2009/03/31

Arquitectura: projecto e obra

Já há algum tempo que não faço nenhuma reflexão teórica sobre o assunto "arquitectura".

E hoje, não sei porque carga de água, lembrei-me que o ensino de arquitectura tem uma lacuna tremenda, que é a "obra"! Ou melhor, sei porque me lembrei: porque o projecto que estou a construir tem imensos problemas desse género...

E quanto a mim o problema vem da escola. O ensino versa muito sobre o "projecto", sobre o trabalho de gabinete, sobre a criatividade e arte e descura a parte da "obra", dos aspectos técnicos construtivos. Mesmo quando entramos em gabinete continuamos muito ligados ao "projecto" e a noção de "obra" acaba por passar um pouco ao lado.

Quem teve a oportunidade, como eu tenho neste momento, de fazer direcção de obra (ou até mesmo preparação de obra), desde a planificação dos equipamentos, material e pessoal até ao acompanhamento de tudo o que é trabalho de execução (movimentos de terras, estruturas, alvenarias, acabamentos, instalações especiais, etc) percebe a enorme lacuna que esse capitulo é na formação do arquitecto.

Estar envolvido na construção como verdadeiro Director de Obra (e não o DO de fachada para obtenção do alvará que em 99% das obras particulares ocorre) onde, trabalhando para o empreiteiro geral estamos ligados a tudo, analisamos o projecto, encomendamos o material, solicitamos o pessoal e equipamento para a execução, dentro do orçamento fixado e no melhor prazo possível, dá-nos uma nova concepção do "projecto".

O projecto de arquitectura é, quanto a mim, demasiado egocêntrico, em Portugal. Os projectos são, em primeira instância, feitos para os utilizadores do espaço. E, quanto a mim, em segunda instância deveriam ser feitos para quem os vai levantar do chão e tornar realidade, os empreiteiros. E só por fim deveriam ser do arquitecto, que a partir do momento em que o entrega ao cliente está a dar à adopção um filho que fez nascer e que ganha, nesse momento, asas para voar só...

A realidade de obra, de transpor o projecto para as 3 dimensões reais de betão e tijolo traz muitas nuances que só quem passa pela experiência de construir, de facto, ao longo de vários meses, é que percebe as lacunas e omissões de projecto que complicam, dificultam e obstaculizam o andamento da obra.

A relação do projecto de arquitectura com as mais diversas especialidades (e são cada vez mais) é outro factor que acresce os problemas de obra. Ou melhor, o que traz problemas é a falta de relação, pois estes não se ajustam à obra em muitos casos e obrigam a alterações várias na arquitectura. São os projectos de estruturas que trazem pilares e vigas onde na arquitectura nada consta, são os projectos de segurança que viram as portas ao contrário e causam constrangimentos à electricidade, AVAC, segurança, carpintarias e serralharias, são os projectos de AVAC que têm cassetes mais altas que os tectos falsos ou splits maiores que o espaço para os localizar, são os projectos de electricidade que implicam grande passagem de tubos em pontos onde no papel resulta bem e em obra não se consegue devido ao tipo de tubo, são os projectos de vãos que solicitam vidros de grandes dimensões ou caixilhos grandes de pequeno perfil e cuja execução é desajustada, são tantas as situações que os projectistas criam que se alguma vez estivessem estado envolvidos, de facto, com a construção, passariam a projectar de forma diferente.

Porque no final, o principal prejudicado é o cliente. Porque não vai ter o "produto" que sonhou. Porque vai demorar mais tempo a executar do que pensou. Porque vai ser muito mais caro do que planificou. E há coisas que se o arquitecto, no momento de projectar, de traçar o risco que será a parede, estiver a pensar no trolha que a vai levantar, no carpinteiro que vai fazer a porta ou a janela, etc, vai com toda a certeza riscar de uma forma mais consciente e integrada no projecto global. E se o cliente não ficar satisfeito, os arquitectos são prejudicados na globalidade por não serem capazes de desempenhar na globalidade a sua função. E quanto a mim, esse problema nasce na escola, no currículo de cada curso, que dá pouca importância a esse aspecto - numas universidades mais do que noutras, é verdade, mas todas deficitárias.

Por isso o meu conselho para os jovens arquitectos é que tentem, durante algum tempo, estar ligados de facto à "obra", à construção, sair do gabinete e deixar o "projecto" para os outros. Creio que os ensinamentos que vão beber desse estágio serão muito proveitosos para o futuro da sua carreira.

Decreto Lei n.º 5/08 - Novo Código das Estradas

A partir de amanhã vai ser o caos durante alguns dias em Angola com a entrada em vigor do novo Código das Estradas, que vem de certa forma harmonizar e preparar o processo de aproximação às normas europeias.

O problema é que passamos do 8 (um código de 1954) para o 80 (um código moderno) em que nem as entidades envolvidas tão pouco se conseguem adaptar: a segureadora hoje ainda não nos entregou o documento para os veículos, apesar de solicitado há mais de 3 meses...

Assim, a partir de amanhã, a policia irá iniciar uma acção de fiscalização que irá levantar montes de problemas a toda a gente. E a confusão será total. Os "kupapatas" não podem transportar passageiros. Os carros não podem circular sem documento de seguro. É proibido falar ao telemóvel e andar sem cinto. Vai ser um granel, é o que é...

2009/03/30

Força, Frederico Gil


Imagem "Público"

Não é todos os dias que um atleta defronta o número 1 mundial, no ténis ou em qualquer outro desporto.

