Completam-se dois anos do acontecimento que mudou o mundo.
Mudou porque fez perceber aos olhos de um ocidental que ainda há quem queira manter hábitos e tradições medievais e, pior do que querer manter nos seus países de origem, ainda pretendem estender essa influência e forçar aqueles que não partilham dessa filosofia a alinhar pelo diapasão deles.
E de forma cobarde, digo eu! Porque querem fazer a transformação pela forma radical, revolucionária e não democrática. Querem forçar as civilizações que não partilham os seus hábitos sociais, políticos e religiosos a seguirem—nos usando a violência, a força bruta sobre os civis inocentes e guerrilha.
Serviram os atentados do 11 de Setembro de 2001 para o mundo ocidental perceber que entre os países de África, do Médio Oriente e da Ásia existem ditaduras violentas que se servem da religião como forma de se manter e justificar o poder e as atrocidades que comentem – nada que a Europa não tenha feito na sua era medieval! Serviram para compreender que esses dirigentes andaram durante anos a financiar e treinar grupos terroristas que se infiltraram e viveram entre as pessoas das sociedades que tanto odeiam e querem destruir. Serviram para compreender que a melhor forma de terminar com aquelas ditaduras é dar instrução e formação ao povo desses países – porque só assim as pessoas compreendem que há formas melhores de vida do que aquela que lhes é imposta.
Na época escrevi que poderia estar a iniciar-se a 3ª Guerra Mundial. E de facto isto não anda longe da verdade... Hoje sabe-se que há três grupos: um encabeçado pelos EUA e que luta por terminar com o terrorismo internacional e com as ditaduras no mundo; outro é composto pelos países onde os ditadores impõem a sua vontade férrea e que estão ligados ao terrorismo, como era o Iraque e o Afeganistão e como ainda são países como a Coreia do Norte, Cuba, Arábia Saudita, Jordânia, Yémen, Irão ou até o território autónoma da Palestina, entre muitos outros; por último, existem alguns países que por tradição são anti-americanos ou por acharem que a resolução desses problemas não lhes diz respeito e que dessa forma têm perpetuado as ditaduras e têm criado empecilhos para quem quer resolver o problema conseguir levar esse objectivo para a frente. E a guerra está aí: foi o Afeganistão, é o Iraque, é a situação de tensão que se vive no Irão e na Coreia do Norte, é a situação cada vez mais complicada entre Israel-Palestina, são os diversos golpes de estado que se têm sucedido na África...
Enfim, vamos esperar que a civilização que defende a primazia do Homem, a liberdade de pensamento e circulação e o progresso com vista ao bem-estar do próprio Homem possa levar de vencida esta batalha que se desenrola em cenários de guerra que nada têm a ver com tudo aquilo que até hoje foram as guerras que a História da Humanidade documentou.
Porque ninguém tenha dúvidas que se o Ocidente perder esta batalha, não só não poderão ler esta crónica neste jornal no futuro como também não saberão se por cá andarão ou se terão dinheiro para tão pouco comprar um qualquer jornal - que obedecerá cegamente ao poder que estiver instalado...
Fica a minha homenagem a todas as vitimas das torres gémeas de Nova York, às vitimas do avião despenhado no meio dos Estados Unidos e às vitimas no Pentágono desse fatídico 11 de Setembro de 2001. Mas também a todos aqueles que desde então para cá pereceram nas mãos dos cobardes que fazem atentados e que só dessa forma mesquinha, cruel e baixa são capazes de fazer valer os seus pontos de vista, onde o diplomata brasileiro e cidadão do mundo Sérgio Vieira de Mello foi o maior expoente. A todos, o meu muito obrigado por tentarem fazer deste mundo um local melhor para todos vivermos.
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