Pois é, parece que foi ontem, mas foi no já longínquo século passado, em 1999, a esta hora, que "tudo" começou.
Não sei onde vai acabar, sei que por mim não acabará...
Parabéns, 1 beijo!
2004/07/30
2004/07/29
1 ANO!
Hoje a LINHA DE RUMO faz um ano na blogosfera.
Em breve balanço, durante este ano, publiquei 263 posts, divididos pelos seguintes temas:
Futebol 84 32%
Outros 54 21%
Política 50 19%
Arquitectura 30 11%
Imagens 20 8%
Linha de Rumo 11 4%
Livros 4 2%
Sara 4 2%
Poesia 3 1%
Daisy 3 1%
Total 263
Daqui se pode aferir da diversidade de temas abordados, divergindo desde o futebol (com preponderância e influência da boa época do FC Porto e da boa campanha do Euro2004) à política (internacional, nacional e local) e à arquitectura. Publiquei também 11 textos que sairam no jornal Noticias de Guimarães ao longo deste ano - o que significa que de colaboração quinzenal passou para mensal...
Para além disso, ainda houve espaço para colocar imagens diversas, sugerir leitura de livros, colocar poesia on-line, falar da minha cadelinha Daisy e, claro está, falar da minha namorada Sara!
Tenho feito uma média de 4 posts por semana (segundo o Blogger), tenho 62 outros blogues a indicarem-me como sugestão de leitura (segundo o Technorati) e uma média de 14,3 visitas diárias (5226 visitantes, segundo o Bravenet).
O caminho está aberto. O linha traçada. O rumo definido. Esta é a LINHA DE RUMO!
Em breve balanço, durante este ano, publiquei 263 posts, divididos pelos seguintes temas:
Futebol 84 32%
Outros 54 21%
Política 50 19%
Arquitectura 30 11%
Imagens 20 8%
Linha de Rumo 11 4%
Livros 4 2%
Sara 4 2%
Poesia 3 1%
Daisy 3 1%
Total 263
Daqui se pode aferir da diversidade de temas abordados, divergindo desde o futebol (com preponderância e influência da boa época do FC Porto e da boa campanha do Euro2004) à política (internacional, nacional e local) e à arquitectura. Publiquei também 11 textos que sairam no jornal Noticias de Guimarães ao longo deste ano - o que significa que de colaboração quinzenal passou para mensal...
Para além disso, ainda houve espaço para colocar imagens diversas, sugerir leitura de livros, colocar poesia on-line, falar da minha cadelinha Daisy e, claro está, falar da minha namorada Sara!
Tenho feito uma média de 4 posts por semana (segundo o Blogger), tenho 62 outros blogues a indicarem-me como sugestão de leitura (segundo o Technorati) e uma média de 14,3 visitas diárias (5226 visitantes, segundo o Bravenet).
O caminho está aberto. O linha traçada. O rumo definido. Esta é a LINHA DE RUMO!
2004/07/25
Vozes sobre a cidade - o concerto
Este ano não choveu, bem pelo contrário, estava imenso calor, cerca de 25ºC às 22H00! E só isso, para começar, já é positivo.
O concerto de despedida do ano lectivo foi engraçado, variaram entre músicas tradicionais portuguesas e géneros musicais sempre mais apelativos como os espirituais negros. A Ana Truta esteve excelente na sua "Amazing Grace", como é costume, mas as outras solistas (especialmente a Diana) estiveram muito bem também.
Apenas achei que o piano se fazia ouvir um pouco acima do que devia - às vezes abafava os coralistas - mas a ideia de tocarem diversos instrumentos resulta muito bem, numas músicas melhor do que noutras, mas com o tempo julgo que vão encontrar o ponto de equilibrio. Mas no computo geral acho que foi uma boa actuação. Só tive pena da Sara não ter estreado ainda o "Fado Português", que estou ancioso para ouvir... Ao que parece, ainda não está muito bem ensaiado, apenas fizeram o ensaio duas vezes. Talvez na digressão ao Brasil já o possam estrear, mas infelizmente aí não o vou poder ouvir!...
De resto, parabéns ao CAUM pelo seu 15º aniversário, agora como instituição de utilidade pública que o anterior Ministro da Cultura, Pedro Roseta, soube muito brm distinguir.
O concerto de despedida do ano lectivo foi engraçado, variaram entre músicas tradicionais portuguesas e géneros musicais sempre mais apelativos como os espirituais negros. A Ana Truta esteve excelente na sua "Amazing Grace", como é costume, mas as outras solistas (especialmente a Diana) estiveram muito bem também.
Apenas achei que o piano se fazia ouvir um pouco acima do que devia - às vezes abafava os coralistas - mas a ideia de tocarem diversos instrumentos resulta muito bem, numas músicas melhor do que noutras, mas com o tempo julgo que vão encontrar o ponto de equilibrio. Mas no computo geral acho que foi uma boa actuação. Só tive pena da Sara não ter estreado ainda o "Fado Português", que estou ancioso para ouvir... Ao que parece, ainda não está muito bem ensaiado, apenas fizeram o ensaio duas vezes. Talvez na digressão ao Brasil já o possam estrear, mas infelizmente aí não o vou poder ouvir!...
De resto, parabéns ao CAUM pelo seu 15º aniversário, agora como instituição de utilidade pública que o anterior Ministro da Cultura, Pedro Roseta, soube muito brm distinguir.
2004/07/24
Vozes sobre a cidade
Hoje à noite, no Bom jesus em Braga, encerra a temporada o CAUM (Coro Académico da Universidade do Minho), com um concerto intitulado "Vozes Sobre a Cidade" e com um variado e prometedor alinhamento musical.
De todo o concerto, estou "em pulgas" para ouvir a música 17, "Fado Português", celebrizado pela eterna Amália e que fará a sua estreia nos concertos do CAUM, julgando eu que este é o primeiro fado adaptado por algum coro. E terá, como corolário, uma participação extra da "minha" Sara, com alguns solos nesta música...
Aconselho a ver e a ouvir, sábado, 24 de Julho, a partir das 21h30 no Bom Jesus, na cidade de Braga.
De todo o concerto, estou "em pulgas" para ouvir a música 17, "Fado Português", celebrizado pela eterna Amália e que fará a sua estreia nos concertos do CAUM, julgando eu que este é o primeiro fado adaptado por algum coro. E terá, como corolário, uma participação extra da "minha" Sara, com alguns solos nesta música...
Aconselho a ver e a ouvir, sábado, 24 de Julho, a partir das 21h30 no Bom Jesus, na cidade de Braga.
2004/07/23
Amália e Carlos Paredes
Dois personagens maiores da música com mais expressão na tradição portuguesa encontram-se neste dia. Amália nasceu há 84 anos atrás. Carlos Paredes faleceu hoje mesmo. A ironia do destino até ao fim. A cultura portuguesa está de luto!
Mas ambos, grandes artistas, continuam vivos. Amália na sua voz ainda e sempre inconfundivel, inimitável ou inigualável. Carlos Paredes por fazer cantar a guitarra portuguesa como nenhum outro foi ou será capaz.
Já conhecia Amália há muito, mas a colecção de fado do Público tem-me ajudado a descobrir mais sobre ela. De Carlos Paredes conheço menos, mas sempre que ouço uma guitarra tocada por si, reconheço de imediato ser diferente de todas as outras que possa ouvir.
Encontram-se ambos na eternidade.
O corpo faleceu, mas a alma vai sempre nos acompanhar, enquanto uma gravação deles se fizer ouvir...
Mas ambos, grandes artistas, continuam vivos. Amália na sua voz ainda e sempre inconfundivel, inimitável ou inigualável. Carlos Paredes por fazer cantar a guitarra portuguesa como nenhum outro foi ou será capaz.
Já conhecia Amália há muito, mas a colecção de fado do Público tem-me ajudado a descobrir mais sobre ela. De Carlos Paredes conheço menos, mas sempre que ouço uma guitarra tocada por si, reconheço de imediato ser diferente de todas as outras que possa ouvir.
Encontram-se ambos na eternidade.
O corpo faleceu, mas a alma vai sempre nos acompanhar, enquanto uma gravação deles se fizer ouvir...
Programa de Governo
Nestes dias não tenho tido muito tempo para escrever aqui nada, até estive fora de Guimarães e tudo. Mas agrada-me ver que o país não parou.
Já temos secretários de estado - e para quem quiser ver para lá dos "acontecimentos" que envolveram a cerimónia da tomada de posse - verá uma equipa forte, com muitos secretários de estado com imensas provas dadas: Graça Proença de Carvalho, Paulo Rangel, Teresa Caeiro, Pedro Duarte, entre outros, são alguns bons políticos e técnicos que irão, com toda a certeza, saber dar um novo impulso à governação.
Mas o próprio Programa de Governo, completamente novo e muito extenso, 225 páginas escritas em poucos dias, também deixa antever uma nova dinamica governativa. Mais atenção ainda às questões de justiça social, aposta no crescimento económico que se está a começar a pressentir nos últimos indicadores económicos, aposta clara na melhoria das qualificações dos portugueses e, por fim, uma clarissima e necessária aposta num estado cada vez mais moderno e eficaz.
Ainda não li a fundo o programa, como é lógico, mas acredito que uma das apostas seja a deslocalização de vários serviços, conforme o prometido. E acredito que isso vai criar novas dinâmicas regionais de crescimento, demográfico e económico, onde a aposta for bem sucedida.
Tenho esperança que este Governo de Santana Lopes seja capaz de prosseguir a linha de rumo traçada por Durão Barroso e que saiba transmitir melhor - comunicar, como está agora na moda dizer-se - aquilo que se executa aos cidadãos. Porque se assim não for, o risco que Portugal corre é de o PSD perder as próximas eleições para um PS profundamente dividido e possivelmente refém da mais perigosa coligação de partidos radicais não democráticos da esquerda portuguesa, o Bloco de Esquerda. E isso seria terrivel, não só para as liberdades e garantias individuais de cada cidadão como também para toda a economia: retirada imediata de todo o investimento estrangeiro do país, aumento radical e exponencial do desemprego, saída de grandes somas de dinheiro do país, descapitalizando-o e possivelmente uma "guerra" social enorme. O mais parecido que me consigo lembrar foi o (felizmente) curto reinado de Pina Moura nas pastas económicas (um ex-PCP reconvertido (?) ao socialismo já depois da queda do muro de Berlim) e que levou ao desinvestimento estrangeiro, à fuga de capitais lusos para o estrangeiro (nomeadamente a Holanda) ou ao colapso da Bolsa de Valores... Nem quero imaginar um Dr. Louçã ou um Dr. Miguel Portas nesse lugar, o que não seria!
Por isso, o único remédio que este Governo tem é o de passar bem a mensagem e de governar ainda melhor, de forma a que em 2006 possa continuar a governar e não entregue o país aos "bichos"!
