2004/10/29

A Constituição Europeia

Hoje poderia ter sido um dia qualquer... Como qualquer outro, mas foi diferente. Não só pelo aniversário da minha mãe, que é muito importante, mas também porque hoje em Roma os Chefes de Estado dos países da União Europeia formalizaram o acordo que após a ratificação deste tratado permitirá à Europa dos 25 (para já...) reger-se por uma lei máxima e comum a todos os Estados membros da UE.

E a importância é que a Europa andou centenas de anos a lutar entre si e degladiar-se para que cada país se mostrasse independente e orgolhoso de si próprio e hoje, num conjunto de assinaturas, esses mesmos países decidiram que juntos e caminhando para uns hipotéticos Estados Unidos da Europa poderiam ser mais fortes e combater dessa forma o poderia económico e investigador dos EUA e o poderio de crescimento dos tigres asiáticos.

Sejamos claros, estejamos ou não de acordo com esta situação, de uma coisa estou certo: se não for assim, a Europa tende a desaparecer e a ser "esmagada" pelos produtos asiáticos, verá os seus melhores técnicos e quadros partirem atrás do grande sonho americano e será cada vez mais dependente das diversas populações asiáticas, euro-asiáticas e africanas que cada vez mais "ocupam" a Europa.

Este é o caminho: uma moeda, uma constituição. E, possivelmente, daqui a alguns anos, um verdadeiro governo europeu e um presidente europeu sufragado por todos os Europeus.

Mas, como é evidente, a grande noticia para a imprensa não é essa... Na TSF era a própria sondagem. Nos restantes eram as consequências do "caso" Marcelo, a carta do irmão do presidente a apelar ao derrube do Governo, a alegada fuga aos impostos do José Veiga e consequente não tomada de posse de um reconhecido portista (fundador da Casa do FC Porto no Luxemburgo e Dragão de Ouro) de um cargo na administração da Benfica SAD, a greve dos trabalhadores da CGD por alegadamente o Governo estar a preparar uma alteração que vai tornar os seus trabalhadores iguais a todos os outros trabalhadores portugueses (retirando-lhes o estatuto de excepção que têm e que não tem qualquer motivo para tal) mas em que ainda nem sequer se sabe se tal irá ser feito ou não e o Dr. Paulo Pedroso pedir uma indeminização ao Estado não estando ainda ilibado do caso pelo qual apresenta o pedido... É a nossa imprensa, censurada como é lógico, pois só assim se percebe que dê tanta importância a estes temas tão candentes da nossa vida!

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