Apesar de se saber que a economia nacional está em clara retoma, conforme mais esta noticia do Portugal Diário - Jornal em Directo demonstra e que vem no alinhamento de outras noticias que têm surgido nos últimos dois meses, dando conta da travagem do desemprego, estando agora controlado e com previsão de diminuição a partit do próximo ano, com o INE a dizer que a produção industrial aumentou, a diminuição da poupança e o aumento do consumo, bem como o aumento da confiança dos industriais e dos consumidores ou com o Banco de Portugal a ter de rever em alta as suas previsões para este ano, dando mais PIB, menos défice e menos inflação...
Afinal, comprova-se agora que a política que se seguiu foi eficaz e está a dar os seus frutos. A popolação ainda não os sente? Talvez, mas os frutos só podem ser consumidos quando estão crescidos e maduros, apesar de nos sentirmos satisfeitos quando os vemos na árvore ainda verdes e pequenos. Estamos neste momento nessa fase. A árvore "Portugal" tem muitos frutos e com bom aspecto, depois de ter estado quase sem folhas, a mirrar e a morrer em 2001... Em 2004 já tem frutos. Em 2005 estarão bons para começarem a ser colhidos. A partir de 2006 com toda a certeza a sua produção será superior à média europeia...
E no entanto, alguns partidos continuam a querer fazer passar a mensagem de que estamos em crise política.
Analisemos então a "crise".
Segundo o Dicionário on-line da Priberam, CRISE num governo é "situação de um governo que encontra dificuldades muito graves em se manter no poder". Ora se o governo assenta sobre uma maioria clara e ampla no parlamento, de onde ele é emanado, não pode estar em crise.
Assim, quem insiste em falar em crise (o Presidente da República julgo que ainda não referiu esse termo, apenas as oposições) uma vez que não é governante nem governo, só se poderá enquadrar dentro de uma das restantes alternativas que são apresentadas... Deixo assim à consideração dos meus leitores que pensem qual das hipóteses melhor se adequa ao PS, ao PCP e ao BE, aqueles que estão neste momento em crise política. Ora as hipóteses são, ainda segundo o mesmo dicionário:
1. alteração para melhor ou para pior no curso de uma doença;
2. ataque, acometimento, acidente;
3. momento perigoso ou decisivo de um negócio;
4. perturbação que altera o curso ordinário das coisas.
De resto, quanto à questão de não haver consequências a antecipação de eleições na economia nacional, relembro apenas que se assim for, Portugal será governado em duodécimos até haver novo orçamento, o que segundo li só lá para Abril ou Maio de 2005 é que será aprovado. Isso significa que até lá, o gverno não pode gastar mais em cada um dos meses do que gastou no mesmo mês do ano anterior, ou seja, daquilo que gastou num ano de recessão. Logo, terá pouco para gastar, apesar de numa fase de retoma o governo poder claramente gastar mais, já que na retoma a receita será superior e também as desepesas o poderiam ser. E isso também implicará que dificilmente antes de Maio ou Junho os portugueses terão aumentos de ordenados, já que só aí é que o governo terá à sua disposição o orçamento para gerir... Se mais não bastasse, só este motivo já devia fazer pensar muitos portugueses... Mas também as Câmaras teriam muitas dificuldades em gerirem o seu último ano de mandato com um governo que não lhes poderia facultar grandes verbas nem grandes obras para apresentarem ao eleitorado em Setembro/Outubro de 2005.
Mas também porque o líder do PSD já garantiu que as políticas iniciadas por Durão Barroso são para serem mantidas. E que o programa de governo aprovado em 2002 é para ser mantido nos seus principais fundamentos. Logo, se assim é, porque é que a esquerda tem medo que a legislatura seja concluída e no final julgada pelos seus resultados? Há uma maioria que suporta um governo. Há vontade de um líder partidário em manter as principais políticas que o anterior líder traçou. Então, nada mais lógico que continuar com a estabilidade governativa, com o crescimento do país e com um governo remodelado que se apresentará em 2006 aos eleitores com um trabalho, completo, concluído.
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