Hoje fui à Concreta, a feira de materiais de construção, onde não ia desde o já longínquo ano de 2005.
Primeira impressão à vista desarmada, sem conhecer números: menos stands, menos gente, menos empresas. Logo, menos oportunidades de negócios. Provavelmente, reflexos do cenário de crise que a indústria da construção vive desde há vários anos e acentuada neste último ano, onde fecham cerca de 300 empresas do sector por mês, onde fecham imobiliárias, onde os técnicos emigram, onde os promotores pararam de investir como demonstram as constantes quedas de licenças de construção emitidas.
No restante, gostei de alguns produtos que vi. Algumas empresas procuram sobreviver à custa da diferenciação no mercado, de se tentarem colocar num patamar de qualidade ou inovação mais elevado do que a concorrência.
No entanto, também achei engraçado que há empresas que neste período de tempo não inovaram nada, pelo menos do ponto de vista expositivo. A Cimpor é o exemplo mais flagrante: o stand e os catálogos são do mesmo género desde 2005 - com excepção dos produtos que, mau era, foram evoluindo ao longo do tempo. Pelo contrário, a Valadares e a Sosoares tinham dos mais interessantes e bem conseguidos stands da feira, quanto a mim.
Num sinal positivo, de aposta e crença no país e no mercado, vi também bastantes empresas estrangeiras a tentarem entrar no nosso mercado (ou reentrarem) no que me parece um claro manifesto de que há ainda espaço para o sector progredir e voltar a ter melhores dias.
Lamentavelmente, não vi - ou não reparei - em nenhum empresa de Guimarães. Do distrito, sim: Braga, Barcelos, Famalicão. E assim, não havendo promoção, não há vendas nem há evolução do negócio...
Até ao próximo sábado (até sexta apenas aberto a profissionais do sector), na Exponor, em Matosinhos.
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