Neste momento, enquanto escrevo estas linhas, o nosso "luso" Frederico Gil (que conseguiu superar a já dificil proeza do Nuno Marques nos anos 90 que entrou no top100 e está agora próximo da casa dos 70 melhores do mundo) está a bater bolas com o Nadal, nº1 do mundo.

É um prémio para a sua (ainda) curta carreira mas cada vez mais promissora de se chegar à frente e competir nos melhores torneios e com os melhores do mundo. Já era tempo do ténis português ter alguém a competir com os melhores. Nem percebo como tal não acontece, tamanha é a penetração da modalidade no país desde sempre, com praticantes de tenra idade que aprendem a andar com uma raquete na mão...

O jogo, infelizmente, não o posso ver, porque gostava. Ainda me lembro da renhida final do Nuno Marques no Estoril Open há uns 10 anos atrás, que coisa fantástica. Só espero que corra bem ao Frederico e que, independentemente do resultado, ele ganhe mais experiência e força para subir um pouco mais ainda na sua carreira.

2009/03/28

BNA (18) - Atafulhado de papeis!

Às voltas com os arranjos exteriores no interior do meu gabinete...

BNA (17) - Arranjos exteriores

Cá fora também já se trabalha nos arranjos exteriores. Os muros estão concluídos, os gradeamentos e portões estão em execução, as infraestruturas enterradas estão também a terminar (na parte posterior) e os lancis dos passeios já estão, por isso, em execução. Só ver o espaço desimpedido dos contentores que sempre aqui estiveram dá logo uma nova perspectiva ao espaço.
















































Para além disso, a fachada de pedra mármore rosa grampeada está quase concluída e está a ficar excelente. Sempre pensei que ia ficar bem, mas o resultado está a superar as minhas expectativas, sinceramente. AH! E como se vê na foto acima, os aluminios já estão em obra, pelo que em breve começarei a ter os pisos superiores fechados...

30º à sombra!

E uma humidade enorme, na ordem dos 90%, está um calor que não se pode! Ou melhor, poder, pode, só que é dentro da água do mar e não na obra como é o meu caso!

2009/03/27

E a noticia do dia é...

...o aparecimento da edição portuguesa da Playboy, que deveria ser vendida a partir de amanhã mas parece que hoje já está nas bancas!

Agora sim, o país sai da crise: a venda de revistas aumenta, aumenta o trablho das gráficas, das celuloses e das fábricas de tinta, aumenta o número de refeições vendidas, o número de máquinas e computadores, a Quimonda começa a produzir chips em quantidade, aumenta a venda de combustivel e de veiculos com o reforço das linhas de distribuição, aumenta o número de portagens, o governo lança o TGV para mais depressa se distribuir a revista, o MEI forneçe apoios nos impostos, a Playboy abre mega-stores, aumentam as transações imobiliárias, fazem-se novos centros comerciais, o Sócrates nomeia a Mónica Sofia Ministra das Coelhinhas numa remodelação surpresa onde despede a Ministra da Educação que passa a estar sujeito ao nóvel Ministério das Coelhinhas, o Magalhães passa a trazer o IE com página pré-definida em www.playboy.pt e entramos numa nova era...

2009/03/25

Como (não) dar noticias...

Facto: a UEFA alterou as regras em função de uma interpretação mal feita de um artigo mal redigido, como resultado do apelo atendido de um clube contra uma sanção imposta por essa via (note-se que basicamente esse artigo estava a penalizar clubes por alegadas infracções cometidas antes da entrada em vigor dessa lei) ilegal da retroactividade da lei...

Consequências: os jornais "sensacionalmente" anunciam coisas como "regras livram o FC Porto de um eventual castigo" ou "fim da retroactividade deve salvar FC Porto de castigo"... Ou seja, a noticia não é o FC Porto ter razão no protesto e em ter tido mais uma clamorosa vitória europeia (esta no campo legislativo, que se junta a outras recentes nesse mesmo campo) mas antes que se salva de um eventual castigo.

O problema é que, um de cada vez, todos os casos que formaram o "Apito Dourado" têm sido desmontados na Justiça (a de verdade, não a desportiva que se reune à sucapa e decreta sanções antes da justiça civil julgar o que quer que seja) e já só resta um caso (o jogo do Estrela) depois dos arquivamentos dos anteriores (o jogo do Nacional-Benfica e o jogo contra o Beira-Mar) e que, se tudo decorrer como se espera, terá o mesmo fim...

Aliás, o único jornal que dá uma noticia nesse sentido lato do termo é, como habitualmente nestes casos, O Jogo, onde noticia que a "UEFA põe ponto final" e apresenta uma cronologia esclarecedora do caso. É de facto uma infelicidade ver jornais ditos sérios como o Público e o DN cairem no populismo fácil e vendável aos 6 milhões das noticias bombásticas e ver um jornal desportivo ser o único a assinar uma peça jornalística...

2009/03/24

Leituras [41] - A Conspiração do Mal - Os Mistérios de Osíris II, de Christian Jacq



Mais um livro, mais uma viagem ao passado, desta vez no Egipto dos faraós e do nascimento da civilização ocidental. Apesar de ser o 2º livro de uma tetralogia, consegue ser lido sem grande ligação ao primeiro a partir do momento em que entramos no espirito da história de intriga, corrupção e subversão que se desenrola página após página.

Tenho de arranjar os restantes livros...

Sinopse:
"Depois de "A Árvore da Vida", este segundo volume da série 'Os Mistérios de Osíris' continua com a história mágica e fascinante de um Egipto que já não existe, mas que permanece na nossa memória graças à arte do autor, que nos dá as chaves e os segredos da dimensão inalterável daquele país."

2009/03/22

Parabéns...

...a você, nesta data querida... lá lá lá lá...

