Que dia cansativo! Coliseu, Forum, diversas igrejas, Panteão, Museu do Vaticano, S. Pedro...
Kilometros a pé, dentro e fora, mas tão bem percorridos.
O Coliseu, que coisa fantástica. Um estádio da dimensão dos modernos estádios de futebol.
E o museu do Vaticano? Nem sei o que diga. Ou sei, uma palavra: chorei! Nas salas de Rafaello, que coisa fantástica, sublime. Nestes momentos, acredito plenamente em Deus, porque o Homem não é capaz de fazer coisas assim tão belas, só com uma centelha divina se pode representar algo assim! Belo, emocionante, divinal! Ainda mais impressionante que a Capela Sistina, que é também uma belíssima obra de arte.
E por fim S. Pedro. Uma escala abissal e uma coisa sem comparação. E a Piettá, que sendo uma "pequena" obra de dimensão, é enorme no que representa. Lindo.
Fotos, algumas, mais à frente. Só hoje foram mais de 400...
2011/04/29
2011/04/28
Roma, dia 1
Roma é fantástica.
Mas estou cheio de vontade de conhecer Dublin...
Voltando a Roma, andamos uns km's largos, pelo centro, desde o Vaticano até à Fonte de Trevi. A piazza Navonna é uma sala de visitas, fantástica a escultura da fonte de Bernini horrorizado com a igreja à sua frente... E a praça de S. Pedro, que coisa magnifica, a escala dos deuses e o contra-senso do oblisco no centro, a imensa catedral dominada pela magnífica cúpula, um arrojo da construção!
As indicações dos transportes públicos são uma "cagada". Logo na primeira viagem do aeroporto Leonardo da Vinci-Fumicini para Roma compramos um bilhete (8 euros) e entramos no comboio. Azar, não era esse, que era directo, tivemos de comprar outro bilhete nesse comboio (mais 14 euros que era o preço dele) e ainda inutilizou o outro... Depois, para ir para o centro desde o hotel, há uma estação a 500 metros, mas estava completamente fechada e abandonada, só no exterior havia uma bilheteira que não conseguiu explicar como e onde comprar o bilhete... Enfim, quando estou no estrangeiro é que dou valor ao nosso país...
E Roma está cheia como um ovo. Porque, por acaso, este fim de semana é a beatificação de Karol Woyjtila, aka João Paulo II e por isso até no avião era uma enorme concentração de clérigos, incluindo o Bispo do Porto.
E Dublin aqui tão perto...
Nota - fotos para mais tarde, a net não ajuda muito...
Mas estou cheio de vontade de conhecer Dublin...
Voltando a Roma, andamos uns km's largos, pelo centro, desde o Vaticano até à Fonte de Trevi. A piazza Navonna é uma sala de visitas, fantástica a escultura da fonte de Bernini horrorizado com a igreja à sua frente... E a praça de S. Pedro, que coisa magnifica, a escala dos deuses e o contra-senso do oblisco no centro, a imensa catedral dominada pela magnífica cúpula, um arrojo da construção!
As indicações dos transportes públicos são uma "cagada". Logo na primeira viagem do aeroporto Leonardo da Vinci-Fumicini para Roma compramos um bilhete (8 euros) e entramos no comboio. Azar, não era esse, que era directo, tivemos de comprar outro bilhete nesse comboio (mais 14 euros que era o preço dele) e ainda inutilizou o outro... Depois, para ir para o centro desde o hotel, há uma estação a 500 metros, mas estava completamente fechada e abandonada, só no exterior havia uma bilheteira que não conseguiu explicar como e onde comprar o bilhete... Enfim, quando estou no estrangeiro é que dou valor ao nosso país...
E Roma está cheia como um ovo. Porque, por acaso, este fim de semana é a beatificação de Karol Woyjtila, aka João Paulo II e por isso até no avião era uma enorme concentração de clérigos, incluindo o Bispo do Porto.
E Dublin aqui tão perto...
Nota - fotos para mais tarde, a net não ajuda muito...
2011/04/27
Vou ali...
...porque todos os caminhos vão lá dar! Mas volto já... Domingo estou de volta, mas vou "perder" o jogo do FC Porto com o Villareal - espero que só eu, porque ainda penso que poderei ir a Dublin a 18 de Maio...
