Foi isto o que ditou o sorteio da Liga dos Campeões para este ano. Um velho conhecido e bom presságio de competições, os longínquos ucranianos do Dinamo de Kyev onde joga agora Miguel Veloso. Complicados, mas podem ser acessiveis se o FC Porto jogar como jogou no último fim de semana.
O outro Dinamo, o de Zagreb, é dominador na Croácia e joga lá outro português, este formado no FC Porto, onde era capitão dos escalões jovens e foi uma promessa adiada até ser cedido ao Sporting, Tonel. Aparentemente é o clube mais acessível do grupo, mas depois do ano passado ter visto o Apoel fazer o que fez, já não digo mais nada...
Por último, um dos clubes que mais tem investido (ou talvez mesmo o que mais investiu) desde há coisa de um ano ou dois, os franceses do PSG e que têm uma série de mais-valias individuais mas que, pelo que me parece, ainda não têm uma "equipa" propriamente dita. Mas quem tem craques como Ibrahimovic só pode esperar espectáculo desses jogos. Em teoria deverão ser os favoritos do grupo, mas isto da atitude dos jogadores em campo tem muito mais que se lhe diga do que parece...
Previsão: 2º lugar no grupo. A correr muito bem, o primeiro. A correr à "Vítor Pereira", o 3º já não é mau prémio de consolação. Inadmissível: ficar em último...
AH! E faltam 24 horas para encerrar este agoniante mercado de Verão e o Hulk e o Moutinho (ainda) não saíram...
2012/08/31
2012/08/26
O campeão voltou...
Será o Panenka? Será o Postiga? Não, é mesmo o Jackson Martinez a mostrar serviço! (imagem FC Porto) |
Que me perdoem os meus amigos vitorianos, mas hoje, de facto, foi sem espinhas! Um grande jogo do FC Porto, como eu já não via há mais de um ano, pelo menos desde que o André Villas Boas deixou o comando.
Boa circulação, pressão, jogadas bem construídas, oportunidades, golos e até um penalti "à Panenka" pelo Jackson para se estrear a marcar perante os seus adeptos!
Que mudança radical da equipa, ou melhor, da vontade da equipa, entre o último domingo em Barcelos e este jogo! Assim, sim, dá gosto ir ao futebol. Não é pela goleada só, porque esta foi consequência do futebol praticado - é pela garra, velocidade, bom entendimento, vontade de marcar.
Só espero que este bom futebol tenha voltado para ficar, que não tenha sido um lapso no futebol enfadonho, lento, mastigado que tem sido corrente do consulado de Vitor Pereira...
2012/08/20
O anti-ciclone
(foto Publico) |
Restam, por isso, algumas fotos da ondulação mais forte e do Satelite da NASA.
2012/08/17
Leituras [70] - A Quinta dos Animais, de George Orwell
Também conhecido como "O Triunfo dos Porcos" |
A associação de animais numa quinta à comunidade de pessoas que permitiu que Estaline fizesse o que fez, é brutal e muito dura, mas muito bem construída.
Dito isto, não gostei nesta versão de uma coisa: o tradutor assumiu aportuguesar os nomes dos personagens e locais onde a fábula decorre, mesmo que assuma que a quinta está em Inglaterra. Muito sinceramente, penso que preferia os nomes originais. A quinta ficar em Benquerença e o porco que anuncia as coisas ser o Tagarela, a vaca a Mimosa e o cavalo de tiro o Trovão não é muito convincente quando a história se passa em Inglaterra... enfim... Mas no resto, achei muito boa esta versão que, pequena, se lê em duas penadas.
Sinopse:
"Esta nova tradução de Animal Farm recupera o título original, contrariamente às edições anteriores, que adoptaram os títulos panfletários O Porco Triunfante e - o mais conhecido - O Triunfo dos Porcos.
