2007/02/04

Duas Lágrimas de Orvalho

É o nome de um fado celebrizado por Carlos do Carmo, um dos nomes maiores do nosso fado, mas que quando cantado pela Mariza, acompanhada pelo violoncelo de Jacques Morelenbaum, toca-me um pouco mais fundo na alma.

A letra é bonita, muito bem construída, julgo que da autoria de João Linhares Barbosa.

A música é melancólica e forte. E a voz de Mariza assenta perfeitamente tornando esta peça músical num hino do melhor que a música portuguesa pode produzir.

Duas lágrimas de orvalho
Caíram nas minhas mãos
Quando te afaguei o rosto
Pobre de mim pouco valho
Para te acudir na desgraça
Para te valer no desgosto.
Pobre de mim pouco valho
Para te acudir na desgraça
Para te valer no desgosto

Porque choras não me dizes
Não é preciso dizê-lo
Não dizes eu adivinho
Os amantes infelizes
Deveriam ter coragem
Para mudar de caminho
Os amantes infelizes
Deveriam ter coragem
Para mudar de caminho

Por amor damos a alma
Damos corpo damos tudo
Até cansarmos na jornada
Mas quando a vida se acalma
O que era amor é saudade
E a vida já não é nada.
Mas quando a vida se acalma
O que era amor é saudade
E a vida já não é nada.

Se estás a tempo recua
Amordaça o coração
Mata o passado e sorri
Mas se não estás continua
Disse-me isto minha mãe
Ao ver-me chorar por ti.
Mas se não estás continua
Disse-me isto minha mãe
Ao ver-me chorar por ti.

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