos anos e com a análise ao último semestre de 2003 do Banco de Portugal, e, por fim com a entrada em vigor de algumas das reformas já concluídas.
Executivo Municipal – O desgaste que tem sofrido é enorme, com a agravante que não pode ser remodelado! Já os vereadores sem pelouro, particularmente os do PSD, têm cumprido o seu papel muito bem, não dando tréguas a quem de direito.
Futebol – O ópio do povo, foi assim chamado em tempos. Agora, também é o ópio do poder: se as coisas corressem bem, o estádio remodelado para o Euro2004 dava votos, assim, ainda pode vir a dar perda de mandato!
Governo Civil – Ainda não acabou (até porque o PS não quer fazer uma grande revisão constitucional) mas Guimarães, apesar de ter perdido um número um, conseguiu lá deixar um excelente adjunto!
Horror – Os atentados suicidas que alguns movimentos islâmicos insistem em utilizar como forma de combate. No Iraque, na Indonésia, em Israel ou noutros cantos do mundo, o 3º mundismo que é usar pessoas como “kamikazes” por uma causa faz perder a razão que lhes poderá assistir na proporção directa do horror que causa!
Inácio – De bestial a besta foi meia época. Pessoalmente, considero-o um dos melhores treinadores em Portugal, a seguir ao Mourinho e Pacheco. E demonstrou-o também aqui em dois anos e meio. Mas desde a “crise do saco azul” que o VSC apresenta debilidades que explicam bem os resultados da equipa.
JSD – Continua a ser a única força política-partidária de juventude no concelho...
Lisboa – Pode muito descentralizar este país, que vai ser por muitos anos ainda Lisboa e o resto à volta não conta grande coisa... Será preciso mais do que uma geração para recompor muitos anos de uma política centralista.
Miguel Relvas – Pai da Lei da Descentralização que enterrará a regionalização num futuro próximo. Veio a Guimarães tentar convencer das virtudes da GAMM e terá saído convencido que as vontades locais são diferentes do que Lisboa acha que deveriam ser...
Notícias de Guimarães – Aos 72 anos, ainda sabe por onde crescer e evoluir. Agora também na internet, com uma página excelente. Parabéns!
Oposição – Tem dado água pelas barbas ao poder: na Vereação e na Assembleia Municipal. Cada vez mais se acentua o autismo do poder e a capacidade regeneradora e de marcação de agenda da oposição, com especial destaque para o PSD.
PEC – A besta negra da Ministra das Finanças. E o défice. E o PIB. Tudo estava sem controlo algum, tudo heranças do guterrismo.
Quem tudo quer – Tudo perde! O adágio pode vir a servir como uma luva para o PS de Guimarães... Em 2002 quis passar à viva força a imagem que o PSD atacava só para caluniar. Em 2003 manteve a toada. Como as acusações vão e voltam, já em 2003 o Tribunal de Contas e a Procuradoria-geral da República começaram a dizer que afinal os ataques tinham algum fundamento...
Rui Vítor Costa – O incontornável líder do PSD em Guimarães. Soube imprimir um ritmo de campanha eleitoral à sua comissão política e ao seu trabalho de vereador. A sementeira de 2003 foi excelente, a colheita para os próximos dois anos antevê-se boa...
Sede do Euro2004 – A esperança dos comerciantes. Felizmente não veio cá ter a Inglaterra e apesar dos italianos não serem lá muito gastadores (como os portugueses) talvez os nórdicos possam dar uma ajudinha.
Transito – Caótico, cada vez mais! E mais não digo...
União no PSD – Esteve quase a acontecer de facto, para desespero do PS. Mas houve uma clara aproximação e apesar do acordo não ser total, o partido está muito mais pacífico e concentrado no seu grande objectivo: Guimarães 2005!
Vitória – Por mais que se lute, este ano é para esquecer. Derrotas atrás de derrotas, mau futebol, mudança de treinador, más contratações, casos de polícia...
Xadrez político – O Presidente da Câmara está a ver as suas pedras no tabuleiro muito apertadas e o PSD vai fazendo o “cheque ao rei”...
– O famoso “Zé” lá vai seguindo apertado a sua vida, mas pelo menos o Euro está aí à porta...

Guimarães, 20 de Janeiro de 2004

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