Pois é, segundo contas do Jornal de Negócios hoje, quem tiver menos de 40 anos e menos de 15 de trabalho, quando se reformar a partir de 2030 deverá ver a sua pensão de reforma reduzida em 23%. Ou seja, quase um quarto do valor que é retirado em relação aos cálculos de hoje.
O que me chateia. Por dois motivos: porque tenho menos de 40 anos e porque tenho menos de 15 de trabalho!
E chateia mais ainda porque sou obrigado a descontar para a segurança social, mesmo que tenha um plano de poupança reforma, quando eu preferia muito mais ter apenas um plano de poupança reforma e de bom grado que abdicava do Estado para me dar a reforma quando esse longinquo dia chegar, lá para 2032 (aos 60) ou 2037 (aos 65)...
Este é, cada vez mais, um país que me decepciona em tudo. Os governantes só pensam em mais impostos, em reduzir aquilo que dão aos cidadões mas nenhum parece minimamente interessado em reduzir ao Estado, em aumentar eficiência de produção do Estado, em diminuir os custos do Estado, em acabar com as obras faraónicas de interesse duvidoso (ver post que escrevi no Observador Cósmico).
Começo a pensar que deveriamos ser um país do 1º mundo mas em muitas coisas, nomeadamente ao nível das mentalidades das classes dirigentes, estamos ao nível do 3º mundo.
Acho que estou a precisar de um banho de estrangeiro para encontrar outra vez o meu amor pelo meu país que está perdido algures entre as decepções constantes com os políticos e com a economia e com a mentalidade dos portugueses.
Porque preciso (ar)riscar, sempre, rumo ao futuro melhor...
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