Foi um grande jogo, com grandes golos de ambos os lados mas com um FC Porto imperial a fazer lembrar os bons velhos tempos da época 2002/03 quando vencemos a Taça Uefa e praticávamos um futebol espectacular (para a história aquele grande jogo contra a Lázio).
E se Mariano renasceu das cinzas e mostrou-se como nunca antes o havíamos visto, se Varela continua a mostrar que não é desprestigio para o costa-marfinense a alcunha que ganhou de "Drogba da Caparica" e se Ruben Micael é, cada vez mais, uma certeza no meio campo de Portugal (sim, não me enganei, quis mesmo dizer Portugal, alusão ao Mundial onde a jogar desta forma ele é titular de caras no meio-campo) e o maestro, ficou-me na retina mais uma vez o Falcao, que é um matador.
Os seus dois golos de ontem são a prova disso. O primeiro, a fazer lembrar o McCarthy, a rodar e disparar de fora da área como tão bem fazia o nosso sul-africano. O segundo, à matador, numa cabeçada fulgurante sobre o defesa, fabuloso. Lá está, o voo do Falcao.
Falcao já leva 21 golos esta época em todas as competições (sim, não me enganei outra vez, eu quis mesmo dizer 21 porque aos 19 oficiais eu somo ainda 2 golos limpos que lhe foram vermelhisticamente anulados) e mostra que é um ponta de lança temível. São poucos sul-americanos que na época de estreia conseguem impor-se e mostrar serviço a este nível, na casa das 2 dezenas ou mais de golos. Estarei enganado se disser que o último que o conseguiu no FC Porto (e se calhar no futebol português) terá sido o Pena há mais de 10 anos. Tenho ideia que o Liedson na primeira época pouco mostrou (pelo menos lembro-me da nulidade absoluta dele no primeiro jogo que fez, talvez ainda nas Antas) e que o Cardoso, apesar de ser ao nível do Falcao, tem tido treinadores que não o aproveitam. E para além destes nos últimos dez anos não chegou mais ninguém em condições...
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