Já temos secretários de estado - e para quem quiser ver para lá dos "acontecimentos" que envolveram a cerimónia da tomada de posse - verá uma equipa forte, com muitos secretários de estado com imensas provas dadas: Graça Proença de Carvalho, Paulo Rangel, Teresa Caeiro, Pedro Duarte, entre outros, são alguns bons políticos e técnicos que irão, com toda a certeza, saber dar um novo impulso à governação.
Mas o próprio Programa de Governo, completamente novo e muito extenso, 225 páginas escritas em poucos dias, também deixa antever uma nova dinamica governativa. Mais atenção ainda às questões de justiça social, aposta no crescimento económico que se está a começar a pressentir nos últimos indicadores económicos, aposta clara na melhoria das qualificações dos portugueses e, por fim, uma clarissima e necessária aposta num estado cada vez mais moderno e eficaz.
Ainda não li a fundo o programa, como é lógico, mas acredito que uma das apostas seja a deslocalização de vários serviços, conforme o prometido. E acredito que isso vai criar novas dinâmicas regionais de crescimento, demográfico e económico, onde a aposta for bem sucedida.
Tenho esperança que este Governo de Santana Lopes seja capaz de prosseguir a linha de rumo traçada por Durão Barroso e que saiba transmitir melhor - comunicar, como está agora na moda dizer-se - aquilo que se executa aos cidadãos. Porque se assim não for, o risco que Portugal corre é de o PSD perder as próximas eleições para um PS profundamente dividido e possivelmente refém da mais perigosa coligação de partidos radicais não democráticos da esquerda portuguesa, o Bloco de Esquerda. E isso seria terrivel, não só para as liberdades e garantias individuais de cada cidadão como também para toda a economia: retirada imediata de todo o investimento estrangeiro do país, aumento radical e exponencial do desemprego, saída de grandes somas de dinheiro do país, descapitalizando-o e possivelmente uma "guerra" social enorme. O mais parecido que me consigo lembrar foi o (felizmente) curto reinado de Pina Moura nas pastas económicas (um ex-PCP reconvertido (?) ao socialismo já depois da queda do muro de Berlim) e que levou ao desinvestimento estrangeiro, à fuga de capitais lusos para o estrangeiro (nomeadamente a Holanda) ou ao colapso da Bolsa de Valores... Nem quero imaginar um Dr. Louçã ou um Dr. Miguel Portas nesse lugar, o que não seria!
Por isso, o único remédio que este Governo tem é o de passar bem a mensagem e de governar ainda melhor, de forma a que em 2006 possa continuar a governar e não entregue o país aos "bichos"!
2004/07/20
A enorme dimensão humana de Vitor Baia
Apesar do muito que se diz de jogadores de futebol, há de facto alguns que escapam à mediocridade habitual do lugar comum e da falta de interesse pela sociedade que os idolatra. Figo é um exemplo, com um pensamento e coragem de falar sobre assuntos deviersos e que complementou tudo isso com a criação de uma Fundação para apoiar jovens e desfavorecidos. Vitor Baia é outro exemplo desses. Há muitos anos que Baia demonstra ter uma personalidade e um caracter diferente da maior parte dos futebolistas. Desde que há pouco tempo criou ele também uma Fundação, (Vitor Baia 99), que a pessoa que ele é ainda mais me afrada. Basta ler esta noticia da TSF e perceber isso mesmo. A oferta de 4 monitores de sinais vitais ao Instituto de Oncoligia (quando apenas lá existiam dois...), para lá do valor material da oferta, veio comprovar, complementado com a visita que fez aos míudos lá internados, que como Homem poucos no futebol têm a sua envergadura.
E mesmo os jornalistas, sempre ávidos de "sangue", que naquele local e naquele momento tentaram criar mais um conflito, abrir mais uma polémica, por causa das declarações escritas de um rapazote (e depois negadas pelo rapazote, que teve de ouvir que afinal isso estava escrito no seu (?) livro...) dizendo estar de relações cortadas há mais de dois anos com ele, tiveram a resposta merecida, bem adulta: "Estivemos juntos em Basileia (para o jogo de beneficência da UNICEF). Viajámos juntos, almoçámos juntos, jantámos juntos. Não percebo o porquê de se falar em relações cortadas. Quando as pessoas se falam não há razão para se pensar nisso. Há coisas mais importantes como esta causa".
Parabéns, Vitor. Serás sempre o maior!
E mesmo os jornalistas, sempre ávidos de "sangue", que naquele local e naquele momento tentaram criar mais um conflito, abrir mais uma polémica, por causa das declarações escritas de um rapazote (e depois negadas pelo rapazote, que teve de ouvir que afinal isso estava escrito no seu (?) livro...) dizendo estar de relações cortadas há mais de dois anos com ele, tiveram a resposta merecida, bem adulta: "Estivemos juntos em Basileia (para o jogo de beneficência da UNICEF). Viajámos juntos, almoçámos juntos, jantámos juntos. Não percebo o porquê de se falar em relações cortadas. Quando as pessoas se falam não há razão para se pensar nisso. Há coisas mais importantes como esta causa".
Parabéns, Vitor. Serás sempre o maior!
2004/07/17
A Linha de Rumo feita pelos seus leitores [1]
Plagiando um título recorrente do blog de Pacheco Pereira, uso-o para deixar mais à vista um comentário de um leitor anónimo "a." que não assumindo a sua identidade, não sei porquê, deixou uma resposta interessante ao meu post "O Ensino da Arquitectura em Portugal" e para o qual gostaria de deixar uma resposta mais longa do que o sistema de comentários me permite.
Assim, deixo primeiro o texto de "a." e depois a minha resposta...
"Discordo plenamente. Nunca na história do mundo se criou universidades para serem "profissionalizantes". Muito menos num curso com base na Belas Artes.Estudar arquitectura exige amor à camisola. E mais do que saber onde acaba o reboco e começa o tijolo deve-se saber pensar. E isso ensinam lá onde dizes nada ensinam..... É claro que o dito "mercado de trabalho" (castrador e corrupto em último grau) exige que se domine certas coisas práticas, na sua maioria desinteressantes, mas nada de tão estranho ou difícil para quem foi ensinado a pensar a arquitectura na faculdade. Quanto à crise do ensino básico e secundário, estamos de acordo!"
Caro a., está no direito de discordar e agradeço a réplica, mas acho que estou também em total desacordo quando diz que é um curso com "base nas Belas Artes"... Esse, para mim, é o principal problema do ensino da arquitectura actual. É que enquanto artista, pensa no projecto como uma obra de arte, como uma "peça" e numa forma "egoista". Nunca ouvi um "artista" dizer que trabalha para o público! Trabalham sempre para "prazer" pessoal. E a arquitectura, para o bem ou para o mal, é pública e deveria ser altruista - isto é, como bem diz, "pensada" mas para todos, para a comunidade, para quem dela vai usufruir os seus espaços interiores e mas também para quem vai usufruir dos seus espaços exteriores e da sua imagem e integração na realidade que a rodeia.
E todos os "pormenores desinteressantes" custam dinheiro - e hoje, mais do que nunca, essa é uma engrenagem fundamental no "castrador e corrupto mercado de trabalho". Ou será que os "artistas" não cobram honorários pelos seus projectos? Antigamente as universidades podiam dar-se ao luxo de formar "diletantes" que participavam em muito construtivas tertúlias que discutiam coisas muito pragmáticas (se bem que agora não me lembre de nenhuma em particular...), mas hoje isso não mais é possivel e não querer encarar essa realidade é abrir a porta aos "desenhadores", aos "agentes técnicos" e aos engenheiros civis para fazerem projectos de arquitectura com menos erros de construção (logo de construção mais barata) e mais baratos que os dos arquitectos...
O ensino universitário, não só da arquitectura como de qualquer outra coisa, não deve, para mim, ser "porfissionalizante" - para esse espaço há outras alternativas como o politécnico - mas antes deve preparar bem os alunos, dotando-os de capacidade critica e "bagagem" teórico-práctica - sem nunca perder a noção que quando terminar o curso o aluno vai entrar num mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, onde a diferença não vai residir no "génio" mas naquele que conseguir melhor conjugar as diversas variáveis intervenientes no processo da forma mais eficaz e económica - e neste sentido, sim, deve ser "profissionalizante".
Não sei se o meu caro leitor "a." é um arquitecto. Mas se for, pelo que escreveu, deduzo então que nunca deve ter feito projectos para pessoas que têm o direito de usufruir dos serviços de um arquitecto mas não têm nem 200 mil, nem 150 mil nem tão pouco 100 mil euros para "gastar" na construção de uma casa. Há, pelo visto, quem lhe chame "castrador"; eu chamo-lhe desafio conseguir gerir um orçamento curto que o cliente tem disponivel (ou antes, o banco tem disponivel...), concretizar o programa pedido, "limpando-o" de erros que poderiam comprometer quer o resultado estético quer o resultado económico e poder ver a obra concluída e o cliente feliz por ter uma casa de autor. É evidente que prefiro clientes cujo orçamento não é curto (ou de preferência, que nem sequer imponha limites...) mas isso até hoje só uma vez me aconteceu em oito anos de trabalho... Porque as promotoras querem construir barato. Porque as autárquias nunca têm dinheiro para grandes obras. Porque os particulares têm de recorrer ao crédito e endividarem-se para toda a vida. Porque quem tem (muito) dinheiro normalmente não gosta de separar dele assim de qualquer forma...
Enfim, a minha opinião é que hoje o arquitecto não pode ser apenas um "artista". Tem de ser também um coordenador de vontades e de projectos, um psicólogo com os requerentes, um vendedor com os clientes, um engenheiro com os engenheiros ou um encarregado com os "trolhas"...
Assim, deixo primeiro o texto de "a." e depois a minha resposta...
"Discordo plenamente. Nunca na história do mundo se criou universidades para serem "profissionalizantes". Muito menos num curso com base na Belas Artes.Estudar arquitectura exige amor à camisola. E mais do que saber onde acaba o reboco e começa o tijolo deve-se saber pensar. E isso ensinam lá onde dizes nada ensinam..... É claro que o dito "mercado de trabalho" (castrador e corrupto em último grau) exige que se domine certas coisas práticas, na sua maioria desinteressantes, mas nada de tão estranho ou difícil para quem foi ensinado a pensar a arquitectura na faculdade. Quanto à crise do ensino básico e secundário, estamos de acordo!"
Caro a., está no direito de discordar e agradeço a réplica, mas acho que estou também em total desacordo quando diz que é um curso com "base nas Belas Artes"... Esse, para mim, é o principal problema do ensino da arquitectura actual. É que enquanto artista, pensa no projecto como uma obra de arte, como uma "peça" e numa forma "egoista". Nunca ouvi um "artista" dizer que trabalha para o público! Trabalham sempre para "prazer" pessoal. E a arquitectura, para o bem ou para o mal, é pública e deveria ser altruista - isto é, como bem diz, "pensada" mas para todos, para a comunidade, para quem dela vai usufruir os seus espaços interiores e mas também para quem vai usufruir dos seus espaços exteriores e da sua imagem e integração na realidade que a rodeia.
