Ontem fui a Santiago de Compostela, tão perto de cá mas onde não ia há mais de 15 anos. Desde logo, fui num mau dia, pois também lá era feriado mas, ao contrário do que cá acontece, muitas coisas estavam fechadas, não só no comércio como a nivel da cultura, por exemplo, os museus. A própria catedral estava fechada à hora a que lá cheguei durante a missa - dizia um pequeno cartaz A5 (!) na grande porta de entrada, mas sem indicar horários de abertura ou duração da interrupção...
Assim, apesar disso, é sempre uma viagem agradável para se fazer. Preferencialmente num dia de semana e fora das férias grandes... Foi assim uma visita estranha porque não pude ver tudo como pretendia.
Mas poder ver a praça do Obradoiro e a magnifica catedral de Santiago é já razão suficiente para lá ir.
Para além disso, foi engraçado saber que há tantas coisas em comum com Guimarães. Santiago, tal como Guimarães, é Património Mundial da UNESCO mas desde 1985, os caminhos de Santiago desde 1993 e foi ainda Capital Europeia da Cultura em 2000.
O seu centro histórico é também uma excelente amostra de arquitectura e artes medievais, renascentistas, barrocas e neo-classíicas. Bem como de obras modernas, das quais só tive oportunidade de ir ver (desta vez apenas pelo exterior) o Museu de Artes Modernas da autoria do "nosso" Siza Vieira.
Entretanto, reparei nalguns pormenores interessantes. Por exemplo, no centro histórico de Santiago de Compostela havia casas antigas recuperadas onde se utilizava de forma sóbria o alumínio ou o PVC, onde as coisas modernas convivem de forma natural e normal com o antigo - e este não deixa de ser quem é nem perde a sua forte identidade. São formas diferentes de abordar a recuperação do património edificado. Mas sujeitos, ao que sei, aos mesmo ditames e regras... apenas aplicados de forma diferente por quem analisa. Reparei também que no percurso que fiz (e no regresso ainda fui ver Sanxenxo onde nunca havia ido mas havia ouvido falar tantas vezes por tantos portugueses que lá foram) e não vi um único cartaz de propaganda à CEC2012. Talvez seja essa a razão porque ninguém, das pessoas a quem perguntei (bomba de gasolina, cafés, lojas,...) sabia da existência da CEC2012 - no máximo sabiam de uma CEC, talvez em San Sebastian, talvez em 2013, mas também sem grandes certezas...
Mas Santiago é, acima de tudo, uma cidade onde é bom nos perdermos para passear pelas ruas e arcadas sem destino nem rumo certo. Sendo que gostaria de ter tido mais tempo lá para poder ter feito mais alguns "rabiscos" no meu caderninho... Fica , por isso, prometida nova visita e com extensão à Corunha.
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