Nos últimos dias uma série de primos têm comemorado mais um aniversário. Foi o Miguel do Algarve a 19, foi o Filipe a 20 e hoje é a Ana que anda por Terras de Vera Cruz em grandes passeatas.

A todos, um abraço com o calor de Angola! E muito anos de vida...

2009/03/21

Será que é desta?

E o que irá sair daqui? "Jamais, jamais" confie-se neste ministro, pelo que poderá, às duas por três, ainda a coisa ficar pior do que aquilo que está actualmente.

Do movimento "Arquitectura para os Arquitectos" afinal acabou por resultar algo. No futuro iremos ver se positivo para todas as partes ou não. À partida, estou desconfiado...

Eu vou...



Eu vou...

BREATHE...

...ao concerto de abertura dos U2 em Barcelona, a 30 de Junho! Já tenho os bilhetes (bem, ainda não fisicamente, isso só para a semana) e agora falta tratar de 2 coisas: a minha viagem a Portugal nessa altura e a nossa viagem a Barcelona, não é, noiva? ;)

MAGNIFICENT...

Ainda nem acredito que consegui! Nem estou em mim. Ir a Barcelona, ver os U2 em Camp Nou? Belisquem-me que devo estar a sonhar! Há alguns anos que ando para visitar Barcelona, mas tenho vindo a adiar por várias razões, desta vez não há razões que valham um adiamento.

MOMENT OF SURRENDER...

Custou e fez-me sofrer conseguir os bilhetes. De manhã a net deixou de funcionar - há vários dias que não dava problema nenhum - e obrigou-me a vir a casa à hora do almoço conseguir fazer isso na lenta net da Unitel. Cerca de uma hora, muito desespero e cabelo arrancado, murro na mesa e blasfemar depois, consegui finalmente receber o email de confirmação da minha reserva!

NO LINE ON THE HORIZON...

O meu horizonte próximo é então este, esperar que o tempo corra até lá. A ouvir U2, pois então!

Mais vôos da TAP para Angola?

Fazem falta e são bem vindos. Mas uma vez na vida, podiam colocar estes novos vôos para o Porto... Afinal, grande parte dos emigrantes em Angola são do norte - pelo menos diria eu pelo que vejo da minha firma e dos meus conhecidos quase todos de outras firmas aqui no Lobito.

Depois, espero que seja verdade. E se também fosse verdade que o aeroporto da Catumbela deixará de ser militar e passará a ser internacional, também não era mal visto que alguns vôos da TAP futuramente aqui viessem ter... Isso sim, era ouro sobre azul!

2009/03/20

Manchester?


Podia ser pior... ou não! Agora, em campo e em 180 minutos é que se vai ver. Primeiro fora, depois em casa, se o jogo lá correr bem, teremos a oportunidade de manter em casa a superioridade que temos vindo a alardear de há muitos anos a esta parte.

Se tudo correr como espero, teremos jogo contra o Villareal ou o Arsenal. Se não correr, pelo menos saímos eliminados pelos actuais campeões europeus e, quanto a mim, a par com o Barcelona, os mais fortes candidatos ao título.

Seja como for, chegamos, mais uma época, onde mais nenhum clube português chegou: mais longe na época e mais longe na Liga dos Campeões (versão moderna...) do que qualquer outro, afirmando assim novamente o FC Porto como o clube de topo e top europeu.

Viva o Papa!

Pelo menos, é o que pensará a grande maioria da população de Angola, visto que graças ao Ministro do MAPESS, Pitra Neto, o país está todo em tolerância de ponto. No meu caso, tal teve consequências na obra, pois estou a laborar com 50% do pessoal habitual e mesmo assim, boa parte das equipas estão a meio gás - só os carpinteiros estão a 100%!

Conforme me explicaram quando cá cheguei em 2006, há certas coisas que se entendem em Angola pelo facto de o ordenado não poder atingir os níveis que seriam ideais, pelo que são dadas regalias sociais aos trabalhadores que há muito caíram em desuso, como sejam o enorme número de feriados anuais, a possibilidade de gozar o feriado à segunda quando calha ao domingo, as tolerâncias de ponto decretadas regularmente para diversos efeitos...

A única coisa que me custa é que estando numa posição de direcção, gostava de dar ao pessoal tudo isso e gostava que trabalhassem sempre e mais, pois a obra só aparece feita trabalhando... É um dilema dificil de gerir.

Apenas há que aguardar. Que o Papa visite Angola e que seja 2ª feira. De forma a trabalhar normalmente outra vez...

2009/03/19

Dia do Pai

É hoje! E fica um enorme abraço ao meu, um abraço virtual já que não o posso dar pessoalmente, tamanha a distância que nos separa. Paizão, beijos grandes!

2009/03/16

Mais um submarino ao fundo

A batalha naval correu bem, a vitória de ontem com os dois tiros certeiros colocam-nos cada vez mais perto do tetra-campeonato.

Nas minhas contas, faltam 21 pontos, ou seja, se ganharmos tudo até ao penultimo jogo, seremos automáticamente campeões, isto se o Sporting, que é o segundo, não tropeçar entretanto. Depende apenas de nós e da forma como regressarmos após esta paragem idiota do campeonato mais duas semanas, uma por causa da final da Taça da Liga e outra por causa da Selecção. Não percebo este calendário competitivo, pelos canais de desporto sul-africanos vejo que Inglarerra, Espanha e Itália param muito menos que nós e jogam muitas vezes a meio da semana, ou não tivessem campeonatos com mais clubes que o nosso, pelo que a temporada é mais extensa.

