2005/04/29

Independente?

Ainda se estão a começar a apresentar listas para as eleições autárquicas e há militantes que insistem em continuar a dar tiros nos pés do PSD. Então o mesmo militante que se demitiu de ministro e não re-assumiu o cargo autárquico que desempenhava antes de ser ministro, por ter uma investigação a decorrer, vem agora dizer que a decisão de Marques Mendes é "ilegal e prepotente"?

Será que o militante e congressista Isaltino de Morais não esteve no Congresso? Ou será que não ouviu o discurso do novo lider onde este afirmou e re-afirmou a palavra CREDIBILIDADE?

Na política, como noutras coisas das nossas vidas, não chega SER sério, há que PARECER também ser sério. E se a investigação judicial não está concluída, portanto ainda é inocente, isso não quer dizer que para desempenhar as funções que levaram à suspeita e culminaram com a abertura do processo de investigação, mesmo sem haver ainda qualquer sentença. como dizia, isso não quer dizer que não seja de bom tom e de preservação do próprio nome e do nome do partido que o militante se abstenha de concorrer nestas eleições. Se se provar a sua inocencia, com toda a certeza que poderá retomar o seu percurso político de uma forma muito mais forte. Se se provar a sua culpa, não irá prejudicar nem o partido nem, o que é mais importante, a sua terra, Oeiras.

Agora forçar uma candidatura contra a vontade do próprio líder (pergunta: não é, ou não era, Marques Mendes o Presidente da Assembleia Municipal de Oeiras, ou estou enganado?) e avançar com uma candidatura "autónoma" e à revelia da nacional que indicou a Presidente do Municipio em funções para encabeçar a lista, portanto avançar com uma candidatuura independente ao municipio e contra a candidatura do partido onde ele próprio milita não é bonito, correcto, leal e credível!

Fica à consideração de cada um a análise da justiça da posição de cada lado. Mas a minha análise é clara, claríssima mesmo! Marques Mendes tem toda, todíssima a razão. Os motivos que levaram à demissão e afastamento dos cargos políticos de Isaltino continuam tão válidos hoje como então. A credibilidade não é uma palavra vã. E é preciso practicar desde já o que se defende e estas eleições são o momento ideal para mostrar o novo PSD que saiu deste Congresso, onde a vitória não interessa a qualquer preço, tem de ser dentro das regras de ética e bom relacionamento que se exigem a quem vai ocupar cargos públicos, coisa que o PSD de Guimarães vem defendendo há muito tempo, não só no relacionamento com os outros partidos como dentro de portas também.

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