2004/12/01

Linha de Rumo, por Ruy Cinatti

Descobri por acaso numa página de um jornal de poesia este poema cujo titulo é o nome do meu blog e crónica (tanto atraso na publicação...) e quis deixar aqui reproduzido.

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Encontro-me parado...
Olho em meu redor e vejo inacabado
O meu mundo melhor.

Tanto tempo perdido...
Com que saudade o lembro e o bendigo:
Campo de flores
E silvas...

Fonte da vida fui. Medito. Ordeno.
Penso o futuro a haver.
E sigo deslumbrado o pensamento
Que se descobre.

Quem não me deu Amor, não me deu nada.
Desterrado,
Desterrado prossigo.
E sonho-me sem Pátria e sem Amigos,
Adrede.


Ruy Cinatti

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