E todos os "pormenores desinteressantes" custam dinheiro - e hoje, mais do que nunca, essa é uma engrenagem fundamental no "castrador e corrupto mercado de trabalho". Ou será que os "artistas" não cobram honorários pelos seus projectos? Antigamente as universidades podiam dar-se ao luxo de formar "diletantes" que participavam em muito construtivas tertúlias que discutiam coisas muito pragmáticas (se bem que agora não me lembre de nenhuma em particular...), mas hoje isso não mais é possivel e não querer encarar essa realidade é abrir a porta aos "desenhadores", aos "agentes técnicos" e aos engenheiros civis para fazerem projectos de arquitectura com menos erros de construção (logo de construção mais barata) e mais baratos que os dos arquitectos...
O ensino universitário, não só da arquitectura como de qualquer outra coisa, não deve, para mim, ser "porfissionalizante" - para esse espaço há outras alternativas como o politécnico - mas antes deve preparar bem os alunos, dotando-os de capacidade critica e "bagagem" teórico-práctica - sem nunca perder a noção que quando terminar o curso o aluno vai entrar num mercado de trabalho, cada vez mais competitivo, onde a diferença não vai residir no "génio" mas naquele que conseguir melhor conjugar as diversas variáveis intervenientes no processo da forma mais eficaz e económica - e neste sentido, sim, deve ser "profissionalizante".
Não sei se o meu caro leitor "a." é um arquitecto. Mas se for, pelo que escreveu, deduzo então que nunca deve ter feito projectos para pessoas que têm o direito de usufruir dos serviços de um arquitecto mas não têm nem 200 mil, nem 150 mil nem tão pouco 100 mil euros para "gastar" na construção de uma casa. Há, pelo visto, quem lhe chame "castrador"; eu chamo-lhe desafio conseguir gerir um orçamento curto que o cliente tem disponivel (ou antes, o banco tem disponivel...), concretizar o programa pedido, "limpando-o" de erros que poderiam comprometer quer o resultado estético quer o resultado económico e poder ver a obra concluída e o cliente feliz por ter uma casa de autor. É evidente que prefiro clientes cujo orçamento não é curto (ou de preferência, que nem sequer imponha limites...) mas isso até hoje só uma vez me aconteceu em oito anos de trabalho... Porque as promotoras querem construir barato. Porque as autárquias nunca têm dinheiro para grandes obras. Porque os particulares têm de recorrer ao crédito e endividarem-se para toda a vida. Porque quem tem (muito) dinheiro normalmente não gosta de separar dele assim de qualquer forma...
Enfim, a minha opinião é que hoje o arquitecto não pode ser apenas um "artista". Tem de ser também um coordenador de vontades e de projectos, um psicólogo com os requerentes, um vendedor com os clientes, um engenheiro com os engenheiros ou um encarregado com os "trolhas"...
Composição do XVI Governo Constitucional
O Primeiro-Ministro indigitado, Pedro Santana Lopes, apresentou ao Presidente da República, ao final da tarde, o elenco dos ministros do XVI Governo Constitucional.
A tomada de posse dos ministros decorre Sábado, pelas 17H00, no Palácio da Ajuda.
O Governo terá dezanove ministérios, com a seguinte composição:
Primeiro-Ministro: Pedro Santana Lopes
Ministro de Estado, das Actividades Económicas e do Trabalho: Álvaro Barreto
Ministro de Estado e da Defesa Nacional: Paulo Portas
Ministro de Estado e da Presidência: Nuno Morais Sarmento
Ministro das Finanças e da Administração Pública: António Bagão Félix
Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas: António Monteiro
Ministro da Administração Interna: Daniel Sanches
Ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional: José Luís Arnaut
Ministro da Justiça: José de Aguiar Branco
Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas: Carlos da Costa Neves
Ministra da Educação: Maria do Carmo da Costa Seabra
Ministra da Ciência e Ensino Superior: Maria da Graça da Silva Carvalho
Ministro da Saúde: Luís Filipe Pereira
Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança: Fernando Negrão
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: António Mexia
Ministro da Cultura: Maria João Bustorff Silva
Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território: Luís Nobre Guedes
Ministro do Turismo: Telmo Correia
Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro: Henrique Chaves
Ministro dos Assuntos Parlamentares: Rui Gomes da Silva
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Domingos Jerónimo
Algumas conclusões, rápidas.
A equipa parece-me, à partida globalmente melhor do que a de Durão Barroso há dois anos atrás, o que pode ficar a dever-se ao periodo de retoma que estamos a iniciar, já que deixa antever uma mais fácil governação do que tiveram os anteriores ministros.
Muitas caras novas, algumas completamente desconhecidas (em particular, as novas ministras da cultura e da educação) e outras cujo perfil desconhecia adaptar-se ao cargo (como Telmo Correia ou Nobre Guedes) mas que não é motivo para que não possam apresentar um bom trabalho no final da legislatura.
A presença de poucos santanistas - apenas Rui Gomes da Silva e Henrique Chaves - e colocados nas pastas em que implicam maior coordenação com o líder, funcionando uma "espécie" de Morais Sarmento e Arnaut do Santana...
A ausência de Marques Mendes terá, em principio, uma vantagem: o parlamento vai ganhar um dos melhores deputados que por lá passaram nos últimos anos. Será que vamos ver novamente Marques Mendes a líder parlamentar? Acho que isso poderia ser positivo para a coligação no parlamento, já que o actual líder parlamentar, apesar de cumprir bem a tarefa, não tem a "chama" nem a tarimba de Marques Mendes...
A tomada de posse dos ministros decorre Sábado, pelas 17H00, no Palácio da Ajuda.
O Governo terá dezanove ministérios, com a seguinte composição:
Primeiro-Ministro: Pedro Santana Lopes
Ministro de Estado, das Actividades Económicas e do Trabalho: Álvaro Barreto
Ministro de Estado e da Defesa Nacional: Paulo Portas
Ministro de Estado e da Presidência: Nuno Morais Sarmento
Ministro das Finanças e da Administração Pública: António Bagão Félix
Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas: António Monteiro
Ministro da Administração Interna: Daniel Sanches
Ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional: José Luís Arnaut
Ministro da Justiça: José de Aguiar Branco
Ministro da Agricultura, Pescas e Florestas: Carlos da Costa Neves
Ministra da Educação: Maria do Carmo da Costa Seabra
Ministra da Ciência e Ensino Superior: Maria da Graça da Silva Carvalho
Ministro da Saúde: Luís Filipe Pereira
Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança: Fernando Negrão
Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: António Mexia
Ministro da Cultura: Maria João Bustorff Silva
Ministro do Ambiente e do Ordenamento do Território: Luís Nobre Guedes
Ministro do Turismo: Telmo Correia
Ministro-Adjunto do Primeiro-Ministro: Henrique Chaves
Ministro dos Assuntos Parlamentares: Rui Gomes da Silva
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros: Domingos Jerónimo
Algumas conclusões, rápidas.
A equipa parece-me, à partida globalmente melhor do que a de Durão Barroso há dois anos atrás, o que pode ficar a dever-se ao periodo de retoma que estamos a iniciar, já que deixa antever uma mais fácil governação do que tiveram os anteriores ministros.
Muitas caras novas, algumas completamente desconhecidas (em particular, as novas ministras da cultura e da educação) e outras cujo perfil desconhecia adaptar-se ao cargo (como Telmo Correia ou Nobre Guedes) mas que não é motivo para que não possam apresentar um bom trabalho no final da legislatura.
A presença de poucos santanistas - apenas Rui Gomes da Silva e Henrique Chaves - e colocados nas pastas em que implicam maior coordenação com o líder, funcionando uma "espécie" de Morais Sarmento e Arnaut do Santana...
A ausência de Marques Mendes terá, em principio, uma vantagem: o parlamento vai ganhar um dos melhores deputados que por lá passaram nos últimos anos. Será que vamos ver novamente Marques Mendes a líder parlamentar? Acho que isso poderia ser positivo para a coligação no parlamento, já que o actual líder parlamentar, apesar de cumprir bem a tarefa, não tem a "chama" nem a tarimba de Marques Mendes...
2004/07/16
Linha de Rumo n.º 62 - Mau Ambiente
Mau ambiente?
Que o ambiente é um parente pobre na política deste país, já não é novidade.
Mas que as próprias autarquias, a quem compete licenciar e fiscalizar alguns dos atentados ambientais se demita dessa responsabilidade, ainda para mais quando tem um quadro de fiscais e de polícias municipais relativamente grande, é que já não será aceitável.
Talvez o problema não seja da lei. Talvez o problema não seja dos funcionários municipais. Ma muito provavelmente, o problema é dos políticos que deviam fomentar e consciencializar os munícipes para as vantagens de um ambiente mais saudável. Só que quem pede aos vereadores da oposição para retirarem uma proposta de execução de um Plano Director do Ambiente, ainda no ano de 2002, pois estava a preparar algo para colmatar essa grave lacuna do concelho de Guimarães, não tem desculpas – pois ainda hoje continuamos todos a aguardar este plano, cada vez mais urgente e necessário para que o dinheiro que tem sido aplicado em questões ambientais (e quase sempre da responsabilidade da “defunta” AMAVE) não o seja de uma forma casuística.
Estarei a falar de uma forma muito genérica? Então vou concretizar!
Em 28 de Agosto de 1998, foi publicado o Decreto-Lei n.º 268/98, que visa disciplinar a localização dos parques de sucata e o licenciamento da instalação e ampliação de depósitos de ferro-velho e de veículos em fim de vida. Este diploma dava então duas opções aos “sucateiros”: ou licenciavam e cumpriam o estipulado na lei, ou teriam de fechar portas!
Ainda segundo esta lei, a responsabilidade de licenciamento (art. 7º) cabe às autarquias, que apenas deverá licenciar aquela actividade quando se situar em Parques de Sucata de iniciativa camarária ou Parques Industriais previstos em PMOT (art. 6º). Este Decreto-Lei previa ainda um período de transição para os depósitos existentes sem qualquer tipo de licença se poderem adaptar à lei (art. 21º), após o qual ter decorrido deveriam ser encerrados pelos proprietários de forma voluntária ou coercivamente pela Câmara Municipal (n.º 4 e n.º 5 do art. 21º).
Pois bem, até aqui, apresentei argumentos (o “mau” ambiente e o Decreto-Lei n.º 268/98). E a seguir apresento o facto: em Guimarães, na freguesia de Figueiredo, por exemplo, funciona há vários anos uma sucata que não segue qualquer tipo de precaução ambiental e – duvido – tenha qualquer tipo de licenciamento! Aliás, a população do local tem-se insurgido contra este atentado ambiental, mas para além de serem poucos (votos…) estão muito longe do centro de Guimarães para se fazerem ouvir convenientemente!
Compete à Câmara Municipal actuar, fiscalizar. Compete proceder ao encerramento do espaço se este não se enquadrar na lei. Compete zelar pelo bem-estar ambiental dos vimaranenses, morem eles na rodovia de Covas (onde a sucata lá existente foi reconvertida e julgo cumprir agora a legislação) ou morem eles na periférica freguesia de Figueiredo. Porque não deve haver vimaranenses de primeira e de segunda!
