Ou antes, à pedrada nos fiscais do ministério do ambiente. São assim os nossos políticos. Sempre muito democráticos, 25 de Abril sempre, mas à primeira oportunidade, é à pedrada, à canelada ou de uma outra qualquer forma de incitamento violento que resolvem os assuntos que lhes incomodam.
O mais grave neste caso do Presidente da Câmara de Viseu, Fernando Ruas, é que ele é também o presidente de todos os presidentes, isto é, preside à Associação Nacional de Municipios Portugueses, uma das mais corporativas, retrogradas e conservadoras instituições portuguesas.
O ambiente é, para a grande e enorme maioria dos políticos, verbo de encher. Desde logo, encher programas eleitorais. Mas não é verbo de executar. Basta analisar os investimentos no ambiente e comparar com o investimento nas obras de "mandato". Basta ver a importancia que dão aos planos de ordenamento do território, quase todos de princiipios e meados dos anos 90 (e entretanto caducados, perante a lei que estabelece uma vigência de 10 anos para os PDM's) e mesmo assim executados sob a ameaça de ser fechada a torneira dos fundos comunitários aos municipios que não os aprovassem até 1995 ou 96, já não me recordo. Basta ver quantos municipios têm um Plano Municipal do Ambiente (isto é, que seguem a chamada "Agenda 21") ou quantos se certificaram ambientalmente...
De facto, o ambiente nas autarquias tem 3 funções: tratar dos jardins, tratar das florestas e tratar das águas e do saneamento. Sendo que esta última em quase todo o território está na esfera do direito privado através de empresas municipais, que com mais pessoal, mais gastos, mais administradores e menos fiscalização fazem aquilo que os municipios sempre fizeram!
O ambiente em Portugal é, na verdade, uma merda! O ambiente político, claro, mas o verdadeiro para lá caminha...
Sem comentários:
Enviar um comentário