Não foi pelo sacrifício de ter custado a ler, porque não foi o caso, que demorei um pouco mais de tempo a ler este livro. Foi mesmo porque pelo meio meteram-se as férias em Portugal (um mês) onde não li de todo e ainda estes dias têm sido tão ocupados que à noite nem me apetece ler de tão cansado que por vezes me deito - e verdade seja dita, às vezes já vou a dormir em "piloto automático" do sofá para a cama...
Mas, seja como for, ontem à noite terminei a leitura das aventuras de um general nórdico, Marco Clódio Balista, filho de Isangrim, em terras de transição do oriente e do ocidente, na imaginária cidade fortificada de Arete, onde foi organizar a defesa da cidade contra os persas cujo ataque era iminente. Mas também contra a própria cidade que nos seus diversos quadrantes sociais não aceitou facilmente a chegada do "bárbaro" para (des)mandar naquele ermo local, o mais oriental, do Império Romano do séc III-IV d.C. e que pouco tempo depois acabaria por ser dividido em 2, do Ocidente e do Oriente, com enormes e brutais consequências religiosas, artísticas e culturais que ainda hoje se reflectem na nossa sociedade moderna, como é sabido.
A história é interessante e bem concebida, mas julgo que a tradução do livro não terá feito justiça à versão inglesa e que por isso às vezes perdemo-nos em frases que não parecem bem "talhadas" em relação aos acontecimentos que se desenrolam. E são muitos, com intriga palaciana, batalhas, espionagem e todos os condimentos que fazem sucesso nos livros - tudo acompanhado do rigor cientifico que este historiador imprime ao seu romance (nunca nos esqueçamos que é um romance que o autor tenta enquadrar dentro do espírito de uma das mais desconhecidas épocas da história do ocidente e no qual ele é um perito.
É o primeiro livro de uma trilogia. Eu vou comprar os outros quando saírem. A ler.
Sinopse:
"Ano 255 d.C. Assiste-se ao princípio do fim do Império Romano, cuja autoridade e poder são desafiados ao longo de toda a sua fronteira.
A maior ameaça reside na Pérsia, a oriente, onde o Império Sassânida se agiganta como uma força poderosa e ameaçadora.
Aí, a isolada cidadela romana de Arete aguarda a inevitável invasão.
Um homem é enviado para organizar a defesa e aguentar as muralhas em queda.
Um homem cujo nome é sinónimo de guerra: um homem chamado Balista.
Balista é convocado para, sozinho, reunir o exército e a coragem para resistir ao maior inimigo que alguma vez enfrentou o Império.
Esta é a primeira parte de Guerreiro de Roma: um épico de heróis, coragem, império, traição, e, sobretudo, uma história de guerra sangrenta e brutal."
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