À primeira vista, este livro situa-se na linhagem dos contos de Esopo, de La Fontaine e de outros que nos encantaram a infância. Tal como os seus predecessores, Orwell escreveu uma fábula, uma história personificada por animais. Mas há nesta fábula algo de inquietante. Classicamente, atribuir aos animais os defeitos e os ridículos dos humanos, se servia para censurar a sociedade, servia igualmente para nos tranquilizar, pois ficavam colocados à distância, «no tempo em que os animais falavam», os vícios de todos nós e as sua funestas consequências. Em A Quinta dos Animais o enredo inverte-se. É a fábula merecida por uma época - a nossa época - em que são os homens e as mulheres a comporta-se como animais."
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2012/08/14
COB - Colégio de Especialidades de Gestão, Direcção e Fiscalização de Obras da Ordem dos Arquitectos
No âmbito dos estatutos da OA, esta tem vindo a promover a criação de colégios de especialidade que "a partir de áreas no domínio da Arquitectura com características técnicas e científicas particulares, que assumam importância cultural, social ou económica e impliquem uma especialização do conhecimento ou da prática profissional. ".
Assim, neste momento estão já em actividade ou em instalação os colégios de Urbanismo, Património Arquitectónico e este referido COB.
E o que é o COB?
O Colégio de Especialidade de Gestão, Direcção e Fiscalização de Obras (COB) foi criado em 2010, implementado em 2011 e encontra-se em fase de instalação.
O COB tem as seguintes finalidades:
* contribuir para a valorização profissional e a correcta actuação deontológica no sentido de melhor servir a sociedade;
* acompanhar, promover e divulgar a actividade dos arquitectos nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* fomentar o estudo e a investigação nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* estimular a aproximação às empresas de construção, o diálogo interdisciplinar e o mútuo conhecimento das práticas profissionais que concorrem para a qualidade da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* coadjuvar as entidades competentes para a avaliação técnica dos profissionais que capacitam tecnicamente as empresas de construção, designadamente nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* fundamentar a tomada de posições da Ordem dos Arquitectos nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras, em especial quando se trate de solicitações de entidades públicas com competência na matéria;
* estreitar os laços de cooperação de Portugal com outros países, designadamente com os da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* apoiar as acções de formação permanente desenvolvidas pela Ordem dos Arquitectos ou por outras entidades nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* promover o registo sistemático de arquitectos cuja actividade incida nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras.
O COB tem as seguintes atribuições:
* defender os interesses profissionais dos arquitectos que intervêm nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* promover o intercâmbio de ideias e experiências com organismos afins, nacionais, comunitários ou de outros países, e acções de cooperação interdisciplinar nos âmbitos da formação, da investigação ou da prática profissional que digam respeito aos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* organizar reuniões científicas, seminários e cursos nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* organizar e desenvolver serviços de arquivo, documentação e informação nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* assegurar o registo sistemático dos arquitectos cuja actividade incida nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras.
* promover e patrocinar a edição de publicações conformes aos seus objectivos e que contribuam para um melhor esclarecimento público sobre as implicações e relevância dos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* promover o aperfeiçoamento das regras de cariz deontológico;
* colaborar com os órgãos docentes e discentes das universidades, institutos e outros graus de ensino em todas as iniciativas que visem a formação nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* assumir funções de representação e intervenção nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras, sempre que solicitado pelo Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos;
* prestar colaboração a entidades oficiais ou de interesse público nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras.
O seu funcionamento está definido no Regulamento do Colégio.
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Assim, neste momento estão já em actividade ou em instalação os colégios de Urbanismo, Património Arquitectónico e este referido COB.
E o que é o COB?
O Colégio de Especialidade de Gestão, Direcção e Fiscalização de Obras (COB) foi criado em 2010, implementado em 2011 e encontra-se em fase de instalação.