2011/04/25
Somos livres
O 25 de Abril é, para mim, sinónimo de uma música e uma recordação, dos meus 1,5 anos de idade que tinha nesse dia. E que, lendo e ouvindo a letra dessa música, simboliza ainda para mim o que é o 25 de Abril: Liberdade.
Cantava-se então que uma "gaivota voava, voava, e como ela, somos livres, somos livres, de voar".
E como um povo que "cerra fileiras e parte à conquista do pão e da paz", hoje estamos num ponto crucial da nossa vida democrática. Acredito que não terá sido para isto que fizeram a revolução, mas isto é o que temos hoje de herança da geração que fez a "revolução". Um país falido, deprimido, desnorteado e desgovernado e a necessitar que instituições estrangeiras venham "revolucionar" novamente toda a estrutura social e económica do país. É triste ter-mos chegado ao ponto de ter de vir a "troyka" ver o que se pode fazer pelo nosso país e entretanto o Primeiro-Ministro ir a banhos ao Algarve. É triste ver que só no último foram feitas 3 correcções ao orçamento (PEC's vários) e no final vemos que as contas estão piores hoje que há um ano atrás. E é triste perceber que as pessoas que há mais de uma dezena de anos nos levam até ao momento actual ainda têm coragem de aparecer a novas eleições, não assumindo a sua responsabilidade perante o que se passa. Não foi, tenho a certeza, para isso que a revolução terá sido feita. Mas o cravo murchou, está a morrer e nada foi feito por Portugal para o manter vivo.
Tenho, no entanto, esperança que as coisas melhorem daqui para a frente. Porque é dificil ficar pior, convenhamos. Mas com a "verdade" das contas que a "troyka" está a trazer a lume, com as medidas que de externamente vão ser impostas e que internamente não as soubemos implementar, penso que a médio prazo tudo será melhor. Como o foi após a última intervenção do FMI em 1983 e que permitiu um bom desempenho do país até meados de 1996, momento em que os indicadores (ver em Desmitos) começaram a inversão que nos trouxe até ao momento actual.
A "nova revolução" começou na tomada de posse de Cavaco Silva. E o "processo de revolução em curso" terminará a 5 de Junho com a eleição de um novo Governo que com o apoio das instituições externas e do Povo irá, finalmente, conseguir abrir uma nova República, a IV, depois deste insucesso que foram as 3 primeiras ao longo dos últimos 101 anos...
Cantava-se então que uma "gaivota voava, voava, e como ela, somos livres, somos livres, de voar".
E como um povo que "cerra fileiras e parte à conquista do pão e da paz", hoje estamos num ponto crucial da nossa vida democrática. Acredito que não terá sido para isto que fizeram a revolução, mas isto é o que temos hoje de herança da geração que fez a "revolução". Um país falido, deprimido, desnorteado e desgovernado e a necessitar que instituições estrangeiras venham "revolucionar" novamente toda a estrutura social e económica do país. É triste ter-mos chegado ao ponto de ter de vir a "troyka" ver o que se pode fazer pelo nosso país e entretanto o Primeiro-Ministro ir a banhos ao Algarve. É triste ver que só no último foram feitas 3 correcções ao orçamento (PEC's vários) e no final vemos que as contas estão piores hoje que há um ano atrás. E é triste perceber que as pessoas que há mais de uma dezena de anos nos levam até ao momento actual ainda têm coragem de aparecer a novas eleições, não assumindo a sua responsabilidade perante o que se passa. Não foi, tenho a certeza, para isso que a revolução terá sido feita. Mas o cravo murchou, está a morrer e nada foi feito por Portugal para o manter vivo.
Tenho, no entanto, esperança que as coisas melhorem daqui para a frente. Porque é dificil ficar pior, convenhamos. Mas com a "verdade" das contas que a "troyka" está a trazer a lume, com as medidas que de externamente vão ser impostas e que internamente não as soubemos implementar, penso que a médio prazo tudo será melhor. Como o foi após a última intervenção do FMI em 1983 e que permitiu um bom desempenho do país até meados de 1996, momento em que os indicadores (ver em Desmitos) começaram a inversão que nos trouxe até ao momento actual.