Este é o mal do actual executivo camarário. Não faz (neste caso, o Plano Director do Ambiente) nem deixa fazer… E enquanto o Plano Director do Ambiente não é feito, enquanto a própria Câmara Municipal não promove a execução de um Parque de Sucatas (que Braga já fez…) onde num espaço criado, pensado e infra-estruturado para o efeito se juntariam os diversos industriais do sector de Guimarães, com benefícios para as populações e para o ambiente – para o qual o próprio Decreto-Lei n.º 268/98 prevê, no seu art. 23º, formas de financiamento – não poderemos confiar no “ambiente” da Câmara Municipal. Até porque a JSD já falou nisto em 1999. E o PSD insistiu em 2002 com uma proposta clara e perfeitamente viável dos seus vereadores em sede de Reunião do Executivo Municipal. De ambas as vezes fez-se ouvir um silêncio ensurdecedor de quem detém o poder.
Talvez o ambiente ande tão mau, que o executivo tenha ficado surdo com o excesso de ruído nos corredores de Santa Clara, o que poderia ser confirmado pelo Mapa de Ruídos do concelho – que, já agora, de acordo com o Decreto-Lei n.º 292/2000, que rege o regime legal sobre a poluição sonora, mais conhecido pelo seu anexo “Regulamento Geral do Ruído”, Mapa de Ruídos esse que deverá ser feito… pela Câmara Municipal (n.º 5 do art. 4º) – mas que continua, também, por executar em 2004!
Que o ambiente é um parente pobre na política deste país, já não é novidade.
Mas que as próprias autarquias, a quem compete licenciar e fiscalizar alguns dos atentados ambientais se demita dessa responsabilidade, ainda para mais quando tem um quadro de fiscais e de polícias municipais relativamente grande, é que já não será aceitável.
Talvez o problema não seja da lei. Talvez o problema não seja dos funcionários municipais. Ma muito provavelmente, o problema é dos políticos que deviam fomentar e consciencializar os munícipes para as vantagens de um ambiente mais saudável. Só que quem pede aos vereadores da oposição para retirarem uma proposta de execução de um Plano Director do Ambiente, ainda no ano de 2002, pois estava a preparar algo para colmatar essa grave lacuna do concelho de Guimarães, não tem desculpas – pois ainda hoje continuamos todos a aguardar este plano, cada vez mais urgente e necessário para que o dinheiro que tem sido aplicado em questões ambientais (e quase sempre da responsabilidade da “defunta” AMAVE) não o seja de uma forma casuística.
Estarei a falar de uma forma muito genérica? Então vou concretizar!
Em 28 de Agosto de 1998, foi publicado o Decreto-Lei n.º 268/98, que visa disciplinar a localização dos parques de sucata e o licenciamento da instalação e ampliação de depósitos de ferro-velho e de veículos em fim de vida. Este diploma dava então duas opções aos “sucateiros”: ou licenciavam e cumpriam o estipulado na lei, ou teriam de fechar portas!
Ainda segundo esta lei, a responsabilidade de licenciamento (art. 7º) cabe às autarquias, que apenas deverá licenciar aquela actividade quando se situar em Parques de Sucata de iniciativa camarária ou Parques Industriais previstos em PMOT (art. 6º). Este Decreto-Lei previa ainda um período de transição para os depósitos existentes sem qualquer tipo de licença se poderem adaptar à lei (art. 21º), após o qual ter decorrido deveriam ser encerrados pelos proprietários de forma voluntária ou coercivamente pela Câmara Municipal (n.º 4 e n.º 5 do art. 21º).
Pois bem, até aqui, apresentei argumentos (o “mau” ambiente e o Decreto-Lei n.º 268/98). E a seguir apresento o facto: em Guimarães, na freguesia de Figueiredo, por exemplo, funciona há vários anos uma sucata que não segue qualquer tipo de precaução ambiental e – duvido – tenha qualquer tipo de licenciamento! Aliás, a população do local tem-se insurgido contra este atentado ambiental, mas para além de serem poucos (votos…) estão muito longe do centro de Guimarães para se fazerem ouvir convenientemente!
Compete à Câmara Municipal actuar, fiscalizar. Compete proceder ao encerramento do espaço se este não se enquadrar na lei. Compete zelar pelo bem-estar ambiental dos vimaranenses, morem eles na rodovia de Covas (onde a sucata lá existente foi reconvertida e julgo cumprir agora a legislação) ou morem eles na periférica freguesia de Figueiredo. Porque não deve haver vimaranenses de primeira e de segunda!
Este é o mal do actual executivo camarário. Não faz (neste caso, o Plano Director do Ambiente) nem deixa fazer… E enquanto o Plano Director do Ambiente não é feito, enquanto a própria Câmara Municipal não promove a execução de um Parque de Sucatas (que Braga já fez…) onde num espaço criado, pensado e infra-estruturado para o efeito se juntariam os diversos industriais do sector de Guimarães, com benefícios para as populações e para o ambiente – para o qual o próprio Decreto-Lei n.º 268/98 prevê, no seu art. 23º, formas de financiamento – não poderemos confiar no “ambiente” da Câmara Municipal. Até porque a JSD já falou nisto em 1999. E o PSD insistiu em 2002 com uma proposta clara e perfeitamente viável dos seus vereadores em sede de Reunião do Executivo Municipal. De ambas as vezes fez-se ouvir um silêncio ensurdecedor de quem detém o poder.
Talvez o ambiente ande tão mau, que o executivo tenha ficado surdo com o excesso de ruído nos corredores de Santa Clara, o que poderia ser confirmado pelo Mapa de Ruídos do concelho – que, já agora, de acordo com o Decreto-Lei n.º 292/2000, que rege o regime legal sobre a poluição sonora, mais conhecido pelo seu anexo “Regulamento Geral do Ruído”, Mapa de Ruídos esse que deverá ser feito… pela Câmara Municipal (n.º 5 do art. 4º) – mas que continua, também, por executar em 2004!
A máquina de estado...
...ou o porquê da "descentralização" que Pedro Santana Lopes não ter grandes hipóteses de vir a ser bem sucedida, infelizmente!
Basta ler o que o Jaquinzinhos diz no post O Monstro das Bolachas, onde resumidamente (!) descreve o funcionamento estrutural e orgânico do Ministério da Agriculura. E é de loucos...
Basta ler o que o Jaquinzinhos diz no post O Monstro das Bolachas, onde resumidamente (!) descreve o funcionamento estrutural e orgânico do Ministério da Agriculura. E é de loucos...
2004/07/15
O Ensino da Arquitectura em Portugal
Um novo blog sobre arquitectura, o Critico de Arquitectura, que tenho seguido espaçadamente (tanto quanto o trabalho me permite...) e com interesse, julgo que realizado por "leigos" como se auto-definem, lançou para discussão o tema do Ensino da Arquitectura em Portugal.
Tentando contribuir para a discussão, começo por referir que me falta um ponto de referência fundamental, que é o ensino da Arquitectura nos outros países, visto que nunca estudei fora de Portugal. E esse seria o melhor termo de comparação entre o que se ensina "cá" e "lá"...
Depois, julgo que o problema em Portugal não é só do ensino da Arquitectura, é um mal geral que começa na primária. Explicando: acho que logo na primária os alunos não são tratados como alunos, antes como umas criaturas indefesas que podem ficar muito traumatizadas se forem "forçadas" a aprender o que quer que seja; e acho ainda que os professores não são capazes de se aperceberem desde a mais tenra infancia das aptidões dos seus alunos, no que deveria desde logo ser um exercicio fundamental para aplicar esforços em melhorar naquilo que são mais fracos e ajudar naquilo em que demonstram maiores aptidões a usar esses recursos inatos numa melhor aprendizagem. Durante o secundário os alunos recebem uma formação de moldes muito diferentes daquilo que depois se passa nas universidades, as aulas são diferentes, o relacionamento com os professores é diferente, as matérias são dadas de forma diferente. E é hoje unanime que a cada dez anos os alunos saem pior preparados que os anteriores...
Assim, desde logo o ensino da Arquitectura é uma tarefa muito mais complicada hoje. Até pela massificação: onde há 10 anos havia 500 alunos por ano em todo o país, hoje é bem capaz de haver só isso numa só qualquer universidade...
Quanto ao ensino ministrado pelos profesores, daquilo que posso contar da minha experiência pessoal que terminou em 1996, julgo que não tem muito a ver com o que depois se encontra no mercado profissional. Isto é, os alunos não recebem um ensino para se preparem para serem "profissionais" de Arquitectura - são pessoas que têm de ter bom relacionamento com outras pessoas pois são coordenadores entre vários profissionais, têm de saber um pouco de ergonomia e terem bom-senso e compreensão dos hábitos de vida das pessoas para quem vão fazer o projecto de forma a que este satisfaça as necessidades vitais do requerente e "purgue" o projecto de erros de concepção derivados de maus programas que os requerentes por vezes insistem em querer executar, são pessoas que têm de ter capacidade de negociação e de apresentação, oral e escrita, de argumentos - para "convencer" quer clientes quer colegas que apreciarão os seus trabalhos nas diversas entidades - e têm de ter uma enorme margem de progressão para saberem um pouco de tudo - eu hoje sei um pouco de civil, um pouco de hidráulicas, um pouco de gás, um pouco de electrotécnica, um pouco de como se constrói, um pouco de materiais e de como se aplicam, etc... Infelizmente, as universidades tendencialmente formam "artistas" que desenham muito bem mas cujas obras finais muitas vezes não são "habitáveis" - ficam excelentes em revistas mas os seus habitantes não se conseguem nelas fixar - ou apresentam erros dramáticos de construção por desconhecimento de materiais e de como os mesmos se aplicam ou onde se aplicam ou ainda alternativas a esse material, por exemplo.
Enfim, já dei aqui algumas achegas... Julgo que a maior parte dos colegas que têm saído das universidades desde a década de 90 (onde me incluo) têm que aprender o oficio no dia a dia do gabinete ou construtora ou câmara municipal ou onde arranjem trabalho. Mas estas são contas para outro rosário!
Tentando contribuir para a discussão, começo por referir que me falta um ponto de referência fundamental, que é o ensino da Arquitectura nos outros países, visto que nunca estudei fora de Portugal. E esse seria o melhor termo de comparação entre o que se ensina "cá" e "lá"...
Depois, julgo que o problema em Portugal não é só do ensino da Arquitectura, é um mal geral que começa na primária. Explicando: acho que logo na primária os alunos não são tratados como alunos, antes como umas criaturas indefesas que podem ficar muito traumatizadas se forem "forçadas" a aprender o que quer que seja; e acho ainda que os professores não são capazes de se aperceberem desde a mais tenra infancia das aptidões dos seus alunos, no que deveria desde logo ser um exercicio fundamental para aplicar esforços em melhorar naquilo que são mais fracos e ajudar naquilo em que demonstram maiores aptidões a usar esses recursos inatos numa melhor aprendizagem. Durante o secundário os alunos recebem uma formação de moldes muito diferentes daquilo que depois se passa nas universidades, as aulas são diferentes, o relacionamento com os professores é diferente, as matérias são dadas de forma diferente. E é hoje unanime que a cada dez anos os alunos saem pior preparados que os anteriores...
