2009/01/11

Leituras [37] - A Ilha das Trevas, de José Rodrigues dos Santos



Acabei de ler hoje na praia (sim, está calor e mesmo algo nublado o tempo convidou para uma ida à praia) o livro que começei na viagem de ida para Portugal em Dezembro, "A Ilha das Trevas", um relato emocianal e emocionado do José Rodrigues dos Santos sobre a história recente de Timor, em torno de um anónimo timorense, Paulino da Conceição, e de todas as peripécias que levaram por fim à criação do primeiro país deste milénio.

Não só pelo empenho cívico activo que tive à época do referendo (em Portugal, como é lógico) mas também por ter tido a fantástica oportunidade de durante 2 dias privar de muito perto com o Prémio Nóbel da Paz, D. Ximenes Belo (em 2004, numa experiência inolvidável, para mim, pois foi talvez a pessoa mais importante e conhecida com quem privei e que me marcou profundamente, pelo humanismo, bom humor, espírito jovem e coragem que mostrou ao longo da sua vida), foi com muito prazer que li este livro, de forma rápida e entusiasmante como quase sempre neste autor acontece.

Sinopse:
"Paulino da Conceição é um timorense com um terrível segredo. Assistiu, juntamente com a família, à saída dos portugueses de Timor-Leste e a todos os acontecimentos que se seguiram, tornando-se um mero peão nas circunstâncias que mediaram a invasão indonésia de 1975 e o referendo de 1999 que deu a independência ao país.
Só há uma pessoa a quem Paulino pode confessar o seu segredo - mas terá coragem para o fazer?
A vida e tragédia de uma família timorense serve de ponto de partida para aquele que é o romance de estreia de José Rodrigues dos Santos, precursor de grandes êxitos como A Filha do Capitão, O Codex 632 e A Fórmula de Deus.
Um romance pungente onde a ficção se mistura com o real para expor, num ritmo dramático, poderoso e intenso, a trágica verdade que só a criação literária, quando aliada à narrativa histórica, consegue revelar..."

1 comentário:

Maria Amorim disse...

E este natal vendeu mais que o Prémio Nobel, Saramago.


O rapaz que me vai piscando o olho no final do Telejornal tem futuro!!! hi!hi!

Boas leituras, Nuno.
Bernardete