O COB tem as seguintes finalidades:
* contribuir para a valorização profissional e a correcta actuação deontológica no sentido de melhor servir a sociedade;
* acompanhar, promover e divulgar a actividade dos arquitectos nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* fomentar o estudo e a investigação nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* estimular a aproximação às empresas de construção, o diálogo interdisciplinar e o mútuo conhecimento das práticas profissionais que concorrem para a qualidade da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* coadjuvar as entidades competentes para a avaliação técnica dos profissionais que capacitam tecnicamente as empresas de construção, designadamente nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* fundamentar a tomada de posições da Ordem dos Arquitectos nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras, em especial quando se trate de solicitações de entidades públicas com competência na matéria;
* estreitar os laços de cooperação de Portugal com outros países, designadamente com os da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* apoiar as acções de formação permanente desenvolvidas pela Ordem dos Arquitectos ou por outras entidades nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* promover o registo sistemático de arquitectos cuja actividade incida nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras.
O COB tem as seguintes atribuições:
* defender os interesses profissionais dos arquitectos que intervêm nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* promover o intercâmbio de ideias e experiências com organismos afins, nacionais, comunitários ou de outros países, e acções de cooperação interdisciplinar nos âmbitos da formação, da investigação ou da prática profissional que digam respeito aos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* organizar reuniões científicas, seminários e cursos nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* organizar e desenvolver serviços de arquivo, documentação e informação nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* assegurar o registo sistemático dos arquitectos cuja actividade incida nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras.
* promover e patrocinar a edição de publicações conformes aos seus objectivos e que contribuam para um melhor esclarecimento público sobre as implicações e relevância dos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* promover o aperfeiçoamento das regras de cariz deontológico;
* colaborar com os órgãos docentes e discentes das universidades, institutos e outros graus de ensino em todas as iniciativas que visem a formação nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras;
* assumir funções de representação e intervenção nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras, sempre que solicitado pelo Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos;
* prestar colaboração a entidades oficiais ou de interesse público nos domínios da gestão, direcção e fiscalização de obras.
O seu funcionamento está definido no Regulamento do Colégio.
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Noticia sobre a criação do COB.
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Só me falta dizer que, desde Junho passado e com muito orgulho, sou o associado n.º 10 deste Colégio.
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2012/08/12
Supertaça... para não variar!
Primeiro jogo oficial da época, primeiro título da época. Para não variar, tudo como de costume: aí vão 19 Supertaças, as últimas 4 das quais consecutivamente.
Bom para moralizar, apesar do diminuto valor desta prova.
Não é caso para ir comemorar para a rua ou para fazer uma festa, esses momentos estão reservados para as grandes vitórias internacionais ou para o campeonato.
Mas numa principio de época tão complicado, graças por um lado às ausências olímpicas e por outro ao despropositado calendário de transferências que só encerra a 31 de Agosto já com a época em pleno andamento (não só nas provas nacionais como também para muitas equipas que terão já vários jogos da Liga Europa e Liga dos Campeões nas pernas) e que não permite ter um plantel definido até que Setembro se inicie.
E, para mais, com Vitor Pereira a treinador!
Pessoalmente não gostei do jogo, que foi de qualidade fraca. Mas gostei de ver o Jackson e acima de tudo gostei de o ver marcar. E gostei de ganhar, porque é isso que estou habituado a ver acontecer! Este sábado foi um sprint, no próximo domingo começa a maratona: a Liga! 30 jornadas de emoção que espero que ditem, para não variar também, o FC Porto como campeão... ;)
Bom para moralizar, apesar do diminuto valor desta prova.
Não é caso para ir comemorar para a rua ou para fazer uma festa, esses momentos estão reservados para as grandes vitórias internacionais ou para o campeonato.
Mas numa principio de época tão complicado, graças por um lado às ausências olímpicas e por outro ao despropositado calendário de transferências que só encerra a 31 de Agosto já com a época em pleno andamento (não só nas provas nacionais como também para muitas equipas que terão já vários jogos da Liga Europa e Liga dos Campeões nas pernas) e que não permite ter um plantel definido até que Setembro se inicie.
E, para mais, com Vitor Pereira a treinador!
