Capa do 1º dos meus 3 volumes da 3ª Edição, da Arquitectura Popular Portuguesa, 1988 |
E vai daí, sendo possuidor de um exemplar da 3ª edição de 1988 da ainda Associação de Arquitectos Portugueses, reparei ao abrir e folhear o livro que o mesmo está a fazer 50 anos da sua primeira edição e lembrei-me que ainda há dias houve um programa na TSF (programa "Encontros com o Património") sobre o assunto.
Vai daí, pesquisei sobre isto e encontrei muito e bom material sobre o assunto.
Desde logo, a reportagem que a TSF emitiu (com cerca de 40 minutos, com a presença do actual bastonário da OA, João Belo Rodeia, Manuel Graça Dias e Francisco da Silva Dias, do antropólogo João Leal e que pode ser ouvida aqui) é uma excelente peça e que me fez lembrar algumas das aulas que tive logo no primeiro ano do curso, pois o meu professor da principal cadeira (Projecto) foi um dos participantes deste trabalho, o Arq. Carlos Carvalho Dias - como dizem na reportagem, foi um dos "esgalhantes" da zona de Trás-os-Montes e que tantas vezes nos falou sobre esta obra.
Edição de 2004 da Ordem dos Arquitectos na Bertrand |
Depois, no blogue "Do Porto e não só" uma extensa e bem documentada fotograficamente e incluindo uma reflexão profunda sobre o assunto e as suas consequências que vale a pena ler e ver.
Também no mais antigo (e infelizmente descontinuado) blogue "O Projecto" o assunto foi abordado, mas neste apenas num contexto mais limitado e reflexivo a partir das introduções/prefácios das 1ª e 2ª edições do livro.
Encontrei ainda na Bertrand à venda (quer dizer, não está à venda porque diz estar esgotado/indisponível) por 106,00€ uma edição mais recente, de 2004, já pela Ordem dos Arquitectos, do que penso ser a última vez que esta obra foi impressa.
A 1ª edição do livro de 1961 na Livraria Manuel Santos |
Resta-me dizer que aguardo impaciente que a Ordem dos Arquitectos coloque on-line a extensa documentação que tem em mãos, um enorme espólio fotográfico, desenhado e de textos/anotações que os participantes deixaram e que nunca foi publicado - segundo nos dizem na reportagem da TSF, a grande maioria da documentação não foi editada e com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian poderá ver agora, finalmente, a luz do dia.
A parte engraçada (ou não...) é que no final disto tudo, o problema bicudo que tinha para resolver continua por lá com uns bicos bem pontiagudos! Vamos ao trabalho, ainda tenho muito para "esgalhar" - e que saudades que eu tinha desta expressão que tanto usávamos nos tempos universitários!
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