Sofrer, sofrer muito, parece ser a nossa sina!
Foi quase dramático hoje, com expulsões e incerteza até ao fim. Logo no inicio do jogo, a lesão do Ronaldo que se percebeu ser grave, apesar do seu esforço por mais de 20 minutos para se manter em campo. As lágrimas que lhe saiam dos olhos eram as lágrimas que nos atormentavam desde logo o sofrimento que este jogo ia ser.
Depois o golo do Maniche, o melhor em campo e num crescendo de forma que está a fazer-me lembrar o "velho" Maniche de 2004, o melhor jogador do Euro2004 (mesmo que a UEFA não o tenha nomeado a ele) e que é o nosso pulmão.
O desacerto do Costinha, fruto da falta de ritmo e de minutos nas pernas nesta época, com três faltas desnecessárias a meio campo, todas elas para amarelo. O único erro que aponto hoje ao Scolari: não o substituiu imediatamente na 2ª falta que o árbitro, já aí desorientado, deixou passar em branco. Minutos depois, foi expulso - e esta critica vem já do facto de o ter convocado, está bom de ver...
Depois, a falta de fair-play dos holandeses - desde as entradas maldosas ao Ronaldo logo nos primeiros minutos, passando pelos protestos constantes dos jogadores e pelos empurrões aos nossos jogadores e culminando na não devolução da bola num lance que daria o 1º amarelo do Deco (e até podia ter sido vermelho) que estragou o resto do jogo.
Por último, o próprio árbitro, ao nível do pior que vemos nos nossos relvados. E mesmo que no final o presidente da FIFA, Joseph Blatter, tenha vindo criticar a actuação, coisa inédita e inaudita no dirigismo ao mais alto nível, tal não vem descartar a responsabilidade da FIFA e do seu presidente na escolha dos árbitros, dos critérios para a amostragem de cartões que tem pressionado os árbitros a implementar, na recusa das novas tecnologias para auxiliar os árbitros nas tomadas de decisão durante o jogo, etc.
De resto, fica-me do jogo a ideia de uma entrega enorme dos nossos jogadores, da coreecta substituição do Pauleta para a entrada do Petit, mantendo os 2 alas mais rápidos na equipa, o que segurou mais defesas e impediu que os laterais subissem muito no apoio ao ataque holandês. Ficou um jogo cheio de emoções, de palpitações e de excitações...
E ficou, claro, a nossa vitória por 1-0! Que era o mais importante, afinal de contas... E sábado que vem, às 16h00, lá estarei eu na casa da Sara, no mesmo sofá, com a mesma camisola e a assitir ao jogo contra a Inglaterra que nos poderá abrir as portas das meias finais...
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