E isso depois nota-se no rendimento desportivo dos jogadores quando em competição com equipas desses países, sendo o paradigma a Inglaterra que com o mais longo campeonato da Europa é o país com mais sucesso desportivo nos últimos anos na Liga dos Campeões (mais finalistas, mais semfinalistas, etc) apesar de a nível de selecção não conseguir igualar esse feito (mas aí tem a ver com a quantidade de bons estrangeiros a jogarem lá que, de facto, tampam os jovens ingleses).

Mas o que importa agora é que está cada vez mais perto o titulo nacional... e sexta saberemos quem nos calha em sorte na Liga dos Campeões.

2009/03/15

Ah!

E hoje vi um cardume (?) de golfinhos no mar, ali ao lado da praia! Baleias já tinha visto, golfinhos foi novidade!

Tempo estranho

Hoje de manhã, quando acordei, choviscava. Por isso, voltei para a cama e adormeci até perto das 11h00. Quando acordei, estava um sol muito envergonhado, mas lá fui até à praia, onde já estava a malta quase toda do costume... Nuno's, David's, Amorim, Rui, etc... Uns banhos, duas de treta e lá fomos ao almoço no jango. Depois começou o tempo a fechar outra vez e quando dei por ela, lá estava a chuva a cair outra vez. Pelo que acabei por vir "jiboiar" para casa o resto da tarde toda, até despertar agora para ver o meu FC Porto ganhar à Naval e distanciar-se ainda mais do 2º classificado... ou não... :) Ah, obrigado, "Vitórinha"!

2009/03/14

BNA-Lobito (16)

Cá vai seguindo o seu curso, veremos se mais 4 ou 5 meses chega para acabar a obra... Não sei, quero ser optimista e pensar que é possível, mas aqui em Angola é dificil cumprir qualquer plano que se estenda para lá do mês de distancia, tantos são os imponderáveis que se colocam. Mas o que importa é trabalhar para alcançar um objectivo. O meu, neste momento, seria concluir em 31 de Julho a obra...



































A fachada de pedra segue a bom ritmo, está quase a 80% executada.















O tanque grande, das águas, está pronto, só falta a "tampa" de cobertura. O pequeno, dos incendios, já foi iniciado.

2009/03/12

Lol

Lol! A expressão "loughing out loud" é a mais adequada para esta tirada do ministro do ambiente: "Portugal está mais perto de ter uma Política Nacional de Arquitectura".

Se o caso não fosse grave por em 2009 ainda não ter, de facto a expressão até seria "rotflol"... Que é como quem diz, tradução literal, rebolar no chão a rir!

Mas infelizmente é grave. Em Portugal, a única política que os actores políticos fazem no tocante à arquitectura, é a política do betão. Quando um ministro tem intervenção no assunto, ou é por arrastamento da sociedade ou é para fazer asneira. Portugal é o país que foi preciso uma mobilização nacional para se fazer um abaixo assinado de forma a que o Parlamento votasse uma petição para que a arquitectura fosse apenas praticada pelos arquitectos e que mesmo assim não a aprovou na totalidade... É um país onde vemos planos de urbanização, directores municipais e regionais de ordenamento do território a serem vagarosamente elaborados, decididos, discutidos e renovados, de forma a abrir janelas de oportunidades urbanísticas... É um país sem cultura arquitectónica, onde o ensino das artes e do belo é menosprezado nas escolas...

Por isso, ler estas declarações fazem-me crer em duas coisas: a primeira, é que quase 34 anos depois do 25 de Abril, quase 23 anos depois de entrarmos na CE, ainda não há uma política da arquitectura! E a segunda é que continua a haver muito pouca vontade, por parte dos políticos, pois qualquer iniciativa com esse fim parte sempre da sociedade civil, em que haja uma política da arquitectura...

2009/03/11

Puorto!


É já daqui a pouco que o meu FC Porto vai tentar limpar a honra dos clubes portugueses na Liga dos Campeões depois do desastre absoluto de ontem do Sporting, precedido aliás de uma primeira mão já de si humilhante.


Na primeira mão o FC Porto fez um bom jogo e poderia ter saído com um resultado muito melhor de Madrid apesar do empate a 2 ser razoável.


Neste espaço de 15 dias entre os jogos o Atlético teve 2 desafios muito complicados, Barcelona e Real de Madrid, onde teve comportamento muito superior ao que demonstrou frente a nós, pelo que cautela e caldos de galinha só fazem bem e mais vale não pensarmos que isto está no papo, senão amanhã quem é vitima das inevitáveis piadas somos nós...


Eu acredito no FC Porto, nos seus jogadores mais experientes e na explosão do Hulk, acredito-me menos no treinador, mas porque não hoje demonstrar que a sua experiência serve para mais do que ter muitas velas no bolo de aniversário? E acho que podemos chegar onde merecemos, que é ao restrito grupo dos 8 melhores da Europa. Valemos mais que os oitavos de final onde temos emperrado nos últimos anos. Não sei se valemos mais que os quartos de final, mas depois de passarmos esta fase sempre nos superamos: ou fomos campeões europeus ou semi-finalistas. E o sonho é sempre possível...

Ainda a visita de Eduardo dos Santos a Portugal

Os primeiros resultados são palpaveis através do aumento das parcerias financeiras, acordos bi-laterais privados mas dos assuntos que a quem está a trabalhar em Angola mais dizem respeito, não houve mais do que simples proclamações de intenções, infelizmente.

Fico ainda satisfeito por a análise que publiquei hoje bem cedo ser aquilo que de facto marcou a visita, conforme se pode aferir da sintese das notícias.