A "nova revolução" começou na tomada de posse de Cavaco Silva. E o "processo de revolução em curso" terminará a 5 de Junho com a eleição de um novo Governo que com o apoio das instituições externas e do Povo irá, finalmente, conseguir abrir uma nova República, a IV, depois deste insucesso que foram as 3 primeiras ao longo dos últimos 101 anos...
2011/04/24
Feliz Páscoa
Porque há tradições que não se perdem, esta é uma delas. A todos uma feliz Páscoa, uma mesa cheia de familiares e amigos, pão-de-ló, amêndoas, ovos, coelhinhos e tudo o mais que torna este dia tão especial.
2011/04/21
Licor Beirão - Concurso Porsche Amarelo
Licor Beirão - Concurso Porsche Amarelo: "Licor Beirão - Concurso Porsche Amarelo"
O nosso destino...
...é não só vencer, como vencê-los! E aí vão 4 vitórias esta época (Supertaça 2-0, Campeonato 5-0 e 1-2, e agora na Taça 1-3) com um impressionante saldo de 12 golos marcados e 4 sofridos.
A superioridade é isto mesmo. 4 vitórias em 5 jogos, uma goleada histórica, duas vitórias memoráveis na casa deles, uma valeu a confirmação do campeonato e outra a reviravolta e correcção do acidente de percurso da única derrota.
Não sei que mais poderemos fazer. Ainda temos três desafios/objectivos até 22 de Maio, final da época: ganhar a Taça de Portugal, terminar invictos o campeonato e, porque não, ganhar a Liga Europa.
Neste momento, no êxtase da vitória de hoje, acredito que tudo é possível a este FC Porto. E acredito que ainda vou ter mais uns bons motivos para comemorar esta época...
A superioridade é isto mesmo. 4 vitórias em 5 jogos, uma goleada histórica, duas vitórias memoráveis na casa deles, uma valeu a confirmação do campeonato e outra a reviravolta e correcção do acidente de percurso da única derrota.
Não sei que mais poderemos fazer. Ainda temos três desafios/objectivos até 22 de Maio, final da época: ganhar a Taça de Portugal, terminar invictos o campeonato e, porque não, ganhar a Liga Europa.
Neste momento, no êxtase da vitória de hoje, acredito que tudo é possível a este FC Porto. E acredito que ainda vou ter mais uns bons motivos para comemorar esta época...
2011/04/18
Albatroz engaiolado
Descobri, através da Sara, o blog "Caged Albatross" de um português radicado no estrangeiro à tantos anos quantos os que eu ando neste mundo.
Um blog muito interessante, com uma leitura extremamente cativante. E com uma escrita deveras inteligente e analítica, aos olhos de quem nos vê de fora que é sempre bem melhor do que quem analisa de cá, e em partícular uma série de 9 artigos onde descreve o fim desta 3ª República. Que seguiu, sem grandes diferenças, a via das duas anteriores e terminando em colapso financeiro.
Só me falta ler agora como poderemos fundar a 4ª República. Porque as anteriores nasceram de revoluções e não me parece que desta vez isso seja possível. Mas que venha ela rapidamente, que sejam revistos a Constituição e os organismos de Estado, que seja redesenhado o mapa administrativo do país. Porque se isso não for feito, é certo para mim que a terceira falência do país desde 1978 não será a última...
Um blog muito interessante, com uma leitura extremamente cativante. E com uma escrita deveras inteligente e analítica, aos olhos de quem nos vê de fora que é sempre bem melhor do que quem analisa de cá, e em partícular uma série de 9 artigos onde descreve o fim desta 3ª República. Que seguiu, sem grandes diferenças, a via das duas anteriores e terminando em colapso financeiro.
Só me falta ler agora como poderemos fundar a 4ª República. Porque as anteriores nasceram de revoluções e não me parece que desta vez isso seja possível. Mas que venha ela rapidamente, que sejam revistos a Constituição e os organismos de Estado, que seja redesenhado o mapa administrativo do país. Porque se isso não for feito, é certo para mim que a terceira falência do país desde 1978 não será a última...
