Há muitas críticas que têm segundas intenções e que vão no sentido de tentar atingir e desestabilizar o clube. Essas, temos de as separar das outras, pois não são legítimas nem genuínas.Vítor Pereira
Não percebo o que se passa no FC Porto esta época.
Uma equipa regularmente titular quase igual à do ano passado, com uma excepção - de peso, é certo, mas é só um, Falcao.
Um plantel que até me parece mais equilibrado, pelo menos no meio campo e defesa, pois Defour e Mangala parecem mais fortes que Rubén Micael e Sereno. Um Hulk ainda mais decisivo e mais maduro.
E no entanto, o futebol tem piorado de jogo para jogo. Os maus resultados sucedem-se a um ritmo estranhamente regular. As falhas defensivas, nomeadamente em bolas paradas, já evidentes e motivos de criticas da época passada - apesar das vitórias retumbantes - são este ano ainda mais notadas e a média de 1 golo sofrido por jogo oficial é prova disso mesmo: 13 jogos, 13 golos. A desorientação dos jogadores em campo é visível a olho nu, tendo sido visto por várias vezes jogadores como Moutinho e Hulk a pedirem instruções ao banco para saber onde se iam posicionar. A falta de "plano B" em campo é notória: só há uma jogada tipo: bola em Hulk na direita, este corre com a bola a flectir para o centro e dispara, normalmente de fora da área. Ir à linha de fundo centrar é coisa muito rara esta época, só se joga pelo centro. E alguns jogadores, a meio de Outubro, já apresentam um claro desgaste físico - Moutinho, Fucile, Varela, todos eles estão já desgastados.
Logo, quando o treinador diz o que está reproduzido acima, algo de muito estranho se passa. Porque, é um facto, quando se critica está-se a apontar algo que não vai bem. Sendo que nem sempre é preciso dizer a solução, pois esta está implicita na critica: por exemplo, se eu digo que já há jogadores desgastados fisicamente em meados de Outubro, isso signifca que é preciso rever a preparação fisica ministrada à equipa; ou se digo que há falhas defensivas em bolas paradas, é porque é preciso treinar rotinas defensivas para este tipo de lances; ou se digo que não há "plano B" ofensivo e se resume a uma jogada tipo, é porque é necessário nos treinos semanais preparar os jogadores para outras alternativas ofensivas.
Quero eu com isto dizer que não percebo a critica de Vitor Pereira. Porque só dois tipos de criticas. As dos portistas e as dos não-portistas. A estas, não as leio, não quero saber delas. As dos portistas, há que olhar para elas com atenção porque reflectem o pulsar e sentimento dos adeptos que são o que tornam o clube grande. Ou alguém imagina que um clube pode ser grande e vitorioso num estádio vazio?
Vitor Pereira, para além de estar a demonstrar claras dificuldades em cumprir o papel que se lhe destinou, não percebe o valor das criticas. Bem ao contrário do que devia acontecer, não retira delas o sumo para corrigir o seu caminho.
E quando assim é, lamento, mas não perspectivo grande futuro sobre o estado de saúde do doente.
Espero que, ao menos, os jogadores se unam em campo e saibam mostrar que ainda se lembrar e sabem como é possível ser a 3ª melhor equipa do mundo. E que comecem a demonstrar isso mesmo ainda hoje à tarde, contra o Nacional.
Porque hoje ainda lá estarei para ver o jogo, como lá estive contra os cipriotas e em todos os outros jogos em casa desta temporada. Mas confesso que a minha paciência para ver maus jogos está a chegar ao fim. Para ver mais maus espectáculos fico em casa a ver no sofá. A vida não está para gastar pelo menos 17 euros para ir ver o jogo - portagens, 7,1 euros, combustível para 100 km, quase 7,5 euros, 2 bilhetes de metro, 2 euros (porque comprados em quantidade antes do recente aumento...) e ainda mais uns trocos para comidas e bebidas, é muita coisa. Em casa, fica mais barato... Aliás, basta ver a quantidade de público que tem ido ao Dragão e percebemos isso mesmo.
Confesso, estou cada vez mais preocupado.
Mas sempre com esperança que o próximo jogo seja o da cambalhota, que tudo vire e reinicie a trajectória que todos os adeptos esperam da equipa.
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