Assim, desde logo o ensino da Arquitectura é uma tarefa muito mais complicada hoje. Até pela massificação: onde há 10 anos havia 500 alunos por ano em todo o país, hoje é bem capaz de haver só isso numa só qualquer universidade...
Quanto ao ensino ministrado pelos profesores, daquilo que posso contar da minha experiência pessoal que terminou em 1996, julgo que não tem muito a ver com o que depois se encontra no mercado profissional. Isto é, os alunos não recebem um ensino para se preparem para serem "profissionais" de Arquitectura - são pessoas que têm de ter bom relacionamento com outras pessoas pois são coordenadores entre vários profissionais, têm de saber um pouco de ergonomia e terem bom-senso e compreensão dos hábitos de vida das pessoas para quem vão fazer o projecto de forma a que este satisfaça as necessidades vitais do requerente e "purgue" o projecto de erros de concepção derivados de maus programas que os requerentes por vezes insistem em querer executar, são pessoas que têm de ter capacidade de negociação e de apresentação, oral e escrita, de argumentos - para "convencer" quer clientes quer colegas que apreciarão os seus trabalhos nas diversas entidades - e têm de ter uma enorme margem de progressão para saberem um pouco de tudo - eu hoje sei um pouco de civil, um pouco de hidráulicas, um pouco de gás, um pouco de electrotécnica, um pouco de como se constrói, um pouco de materiais e de como se aplicam, etc... Infelizmente, as universidades tendencialmente formam "artistas" que desenham muito bem mas cujas obras finais muitas vezes não são "habitáveis" - ficam excelentes em revistas mas os seus habitantes não se conseguem nelas fixar - ou apresentam erros dramáticos de construção por desconhecimento de materiais e de como os mesmos se aplicam ou onde se aplicam ou ainda alternativas a esse material, por exemplo.
Enfim, já dei aqui algumas achegas... Julgo que a maior parte dos colegas que têm saído das universidades desde a década de 90 (onde me incluo) têm que aprender o oficio no dia a dia do gabinete ou construtora ou câmara municipal ou onde arranjem trabalho. Mas estas são contas para outro rosário!
2004/07/14
Bagão Félix e António Monteiro
Estes são os dois primeiros nomes conhecidos do futuro elenco governativo.
Se António Monteiro, embaixador em Paris, é um nome recorrente sempre que o PSD faz um governo para ocupar a pasta dos negócios estrangeiros, é um diplomata de carreira, conceituado, logo não deixando nada a apontar, já o nome de Bagão Félix nas finanças irá com toda a certeza trazer muita polémica.
Desde logo porque, apesar de independente, é próximo do CDS-PP. Depois pela polémica que o seu consulado na Segurança Social marcou ao longo destes dois anos.
Pela positiva, foi o primeiro ministro a concluir uma reforma de fundo (em particular, o "Código do Trabalho") e não é conhecido por ser despesista, antes pelo contrário. Pela negativa, para mim, o facto de não lhe reconhecer até agora nenhuma apetência especial para o cargo de ministro das finanças. Mas reconheço nele capacidades negociais e de preserverança excepcionais. E nisto das finanças, como a ainda ministra Manuela Ferreira Leite demonstrou, é importante ser preserverante nas opções que se tomam e ter boa capacidade negocial com Bruxelas, os sindicatos, os patrões, a função pública, os autarcas, etc...
Para já nota positiva. Veremos o resto da equipa...
Se António Monteiro, embaixador em Paris, é um nome recorrente sempre que o PSD faz um governo para ocupar a pasta dos negócios estrangeiros, é um diplomata de carreira, conceituado, logo não deixando nada a apontar, já o nome de Bagão Félix nas finanças irá com toda a certeza trazer muita polémica.
Desde logo porque, apesar de independente, é próximo do CDS-PP. Depois pela polémica que o seu consulado na Segurança Social marcou ao longo destes dois anos.
Pela positiva, foi o primeiro ministro a concluir uma reforma de fundo (em particular, o "Código do Trabalho") e não é conhecido por ser despesista, antes pelo contrário. Pela negativa, para mim, o facto de não lhe reconhecer até agora nenhuma apetência especial para o cargo de ministro das finanças. Mas reconheço nele capacidades negociais e de preserverança excepcionais. E nisto das finanças, como a ainda ministra Manuela Ferreira Leite demonstrou, é importante ser preserverante nas opções que se tomam e ter boa capacidade negocial com Bruxelas, os sindicatos, os patrões, a função pública, os autarcas, etc...
Para já nota positiva. Veremos o resto da equipa...
2004/07/13
Que governo?
Algumas ideias e muitos nomes têm circulado na imprensa como possiveis ministros para o governo que Santana Lopes deverá apresentar na sexta-feira ao Presidente da República.
Algumas notas sobre o assunto.
1. Parecem-me, na generalidade, nomes crediveis e com provas dadas (uns) ou com excelentes condições para virem a desempenhar um excelente trabalho (outros) para estes dois anos finais de legislatura. Aliás, até diria que se os nomes que têm sido postos cá fora corresponderem à realidade, Santana Lopes deverá conseguir formar uma equipa com, à partida, bastante mais forte do que a anterior de Durão Barroso, o que não será nada mau para começar...
2. A forma imaculada como Santana tem tratado do assunto, não dando ele próprio a conhecer, confirmanfo ou desmentindo, qualquer nome que tenha surgido. Isso é importante nesta fase e de forma a não queimar nomes, para agora ou para uma futura remodelação.
3. A questão de haver mais ministérios e menos secretarias de estado parece pacífica, pelo menos para mim. Julgo que este governo que está agora em gestão é o mais pequeno desde há 30 anos, pelo que não será por haver mais um ou até dois ministros que se vai deitar tudo a perder. E penso que existem algumas áreas que são actualmente secretarias de estado, como a Juventude ou o Ambiente por exemplo, que quanto a mim - e defendo-o há muitos anos - deveriam ser ministérios; a importância destes temas no contexto político do mundo actual já o justifica plenamente.
4. A deslocalização de ministérios e secretarias de estado. Julgo que isso é fundamental. E não é deslocando as pessoas que neles trabalham. Há muitos anos que este país vive à volta de Lisboa e é sabido que um dos principais factores de crescimento do país têm sido a prestação de serviços inerentes aos vários órgãos de Estado. Ora se os mesmos forem espalhados pelo país, mais zonas vão ter um novo impulso de crescimento graças a esse movimento... E depois, porque não há-de estar a Economia no Porto? Ou a Educação em Coimbra? Ou o Turismo no Algarve? Ou a Cultura em Évora? Ou a Indústria em Guimarães? Ou a Investigação e Ciência em Aveiro? Porque tem que estar sempre tudo em Lisboa? Não percebo... Na Holanda há ministérios espalhados por várias cidades. Na Bélgica também. E provavelmente noutros países da Europa também. Porque não em Portugal também? Não temos aeroportos e autoestradas e comboios a unir todas estas regiões do país?
Enfim, que mais se poderá dizer ainda? Que Jorge Sampaio tinha razão quando achou que a estabillidade não poderia ser alcançada de outra forma que não a inerente à posição que tomou? Que apesar disso continuo a achar que é um fraco Presidente da República (não é por ter feito aquilo que eu achava que devia ter feito agora que me vou esquecer de tudo o que devia ter feito nos "anos Guterres" e não fez!)? Que a deputada e "quase" Ministra dos Negócios Estrangeiros do PS, Ana Gomes, foi completamente "desbocada" nas suas afirmações, faltando claramente ao respeito ao seu camarada de partido e Presidente da República, num registo próximo do utilizado pela coligação PSR-UDP (BE)?
Enfim, é o país que temos...
Algumas notas sobre o assunto.
1. Parecem-me, na generalidade, nomes crediveis e com provas dadas (uns) ou com excelentes condições para virem a desempenhar um excelente trabalho (outros) para estes dois anos finais de legislatura. Aliás, até diria que se os nomes que têm sido postos cá fora corresponderem à realidade, Santana Lopes deverá conseguir formar uma equipa com, à partida, bastante mais forte do que a anterior de Durão Barroso, o que não será nada mau para começar...
2. A forma imaculada como Santana tem tratado do assunto, não dando ele próprio a conhecer, confirmanfo ou desmentindo, qualquer nome que tenha surgido. Isso é importante nesta fase e de forma a não queimar nomes, para agora ou para uma futura remodelação.
3. A questão de haver mais ministérios e menos secretarias de estado parece pacífica, pelo menos para mim. Julgo que este governo que está agora em gestão é o mais pequeno desde há 30 anos, pelo que não será por haver mais um ou até dois ministros que se vai deitar tudo a perder. E penso que existem algumas áreas que são actualmente secretarias de estado, como a Juventude ou o Ambiente por exemplo, que quanto a mim - e defendo-o há muitos anos - deveriam ser ministérios; a importância destes temas no contexto político do mundo actual já o justifica plenamente.
4. A deslocalização de ministérios e secretarias de estado. Julgo que isso é fundamental. E não é deslocando as pessoas que neles trabalham. Há muitos anos que este país vive à volta de Lisboa e é sabido que um dos principais factores de crescimento do país têm sido a prestação de serviços inerentes aos vários órgãos de Estado. Ora se os mesmos forem espalhados pelo país, mais zonas vão ter um novo impulso de crescimento graças a esse movimento... E depois, porque não há-de estar a Economia no Porto? Ou a Educação em Coimbra? Ou o Turismo no Algarve? Ou a Cultura em Évora? Ou a Indústria em Guimarães? Ou a Investigação e Ciência em Aveiro? Porque tem que estar sempre tudo em Lisboa? Não percebo... Na Holanda há ministérios espalhados por várias cidades. Na Bélgica também. E provavelmente noutros países da Europa também. Porque não em Portugal também? Não temos aeroportos e autoestradas e comboios a unir todas estas regiões do país?
Enfim, que mais se poderá dizer ainda? Que Jorge Sampaio tinha razão quando achou que a estabillidade não poderia ser alcançada de outra forma que não a inerente à posição que tomou? Que apesar disso continuo a achar que é um fraco Presidente da República (não é por ter feito aquilo que eu achava que devia ter feito agora que me vou esquecer de tudo o que devia ter feito nos "anos Guterres" e não fez!)? Que a deputada e "quase" Ministra dos Negócios Estrangeiros do PS, Ana Gomes, foi completamente "desbocada" nas suas afirmações, faltando claramente ao respeito ao seu camarada de partido e Presidente da República, num registo próximo do utilizado pela coligação PSR-UDP (BE)?