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2011/04/14
Roseta de prata, 25 anos de sócio do FC Porto
Apesar de já ter cumprido o ano passado esse aniversário, só esta noite recebi, em cerimónia no Estádio do Dragão, onde estavam presentes mais de 500 associados do FC Porto, a roseta de prata que simboliza os 25 anos de associado.
E foi um orgulho imenso ter recebido a mesma das mãos do Fernando Gomes, o bibota de oura e o meu grande ídolo de infância, o grande capitão de quem me recordo dos golos memoráveis que marcou (em especial um em pontapé de moínho/bicicleta, contra o Covilhã, na última jornada do campeonato no velhinho estádio das Antas) nesse longínquo mês de Abril do ano de 1986.
Gomes foi o meu primeiro idolo, seguido por muitos outros como Vítor Baía, Domingos, Fernando Couto, Jorge Costa e Jardel. Deste último, ainda ao serviço do FC Porto, encontrei-o certa vez no posto da Galp da A3 na Maia e tenho uma t-shirt com a caricatura que lá comprei assinada por ele. Mas as outras assinaturas ainda não as tenho...
Ao longo do dia pensei várias vezes quem me iria entregar a roseta. O presidente não seria porque está em Moscovo, bem como todo o plantel. E pensava para mim que ele poderia estar lá, visto que tem estado muito próximo da direcção do clube, em particular desde que o Baía se afastou...
E estou feliz por ter ao meu lado, neste momento tão especial, o meu pai. E, já agora, a Sara, que fez das tripas, coração, e foi também!
Estou feliz.
Só o facto de faltarem 25 anos para receber a de ouro é que me desagrada...
Sardoeira Pinto a abrir a sessão
Maria Amélia Canossa a cantar a "Marcha do FC Porto"
O meu pai, o Gomes e eu
A Sara, o Gomes e eu
2011/04/12
Chegou o FMI
Enquanto Sócrates, mais uma vez, mente e não cumpre o que disse ("Eu não estou disponível, da minha parte, para governar com o FMI") mantendo a sua tradição de fazer da verdade de hoje a mentira de amanhã, o FMI já cá está para, conjuntamente com a UE, ver em que ponto andam as nossas contas e o que se pode fazer por elas, bem como decidir o valor do empréstimo, o prazo e as tranches.
Quem, no entanto, ouviu o partido do poder gestionário a falar no comício de Matosinhos, parece que, de facto, ainda somos nós que vamos emprestar dinheiro ao FMI... Já não há pachorra! Nem para gestão servem! Veja-se apenas o caso do TGV, que ontem foi, finalmente, suspenso por "bom senso"... por ter sido apenas ontem, apesar dos avisos que há 2 anos o PSD e o PP vêm a fazer, vai custar uns milhões, talvez mais de cem milhões, em indemnizações aos adjudicados vencedores dos concursos que nunca deveriam ter sido lançados... E quem paga, mais uma vez? Sócrates? Não, todos nós...
Acho que está na altura de se estudar de forma séria e rigorosa se não podemos fazer o que se fez na Islândia, levar a tribunal o primeiro-ministro que os colocaram naquela situação, por negligência que causou a crise!
2011/04/11
Nobre decisão?
Antes de mais, uma declaração de posição.
Pessoalmente não gosto muito do político Fernando Nobre, porque acho que é mais uma pessoa, como tantos independentes que aí andam, que só querem os lugares da política sem estarem nos partidos que é onde a política é feita.
Mas reconheço que o trabalho que desenvolveu na AMI e o seu espírito de independente, verdadeiramente independente como prova ter declarado simpatia pela causa monárquica, ter apoiado Durão Barroso em 2002, Soares em 2006, o Bloco de Esquerda em 2009 e ter sido candidato a PR em 2010 o comprovam, são de facto uma matriz de alguém que não estará no nível partidário mas sim no nível da cidadania.
Assim, posta a minha posição sobre o homem, comentarei agora o convite que lhe foi feito e aceite ontem para integrar e liderar a lista de Lisboa do PSD nas próximas eleições de Junho e ser o seu candidato a Presidente da nova AR.