Pessoalmente não gostei do jogo, que foi de qualidade fraca. Mas gostei de ver o Jackson e acima de tudo gostei de o ver marcar. E gostei de ganhar, porque é isso que estou habituado a ver acontecer! Este sábado foi um sprint, no próximo domingo começa a maratona: a Liga! 30 jornadas de emoção que espero que ditem, para não variar também, o FC Porto como campeão... ;)
2012/08/09
Leituras [69] - Teoria Geral do Esquecimento, de José Eduardo Agualusa
Infelizmente não pude estar no Café Milenário, em Guimarães, quando ele lá apresentou este "Teoria Geral do Esquecimento" (e onde o meu pai fez o favor de mo comprar e dar-lhe a autografar) pois gostaria de ter trocado algumas impressões com ele.
Tendo já comprado (e lido com imenso prazer...) três seus livros anteriormente - Barroco Tropical, As Mulheres de Meu Pai e Milagrário Pessoal - estava expectante em ler esta sua última obra, cuja sinopse só por si já me despertava a vontade de ler. E não fiquei nada desiludido, bem pelo contrário. Este livro, que nasceu guião de filme e maturou e cresceu até chegar a um romance, é excepcional, fabuloso na criatividade que o autor usa e abusa para construir uma narrativa única de sobressaltos e baseada num principio de história absurdo mas que até poderia ter acontecido: uma portuguesa, nos dias entre a revolução e a independência, "barrica-se" no seu apartamento e assim fica fechada ao mundo durante... quase 30 anos! Todos os personagens, que poderiam ser reais de tão bem construídos que estão como nós, que por lá vivemos algum tempo, sabemos, concorrem por caminhos diferentes para o mesmo local - o apartamento de Ludo - num crescente de emoções e surpresas.
Escrito naquele português adocicado que escritores angolanos me habituaram (na senda do mestre Pepetela!) é um livro de leitura irresistível e que critica muito bem não só a sociedade contemporânea angolana, como também todo o período dos anos a seguir à independência.
Quem esteve em Angola, tem de ler este livro. Quem não esteve, se o ler, vai sentir-se transportado até lá...
Tendo já comprado (e lido com imenso prazer...) três seus livros anteriormente - Barroco Tropical, As Mulheres de Meu Pai e Milagrário Pessoal - estava expectante em ler esta sua última obra, cuja sinopse só por si já me despertava a vontade de ler. E não fiquei nada desiludido, bem pelo contrário. Este livro, que nasceu guião de filme e maturou e cresceu até chegar a um romance, é excepcional, fabuloso na criatividade que o autor usa e abusa para construir uma narrativa única de sobressaltos e baseada num principio de história absurdo mas que até poderia ter acontecido: uma portuguesa, nos dias entre a revolução e a independência, "barrica-se" no seu apartamento e assim fica fechada ao mundo durante... quase 30 anos! Todos os personagens, que poderiam ser reais de tão bem construídos que estão como nós, que por lá vivemos algum tempo, sabemos, concorrem por caminhos diferentes para o mesmo local - o apartamento de Ludo - num crescente de emoções e surpresas.
Escrito naquele português adocicado que escritores angolanos me habituaram (na senda do mestre Pepetela!) é um livro de leitura irresistível e que critica muito bem não só a sociedade contemporânea angolana, como também todo o período dos anos a seguir à independência.
Quem esteve em Angola, tem de ler este livro. Quem não esteve, se o ler, vai sentir-se transportado até lá...
Sinopse
"Luanda, 1975, véspera da Independência. Uma mulher portuguesa, aterrorizada com a evolução dos acontecimentos, ergue uma parede separando o seu apartamento do restante edifício - do resto do mundo. Durante quase trinta anos sobreviverá a custo, como uma náufraga numa ilha deserta, vendo, em redor, Luanda crescer, exultar, sofrer. Teoria Geral do Esquecimento é um romance sobre o medo do outro, o absurdo do racismo e da xenofobia, sobre o amor e a redenção."
2012/08/08
Uma raridade!
Guimarães, em frente à entrada de automóveis da CMG |
2012/08/01
Eurico de Melo, 1925-2012
Foi também um importante nome na criação das várias concelhias do distrito de Braga, nomeadamente a de Guimarães (onde julgo, se não estou em erro, que chegou a ser militante) com Fernando Alberto Ribeiro da Silva, António Xavier e outros vimaranenses que aqui então tomaram o assunto em mãos.