No entanto registo de bom grado o intensificar do relacionamento entre os dois países visando uma maior cooperação estratégica, que por certo mais cedo ou mais tarde trará os efeitos que nós, "expatriados", pretendemos e ao aprofunamento do cruzar de participações entre os países.

De registar também a provável visita de Cavaco Silva a Angola como retribuição desta visita agora, o que pode trazer a oportunidade ideal para transformar as proclamações de intenções em actos concretos.

De realçar ainda a forma positiva como passou em Angola a visita a Portugal.

Sobre a visita do Presidente de Angola a Portugal

Acho engraçado a reacção díspar das pessoas sobre a visita de Eduardo dos Santos a Portugal.

Uma parte da sociedade, não quer saber do homem para nada. Outra anda preocupada com o "ditador", os "direitos humanos" e a história. Alguma, pouca, muito pouca, está preocupada com o chefe de um estado reconhecido internacionalmente como tal, que está de visita a Portugal, estados esses que têm relações cada vez mais profundas e importantes - reparem que não menosprezo essas questões, bem pelo contrário, mas a vida ensinou-me que essas coisas não se impõem por decreto, antes de fazem pela persuasão e pelo tempo que leva a ensinar esses valores, bem como pelas parcerias com países que lhes possam transmitir esses ideais em vez de parcerias com a China, Cuba ou Venezuela...

No meu caso, o que espero que seja tratado, para lá de todos os acordos comerciais e económicos que são ordem do dia, são questões pequeninas como os vistos de trabalho, o reconhecimento da possibilidade de condução, a possibilidade de exercer profissões liberais em Angola (como arquitectura, engenharia, direito, etc) ou o aumento de escolas portuguesas no país, bem como atrair mais médicos e investidores para a área da saúde que ainda está muito debilitada.

Para além disso, esperava que se falasse de Angola como um mercado muito interessante para os portugueses apostarem, desde logo por causa da língua, mas acima de tudo pelo mundo de oportunidades que há: estando a implantar novamente um sistema industrial, há enormes parques industriais perto de portos, aeroportos e principais estradas para cobrir todo o país com programas e linhas de investimento para apostar e ainda vazios; há o turismo completamente por aproveitar, poucos hotéis, poucos restaurantes, poucos cafés, poucos espaços de diversão, muita praia, bom tempo e uma classe média emergente ávida por ter locais onde ir passar os muitos feriados; há a área dos petróleos que tem ainda muito por onde explorar - na produção dos derivados e na sua sintetização; há a banca que tem crescido enormemente; há o sector agrícola que tem condições ímpares para produzir muito e de qualidade, há água em abundância e há procura maior que oferta; há tanto para quem quiser apostar em Angola num momento de tão grande estagnação em Portugal...

Por isso, espero com alguma ansiedade essa visita e, acima de tudo, os seus resultados.

Claro que também espero ver o BE com os seus discursos moralistas a pregar os direitos humanos. Mas para esses senhores, e outros do mesmo calibre da direita até à esquerda, o que lhes posso dizer é que abusos também os há em Portugal e aqui, com o tempo, o povo e os quadros intermédios angolanos irão aprender quais são os limites de autoridade e actuação, em particular se Angola tiver como parceiros países europeus em vez de os ter como falsos moralistas e apologistas da democracia que nem em casa conseguem tantas vezes cumprir (não é preciso falar da democracia musculada do poder local ou do poder regional autónomo, pois não?) e que, por isso mesmo, esse moralismo não se apregoa, pratica-se como eu faço ao lidar todos os dias com mais de 100 funcionários angolanos (nacionais, como aqui se diz) e ter bom relacionamento com todas as autoridades, desde os "sobas" dos bairros até ao administrador do município, passando até por outras autoridades bem superiores...

Por isso é que esta visita é muito importante. Somos hoje mais de cem mil portugueses em Angola (segundo li há pouco tempo, seremos até mais de 200 mil) que se estivessem em Portugal fariam a crise que atravessamos ser bem mais dura. E, por mim falo, gostaria de sentir do nosso governo e dos nossos políticos, no geral, uma preocupação bem maior com o nosso bem estar e com o nosso emprego cá em Angola - já que o não fizeram quando ainda estávamos aí em Portugal.

Por tudo isto, e porque de facto o relacionamento entre estes países tem de evoluir no bom caminho, que de resto é o único possível, do aumento do relacionamento entre ambos, é que é preciso que esta visita seja coroada de sucesso.

2009/03/10

Maldita electricidade...

Este, juntamente com as comunicações, é um dos mais graves problemas com que nos debatemos no dia a dia para trabalhar...

Esta noite, o gerador deu problemas - desconfio que quando andaram a fazer manutenção nele não deixaram uns cabos bem ligados - e o resultado é que um cabo do neutro derreteu, fez um curto e queimaram-se alguns equipamentos, nada de grave, não fosse um deles ser o transformador deste portatil donde escrevo que assim vai entrar em férias por uns dias até que resolva o problema de arranjar outro...

O problema é que se não fosse o gerador, não havia obra - a ENEL não me fornece energia há quase 2 anos por avaria no cabo que liga o PT ao à caixa que alimenta o local da obra - e o prédio onde habito! Problema que será sanado por mim quando chegar a altura de fazer a nova ligação por causa da obra!

2009/03/09

U2 360º Tour

As datas já estão no site, apesar da enorme procura e entrada simultanea de fãs estarem a dificultar o acesso, mas segundo a noticia de abertura, começa a 30 de Junho, em Barcelona e pelo primeiro descritivo, não inclui Portugal, mas passará pelas principais cidades como Milão, Gotenburgo, Amesterdão, Paris, Nice, Dublin, Chorzow, Berlin, Gelsenkirchen, Londres, Sheffield, Glasgow e Cardiff.

