Em primeiro, parece-me que foi uma excelente mas arriscada jogada política de PPC. Excelente porque conseguiu o apoio de uma pessoa que tem uma boa base eleitoral e que captará sempre muitos votos, nem que seja um quarto ou um quinto dos votos que obteve nas presidenciais - e que eram votos de descontentes e abstencionistas crónicos, bem como de socialistas descontentes - e que será sempre positivo, demonstrando já que de facto, o PSD pretende ter e formar um governo abrangente, não limitado à sua cor politica. Mas é também arriscado porque pelo sua característica de independente que cultiva, poderá vir a trazer alguns amargos de boca ao PSD e a PPC, já que ele não se irá "segurar" quando falar dissonantemente da orientação do partido sobre vários assuntos - talvez em campanha ele seja mais moderado, mas na AR e já como deputado e possivelmente presidente da AR, não me acredito que se contenha de todo.
Desde já, encontro uma coisa positiva neste anuncio. Colocou a esquerda "à nora" por perder uma das suas vozes e por ter recolocado o debate político na campanha eleitoral, depois de ligados à maquina partidária do PS com o comício, perdão, congresso do nacional socialismo, perdão socialista, deste fim de semana.
É triste ver o ponto a que chegou o PS. A aclamação encenada de Sócrates não corresponde nem à realidade do país nem, provavelmente, à realidade socialista, que no "day after" irá reclamar a pele de cordeiro que Sócrates vestiu este fim de semana. Faz-me lembrar, em certo sentido, o que se passou no PSD com Santana e Menezes, em que o aparelho foi mobilizado para dar a ideia de grandes lideranças apenas contestada esporadicamente por um outro militante e que, após algum tempo e derrotas eleitorais, foram amplamente criticadas e demitidas.
Acho que foi preciso coragem para avançar com o convite, que provavelmente será alvo de criticas internas, por parte de PPC. E acho que foi preciso coragem aceitar o convite, por ser do partido menos previsível e por, evidentemente, arrastar para si um coro de criticas de toda uma esquerda incapaz de aceitar a independência que traz nos seus genes. Percebo ter aceite o convite quando lhe é prometido ser mais que deputado, porque quando lhe dá a hipótese de ser o próximo presidente da AR, figura n.º 2 da hierarquia do Estado, está-lhe a ser oferecido o palco para ele poder continuar a sua luta de "cidadania" de que se auto-proclama ser a voz representante de tantos descontentes com a política e os políticos. E, sejamos coerentes, depois da sua candidatura derrotada em Janeiro passado, não lhe restavam grandes alternativas se queria continuar a ser uma voz activa - porque as próximas presidenciais são só em 2016 e porque não lhe ficava bem criar um partido ou ser militante em qualquer outro, só através de uma candidatura como independente poderia manter um palco. O PSD teve a clareza de ver que ao cargo de deputado teria de juntar algo mais - coisa que, pelo visto, mais ninguém viu porque sabe-se já que Fernando Nobre manteve contactos e convites de outros partidos e optou por aceitar este...
Por isso, não sei se foi Nobre a decisão, mas sei que foi corajosa!
2011/04/07
Ajuda. Ajuda?
O Público usa hoje um fundo negro com a palavra AJUDA para dar a conhecer o pedido de ajuda financeira que o Governo, mesmo que de gestão, finalmente resolveu realizar à Comissão Europeia.
Mas o cenário não ficou negro agora com o pedido de ajuda, antes pelo contrário.
Negro estava até então, em que o Governo foi fazendo asneira atrás de asneira e derrubando a esperança e a credibilidade de Portugal e dos portugueses. Deixando prolongar a agonia, deixando que as agências de rating fossem descendo as notações até ao "lixo", deixando as taxas de juro subir até valores insuportáveis e continuando a repetir pedidos de mais empréstimos, aumentando os impostos todos, duplicando o défice externo no seu período de governação de 80 mil para 170 mil milhões de Euros, relacionando-se cordial e afectuosamente com ditadores e congelando ou diminuindo ordenados e pensões mas nada ou muito pouco fazendo em matéria de diminuição de despesas próprias. Isso sim, foi um cenário bem negro que o Governo montou e prolongou até à exaustão - e não fossem os bancos fecharem a torneira e ele teimosa e orgulhosamente não teria tomado a atitude que tomou, finalmente, ontem à noite.