Enfim, é o país que temos...
2004/07/12
Obra de arte no espaço?
Quem será que do nada consegue fazer coisas tão belas? Esse sim, é o verdadeiro "artista"!
Imagem dos aneis de Saturno, a partir da sonda Cassini
Imagem dos aneis de Saturno, a partir da sonda Cassini
2004/07/10
E a opção é... estabilidade!
Pois é, contra toda a esquerda e até alguma imprensa que havia tomado, claramente, partido pelas eleições antecipadas, o Presidente da República ouviu a razão e não o coração, acabando por fazer a única coisa sensata que era convidar o PSD a formar novo governo e a concluir a legislatura iniciada em 2002, cumprindo e dando seguimento ao programa com que se apresentou perante o eleitorado, que em 2006 o poderá julgar pelos seus 4 anos de governo.
Felizmente, prevaleceu o bom senso. Assim, lá para o fim do mês, já deverá haver novo governo empossado e a trabalhar novamente para a consolidação do crescimento económico e para o progresso de Portugal. Por mais que isso custe a toda a esquerda, relembro que caso houvesse eleições antecipadas em Outubro, só em Novembro (daqui a mais de 4 meses...) é que haveria novo governo empossado, estando até lá o país paralisado por um governo de gestão!
E por falar em... CRISE! Então não é que afinal o PS é que está em crise? Perdeu o líder mas ganhou imensos potenciais candidatos! Felizmente não tenho voto na matéria quanto ao sucessor do ex-MES e dono do Gastão, mas gostava que fosse o João Soares... É que é incompetente quanto baste e gosto de ver o clã Soares a perder eleições, especialmente se perdesse outra vez contra o Santana como em Lisboa-2001...
Agora, enquanto o PSD continua a pensar Portugal, o PS vai continuar a sua luta fraticida Soares-Sócrates-Vitorino-Lamego, agora sem Ferro, que estava apenas suspensa pelo intervalo de duas semanas que o "camarada" Sampaio proporcionou ao "camarada" Ferro... Mas eles que são florzinhas (rosas...) que se entendam, nós temos um país adiado por seis anos para governar!
Felizmente, prevaleceu o bom senso. Assim, lá para o fim do mês, já deverá haver novo governo empossado e a trabalhar novamente para a consolidação do crescimento económico e para o progresso de Portugal. Por mais que isso custe a toda a esquerda, relembro que caso houvesse eleições antecipadas em Outubro, só em Novembro (daqui a mais de 4 meses...) é que haveria novo governo empossado, estando até lá o país paralisado por um governo de gestão!
E por falar em... CRISE! Então não é que afinal o PS é que está em crise? Perdeu o líder mas ganhou imensos potenciais candidatos! Felizmente não tenho voto na matéria quanto ao sucessor do ex-MES e dono do Gastão, mas gostava que fosse o João Soares... É que é incompetente quanto baste e gosto de ver o clã Soares a perder eleições, especialmente se perdesse outra vez contra o Santana como em Lisboa-2001...
Agora, enquanto o PSD continua a pensar Portugal, o PS vai continuar a sua luta fraticida Soares-Sócrates-Vitorino-Lamego, agora sem Ferro, que estava apenas suspensa pelo intervalo de duas semanas que o "camarada" Sampaio proporcionou ao "camarada" Ferro... Mas eles que são florzinhas (rosas...) que se entendam, nós temos um país adiado por seis anos para governar!
2004/07/09
FC Porto 2004-05
Numa rápida análise ao plantel para a próxima época, sabendo que o plantel ainda poderá estar incompleto, a primeira coisa a realçar é que o novo treinador italiano Luigi del Neri vai mudar mesmo o sistema de jogo da equipa, uma vez que Deco, Pedro Mendes e Alenitchev - os organizadores de jogo da equipa - saíram todos, restando apenas Maniche. E até ao momento, não houve contratações para essas posições...
Assim, o plantel que numa primeira vista poderia parecer um pouco desequilibrado, afinal poderá não o ser assim tanto.
Relembremos o plantel da última época (excluindo jogadores da equipa "B"):
Guarda-redes: V.Baia, Nuno e Bruno Vale;
Defesas - Paulo Ferreira e Secretário; Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Nuno Valente e Mário Silva;
Médios - Costinha e Bosingwa; Deco, Pedro Mendes e Ricardo Fernandes; Maniche e Alenitchev;
Avançados - Marco Ferreira, Maciel e Sérgio Conceição; McCarthy, Jankauskas, Carlos Alberto; Derley e César Peixoto
Para este ano, em principio, teremos:
Guarda-redes: V.Baia, Nuno e Bruno Vale;
Defesas - Seitaridis e Ibarra; Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Pedro Emanuel, Pepe e Ricardo Costa; Nuno Valentee Areias;
Médios - Costinha, Bosingwa e Raul Meireles; Maniche e Paulo Assunção;
Avançados - Quaresma e Maciel; McCarthy, Jankauskas, Carlos Alberto e Postiga; Derley e Rossato
Ou seja, terá mesmo menos um jogador e continua com alguns polivalentes que preenchem diversos lugares, como Bosingwa, Maniche, Rossato, Carlos Alberto e Derley, por exemplo. E isto se alguns jogadores como Ricardo Costa, Bosingwa ou Jankauskas não forem cedidos.
As minhas expectactivas passam pelo titulo nacional, como é evidente, mas também por uma boa participação na Liga dos Campeões. Julgo que o plantel é consistente, com diversas alternativas que poderão permitir no desenrolar do jogo a equipa se apresentar com outras cambiantes.
Julgo que a equipa tipo do inicio da época será Vitor Baia na baliza, a defesa com Seitaridis, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Nuno Valente, o meio campo com Costinha a trinco e Maniche um pouco mais à frente, depois um trio atacante constituído por Quaresma e Derley bem encostados às linhas e Carlos Alberto ao meio, atrás do ponta de lança que deverá ser Mccarthy, dispostos em 4-2-3-1.
Assim, o plantel que numa primeira vista poderia parecer um pouco desequilibrado, afinal poderá não o ser assim tanto.
Relembremos o plantel da última época (excluindo jogadores da equipa "B"):
Guarda-redes: V.Baia, Nuno e Bruno Vale;
Defesas - Paulo Ferreira e Secretário; Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Pedro Emanuel e Ricardo Costa; Nuno Valente e Mário Silva;
Médios - Costinha e Bosingwa; Deco, Pedro Mendes e Ricardo Fernandes; Maniche e Alenitchev;
Avançados - Marco Ferreira, Maciel e Sérgio Conceição; McCarthy, Jankauskas, Carlos Alberto; Derley e César Peixoto
Para este ano, em principio, teremos:
Guarda-redes: V.Baia, Nuno e Bruno Vale;
Defesas - Seitaridis e Ibarra; Jorge Costa, Ricardo Carvalho, Pedro Emanuel, Pepe e Ricardo Costa; Nuno Valentee Areias;
Médios - Costinha, Bosingwa e Raul Meireles; Maniche e Paulo Assunção;
Avançados - Quaresma e Maciel; McCarthy, Jankauskas, Carlos Alberto e Postiga; Derley e Rossato
Ou seja, terá mesmo menos um jogador e continua com alguns polivalentes que preenchem diversos lugares, como Bosingwa, Maniche, Rossato, Carlos Alberto e Derley, por exemplo. E isto se alguns jogadores como Ricardo Costa, Bosingwa ou Jankauskas não forem cedidos.
As minhas expectactivas passam pelo titulo nacional, como é evidente, mas também por uma boa participação na Liga dos Campeões. Julgo que o plantel é consistente, com diversas alternativas que poderão permitir no desenrolar do jogo a equipa se apresentar com outras cambiantes.
Julgo que a equipa tipo do inicio da época será Vitor Baia na baliza, a defesa com Seitaridis, Jorge Costa, Ricardo Carvalho e Nuno Valente, o meio campo com Costinha a trinco e Maniche um pouco mais à frente, depois um trio atacante constituído por Quaresma e Derley bem encostados às linhas e Carlos Alberto ao meio, atrás do ponta de lança que deverá ser Mccarthy, dispostos em 4-2-3-1.
O meu Photoblog...
...é no DevianART.
Ainda está no inicio, mas espero poder deixar lá algumas fotos interessantes.
Para ver no futuro, que agora ainda está muito vazio.
Ainda está no inicio, mas espero poder deixar lá algumas fotos interessantes.
Para ver no futuro, que agora ainda está muito vazio.
2004/07/08
Tempos dificeis, mas fascinantes, que aí vêm...
Apesar de se saber que a economia nacional está em clara retoma, conforme mais esta noticia do Portugal Diário - Jornal em Directo demonstra e que vem no alinhamento de outras noticias que têm surgido nos últimos dois meses, dando conta da travagem do desemprego, estando agora controlado e com previsão de diminuição a partit do próximo ano, com o INE a dizer que a produção industrial aumentou, a diminuição da poupança e o aumento do consumo, bem como o aumento da confiança dos industriais e dos consumidores ou com o Banco de Portugal a ter de rever em alta as suas previsões para este ano, dando mais PIB, menos défice e menos inflação...
Afinal, comprova-se agora que a política que se seguiu foi eficaz e está a dar os seus frutos. A popolação ainda não os sente? Talvez, mas os frutos só podem ser consumidos quando estão crescidos e maduros, apesar de nos sentirmos satisfeitos quando os vemos na árvore ainda verdes e pequenos. Estamos neste momento nessa fase. A árvore "Portugal" tem muitos frutos e com bom aspecto, depois de ter estado quase sem folhas, a mirrar e a morrer em 2001... Em 2004 já tem frutos. Em 2005 estarão bons para começarem a ser colhidos. A partir de 2006 com toda a certeza a sua produção será superior à média europeia...
E no entanto, alguns partidos continuam a querer fazer passar a mensagem de que estamos em crise política.
Analisemos então a "crise".
Segundo o Dicionário on-line da Priberam, CRISE num governo é "situação de um governo que encontra dificuldades muito graves em se manter no poder". Ora se o governo assenta sobre uma maioria clara e ampla no parlamento, de onde ele é emanado, não pode estar em crise.
Assim, quem insiste em falar em crise (o Presidente da República julgo que ainda não referiu esse termo, apenas as oposições) uma vez que não é governante nem governo, só se poderá enquadrar dentro de uma das restantes alternativas que são apresentadas... Deixo assim à consideração dos meus leitores que pensem qual das hipóteses melhor se adequa ao PS, ao PCP e ao BE, aqueles que estão neste momento em crise política. Ora as hipóteses são, ainda segundo o mesmo dicionário:
1. alteração para melhor ou para pior no curso de uma doença;
2. ataque, acometimento, acidente;
3. momento perigoso ou decisivo de um negócio;
4. perturbação que altera o curso ordinário das coisas.
