Há coisas realmente estranhas...
Sempre li e ouvi dizer que um maçónico não é católico. Ou que um verdadeiro comunista, "puro", não devia professar nenhuma religião.
No entanto, neste país, quase sempre que alguém morre, vai parar a uma igreja, normalmente católica.
Há dois dias faleceu o Presidente do Tribunal Contitucional, pelo visto um eminente maçónico. Depois de estar a repousar em câmara ardente no próprio TC, foi esta manhã para a Basilica da Estrela, onde na Capela foi realizada uma cerimónia maçónica privada. Posteriormente, após missa de corpo presente, irá a sepultar.
Há uns meses atrás morreu um alto dirigente comunista. Depois de estar em câmara ardente numa igreja, e após missa de corpo presente, foi sepultado.
Sinceramente, não compreendo como é que uma pessoa que não acredita em Deus, que defende a separação da Igreja do Estado, que veneram outras entidades (como o Grande Arquitecto do Universo, por exemplo), não percebo como é que na hora da sua morte acabam (quase) sempre numa igreja. Serão os familiares vivos que isso impõem? Será última vontade deles? Não sei e não percebo...
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