É consensual e generalizado entre os entendidos, desde ex-ministros das finanças a professores de economia, passando por jornalistas de economia, que o pedido já devia ter sido feito há mais tempo, muito mais tempo. Entre Outubro de 2010 e Março de 2011, o pedido deveria ter sido feito.
Porque nessa altura nem os juros eram estes actuais, nem os ratings eram estes, nem nós estávamos com a corda na garganta em vias de ter empresas públicas ou o próprio Estado a não pagar ordenados por falta de liquidez na tesouraria.
Daí eu continuar a achar que esta atitude da dupla José Sócrates e Teixeira dos Santos dever ser criminalmente estudada. Porque foi com dolo e contra todos os indicadores que o fizeram e custam agora, a Portugal e aos portugueses, muitos milhões de Euros em juros a mais e nas más condições negociais perante as entidades que nos vão emprestar o dinheiro. Estes dois senhores nem para governantes de gestão servem, se querem a minha modesta opinião!
Por isso, julgo que mais apropriado seria uma noticia do tipo E AGORA?
Porque como muito bem acentuou Passos Coelho ontem, este não é o momento de encontrar culpados de termos chegado a esta situação - até porque, sejamos sinceros, não é preciso ser um detective para encontrá-los - e é antes o momento de trabalharmos sobre a forma de sair deste buraco, deste sufoco.
Sabemos, desde já, que o apoio financeiro virá de dois sítios: da UE (cerca de 75%) e do FMI (cerca de 25%) e que ambas entidades vão negociar com Portugal um pacote de medidas adicionais para resolver o nosso problema principal, que é o défice oriundo das despesas a mais que temos. Por isso, sabemos de antemão que terão de haver cortes em muitas coisas que temos por adquiridas, umas temporariamente e outras em definitivo. O chamado e tão querido da esquerda "Estado Social" tem de ser revisto e os "almoços grátis" também, ou seja, não há estradas nem pontes nem caminhos de ferro nem aeroportos grátis e tudo tem um custo para o Estado que o deve repercutir nos utilizadores. Sabemos de antemão que alguns impostos, nomeadamente os de consumo, deverão ter de ser temporariamente aumentados. Sabemos que a "treta" da educação grátis tem de acabar, todos têm de comparticipar e dar um contributo adequado que seja aos rendimentos que têm. Sabemos ainda que o nosso país tem excesso de funcionários públicos ou dependentes de empresas públicas e que terão de ser redimensionados e colocados no sector privados - através de acordos, parcerias ou despedimentos, mas não é suportável para um país ter quase 15% (800 mil em 6 milhões) da sua força de trabalho ao serviço do Estado ou de empresas públicas.
Sei bem que os próximos 3 anos serão muito complicados a todos os níveis. Tenho plena consciência que vai haver alguma revolta social por parte de uma esquerda aguerrida e radicalista que vai acenar com as conquistas de Abril. Mas é preciso cortar despesas do Estado, é preciso perceber que muitas conquistas são para países que têm superavit e não défice crónico, que só é possível manter essas regalias se houver dinheiro para as pagar. E esse dinheiro é o nosso, dos nossos impostos e não chega, neste momento, para cobrir tudo isso.
Confio que o novo Governo saído das eleições de 5 de Junho saberá levar a cabo as medidas de aperto durante dois ou três anos para, depois de controlado o despesismo, poder começar a tomar novas medidas de expansão económica sob novos moldes, de maior supervisão e menor intervenção directa, de forma a que Portugal possa ser, novamente, um país saudável economicamente. E confio que o Governo em causa será liderado pelo Pedro Passos Coelho e abrangente externamente ao PSD. Eu acredito!
2011/04/06
E o inevitável aconteceu...
Muito depois do que o devido, e por isso sem as mesmas condições negociais, finalmente Teixeira dos Santos admitiu que vai pedir o apoio do FEEF ou do FMI, tanto me dá, para financiar o nosso país.
Melhor dizendo, para financiar o nosso país com taxas de juro competitivas e aplicando, de facto, um programa de reformas à nossa economia, agora supervisionadas por entidades e pessoas mais credíveis.