A lista está aqui e também aqui:
DateVenueCity
30 June 2009Camp NouBarcelona
07 July 2009San SiroMilan
11 July 2009Stade De FranceParis
15 July 2009Parc des Sports Charles EhrmannNice
18 July 2009Olympic StadiumBerlin
20 July 2009ArenaAmsterdam
24 July 2009Croke ParkDublin
31 July 2009Ullevi StadiumGothenburg
03 August 2009Veltins-ArenaGelsenkirchen
06 August 2009Slaski StadiumChorzow
10 August 2009Stadium MakimirZagreb
14 August 2009Wembley StadiumLondon
18 August 2009Hampden ParkGlasgow
20 August 2009Don Valley StadiumSheffield
22 August 2009Millenium StadiumCardiff
12 September 2009Soldier FieldChicago
16 September 2009Rogers CentreToronto
20 September 2009Gilette StadiumBoston
24 September 2009Giants StadiumNew York
29 September 2009FedEx FieldWashington
01 October 2009Scott StadiumCharlottesville
03 October 2009StadiumRaleigh
06 October 2009Georgia DomeAtlanta
09 October 2009Raymond James CenterTampa
12 October 2009New Cowboys StadiumDallas
14 October 2009Reliant StadiumHouston
19 October 2009Oklahoma Memorial StadiumNorman
20 October 2009Univ. of Phoenix StadiumPhoenix
23 October 2009Sam Boyd StadiumLas vegas
25 October 2009Rose BowlLos Angeles
28 October 2009BC Place StadiumVancouver


Mais uma vez Portugal é posto à parte e assim, também em função das férias que terei e cuja data ainda está indefinida, vamos ter de ir ao estrangeiro ver os U2, não é Sara?...

U2: está quase na hora de se saber as datas do tour...

...e a espera é tão, tão desgastante...

2009/03/08

Dia da Mulher

Que para ser devidamente celebrada, deve ser com um feriado. E como por acaso o feriado foi hoje, domingo, amanhã celebramos outra vez aqui em Angola! Uma dupla celebração, pois então, que a mulher deve ser celebrada a dobrar!

E eu amo a minha mulher!

Amanhã, lá estarei novamente na praia em celebração!

Tem horas?

Este ainda não está na minha "colecção" mas desconfio que vai estar...

2009/03/07

Estado da emigração

De facto, já começa a merecer um estudo muito mais profundo e muito mais atento ao fenómeno de emigração de que Portugal padece neste principio de milénio.

Segundo esta noticia, eu sou um dos 500 ou 600 mil emigrantes que estamos nesta vaga dos últimos anos e com a dificeis perspectivas de regresso, porque os problemas que nos motivaram, pelo menos à maioria, a sair, não só não se resolveram como se agravaram.

Agora imaginem, se conseguirem, que estavamos todos em Portugal e não tinhamos emigrado. Com a crise actual. Provavelmente, estaríamos a falar em mais de 1.000.000 de desempregados... e menos uns milhares de milhões de Euros de divisas que entravam no nosso sistema bancário... E a crise que é grave teria então proporções dramáticas!

É, por isso, urgente inverter toda a situação que tem levado a esta emigração mas também é necessário rever as condições com que o Estado Português trata os seus emigrantes.

"Espinho, 07 Mar (Lusa) - O sociólogo Eduardo Vítor Rodrigues considerou que "a grande novidade do processo emigratório português é que, apesar da crise imobiliária em Espanha estar no auge, não vai haver um retorno maciço dos emigrantes que foram para lá".


"Era de esperar que a conjuntura recessiva da construção civil em Espanha fizesse os emigrantes portugueses regressarem, mas isso não vai acontecer", explicou o sociólogo Eduardo Vítor Rodrigues.

Para o docente da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, que hoje aborda esse tema no congresso "Cidadãs da Diáspora", no Centro Multimeios de Espinho, o facto terá um "impacto económico brutal", considerando que em causa está "um universo na ordem das 500 a 600 mil pessoas".

Segundo o sociólogo esse número é "pouco menor do que aquele que esteve envolvido no processo emigratório português em todo o período da descolonização".

Ao panorama geral da emigração portuguesa, Eduardo Vítor Rodrigues atribui um comportamento semelhante.

"Já não faz muito sentido aquela ideia de que a emigração havia de culminar com o retorno maciço dos portugueses, que só cá vinham passar férias mas, quando chegassem à reforma, regressariam de vez", indicou.

O sociólogo justificou essa opinião "com dados e inferências estatísticas", mas reconheceu que "nunca houve em Portugal grande motivação para o estudo aprofundado destas questões".

"Hoje fala-se muito das questões da igualdade mas percebe-se que não se sabe o suficiente sobre o processo emigratório português", sublinhou.

Sobre a situação feminina em específico, Eduardo Vítor Rodrigues adianta: "O «boom» de saída dos portugueses vai intensificar-se, sobretudo nas mulheres".

Mas essas "já não correspondem ao paradigma da mulher da aldeia que sai para acompanhar o marido; são agora bastante escolarizadas e procuram melhores condições de vida".

"O problema é que, se não há retorno da mulher, os laços dos emigrantes portugueses com a sua terra natal ficam fragilizados", como o sociólogo já diz notar nas gerações mais novas de luso-descendentes.

"Não reconhecem o país, nem fazem uso da língua, portanto, não vai haver diáspora - vai haver é aculturação", considerou.

A culpa é dos "actores políticos portugueses, que, ao contrário do que acontece na Grécia, por exemplo, nunca encararam os emigrantes como a grande mais-valia para o desenvolvimento que são".

