Depois de Guterres, agora é Sócrates (juntamente com Pedro Silva Pereira e Teixeira dos Santos) que brinca no pântano e dobra a factura para o futuro dos portugueses pagarem.
O pântano está instalado, em força, daqueles bem lamacentos e pegajosos.
Mas, e tudo correndo bem, hoje será o último dia em que Sócrates, Teixeira dos Santos e Pedro Silva Pereira deixam de brincar no pântano. Porque amanhã, a partir das 15H00, com a votação do PEC4, nada poderá ficar como antes, ou seja, com o anunciado chumbo do pacote de medidas adicionais para este ano e de novas medidas para os 2 próximos anos que a oposição em bloco anunciou, nada mais restará, se ainda houver um pingo de seriedade dos governantes, que não seja ir a Belém apresentar a demissão - em consonância com o que anunciou há uns dias atrás. Ao menos, uma vez na vida fale verdade e faça o que disse que ia fazer!
Os três brincalhões andam divertidos espalhados pelo país e pela Europa a tentar dizer e desdizer o assunto, a lançar confusão e a tentar atirar areia para o pântano de forma a não se afundarem nele. O problema é que areia no pântano torna-o em areia movediça, para limpar o pântano é primeiro preciso drenar o excesso de água...
A realidade, como JC Juncker o disse ontem, é que "nós aprovámos o programa de ajustamento tal ele como nos foi proposto pelo Governo português, que foi avalizado pela Comissão Europeia e pelo BCE, pelo que não vejo nenhuma razão para que possa ser alterado o programa tal como ele nos foi comunicado e aprovado por ocasião da nossa ultima reunião" e que por isso mesmo o PEC4 não está nem pode ser sujeito a alterações ou negociações.
De uma vez por todas, o PEC4 foi elaborado e apresentado à Comissão Europeia antes de ser mostrado a Portugal (aos partidos da oposição, ao PR e até ao próprio Governo) e foi assim que foi aprovado pelos parceiros europeus.
Como admitiu Luís Amado, MNE do mesmo Governo, Sócrates é principal culpado da situação de crise política por andar há muito tempo a jogar aos dados com a economia deste país. Se isto não fosse verdade, bastava ver o que dizia Sócrates a semana passada (não precisamos de intervenção externa) e o que disse ontem Teixeira dos Santos (até ao final desta semana poderá ser necessário solicitar a intervenção externa na nossa economia) para se perceber como não há rumo ou ideias. Apenas há um desespero de se manterem agarrados a um lugar para os quais nunca tiveram, mas em especial agora não têm, qualquer capacidade de o representar.
Não sei o que aí vem. Pedro Passos Coelho ou não, coligado ou não, com intervenção externa ou não. A única coisa que sei é que, neste momento, a incerteza de um futuro diferente é muitíssimo melhor que a certeza de um presente desastroso e que se encaminha a passos largos para o abismo.
Como dizia o poeta, "não sei para onde vou [ao optar por este futuro incerto] mas sei que não vou por aí [pelo caminho que estamos a trilhar]". Mas o "dia da libertação" está a chegar e será, de certeza, largamente comemorado em todo o país, da esquerda à direita, do novos à rasca aos velhos enrascados, se calhar até nas ruas e com foguetes e sinos a rebate!
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