Mas esta teimosia e casmurrice de meses de adiamento custa-nos milhões e milhões de Euros em juros a mais do que aquilo que deveríamos ter pago e no prolongar desta crise de tesouraria por mais alguns meses (1 ano, eventualmente) para além de ter conseguido trazer o rating do Estado e das empresas públicas até níveis miseráveis, compatíveis com qualquer país de 3º mundo.
Este senhor, juntamente com o Primeiro-Ministro ainda em funções, deveriam ser responsabilizados CRIMINALMENTE pelo que andaram a fazer ao país. Porque toda a gente, com excepção deles, percebia que o que estavam a fazer era o pior para o país, a afundar todos os dias mais um pouco e por orgulho recusavam-se, durante meses, a agarrar a bóia de salvação. Foi preciso dizerem que estavam loucos para finalmente recorrerem ao apoio externo.
A minha geração e a que me seguiu vai pagar, muitos anos, pelos erros e asneiras destes senhores. E eu não me conformo com isso. Só vou ficar satisfeito no dia em que vir estes dois senhores sentados num banco dum tribunal a responderem pelos actos danosos e dolosos de desgovernação que praticaram neste anos.
Mais uma vez, o processo é conduzido "às 3 pancadas"! O anúncio é feito em resposta ao Jornal de Negócios e mais uma vez sem informar os outros do mesmo - pelo menos, o PSD não terá sido informado, a ver vamos se o PR foi ou não... Mais uma vez, vem dizer que a culpa é dos outros. Só dos outros. Nunca vi ninguém com tanta responsabilidade como estes dois senhores serem tão irresponsáveis e incapazes de assumir a quota parte das culpas - diria que 99% - da situação a que chegámos, por desgoverno deles!
E agora, que venha a ajuda do FEEF. Ou do FMI. E que venham pessoas que ajudem a superar este sufoco em que estamos. E que estes dois desapareçam rapidamente do Governo. Porque ao contrário do Brasil em Tiririca dizer que pior que está, não fica, aqui pior do que está, só com o Sócrates a governá...
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2011/04/04
Vitória nas trevas
Durante 90 minutos mostrou-se superior ao visitado. Durante 25 jornadas mostrou-se ainda mais superior. E a vitória, com a feliz coincidência de ter sido na Luz, acabou à luz de velas graças à pequenez dos dirigentes que não só mostraram não saber perder em campo como, mais grave, não mostraram saber perder fora de campo.
Mas ainda assim agradeço o apagão. Porque dos 14 títulos que comemorei nos últimos 20 anos nenhum me ficará na memória como este, que à boleia dos 5-0 no Dragão e do apagão da Luz ficará para a história e memória daqui a muitos, muitos anos.
O importante é que este é o 25º título da nossa história (para se perceber a superioridade, é o 14º em 20 anos, o 7º em 10 anos, o 5º em 6 anos...) e um dos mais justos e, simultaneamente, fáceis de conquistar.
Os parabéns à direcção e aos jogadores, mas acima de tudo à equipa técnica e ao André Villas Boas em particular, que se mostrou o obreiro deste título.
O título está de volta a casa. E, se tudo decorrer com a normalidade dos útlimos 20 anos, por cá continuará mais alguns anos...
2011/04/03
Chuva
Mariza brindou ontem o público com um excelente concerto, cujo set foi alterado em relação ao concerto do Coliseu do Porto que abriu esta tournée, mas que não ficou pior, bem pelo contrário.
Gostei muito do Beijo de Saudade (que é um dos meus favoritos) e gostei de ver uma Mariza muito interactiva com o público, que se divertia tanto como o próprio, bem como da cumplicidade com os seus fantásticos músicos.
Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, não é ainda um Luís Guerreiro, mas é um virtuoso e fará, também ele, história na música, estou certo. O Mestre José Marino é, de facto, um mestre! Diogo Clemente é o elemento fulcral na música, marca os momentos e autor de várias das letras e ainda o produtor que fez Mariza regressar ao fado tradicional. Vicky é o percussionista que marca a diferença dos concertos de Mariza, como antes era o João Pedro Ruela, e que dá um toque diferente aos seus fados.