"É absolutamente indecente que um país como Portugal - que no século XX teve um processo emigratório tão relevante como o do período pós-guerra colonial - tenha abandonado os seus emigrantes de forma inadmissível, olhando para eles de forma utilitarista, apenas na perspectiva das divisas", concluiu Eduardo Vítor Rodrigues.

O sociólogo desenvolve esta perspectiva hoje à tarde no congresso "Cidadãs da Diáspora", que marca o encerramento dos "Encontros para a Cidadania", promovidos pela associação Mulher Migrante entre 2005 e 2008, sob o lema "Igualdade entre Homens e Mulheres nas Comunidades Portuguesas"."

2009/03/06

Pela defesa do património de Luanda

Fiquei feliz em deparar há pouco na net com esta petição em defesa do património construído de Luanda. Sinal de que há ainda uma franja da população consciente do fabuloso património arquitectónico que têm em mãos e que não podem desbaratar, sob pena das gerações futuras virem a lembrar-se desta apenas pela ganância do lucro.

Aliás, este problema estende-se a todo o país. Aqui na provincia há bem pouco tempo atrás demoliram, tijolo a tijolo, a estação de comboios da Catumbela para, provavelmente, construírem um mamaracho chinês no seu lugar. Foi mais um pouco da história de Angola que morreu com a destruição deste edíficio...

Deixo, por isso, simbolicamente, pois não o posso assinar mas com o qual concordo sobremaneira e na generalidade, o texto da petição que corre desde Janeiro, também patrocinada pela Ordem dos Arquitectos de Angola, sobre a defesa do património e monumentos de Luanda e para ser endereçado ao Presidente da República, com conhecimento à Governadora, Ministra da Cultura, Comissão da Cultura da Assembleia e representação da UNESCO em Luanda:

"ABAIXO ASSINADO: EM DEFESA DO QUE RESTA DE LUANDA


Nós, abaixo assinados, cidadãos nascidos ou residentes em Luanda,

ACREDITANDO que o que torna uma cidade singular é o seu património histórico e cultural, traduzido pelos hábitos das suas gentes, mas igualmente pelas pedras, construções, espaços e edifícios que foram sendo introduzidos ao longo dos séculos da sua génese.

TENDO tomado conhecimento que se continua a autorizar a destruição de património público, entre prédios classificados como foi o Palácio de Dona Ana Joaquina, ou por classificar, como o Mercado do Kinaxixe, este último considerado internacionalmente uma das obras arquitectónicas mais importantes do Movimento Moderno, e proposta por Óscar Niemeyer para ser considerado Património da Humanidade pela UNESCO.

PREOCUPADOS com as destruições quase diárias, e reconstruções arbitrárias, a que a cidade vem assistindo e que atentam contra a história, as tradições, a evolução e a identidade dos luandenses.

NÃO ENTENDENDO igualmente a total ausência de zonas verdes, jardins e parques, impedindo-a de ter os pulmões necessários à absorção da poluição alarmante que sofremos.

CONVENCIDOS que o aumento do tráfego, a indisciplina, a falta de campanhas insistentes de educação civica e moral, estão a desembocar numa situação quase impossível de ser revertida.

CONSTATANDO a existência de espaços imensos fora do centro da cidade, susceptíveis de serem utilizados e aproveitados para a construção de prédios altos, em zonas perfeitamente urbanizadas e com a infra-estrutura adequada, com parques de estacionamento e os acessos necessários para que as mesmas permitissem o crescimento, descongestionando o casco urbano existente, sem o descaracterizar.

TEMENDO que os novos projectos megalómanos, que descaracterizam Luanda, não tenham acautelado com a profundidade exigível sequer as necessidades em infra-estrutura para o seu adequado funcionamento, e menos ainda questões essenciais, entre as quais ressaltam a ambiental, a ecológica, a cultural, a geofísica e a socio-cultural,

E PORQUE OS FACTOS NOS INDUZEM A CRER de que a vontade não é de, com rigor e sentido humanista, levar as pessoas e serviços a desconcentrarem-se, mantendo a ideia de refazer a cidade, mas se continua a centralizar edifícios que poderiam perfeitamente ficar situados na periferia, como é o exemplo flagrante da sede da SONANGOL,

DEFENDENDO QUE todas as cidades têm a sua História, e a nossa não é diferente das outras,

E PORQUE há que defender a História e o Património de Luanda, mesmo admitindo que já é um pouco tarde, mas ainda assim convencidos que um País sem memória fisica é um País à deriva, sem identidade,

E PORQUE pela dimensão de alguns dos projectos que estão a ser implementados, parece-nos ser legitimamente exigível os estudos ambientais e a mais ampla discussão e auscultação públicas, num acto de verdadeiro respeito pela democracia,

REQUEREM a suspensão das acções em curso, e uma análise exaustiva na procura de locais alternativos para o desenvolvimento de todos os projectos que não tenham em consideração a preservação da componente histórica da cidade, do que resta do nosso valioso património arquitectónico, que não é só a cidade dos séculos XVII a XIX, mas também dos edifícios mais significativos do Movimento Moderno.

Luanda, aos 28 de Janeiro de 2009.


ASSINATURAS DE CIDADÃOS QUE SUBSCREVEM A CARTA

EM DEFESA DO QUE RESTA DE LUANDA"

Resgatando do Moblig...

