2011/04/03

Chuva



Mariza brindou ontem o público com um excelente concerto, cujo set foi alterado em relação ao concerto do Coliseu do Porto que abriu esta tournée, mas que não ficou pior, bem pelo contrário.

Gostei muito do Beijo de Saudade (que é um dos meus favoritos) e gostei de ver uma Mariza muito interactiva com o público, que se divertia tanto como o próprio, bem como da cumplicidade com os seus fantásticos músicos.

Ângelo Freire, na guitarra portuguesa, não é ainda um Luís Guerreiro, mas é um virtuoso e fará, também ele, história na música, estou certo. O Mestre José Marino é, de facto, um mestre! Diogo Clemente é o elemento fulcral na música, marca os momentos e autor de várias das letras e ainda o produtor que fez Mariza regressar ao fado tradicional. Vicky é o percussionista que marca a diferença dos concertos de Mariza, como antes era o João Pedro Ruela, e que dá um toque diferente aos seus fados.

É, de facto, um espectáculo muito bom e profissional, de uma qualidade que não está ao alcance de muitos no mundo e menos ainda em Portugal, pelo que não é de admirar que faça tanto e cada vez mais sucesso pelo mundo fora. Nem é de admirar que tenha admiradores de todo o mundo que a seguem, incansavelmente, para todo o lado; ontem conheci a Genoveva, que veio de Barcelona de carro na 6ª feira ao final da tarde! Ou como a Ubi que constantemente a vai ver desde Andorra e leva a mãe, que vai fazer 100 anos em breve, com ela!

Mariza é única no panorama português. E é um dos nossos (poucos) orgulhos e alegrias nestes dias que correm...


Na foto: Sara, Mariza, eu e Genoveva

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