É, de facto, um espectáculo muito bom e profissional, de uma qualidade que não está ao alcance de muitos no mundo e menos ainda em Portugal, pelo que não é de admirar que faça tanto e cada vez mais sucesso pelo mundo fora. Nem é de admirar que tenha admiradores de todo o mundo que a seguem, incansavelmente, para todo o lado; ontem conheci a Genoveva, que veio de Barcelona de carro na 6ª feira ao final da tarde! Ou como a Ubi que constantemente a vai ver desde Andorra e leva a mãe, que vai fazer 100 anos em breve, com ela!
Mariza é única no panorama português. E é um dos nossos (poucos) orgulhos e alegrias nestes dias que correm...
Na foto: Sara, Mariza, eu e Genoveva
2011/04/02
Hoje à noite, Mariza
Hoje à noite irei, mais uma vez e com imenso prazer, assistir a mais um dos espectáculos da Mariza, no Multiusos de Guimarães, sabendo que este é um dos últimos espectáculos que poderei ver dela este ano em virtude da sua gravidez!
Tendo assistido ao primeiro espectáculo desta tournée no Coliseu do Porto, não espero um espectáculo muito diferente desse, apenas mais rotinado e, talvez, mais emocional, em função de ser o primeiro após o feliz anúncio.
2011/04/01
5 de Junho
Calendário adaptado a partir de High Closet
Estão marcadas. As Legislativas serão a 5 de Junho. Por mim, demasiado tarde, não encontro razões para não serem em Maio, é uma semana perdida...
Mas o que interessa é que faltam 64 dias para o momento do Povo dizer da sua justiça, sobre o que pretende para o futuro próximo.
Há duas mais uma opção.
A primeira opção é mais do mesmo. Manter Sócrates, Teixeira dos Santos e Pedro Silva Pereira na gestão (danosa) do país que o trouxe até ao ponto de pré-falência em que se encontra hoje, describilizado perante os mercados, sem dinheiro nos cofres.
A segunda opção é mudar para a equipa do Pedro Passos Coelho, que há muito vem a denunciar e apontar que o caminho seguido pelo desGoverno nos levaria a este ponto e que sabe, pelo menos, que as coisas não podem ser feitas da forma como o foram nos últimos anos.
A opção extra é fazer o voto de protesto e votar nos partidos pequenos ou até votar branco ou nulo. Ou abster-se e nem votar. É tudo igual, no actual momento do país, que precisa da força do voto de todos os eleitores para poder decidir o que fazer neste momento tão grave.
Da primeira opção já nem tenho mais palavras para falar dela. A máquina de propaganda continua a carborar, mas muita imprensa já abriu os olhos e não lhes dá margem de publicidade. As mentiras do desGoverno têm sido muitas, nos últimos meses nem se fala. Mas acima de tudo, falhou todas as previsões e promessas: lembrem-se dos 150 mil empregos, dos PEC1, PEC2 e PEC3 que resolviam tudo, dos crescimentos fantásticos que afinal eram recessões (a 2ª em dois anos) ou dos défices excelentes que afinal foram todos agora revistos e são catastróficos, das promessas de não subir impostos e em 6 anos o IVA passou de 19% para 23% e o IRS aumentou e o IRC aumentou e cobram IRS aos reformados e nada do que foi prometido foi feito. Já para não falar da diplomacia comercial que nos levou a ser parceiros preferenciais de gente como Chavez, Khadafi, Ben Ali ou Eduardo dos Santos - eu não gosto dessa fotografia...
Da segunda opção apenas posso dizer que há muitos anos que acredito em PPC, na sua qualidade de líder. Ainda líder da JSD, teve a coragem de afrontar o PSD de Cavaco Silva, votando contra medidas do próprio partido e governo em defesa dos jovens e da política da JSD. Sei que tem ideias e tem uma extensa e qualificada equipa a trabalhar em soluções para o país a partir do estado em que se encontra. Poderão não resultar ou ser as melhores. Mas alguém que tem coragem de lutar para ser Governo num momento destes, merece algum crédito. E mais ainda quando já afirmou que mesmo que o PSD ganhe com maioria, o que não é ainda certo que possa acontecer, ele irá procurar pessoas fora do partido - noutros partidos e sociedade civil.
5 de Junho. Para mudar Portugal?
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