Autenticação Moblig

Leituras e leituras virtuais

Segundo parece há quem leia menos do que aquilo que apregoa. No meu caso, nem mais, nem menos. Aquilo que vou lendo, vou publicando. O que não acabei de ler, nunca aqui mencionei (por exemplo, "Cem anos de solidão", de Gabriel Garcia Marquez) e entre os livros deste top 10 da noticia nunca li, de facto nenhum deles. Mas tenho vontade de ler George Orwell, nomeadamente o seu "1984" ali mencionado, mas também o "Triunfo dos porcos".

Para seguir lendo...

2009/03/05

BNA (15) - O tanque de águas

O gigantesco tanque de água (cerca de 50m3) está já a meio do caminho, sendo que este fim de semana deverá ficar praticamente alinhavado. É um trabalho simples mas de dificil execução devido ao elevado peso e dimensão das peças em aço galvanizado de 8mm.



U2 tour...

A tournée dos U2 é anunciada já no próximo dia 9 de Março no site oficial da banda e pelo que se vai dizendo, em Agosto passa por Portugal, mas confirmação mesmo só daqui a uns dias.

A ver se é desta que cumpro um dos meus desejos, ver ao vivo a minha banda preferida.



O novo album, que já o tenho via iTunes, é bom. Não é um album fabuloso, radicalmente diferente com novos sons, mas é U2 e abre novos caminhos para o futuro da banda. "Get On Your Boots", single de avanço, é uma excelente música, mas para mim a melhor é mesmo a que dá titulo ao album, "No Line On The Horizon".

2009/03/04

BNA-Lobito (14)

A obra cá vai andando, a decorrer assim lá para o meio do ano está pronta. O pior são os imprevistos que aqui acontecem com regularidade...















Depois da viga em ferro, o tecto falso já lá está e o aspecto é muito bom.




















As escadas já estão (quase) forradas com o mosaico de cima a baixo. O Guilherme já está a atacar na fachada exterior novamente que entretanto foi grampeada para receber mais pedras.















Cá está um desses imprevistos: apesar de avisados pelo nosso instalador de AVAC, os projectistas sul-africanos acharam que as UTA's cabiam nas salas que estavam destinadas. Azar! Não cabiam em duas delas... E agora lá andei eu a desfazer trabalho feito e a refazer novamente...

Leituras [40] - Champollion - O Egípcio, de Christian Jacq

Neste livro de um dos mais aclamados autores mundiais de egiptologia, saiu esta obra que descreve a passagem do "pai" desta ciência que nasceu com o século das luzes na europa e, evidentemente, teria de ser francês, Champollion.

Bem narrado mas algo saltitante na história, vale mais pelo descritivo dos locais e monumentos pois as muitas aventuras são narradas, quanto a mim, algo displicentemente, não aproveitando o "sumo" que as aventuras do homem e do seu grupo expedicionário viveram.

Sinopse:
"Em Julho de 1828, Jean-François Champollion chega ao Egipto, a sua pátria espirital. Ele a quem chamam "O Egípcio", penetra num mundo de lendas, povoado de perigos e maravilhas.
Persuadido de ter descoberto o segredo dos hieróglifos, percorre o Egipto e a Núbia para confirmar a sua genial intuição. Chefiando uma comunidade de arqueólogos onde os antagonismos se revelam por vezes violentos, ele tem o papel de velar por todos, contornar a traicção, combater os inimigos que querem impedi-lo de ser bem sucedido na sua missão: salvar da destruição o Egipto dos faraós e transmitir ao mundo a sua mensagem de luz.
De Alexandria a Abu-Simbel, Champollion conhece as grandes alegrias de um sábio e de um homem de acção que decifra o livro imenso do Egipto imortal. Christian Jacq convida-nos a seguir os passos do pai da egiptologia e a viver um marivilhoso romance de aventuras."

2009/03/03

20 anos

A música diz que "10 anos, é muito tempo", logo 20 anos é o dobro, muito mais! E no entanto parece que ainda me lembro de sair das aulas a correr para ir para casa ver o jogo a meio da tarde que nos valeu o primeiro titulo mundial e que, indicutivelmente, veio alterar todo o futebol português até aos dias de hoje.

Grandes jogadores começaram a escrever a sua história nesse dia, como o Fernando Couto, Paulo Sousa ou o João Pinto. Outros terão feito uma carreira interessante, mas abaixo do potencial que revelavam, como o Amaral, o Paulo Alves ou o Jorge Couto. A maior parte foi ultrapassada na história, alguns pela geração que 2 anos depois repetiu o feito, outros porque simplesmente não tiveram a pontinha de sorte que necessitam todos os jogadores em algum ponto da sua vida.

Como o tempo passa depressa...

E para ler a grande entrevista do melhor pensador de futebol em Portugal, o seleccionador Carlos Queiroz, hoje a'O Jogo, onde se percebe as razões que levaram ao sucesso nesse ano e nos vindouros. De facto, Carlos Queiroz para ser um grande treinador só lhe faltava ser no banco, no decorrer do jogo, de um nível elevado como o é na preparação e planificação. Essa é a diferença entre Mourinho e ele. É que o Mourinho é completo... Mas sem Queoroz, provavelmente hoje não haveria Mourinho! E é por isso que gosto deste tipo de treinadores, metódicos, pensadores, que trabalham a médio e longo prazo, como o Mourinho, o Queiroz, o Manuel Machado, o Carvalhal.

2009/03/02

Fósseis


Não sei que idade têm, mas sei que são engraçados e parecem antigos, fósseis de conchas tipo "Vieiras", algumas de tamanho bem considerável. Aparecem com alguma regularidade por aqui, simbolos da ocupação que desde os primórdios da terra aqui andam animais e que daqui, deste continente, saíu também o bicho Homem que hoje povoa e domina todo o planeta.