Hoje, o país ficou mais pobre.
Homens como este são de uma estatura moral que já não existe. Basta dizer que, juntamente com o actual presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, Eurico de Melo é o único político que conheço que abdicou das reformas a que tinha direito pela sua carreira política. Adeus, engenheiro Eurico de Melo, que a sua alma descanse em paz que o seu serviço por Portugal foi claramente reconhecido por quem cá ficou ainda. A minha singela homenagem. Obrigado.
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Nuno Leal
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PSD
Leituras [68] - O Último Segredo, de José Rodrigues dos Santos
Seguem neste "O Último Segredo" as aventuras do criptanalista e historiador Tomás Noronha, personagem que JRS criou e tem vindo a desenvolver ao longo dos anos em aventuras várias.
Esta é, para mim, a mais fraca dessas aventuras. Achei-a demasiadamente descritiva da Bíblia, repetindo-se até amiúde, e não desenvolvendo nada em muitos capítulos, aulas puras do professor universitário Tomás Noronha à bela italiana Valentina Ferro. Os últimos capítulos são a parte melhor, onde os acontecimentos desenrolam-se em catadupa e com constantes viragens e surpresas, como é apanágio destes romances.
Penso que JRS teve algum receio ao abordar o tema deste romance e por isso, para sua defesa, preferiu explicar até à exaustão as teses defendidas ali, perdendo-se por isso a aventura e ganhando em conhecimentos sobre as contradições da Bíblia e sobre a credibilidade histórica de muitos dos episódios relatados no Novo Testamento.
No entanto, não é por isso que digo que é um mau livro. Não é, pelo contrário, é muito bom e interessante até pelo que expõe e permite compreender algumas coisas menos bem explicadas sobre os fundamentos do cristianismo, com muita clareza. Apenas acho é que o romance é pequeno, pois pelo menos metade do livro é pesquisa histórica e cientifica.
Sinopse:
Uma paleógrafa é brutalmente assassinada na Biblioteca Vaticana quando consultava um dos mais antigos manuscritos da Bíblia, o Codex Vaticanus. A polícia italiana convoca o célebre historiador e criptanalista português, Tomás Noronha, e mostra-lhe uma estranha mensagem deixada pelo assassino ao lado do cadáver.
A inspectora encarregada do caso é Valentina Ferro, uma beldade italiana que convence Tomás a ajuda-la no inquérito. Mas a sucessão de homicídios semelhantes noutros pontos do globo leva os dois investigadores a suspeitarem de que as vítimas estariam envolvidas em algo que as transcendia.
Na busca da solução para os crimes, Tomás e Valentina põem-se no trilho dos enigmas da Bíblia, uma demanda que os conduzirá à Terra Santa e os colocará diante do último segredo do Novo Testamento. A verdadeira identidade de Cristo.
Baseando-se em informações históricas genuínas, José Rodrigues dos Santos confirma-se nesta obra excepcional como o grande mestre do mistério. Mais do que um notável romance, O Último Segredodesvenda-nos a chave do mais desconcertante enigma das Escrituras.
Excerto:
«A inspectora esboçou um esgar inquisitivo.“Erros? Que erros?”O historiados susteve-lhe o olhar. “Não sabia? A Bíblia contém muitos erros.”“O quê?”Tomás girou a cabeça em redor, procurando certificar-se de que ninguém o escutava. No fim de contas encontrava-se em pleno Vaticano e não queria desencadear nenhum incidente. Viu dois sacerdotes junto à porta que conduzia à Leonina, um deles devia ser o prefetto da biblioteca, mas concluiu que a distância era suficientemente grande e não corria o risco de ser escutado.Inclinou-se, mesmo assim, para a sua interlocutora e numa postura de conspirador preparou-se para partilhar com ela um segredo com quase dois milénios. “São milhares de erros a infectar a Bíblia”, murmurou. “Incluindo fraudes.”»
Críticas de imprensa:
«Melhor do que Dan Brown.»
Tros Nieuwsshow, Holanda
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Nuno Leal
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