2004/11/17

A crise no andebol

Nos últimos dias / semanas tenho acompanhado nos jornais a crise que se tem passado naquela que será, talvez, a segunda modalidade mais practicada do país (ou será o volei ou o basket?) e que passa, de uma forma muito resumida, por um conflito entre a Federação Portuguesa de Andebol e a Liga Portuguesa de Andebol.

E digo resumida porque quando o Secretário de Estado do Desporto faz uma pergunta à FPA e dá 10 dias para esta responder e, no último dia do prazo, a FPA entrega um calhamaço de 800 páginas em resposta, tudo o que eu aqui possa dizer é sempre resumido...

No entanto, o que me leva aqui a escrever sobre este tema foi a dramática conferência de imprensa que os jogadores dos clubes da LPA (que devido ao conflito, a meio de Novembro, ainda não disputaram um jogo) fizeram, onde por um lado acusam o presidente da FPA de ser o culpado de toda esta situação e por outro reclamam uma rápida resolução do problema pois pior que não jogarem é terem já problemas financeiros e terem os clubes a ameaçar encerrar a modalidade. Isto sem contar com a atitude de "funcionário público", como eles apelidaram, do espanhol que é seleccionador que, alegadamente, pressionado pelo presidente da FPA não convocou jogadores dos clubes da LPA para os trabalhos da selecção que é de todos nós mas acima de tudo de jogadores de referência como o Carlos Resende, o Eduardo Filipe, o Álvaro Martins ou o Carlos Rodrigues, entre outros!

Do que li, do que ouvi dizer até agora e daquilo que sempre ouvi dizer do presidente da FPA, parece-me que a culpa disto é exclusivamente dele: porque não quer perder poder, porque é autoritário e não dialoga, porque até há quem o ache prepotente e ditatorial e, também, porque é egoista - aliás, bastou ler uma pequena entrevista que deu há uns tempos ao jornal O Jogo, ao António Tavares Teles, onde passava a vida a dizer "EU" logo seguido da rectificação "A Federação" cada vez que respondia a uma pergunta sobre a FPA...

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