2008/08/10

Leituras [31] - Retornados, de Júlio Magalhães



Foi-me emprestado por um funcionário e foi lido num espaço de uma semana, pois a sua leitura é fácil e rápida, com parágrafos curtos e de fácil assimilação.

Uma história de desencontros e que termina com um encontro final, confirmando a premissa que o mundo é, de facto, muito pequeno.

Aventuras de quem em 1974 e 1975 teve de deixar Angola com o que tinha no corpo e uma vontade enorme de começar de novo. Sucessos e insucessos, o regresso a Angola depois da guerra, o país que renasce das cinzas. Não sendo um grande romance, é uma boa incursão deste jornalista por este campo.

Sinopse:
"Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida."

1 comentário:

Maria Amorim disse...

Como uma das que veio nessa ponte aérea, já o li. É realmente de muito fácil leitura e muitos de nós se revêem nas primeiras páginas.


Mas... contrariamente ao romance do Júlio, muitos se desencontraram e nunca mais se viram.

Continuação de bom trabalho por essas terras.

Boa viagem para o 28! hi!hi!

Bernardete