De resto, quanto à questão de não haver consequências a antecipação de eleições na economia nacional, relembro apenas que se assim for, Portugal será governado em duodécimos até haver novo orçamento, o que segundo li só lá para Abril ou Maio de 2005 é que será aprovado. Isso significa que até lá, o gverno não pode gastar mais em cada um dos meses do que gastou no mesmo mês do ano anterior, ou seja, daquilo que gastou num ano de recessão. Logo, terá pouco para gastar, apesar de numa fase de retoma o governo poder claramente gastar mais, já que na retoma a receita será superior e também as desepesas o poderiam ser. E isso também implicará que dificilmente antes de Maio ou Junho os portugueses terão aumentos de ordenados, já que só aí é que o governo terá à sua disposição o orçamento para gerir... Se mais não bastasse, só este motivo já devia fazer pensar muitos portugueses... Mas também as Câmaras teriam muitas dificuldades em gerirem o seu último ano de mandato com um governo que não lhes poderia facultar grandes verbas nem grandes obras para apresentarem ao eleitorado em Setembro/Outubro de 2005.
Mas também porque o líder do PSD já garantiu que as políticas iniciadas por Durão Barroso são para serem mantidas. E que o programa de governo aprovado em 2002 é para ser mantido nos seus principais fundamentos. Logo, se assim é, porque é que a esquerda tem medo que a legislatura seja concluída e no final julgada pelos seus resultados? Há uma maioria que suporta um governo. Há vontade de um líder partidário em manter as principais políticas que o anterior líder traçou. Então, nada mais lógico que continuar com a estabilidade governativa, com o crescimento do país e com um governo remodelado que se apresentará em 2006 aos eleitores com um trabalho, completo, concluído.
Afinal, comprova-se agora que a política que se seguiu foi eficaz e está a dar os seus frutos. A popolação ainda não os sente? Talvez, mas os frutos só podem ser consumidos quando estão crescidos e maduros, apesar de nos sentirmos satisfeitos quando os vemos na árvore ainda verdes e pequenos. Estamos neste momento nessa fase. A árvore "Portugal" tem muitos frutos e com bom aspecto, depois de ter estado quase sem folhas, a mirrar e a morrer em 2001... Em 2004 já tem frutos. Em 2005 estarão bons para começarem a ser colhidos. A partir de 2006 com toda a certeza a sua produção será superior à média europeia...
E no entanto, alguns partidos continuam a querer fazer passar a mensagem de que estamos em crise política.
Analisemos então a "crise".
Segundo o Dicionário on-line da Priberam, CRISE num governo é "situação de um governo que encontra dificuldades muito graves em se manter no poder". Ora se o governo assenta sobre uma maioria clara e ampla no parlamento, de onde ele é emanado, não pode estar em crise.
Assim, quem insiste em falar em crise (o Presidente da República julgo que ainda não referiu esse termo, apenas as oposições) uma vez que não é governante nem governo, só se poderá enquadrar dentro de uma das restantes alternativas que são apresentadas... Deixo assim à consideração dos meus leitores que pensem qual das hipóteses melhor se adequa ao PS, ao PCP e ao BE, aqueles que estão neste momento em crise política. Ora as hipóteses são, ainda segundo o mesmo dicionário:
1. alteração para melhor ou para pior no curso de uma doença;
2. ataque, acometimento, acidente;
3. momento perigoso ou decisivo de um negócio;
4. perturbação que altera o curso ordinário das coisas.
De resto, quanto à questão de não haver consequências a antecipação de eleições na economia nacional, relembro apenas que se assim for, Portugal será governado em duodécimos até haver novo orçamento, o que segundo li só lá para Abril ou Maio de 2005 é que será aprovado. Isso significa que até lá, o gverno não pode gastar mais em cada um dos meses do que gastou no mesmo mês do ano anterior, ou seja, daquilo que gastou num ano de recessão. Logo, terá pouco para gastar, apesar de numa fase de retoma o governo poder claramente gastar mais, já que na retoma a receita será superior e também as desepesas o poderiam ser. E isso também implicará que dificilmente antes de Maio ou Junho os portugueses terão aumentos de ordenados, já que só aí é que o governo terá à sua disposição o orçamento para gerir... Se mais não bastasse, só este motivo já devia fazer pensar muitos portugueses... Mas também as Câmaras teriam muitas dificuldades em gerirem o seu último ano de mandato com um governo que não lhes poderia facultar grandes verbas nem grandes obras para apresentarem ao eleitorado em Setembro/Outubro de 2005.
Mas também porque o líder do PSD já garantiu que as políticas iniciadas por Durão Barroso são para serem mantidas. E que o programa de governo aprovado em 2002 é para ser mantido nos seus principais fundamentos. Logo, se assim é, porque é que a esquerda tem medo que a legislatura seja concluída e no final julgada pelos seus resultados? Há uma maioria que suporta um governo. Há vontade de um líder partidário em manter as principais políticas que o anterior líder traçou. Então, nada mais lógico que continuar com a estabilidade governativa, com o crescimento do país e com um governo remodelado que se apresentará em 2006 aos eleitores com um trabalho, completo, concluído.
2004/07/06
A entrevista de Santana Lopes à RTP
Ao mesmo tempo que o Prof. Marcelo fazia o seu comentário semanal na TVI, zurzindo quanto baste no novo presidente do PSD, este na RTP dava uma entrevista.
Pessoalmente, como já diversas vezes aqui o escrevi, não sou um apoiante de Santana Lopes.
Mas reconheço que ontem esteve muito bem. Conseguiu dar uma entrevista onde não foi populista, onde conseguiu transmitir uma certa imagem de estadista e onde conseguiu mostrar-se como líder de um partido.
Falou em nome do PSD - por vezes até em nome do PP! - e soube transmitir vigor naquilo que ia afirmando. Mostrou que já está a pensar numa estrutura governativa - menos secretários de estado, mais alguns ministros - e que re-afirmou que a política de contenção orçamental é para prosseguir.
Por outro lado, esteve mal - apesar de ter depois corrigido - na frase "o meu governo". Mas terá sido mais no entusiasmo que soltou a frase...
Pessoalmente, fiquei positivamente surpreendido com a sua prestação. A ver se esta postura se mantém, mostrando-se assim um homem maduro e pronto a governar Portugal, pois será a desgraça se o Presidente da República não encontrar neste presidente do PSD o homem capaz de governar Portugal nos próximos dois anos...
Pessoalmente, como já diversas vezes aqui o escrevi, não sou um apoiante de Santana Lopes.
Mas reconheço que ontem esteve muito bem. Conseguiu dar uma entrevista onde não foi populista, onde conseguiu transmitir uma certa imagem de estadista e onde conseguiu mostrar-se como líder de um partido.
Falou em nome do PSD - por vezes até em nome do PP! - e soube transmitir vigor naquilo que ia afirmando. Mostrou que já está a pensar numa estrutura governativa - menos secretários de estado, mais alguns ministros - e que re-afirmou que a política de contenção orçamental é para prosseguir.
Por outro lado, esteve mal - apesar de ter depois corrigido - na frase "o meu governo". Mas terá sido mais no entusiasmo que soltou a frase...
Pessoalmente, fiquei positivamente surpreendido com a sua prestação. A ver se esta postura se mantém, mostrando-se assim um homem maduro e pronto a governar Portugal, pois será a desgraça se o Presidente da República não encontrar neste presidente do PSD o homem capaz de governar Portugal nos próximos dois anos...
Ainda sobre Santos Simões...
Na passada semana, na reunião da vereação da Câmara Municipal, o vereador comunista assumiu que foi ele quem votou em branco aquando da atribuição do nome do entretanto malogrado Joaquim Santos Simões à nova Escola Secundária da Veiga e pediu para rectificar o seu voto. Assim, o seu nome passou a ser votado por unanimidade em vez de dez votos a favor (os seis vereadores do PS e os quatro vereadores do PSD) e um branco.
Nessa mesma reunião, o PSD propôs ofcialmente, após o deputado Luis Cirilo o ter feito num debate de um programa semanal de rádio o ter feito antes, que o nome do falecido Dr. Joaquim Santos Simões fosse atribuido ao agora em construção Centro Cultural de Vila Flor. Os motivos são óbvios: o nome porque a obra é conhecida tem a ver com o nome do Palácio lá existente e Joaquim Santos Simões foi um dos maiores vultos da cultura vimaranense do último meio século, não apenas num determinado sector mas num sentido transversal a toda a cultura, já que para além de ter sido um dos impulsionadores do Cineclube, também presidiu ao Circulo de Artes e Recreio, para além de ter sido autor de diversos livros, bem como peças de teatro. Culminando tudo isto, era há mais de 10 anos presidente da maior instituição cultural de Guimarães, a Sociedade Martins Sarmento.
Para além disso, era uma pessoa de esquerda, não apenas um "simples" PS mas muito mais à esquerda, tendo ficado célebre a sua militância no então pujante MDP/CDE nos idos de 70.
Ora, com estes dados biográficos, o normal seria que a proposta do PSD fosse imediatamente acolhida por toda a esquerda. Desculpem... Proposta do PSD? Acolhida por toda a esuqerda?...
Não haverá aqui uma qualquer inversão de papeis?
Não seria suposto ser a esquerda a votar unanimente o seu nome para patrono da escola e não deveria ser a "direita" a colocar maiores reticencias?
Não deveria ter sido a esquerda a apresentar o seu nome para patrono do Centro Cultural em vez da "direita", que até hoje nunca acolheu muito bem este projecto pois tinha outra alternativa que julga mais válida?
Conclusão: a "direita" em Guimarães, isto é, o PSD, rege-se por valores e não olha a nomes nem a ideologias. Reconhece o mérito das pessoas pelo seu trabalho e empenho e não olha a tricas e jogos partidários. Já a esquerda, isto é, o PS e o PCP, andam ainda hoje a fazer guerras dos idos de 70, em ajustes de contas e com problemas pessoais à frente daquilo que para o cidadão comum é mais evidente, que é o excelente trabalho que executou nas diversas instituições culturais por onde passou. Tenho orgulho em pertencer ao PSD que em Guimarães, pelo menos, é um partido com pessoas que pensam assim...
Nessa mesma reunião, o PSD propôs ofcialmente, após o deputado Luis Cirilo o ter feito num debate de um programa semanal de rádio o ter feito antes, que o nome do falecido Dr. Joaquim Santos Simões fosse atribuido ao agora em construção Centro Cultural de Vila Flor. Os motivos são óbvios: o nome porque a obra é conhecida tem a ver com o nome do Palácio lá existente e Joaquim Santos Simões foi um dos maiores vultos da cultura vimaranense do último meio século, não apenas num determinado sector mas num sentido transversal a toda a cultura, já que para além de ter sido um dos impulsionadores do Cineclube, também presidiu ao Circulo de Artes e Recreio, para além de ter sido autor de diversos livros, bem como peças de teatro. Culminando tudo isto, era há mais de 10 anos presidente da maior instituição cultural de Guimarães, a Sociedade Martins Sarmento.
Para além disso, era uma pessoa de esquerda, não apenas um "simples" PS mas muito mais à esquerda, tendo ficado célebre a sua militância no então pujante MDP/CDE nos idos de 70.
