...e resta perguntar para quê?
Afinal de contas, quem ler os textos de há cento e tal anos atrás, percebe que tudo continua na mesma. Alguns textos, de tão precisos que são nas criticas à actualidade, até parecem escritos hoje ou então por videntes. Mas não são, são apenas ilustrativos do que se passa hoje: um país que não evoluiu (nas mentalidades, nas elites e nos governantes) neste largo período de tempo.
Há 101 anos caiu a Monarquia que foi substituída por uma República que estava (do)minada pela maçonaria. Há 100 anos veio a primeira Constituição, iniciando-se assim a I República, por 16 anos e com 7 parlamentos, 8 Presidentes da República e nada mais, nada menos que 45 Governos!
Durou pouco, por isso, e descambou em 1933 na ditadura da II República que Salazar estendeu por mais de 40 anos, até 1974, o chamado Estado Novo, que teve 4 Presidentes e 2 Governos.
Por fim, em 1974, com a revolução de Abril e com a aprovação da actual Constituição em 25 de Abril de 1975, teve inicio a III República que dura até aos dias de hoje.
Continuo a perguntar para quando poderemos ter um novo país. Que corte com o passado destes últimos 120 anos de agonia e miséria e desespero. Um país com uma Constituição moderna, sem referências políticas e ideológicas, que permita o progresso efectivo do país.
Eu não comemoro a data de hoje. E se dependesse de mim, nem feriado era. Podem dizer o que quiserem, mas o que foi feito há 101 anos atrás nada trouxe a mais. Como tal, comemorar Portugal apenas em datas mais especiais - o 25 de Abril, sim, e o 24 de Junho. O resto, como hoje, o 1 de Dezembro e o 10 de Junho, são datas que não merecem, por si só, feriados e grandes comemorações.
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