2005/02/10

E finalmente, ao terceiro dia, as desculpas!

Já tardavam, as desculpas. Mas chegaram hoje numa Nota da Direcção do Público na capa da edição de hoje.

Mas mesmo assim, para mim não são desculpas sinceras, não dão o braço a torcer quanto ao rotundo falhanço...

Deixam, pelo menos, duas frases importantes e muito significativas.
Uma:
"A direcção editorial do PÚBLICO reconhece que fez uma má escolha do título de capa ao optar pela expressão "aposta em", expressão ambígua a meio caminho entre o "prevê" e o "apoia"."

A outra:
"Deste caso também retira que se devem respeitar os silêncios dos políticos: as convicções jornalísticas sobre as suas intenções ou desejos, mesmo as melhor fundamentadas, devem ser apenas objecto de textos de análise ou de comentário."


Isso e a assumpção de que é "verdade, como se lê na nota enviada pelo antigo primeiro-ministro à Agência Lusa, que este não fez "qualquer declaração ou comentário sobre o processo eleitoral em curso" pelo que "ao falar das intenções de Cavaco Silva sem que este tivesse tomado qualquer posição pública, a notícia permitia um desmentido nos termos do de ontem".

Só é pena é quererem dar uma de moralistas ao dizer que a
"notícia do PÚBLICO, que procurava enquadrar a recusa de seu envolvimento nesta disputa eleitoral relacionando-a com as eventuais ambições presidenciais, vinha a ser trabalhada há várias semanas e resultou do cruzamento de várias fontes. Foi paginada naquele dia porque o tema das presidenciais entrara na véspera na campanha eleitoral"

que se percebe ser claramente uma desculpa de mau pagador...

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