2004/07/23

Programa de Governo

Nestes dias não tenho tido muito tempo para escrever aqui nada, até estive fora de Guimarães e tudo. Mas agrada-me ver que o país não parou.

Já temos secretários de estado - e para quem quiser ver para lá dos "acontecimentos" que envolveram a cerimónia da tomada de posse - verá uma equipa forte, com muitos secretários de estado com imensas provas dadas: Graça Proença de Carvalho, Paulo Rangel, Teresa Caeiro, Pedro Duarte, entre outros, são alguns bons políticos e técnicos que irão, com toda a certeza, saber dar um novo impulso à governação.

Mas o próprio Programa de Governo, completamente novo e muito extenso, 225 páginas escritas em poucos dias, também deixa antever uma nova dinamica governativa. Mais atenção ainda às questões de justiça social, aposta no crescimento económico que se está a começar a pressentir nos últimos indicadores económicos, aposta clara na melhoria das qualificações dos portugueses e, por fim, uma clarissima e necessária aposta num estado cada vez mais moderno e eficaz.

Ainda não li a fundo o programa, como é lógico, mas acredito que uma das apostas seja a deslocalização de vários serviços, conforme o prometido. E acredito que isso vai criar novas dinâmicas regionais de crescimento, demográfico e económico, onde a aposta for bem sucedida.

Tenho esperança que este Governo de Santana Lopes seja capaz de prosseguir a linha de rumo traçada por Durão Barroso e que saiba transmitir melhor - comunicar, como está agora na moda dizer-se - aquilo que se executa aos cidadãos. Porque se assim não for, o risco que Portugal corre é de o PSD perder as próximas eleições para um PS profundamente dividido e possivelmente refém da mais perigosa coligação de partidos radicais não democráticos da esquerda portuguesa, o Bloco de Esquerda. E isso seria terrivel, não só para as liberdades e garantias individuais de cada cidadão como também para toda a economia: retirada imediata de todo o investimento estrangeiro do país, aumento radical e exponencial do desemprego, saída de grandes somas de dinheiro do país, descapitalizando-o e possivelmente uma "guerra" social enorme. O mais parecido que me consigo lembrar foi o (felizmente) curto reinado de Pina Moura nas pastas económicas (um ex-PCP reconvertido (?) ao socialismo já depois da queda do muro de Berlim) e que levou ao desinvestimento estrangeiro, à fuga de capitais lusos para o estrangeiro (nomeadamente a Holanda) ou ao colapso da Bolsa de Valores... Nem quero imaginar um Dr. Louçã ou um Dr. Miguel Portas nesse lugar, o que não seria!

Por isso, o único remédio que este Governo tem é o de passar bem a mensagem e de governar ainda melhor, de forma a que em 2006 possa continuar a governar e não entregue o país aos "bichos"!

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