Ora, com estes dados biográficos, o normal seria que a proposta do PSD fosse imediatamente acolhida por toda a esquerda. Desculpem... Proposta do PSD? Acolhida por toda a esuqerda?...
Não haverá aqui uma qualquer inversão de papeis?
Não seria suposto ser a esquerda a votar unanimente o seu nome para patrono da escola e não deveria ser a "direita" a colocar maiores reticencias?
Não deveria ter sido a esquerda a apresentar o seu nome para patrono do Centro Cultural em vez da "direita", que até hoje nunca acolheu muito bem este projecto pois tinha outra alternativa que julga mais válida?
Conclusão: a "direita" em Guimarães, isto é, o PSD, rege-se por valores e não olha a nomes nem a ideologias. Reconhece o mérito das pessoas pelo seu trabalho e empenho e não olha a tricas e jogos partidários. Já a esquerda, isto é, o PS e o PCP, andam ainda hoje a fazer guerras dos idos de 70, em ajustes de contas e com problemas pessoais à frente daquilo que para o cidadão comum é mais evidente, que é o excelente trabalho que executou nas diversas instituições culturais por onde passou. Tenho orgulho em pertencer ao PSD que em Guimarães, pelo menos, é um partido com pessoas que pensam assim...
2004/07/05
Vimo-nos gregos!
E perdemos!!! Não esperava a derrota, pensei que depois da miserável "1ª mão" a selecção tivesse aprendido e conseguisse ultrapassar estes gregos, mas não fomos "troianos" quanto baste!
Alguns comentários meus:
1. A vitória do futebol negativo - Esta vitória da Grécia no Euro2004 é a vitória do futebol à Boavista, isto é, altamente defensivo, à procura do erro do adversário, não arriscando nada e não tomando a iniciativa. É um futebol pobre, que resulta em espectáculos fracos, onde um não joga e não deixa jogar... Menos mal que não foram "trauliteiros", pois então era uma réplica fiel do Boavista...
2. A derrota de Scolari - Ontem, mais uma vez, Scolari falhou. Se na primeira substituição foi forçado a fazer por lesão do Miguel, pergunto-me se a melhor opção terá sido o Paulo Ferreira. É que já na altura se via que a nossa equipa não conseguia furar a malha defensiva que a Grécia tinha montado e talvez a melhor opção fosse aquela que o seleccionador alemão da Grécia não esperava: a entrada do Rui Costa ou até do Nuno Gomes! Para além disso, compreendo toda a parte de não querer piorar o estado psiquico do Pauleta, mas colocar o Pauleta de inicio foi começar com 10,5 jogadores... Por último, a última substituição foi mal feita. Que o Pauleta não devia ter jogado, já aqui o disse, mas a partir do momento em que estava em campo devia era ter alguém ao lado a auxiliar e não fazer a substituição de lugar por lugar quando precisavamos de marcar um golo e quando os gregos estavam a tirar avançados e médios para meter médios e defesas. Assim, quem devia ter saído devia ter sido o Paulo Ferreira ou o Nuno Valente para entrar o Nuno Gomes, cobrindo o Deco ou o Maniche em missão de sacrificio o lugar de defesa lateral. Para além disso, como ainda ontem se viu no canto onde segundo a RTP, Bobby Robson e outros comentadores disseram, o Ricardo foi claramente culpado do golo, mostrando as suas imensas limitações quando sai da "sombra" dos postes...
3. A equipa da UEFA - A UEFA teve medo de assumir um onze melhor e apostou em 23 jogadores, mas nem sequer seguiu as suas próprias regras de terem 3 guarda-redes e 20 jogadores de campo...
Eu deixo aqui o meu 11 ideal do Euro2004.
Guarda-Redes: Buffon (Itália)
Defesa: Seitaridis (Grécia), Ricardo Carvalho (Portugal), J. Andrade (Portugal), A. Cole (Inglaterra)
Meio-Campo: Karagounis (Grécia), Maniche (Portugal), Nedved (R.Checa);
Ataque: M. Baros (R.Checa), Ronaldo (Portugal), Figo (Portugal).
4. Melhor Jogador do Euro2004 - Para mim, foi o Maniche, apesar de o Ricardo Carvalho também ter estado num nível impressionante. E sem discussão!
Alguns comentários meus:
1. A vitória do futebol negativo - Esta vitória da Grécia no Euro2004 é a vitória do futebol à Boavista, isto é, altamente defensivo, à procura do erro do adversário, não arriscando nada e não tomando a iniciativa. É um futebol pobre, que resulta em espectáculos fracos, onde um não joga e não deixa jogar... Menos mal que não foram "trauliteiros", pois então era uma réplica fiel do Boavista...
2. A derrota de Scolari - Ontem, mais uma vez, Scolari falhou. Se na primeira substituição foi forçado a fazer por lesão do Miguel, pergunto-me se a melhor opção terá sido o Paulo Ferreira. É que já na altura se via que a nossa equipa não conseguia furar a malha defensiva que a Grécia tinha montado e talvez a melhor opção fosse aquela que o seleccionador alemão da Grécia não esperava: a entrada do Rui Costa ou até do Nuno Gomes! Para além disso, compreendo toda a parte de não querer piorar o estado psiquico do Pauleta, mas colocar o Pauleta de inicio foi começar com 10,5 jogadores... Por último, a última substituição foi mal feita. Que o Pauleta não devia ter jogado, já aqui o disse, mas a partir do momento em que estava em campo devia era ter alguém ao lado a auxiliar e não fazer a substituição de lugar por lugar quando precisavamos de marcar um golo e quando os gregos estavam a tirar avançados e médios para meter médios e defesas. Assim, quem devia ter saído devia ter sido o Paulo Ferreira ou o Nuno Valente para entrar o Nuno Gomes, cobrindo o Deco ou o Maniche em missão de sacrificio o lugar de defesa lateral. Para além disso, como ainda ontem se viu no canto onde segundo a RTP, Bobby Robson e outros comentadores disseram, o Ricardo foi claramente culpado do golo, mostrando as suas imensas limitações quando sai da "sombra" dos postes...
3. A equipa da UEFA - A UEFA teve medo de assumir um onze melhor e apostou em 23 jogadores, mas nem sequer seguiu as suas próprias regras de terem 3 guarda-redes e 20 jogadores de campo...
Eu deixo aqui o meu 11 ideal do Euro2004.
Guarda-Redes: Buffon (Itália)
Defesa: Seitaridis (Grécia), Ricardo Carvalho (Portugal), J. Andrade (Portugal), A. Cole (Inglaterra)
Meio-Campo: Karagounis (Grécia), Maniche (Portugal), Nedved (R.Checa);
Ataque: M. Baros (R.Checa), Ronaldo (Portugal), Figo (Portugal).
4. Melhor Jogador do Euro2004 - Para mim, foi o Maniche, apesar de o Ricardo Carvalho também ter estado num nível impressionante. E sem discussão!
2004/07/03
Cântico Negro, de José Régio
Este é um dos mais belos mas complexos poemas que já li ou ouvi declamar. Nos momentos de incerteza, diz muito, mostra bem a complexidade das escolhas que na vida temos de tomar. A mim, toca-me fundo na alma.
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...
A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre a minha mãe
Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...
Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?
Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...
Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.
Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...
Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...
Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.
Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!
2004/07/02
Orgulho nacional...
Quem quiser ler como hoje é visto Portugal desde o estrangeiro, por exemplo desde Espanha, tem de ler isto.
É uma coluna de opinião de um prestigiado colunista em Espanha, Jesús Cacho, que faz o elogio das liberdades em Portugal, dos seus políticos e do seu povo, comparativamente com Espanha.
Fala sobre a excelente organização do Euro2004 ("un vecino bastante más pobre que nosotros pero capaz de organizar una evento tan importante como un Campeonato de Europa de fútbol, de construir una serie de estadios, todos magníficos, de ganar a la millonaria selección española") ou da capacidade em nomear o presidente da Comissão Europeia ("e incluso de colocar como presidente de la Comisión Europea a uno de sus políticos, José Manuel Durao Barroso") ou da capacidade dos portugueses em falar linguas com os estrangeiros ("En Portugal sería impensable contar con un presidente de la República que no hablara francés e inglés. La mayoría de los portugueses se esfuerzan por hablar español ante españoles, haciendo gala de una actitud cívica en el trato que tan difícil es de encontrar en el páramo hispano") e concluíndo que "la realidad es que España y los españoles tendrían –tendríamos- mucho que aprender de nuestros vecinos atlánticos. Aprender y lamentar la ausencia en España de esa elite intelectual, empresarial y política que habla idiomas, elite muy cercana a Gran Bretaña y a la cultura francesa, muy poco hispanófila, pero muy tolerante, muy abierta, muy cosmopolita"!
Hoje já ganhei o meu dia... Se há coisa que gosto é ver um estrangeiro a falar bem de Portugal! E quando ele é espanhol e para além de falar bem ainda é capaz de menosprezar os próprios espanhóis, então é ouro sobre azul! Se não fosse por mais nada, estes 8 séculos de história separada já valeram a pena por este artigo que nos reconhece a razão da nossa atitude.
Força Portugal!
É uma coluna de opinião de um prestigiado colunista em Espanha, Jesús Cacho, que faz o elogio das liberdades em Portugal, dos seus políticos e do seu povo, comparativamente com Espanha.
Fala sobre a excelente organização do Euro2004 ("un vecino bastante más pobre que nosotros pero capaz de organizar una evento tan importante como un Campeonato de Europa de fútbol, de construir una serie de estadios, todos magníficos, de ganar a la millonaria selección española") ou da capacidade em nomear o presidente da Comissão Europeia ("e incluso de colocar como presidente de la Comisión Europea a uno de sus políticos, José Manuel Durao Barroso") ou da capacidade dos portugueses em falar linguas com os estrangeiros ("En Portugal sería impensable contar con un presidente de la República que no hablara francés e inglés. La mayoría de los portugueses se esfuerzan por hablar español ante españoles, haciendo gala de una actitud cívica en el trato que tan difícil es de encontrar en el páramo hispano") e concluíndo que "la realidad es que España y los españoles tendrían –tendríamos- mucho que aprender de nuestros vecinos atlánticos. Aprender y lamentar la ausencia en España de esa elite intelectual, empresarial y política que habla idiomas, elite muy cercana a Gran Bretaña y a la cultura francesa, muy poco hispanófila, pero muy tolerante, muy abierta, muy cosmopolita"!
Hoje já ganhei o meu dia... Se há coisa que gosto é ver um estrangeiro a falar bem de Portugal! E quando ele é espanhol e para além de falar bem ainda é capaz de menosprezar os próprios espanhóis, então é ouro sobre azul! Se não fosse por mais nada, estes 8 séculos de história separada já valeram a pena por este artigo que nos reconhece a razão da nossa atitude.
Força Portugal!
Actualização de links
Nova actualização de links. recomendo desta vez o Eleições antecipadas, já - Santana à vitória.
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