2005/02/18

Linha de Rumo n.º 68 - 6 razões para votar no PSD

1. O regresso dos velhos guterristas, que mais não são do que os dirigentes e ministros que levaram num passado muito recente o país a um estado semi-depressivo, de falta de confiança, de se transformar num pântano. Sejamos claros: pessoas como Ferro Rodrigues, Jaime Gama, Jorge Coelho, José Sócrates, Maria de Belém, Fernando Gomes, João Cravinho, Pina Moura, Maria João Rodrigues, Mariano Gago, Alberto Costa, António Costa e tantos outros já tiveram seis anos (eu repito, seis anos!) para mostrar o que valiam e o que podiam fazer. Como é evidente e quem (quiser) se lembrar falharam e falharam rotundamente. Não aproveitaram o momento internacional positivo de crescimento e os fundos comunitários que chegaram a Portugal aos milhões todos os dias para reformar aquilo que era necessário reformar, estagnaram o país e adiaram as decisões.
2. O espírito reformador do PSD. Porque são factos: as grandes reformas em Portugal foram sempre feitas por governos do PSD. E este último governo, apesar de não poder completar o mandato, realizou diversas reformas: administrativas (criação das áreas metropolitanas), económicas (alterações do regime fiscal dos bancos que duplicou o que pagam de impostos), laborais (o código do trabalho, que graças aos sindicatos conservadores da CGTP não é tão avançado como o código laboral alemão de governo socialista), urbanísticas (a introdução da lei das rendas que tem décadas de atraso), na saúde (a criação dos Hospitais SA, hospitais públicos mas com uma gestão de tipo privado, gastando menos e aumentando a produtividade), na justiça (criação dos notários privados) ou rodoviárias (com o final das injustas SCUT, promovendo o mais socialmente correcto principio de utilizador-pagador).
3. Uma questão de justiça, já que - como cada vez mais se percebe - esta trapalhada do Presidente da República de dissolver o Parlamento ao estilo Octávio Machado (“Vocês sabem do que eu estou a falar…”) sem justificação concreta e plausível e nem sequer convocando a segunda figura da hierarquia do Estado, o Presidente da Assembleia da República Dr. João Bosco Mota Amaral, serviu apenas propósitos partidários que o militante socialista Jorge Sampaio nunca escondeu ter em ver de novo o seu partido na governação do país.
4. O medo de debater questões fundamentais para o país como as questões económicas, de saúde ou de justiça e o refúgio nas questões de sociedade como o aborto, o choque tecnológico (que afinal já não é choque e sim plano…) e a promessa demagógica de criação de 150 mil empregos (que afinal já não é promessa, é aposta…) demonstram a total falta de preparação do candidato socialista depois do “irmão” mais velho, António Guterres, já o ter demonstrado está agora o mais novo infante, José Sócrates, apostado em deitar mais água no pântano guterrista (já quase seco) para nos atolar a todos novamente…
5. O excelente programa coordenado por António Mexia, que nem sequer é militante do PSD, demonstrando a abertura à sociedade civil – que Sócrates tentou sem qualquer sucesso com as “Novas Fronteiras” – e onde se destacam medidas que beneficiam quem menos tem (não aumentar impostos directos como o IRS e o IVA) e diminuir a carga fiscal sobre os automóveis de menor cilindrada (instrumento de trabalho de tantas e tantas famílias), a continuação da aproximação das pensões ao ordenado mínimo (superior, por isso, ao limite mínimo de 300€ que Sócrates encontrou) e o controle das despesas públicas diminuindo o peso do Estado nas contas com a criação de centrais de compras, pois sem haver ordem nas contas públicas não pode haver crescimento sustentado, entre tantas outras coisas que poderia destacar.
6. A clareza da opção sobre com quem irá governar cada partido em caso de necessitar de coligações pós-eleitorais. O PSD e o PP firmaram um acordo que viabilizará uma coligação pós-eleitoral para formar um governo sólido e estável. O PS para além de não querer dizer como superará uma evidência que parece ser cada vez mais clara de ninguém atingir uma maioria absoluta. Segundo os mais prestigiados jornais portugueses (e até estrangeiros) o PS irá fazer um acordo com os partidos de extrema esquerda fora do arco democrático agrupados na coligação Bloco de Esquerda, ficando por isso refém do demagógico e populista Dr. Francisco Louçã, o homem que sabe o que é um sorriso de uma criança porque tem uma filha! Tenham medo, tenham muito medo…

Sem comentários: