...o ano 2006!
Foi o ano em que emigrei, algo que há muito estava no meu pensamento mas que fui adiando o mais que pude até que aconteceu, em Agosto.
Marcante pela conquista da presidência da República por Cavaco Silva, que apoiei activamente mas que rapidamente me desiludiu, pois em vez de actuar com a firmeza que o caracterizava antigamente perante os disparates governamentais, começou no deixa andar e é hoje mais uma peça na engrenagem do bloco central atávico e da manutenção dos "tachos" e "favores" e "garantias adquiridas"...
Foi também o ano em que o FC Porto recuperou o ceptro nacional em Portugal e conseguiu neste final de ano qualificar-se para os oitavos de final da Liga dos Campeões. Futebolisticamente foi marcante também a descida de divisão do Vitória, o mais antigo clube no escalão maior do futebol a seguir aos três grandes.
Foi o ano em que muitos "sobrinhos" nasceram - a Ana da Ana Truta e Nuno Duarte, o Miguel do Gabriel, o José Manuel do André e Susana...
Foi mais um ano, o 34º da minha vida, o ano em que os meus pais passaram a ser sexagenários pensionistas...
Enfim, ainda bem que acabou 2006 pois teve muitos momentos negativos... Que 2007 seja melhor, muito melhor que este que terminou, que me traga oportunidades novas para estar mais próximo dos meus "pensionistas" e da minha "meia laranja" que são aqueles que mais gosto e prezo nesta vida.
2006/12/31
2006/12/29
Sócrates no País das Maravilhas
Alucinante foi a mensagem de Natal do primeiro-ministro, entusiasmado talvez com o bacalhau e o cheiro ao leite creme e às rabanadas, talvez delirante com um copo de Porto de aperitivo, e desfiou um rol de banalidades e palavras ocas e carragadas de espirito natalicio, tão falso como o Pai Natal e as renas que vão com o coelho no comboio ao circo.
As reformas, como ainda hoje diz muito bem o José Miguel Júdice no Público, ainda não aconteceram, ainda não passam de fanfarras de bombos a anunciar um futuro radioso!
A economia continua a crescer menos que a inflação - ou seja, não crece, diminui!
Os portugueses, como eu, continuam a ter de procurar no estrangeiro a segurança financeira-laboral que em Portugal não encontram. Em 4 anos, de 2002 a 2005, passamos de pouco mais de 20 mil emigrantes anuais para quase 30 mil. E ainda não há números deste ano de 2006, que acredito serem bem superiores aos 30 mil...
Já aqui o escrevi uma vez. Se em 800 anos de construção de Portugal ainda hoje a cada 4 anos 1% da população tem de sair do país, se hoje entre 5 a 10 milhões de portugueses habitam e trabalham fora de Portugal, será que valeu a pena e foi bem feito tudo o que fizeram os nossos antepassados?
Cada vez acredito mais que não, e acredito que estes últimos 30 anos foram dos píores da nossa história. Porque tivemos várias vezes grandes oportunidades de crescer, melhorar, evoluir. Mas analisando bem, continuamos quase na mesma, nalgumas coisas como o civismo regredimos mesmo. Foram 30 anos perdidos, foi a revolução que se perdeu, foi a entrada na então CEE que se perdeu, foi a entrada na Moeda Única que se perdeu. Foram gerações de políticos que tanto prometeram mas apenas mais nos afundaram.
E tudo isso, naquele discurso alucinado, se juntou na pessoa do primeiro-ministro.
P'ró Diabo que o carregue ele e o governo dele e os anteriores do Lopes, do Guterres e de outros que tais. Enfim, dia 5 regresso a Angola que sei ser de facto um país do 3º mundo mas que sabe reconhecer quem lá tenta ajudar a progredir o país para um caminho que se calhar não tardará tantas gerações quanto isso, será melhor e mais forte que o nosso.
As reformas, como ainda hoje diz muito bem o José Miguel Júdice no Público, ainda não aconteceram, ainda não passam de fanfarras de bombos a anunciar um futuro radioso!
A economia continua a crescer menos que a inflação - ou seja, não crece, diminui!
Os portugueses, como eu, continuam a ter de procurar no estrangeiro a segurança financeira-laboral que em Portugal não encontram. Em 4 anos, de 2002 a 2005, passamos de pouco mais de 20 mil emigrantes anuais para quase 30 mil. E ainda não há números deste ano de 2006, que acredito serem bem superiores aos 30 mil...
Já aqui o escrevi uma vez. Se em 800 anos de construção de Portugal ainda hoje a cada 4 anos 1% da população tem de sair do país, se hoje entre 5 a 10 milhões de portugueses habitam e trabalham fora de Portugal, será que valeu a pena e foi bem feito tudo o que fizeram os nossos antepassados?
Cada vez acredito mais que não, e acredito que estes últimos 30 anos foram dos píores da nossa história. Porque tivemos várias vezes grandes oportunidades de crescer, melhorar, evoluir. Mas analisando bem, continuamos quase na mesma, nalgumas coisas como o civismo regredimos mesmo. Foram 30 anos perdidos, foi a revolução que se perdeu, foi a entrada na então CEE que se perdeu, foi a entrada na Moeda Única que se perdeu. Foram gerações de políticos que tanto prometeram mas apenas mais nos afundaram.
E tudo isso, naquele discurso alucinado, se juntou na pessoa do primeiro-ministro.
P'ró Diabo que o carregue ele e o governo dele e os anteriores do Lopes, do Guterres e de outros que tais. Enfim, dia 5 regresso a Angola que sei ser de facto um país do 3º mundo mas que sabe reconhecer quem lá tenta ajudar a progredir o país para um caminho que se calhar não tardará tantas gerações quanto isso, será melhor e mais forte que o nosso.
2006/12/27
Imagens [14] - Catumbela
Mais algumas imagens de passagem da zona da vila da Catumbela, a 6km de Lobito.
Imagens [13] - Benguela
Conforme prometido, aqui começo a colocar imagens de Angola. Por acaso, sem qualquer preferência, começo por Benguela. Outras cidades e paisagens se seguirão.
2006/12/18
De volta a Portugal
Cheguei sábado ao fim da tarde e por cá estarei até ao dia 5 de Janeiro, data aprazada para o vôo de regresso a Angola.
Espero nos próximos dias poder começar a colocar on-line algumas das mais de 1000 fotos que tirei nestes quase 4 meses que passei por lá.
Ontem à noite lá fui ver o meu FC Porto com o meu pai e vim de barriga cheia, com os 4 golos do meu FC Porto. Já o Vitória continua a sua carreira de altos e baixos... Ontem foi para esquecer, derrota com o Gondomar em casa, é a fava do bolo-rei!
Espero nos próximos dias poder começar a colocar on-line algumas das mais de 1000 fotos que tirei nestes quase 4 meses que passei por lá.
Ontem à noite lá fui ver o meu FC Porto com o meu pai e vim de barriga cheia, com os 4 golos do meu FC Porto. Já o Vitória continua a sua carreira de altos e baixos... Ontem foi para esquecer, derrota com o Gondomar em casa, é a fava do bolo-rei!
2006/12/14
A caminho de Portugal
Felizmente a minha empresa pára durante a época natalícia e proporciona assim às dezenas de funcionários expatriados, maioritariamente portugueses, a possibilidade passar o Natal com a familia e os amigos.
Entretanto, como amanhã viajamos para Luanda e o voamos para Portugal no fim de semana, não sei quando voltarei a ter possibilidades de escrever aqui outra vez, julgo que apenas lá para 2ª feira.
E na próxima semana está prometido um up-date de muitas fotos de Angola, tal como ela é hoje em dia. Lobito, maioritariamente, mas também Luanda, Benguela, Catumbela, Catengue, Caimbambo, Cubal, Ganda, Alto-Catumbela e, espero eu, do percurso de carro desde o Lobito até Luanda, cerca de 600Km com passagem pelo menos pelo Sumbe.
Assim, até para a semana, num Portugal perto de si...
Entretanto, como amanhã viajamos para Luanda e o voamos para Portugal no fim de semana, não sei quando voltarei a ter possibilidades de escrever aqui outra vez, julgo que apenas lá para 2ª feira.
E na próxima semana está prometido um up-date de muitas fotos de Angola, tal como ela é hoje em dia. Lobito, maioritariamente, mas também Luanda, Benguela, Catumbela, Catengue, Caimbambo, Cubal, Ganda, Alto-Catumbela e, espero eu, do percurso de carro desde o Lobito até Luanda, cerca de 600Km com passagem pelo menos pelo Sumbe.
Assim, até para a semana, num Portugal perto de si...
2006/12/13
Batota fiscal
Ontem a PJ apanhou uma série de restaurantes e bares que, usando um conhecido programa informático para fazer a contabilidade diária, fazia uma "batota" fiscal - termo carinhoso de fraude - para baixar a facturação com um programa paralelo fornecido pela própria casa que produzia o programa original! Quanto mais não seja, isto quase prova que os virus informáticos são produzidos pelo criadores dos anti-virus... :)
Mas voltando ao tema da fiscalidade nos restaurantes, só quem não tiver entre os amigos e conhecidos contabilistas é que não sabe da permanente fuga que é feita por estes (restaurantes) ao fisco. Todos sabemos que vamos tomar cafés, almoçamos, enfim, consumimos em locais destes e raramente pedimos ou obtemos facturas. Tal apenas significa que houve compras de produtos para consumo e venda, que há despesas de ordenados de pessoal, que há despesas do espaço, luz, água, etc, - porque tudo isto é facturado! - mas o rendimento proveniente da exploração é "escolhido" por cada propritário... Depois, não admira que primeiro abram um pequeno café, que depois mudem e abram um maior, que depois abram um segundo, um restaurante, etc, até terem um pequeno império...
Enfim, se a PJ quiser pode muito bem encontrar muitos locais onde há fugas a impostos. Porque quem compra um bem ou um serviço não ganha nada com a factura - apenas perde mais 21% de IVA - e quem vende quando faz as contas para vender o seu produto inclui o lucro, os impostos e o preço de compra, logo não facturando ganha os impostos como bonus!
Por isso, já sabem. Se quiserem colaborar um pouco com a economia do país, peçam sempre facturas... e rezem para que o programa informático de gestão da facturação não seja adulterado para "limpar" as receitas...
Tenham um bom dia, faltam 2 trabalho, 1 de viagem para Luanda e no fim de semana, não sei ainda se sábado ou domingo, estou de volta a Portugal! :)
Mas voltando ao tema da fiscalidade nos restaurantes, só quem não tiver entre os amigos e conhecidos contabilistas é que não sabe da permanente fuga que é feita por estes (restaurantes) ao fisco. Todos sabemos que vamos tomar cafés, almoçamos, enfim, consumimos em locais destes e raramente pedimos ou obtemos facturas. Tal apenas significa que houve compras de produtos para consumo e venda, que há despesas de ordenados de pessoal, que há despesas do espaço, luz, água, etc, - porque tudo isto é facturado! - mas o rendimento proveniente da exploração é "escolhido" por cada propritário... Depois, não admira que primeiro abram um pequeno café, que depois mudem e abram um maior, que depois abram um segundo, um restaurante, etc, até terem um pequeno império...
Enfim, se a PJ quiser pode muito bem encontrar muitos locais onde há fugas a impostos. Porque quem compra um bem ou um serviço não ganha nada com a factura - apenas perde mais 21% de IVA - e quem vende quando faz as contas para vender o seu produto inclui o lucro, os impostos e o preço de compra, logo não facturando ganha os impostos como bonus!
Por isso, já sabem. Se quiserem colaborar um pouco com a economia do país, peçam sempre facturas... e rezem para que o programa informático de gestão da facturação não seja adulterado para "limpar" as receitas...
Tenham um bom dia, faltam 2 trabalho, 1 de viagem para Luanda e no fim de semana, não sei ainda se sábado ou domingo, estou de volta a Portugal! :)
2006/12/12
Acreditar
- Às vezes ainda se pode acreditar... no futebol, que tem boa gente! Não é normal, mas de facto o Vitória é, para o bem umas vezes e para o mal outras, um clube diferente.
Ontem emitiu um comunicado que anuncia publicitar a associação ACREDITAR, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro, nas suas camisolas. De graça, se bem percebi, ou melhor, pagando para isso, pois para além de não cobrar ainda vai dar parte do rendimento das vendas das camisolas e oferecer alguns lugares no estádio para os trazerem as crianças associadas e proporcionado-lhes assim algumas horas especiais em momentos dificeis que atravessam.
É um gesto bonito, num clube que tem problemas financeiros mas que mesmo assim não se alheia aos problemas da sociedade e ajuda assim na promoção das associações que o merecem - e sei do que falo, a ASCREV, por exemplo!
Bem haja ao Vitória e à sua Direcção por este gesto muito mais que simbólico, pelo menos para a ACREDITAR e para as crianças com cancro...
2006/12/10
Será que ainda vou à bola este ano?
Descobri hoje que o FC Porto joga a próxima jornada em casa, no domingo, dia 17, às 19h15, contra o Paços de Ferreira.
O que significa que, caso nada de anormal aconteça, ainda terei hipóteses de ver este jogo na companhia do meu pai, nos nossos lugares do lindo Estádio do Dragão. Era uma boa prenda de Natal esta...
Aliás, com um pouco de sorte, vejo também o Vitória que depois de duas jornadas fora de casa, na próxima semana terá com toda a certeza um encontro caseiro. Por falar no Vitória, as coisas estão ainda muito complicadas futebolisticamente. Na parte inferior da parte superior da tabela, começa a ter alguns pontos de diferença para os líderes nesta fase do campeonato que se podem vir a revelar importantes na fase final. Começo a pensar que esta descida não foi para uma época apenas, um deslize, mas foi antes consequência de uma política desregrada de muitos anos de Pimenta Machado e que o actual presidente, Vitor Magalhães, apesar do esforço e boa vontade, não me parece ter peso suficiente para conseguir inverter. E aqui a questão é muito simples: uma boa equipa tem bons resultados desportivos, bons resultados desportivos dão rendimentos na venda de jogadores, de merchandising e direitos televisivos, que permitem reforçar o plantel ainda mais e obter melhores resultados ainda ou, pelo menos, manter o mesmo nível. Para além disso, permite alargar a base de associados e de espectadores, o que significa mais receitas e mais prestigio. Ora se o Vitória se mantiver mais do que esta época na Liga de Honra, começo a temer pelo futuro do clube, pois como é sabido está a tentar limpar a enorme folha de dívidas e esta Liga de Honra não gera receitas, apenas despesas... O futuro é incerto, no Vitória Sport Club. E só espero que possam e consigam ultrapassar esta fase negra e retirem as devidas lições deste triste episódio, porque todos nós queremos um futuro branco e radioso como o seu equipamento!
O que significa que, caso nada de anormal aconteça, ainda terei hipóteses de ver este jogo na companhia do meu pai, nos nossos lugares do lindo Estádio do Dragão. Era uma boa prenda de Natal esta...
Aliás, com um pouco de sorte, vejo também o Vitória que depois de duas jornadas fora de casa, na próxima semana terá com toda a certeza um encontro caseiro. Por falar no Vitória, as coisas estão ainda muito complicadas futebolisticamente. Na parte inferior da parte superior da tabela, começa a ter alguns pontos de diferença para os líderes nesta fase do campeonato que se podem vir a revelar importantes na fase final. Começo a pensar que esta descida não foi para uma época apenas, um deslize, mas foi antes consequência de uma política desregrada de muitos anos de Pimenta Machado e que o actual presidente, Vitor Magalhães, apesar do esforço e boa vontade, não me parece ter peso suficiente para conseguir inverter. E aqui a questão é muito simples: uma boa equipa tem bons resultados desportivos, bons resultados desportivos dão rendimentos na venda de jogadores, de merchandising e direitos televisivos, que permitem reforçar o plantel ainda mais e obter melhores resultados ainda ou, pelo menos, manter o mesmo nível. Para além disso, permite alargar a base de associados e de espectadores, o que significa mais receitas e mais prestigio. Ora se o Vitória se mantiver mais do que esta época na Liga de Honra, começo a temer pelo futuro do clube, pois como é sabido está a tentar limpar a enorme folha de dívidas e esta Liga de Honra não gera receitas, apenas despesas... O futuro é incerto, no Vitória Sport Club. E só espero que possam e consigam ultrapassar esta fase negra e retirem as devidas lições deste triste episódio, porque todos nós queremos um futuro branco e radioso como o seu equipamento!
2006/12/09
Angola 8 - A história de Lobito
Encontrei agora por acaso um site sobre o Lobito, onde tem uma breve história da cidade onde hoje habito, o Lobito.
Por ter achado muito interessante a história e querer compartilhar com todos os meus leitores, cá fica o link para a História da Cidade do Lobito e a própria história também.
"Durante mais de 300 anos o Lobito e a sua baía foram totalmente ignorados pela Administração Portuguesa. No início do nosso século, quando a povoação se tornou testa do Caminho de Ferro deBenguela e o principal porto de Angola, conheceu um desenvolvimento sem paralelo na colónia. Tanto assim que aquando da Independência, em 1975, o Lobito era, sem dúvida, a mais promissora das cidades portuguesas do Ultramar.
Não há quem tenha conhecido o Lobito que não reproduza, quase automaticamente, a frase assaz repetida nos folhetos turísticos da colónia nos anos 60: “A Sala de visitas de Angola.” E, se uma sala de visitas mostra o que há de melhor numa casa, então à cidade do Lobito, em relação a Angola, o epíteto assenta como uma luva. A urbe era arejada, limpa, modernamente traçada, com uma restinga de areia que se prolongava por mais de 3 km, toda ela bordada de viçosas e floridas moradias, que dividiam o mar alto do remanso da baía de águas tão tranquilas como uma piscina. O jornalista Julião Quintinha, em África Misteriosa, chama-lhe “(...) cidadezinha-cromo, cidade azul, quasi flutuante, que o mar beija e namora com perigoso amor”. O jornal O Lobito, o único título que ainda hoje resta da nossa imprensa colonial, refere a cidade como “uma estrofe d’Os Lusíadas, escrita por todos nós, numa estreita restinga de areia, sob a inspiração do mar”.Todavia, por estranho que possa parecer, a cidade do Lobito é das mais recentes na colonização portuguesa de Angola. Durante 300 anos ninguém ligou nenhuma àquele couto de corsários e contrabandistas. Nesses longos anos todo o movimento passou pela vizinha e histórica Benguela, a 30 km dali. Esta sim, prosperou e tornou-se a segunda da colónia.Diversas explicações há para justificar a tardia ocupação da baía do Lobito: há quem diga que os primeiros navegadores a terão passado sem dela fazerem reparo devido à grande restinga que a oculta; outros argumentam que terá sido a falta de água potável; estudiosos dizem também que é fácil passar a 4 milhas da baía sem a ver. O que se sabe é que no início do século XVII, Manuel Cerveira Pereira recebera ordens para navegar para sul e fundar uma cidade quando encontrasse uma baía. Foi assim que, em Maio de 1617, nasceu Benguela.A letargia atravessada pelo Lobito foi tal que só no fim do século XVIII passa a ter este nome, porque até aí o assentamento era conhecido, para se distinguir da Catumbela propriamente dita, por Catumbela da Água Salgada ou Catumbela das Ostras. Só depois da fundação da caieira de mariscos é que o Lobito entra para a história da ocupação do Reino de Benguela. O escritor Ralph Delgado, num apontamento sobre a história do Lobito, refere-se-lhe: “Baía abrigada e prenhe de matagais marinhos de caprichoso efeito (os mangais), onde se escondiam, à vontade, navios de contrabando, foi ela lugar de eleição para descaminho de direitos, a despeito das medidas adoptadas por Benguela, que destacara, para lá, um soldado com funções de cabo, a fim de dirigir os serviços da preparação da cal (...) Dentro destas duas serventias (fornecimento da cal, de ostras e de mangues e embarques abusivos sem despacho) o Lobito evolucionou lentamente, com fraca sinalização do interesse despertado ao governo subalterno de S. Filipe.” Foi curiosa a criação do Lobito. Nasceu a pedido de alguns moradores de Benguela, cansados com as baixas causadas pela insalubridade desta. E foi tal a vontade de o fazer que num ápice subscreveram 31 contos de réis para auxiliarem as despesas de transferência. Deste modo, em 1842, ainda antes da portaria régia aprovar a transferência, iniciou-se no Lobito a construção de um forte e do palácio do Governo, com fundos dos benguelenses e mão-de-obra escrava dos seus moradores. Quando, em Março de 1843, D. Maria II aprova o nascimento da cidade do Lobito, mais não havia que alguns barracões e uma plantação de coqueiros para consolidação da restinga de areia. Contudo, os interesses enraizados às pantanosas margens do Coringe, a carência de fundos e o esquecimento das epidemias – havia alguns anos que aquelas não fustigavam Benguela – adormeceram o ambicioso projecto, caindo o consentimento real na poeira dos arquivos sob a indiferença dos Chefes de Distrito. De tal forma que em 1853, quando o Lobito foi assaltado por uma quadrilha de gentio armado, apenas existiam escassas e insignificantes casas ligadas ao precário fabrico de cal das suas ostras. Em 1888 foi criado um posto fiscal, que foi confiado ao velho José Maria dos Santos, então o único branco que ali residia há mais de 30 anos.Efectivamente, a baía do Lobito só começou a atrair as atenções mesmo nos fins do século XIX, quando o comércio da borracha atingiu o seu zénite. O volume de transacções começou a reclamar um ancoradouro maior que o de Benguela, com capacidade somente para pequenas cargas. Foi assim que se começou a aproveitar as condições naturais da antiga Catumbela das Ostras. Mas foi só nos alvores do presente século (1902), com o início da construção do Caminho de Ferro de Benguela, que o Lobito saiu do marasmo em que esteve mergulhado durante mais de 300 anos. Com a concessão do caminho-de-ferro dada ao inglês Robert Williams, a cidade lançou definitivamente os seus alicerces, num combate quotidiano contra o pântano. Em menos de 20 anos o Lobito passava de uma baía abandonada coberta de mangal para uma cidade moderna, testa do Caminho de Ferro de Benguela e possuindo um moderno porto. Nestes anos aterraram-se pântanos, iniciou-se a construção do mercado, ergueu-se a ponte na Estrada Lobito-Benguela, levantou-se o edifício dos correios, do C.F.B., o Hotel Términus (o melhor da Província durante largos anos), acapela da N. S. da Arrábida. O “Boletim da Agência Geral das Colónias” de 1925 não tem pejo em afirmar que “o Lobito é a mais bela cidade desta costa”. E explica que tal se deve a três factores: “Excelência do seu pôrto; Ser testa da linha do C.F.B; Riqueza da ‘bacia económica’, ou seja o conjunto das regiões cujas vias de comunicação para o litoral devem ter a sua testa no Lobito.”Efectivamente, nessa altura a ponte-cais já possuía 225 m de muro acostável, comportando os maiores paquetes do mundo, sendo igualmente porta marítima de todo o vastíssimo planalto central de Angola, compreendendo as riquíssimas zonas do Huambo, Bié, Moxico. Mas não era só uma “gare” marítima do interior da colónia, era também o porto natural de uma grande parte da África Austral, e o mais económico para as comunicações entre as minas de cobre do Catanga (Congo Belga) e os portos da Europa. Em 1929, o C.F.B. atingiu finalmente a fronteira do Congo Belga. Em território angolano a linha ficou com 1347 km. Agora o porto do Lobito, mais económico por ser muito mais perto da Europa, já podia substituir os da Beira e do Cabo no escoamento do minério. O aumento do número de passageiros do comboio é impressionante: em 1908 é de 25.957 para passar, em 1926, a ser de 233.865. O jornalista Julião Quintinha, em África Misteriosa, não deixou de registar este enorme progresso: “(...) esta nova cidade marítima do Lobito, entre palmeiras, elegantes avenidas, chalets, pequeninos palácios, mimosos jardins orvalhados, e paquetes arrumados à terra, deu-me a sensação daqueles postais ilustrados que reproduzem magníficos portos estrangeiros - qualquer coisa de aguarela muito fresca e azul, com sabor salino, cheiro a carvão e ambiente cosmopolita (...)”Mais adiante, descreve: “Primeiro o Lobito velho de casebres derrubados onde se acoitam mendigos e pretos ladrões; depois, sucessivamente, o Mangal com salgueiros encharcados; o bairro indígena, de palhotas em fila por onde os negros gritam, pulam ou tombam a descansar; as construções do Porto, Caminho de Ferro, oficinas, residências operárias; grandes armazéns alfandegários, um pequeno posto aduaneiro enfeitado a trepadeiras, guardado por soldados negros, descalços, vestidos de caki; ruas comerciais onde passam comboios com vagões carregados de mercadorias, moradias ajardinadas de ar estrangeiro e feliz; e o palácio do govêrno, com parque e court de tennis, entre krotonos e roseiras.”No fim dos anos 40 rasgaram-se grandes avenidas: Duplo Centenário, Império, Marechal Carmona, Marginal do Atlântico, D. Maria II. Iniciaram-se trabalhos de jardinagem e o primeiro arranjo das praças Salazar, Camões e Infante D. Henrique. Começaram-se a desenhar os principais bairros: a Restinga, o mais chique, exclusivamente residencial, com espaçosas moradias que ora dão para o Atlântico, ora para a baía. Com 3 km de extensão e em alguns sítios nem 300 m de largura, era um autêntico jardim emergido do mar. Dizia-se que até as palmas das palmeiras batiam palmas à sua beleza. O único senão era quando o mar galgava tudo em tempo de cheias; o Bairro Central ou Comercial alternava esta actividade com as residências, aqui ficava também o porto e todas as suas dependências, a estação terminal do Caminho de Ferro de Benguela, a Câmara Municipal, os Correios, o Hotel Términus e o Mercado Municipal; mais à frente, no caminho para Benguela, já fora da zona portuária e de construção mais recente, situava-se o Bairro do Compão, uma zona reservada à classe menos abastada; com características idênticas, talvez um pouco mais comercial, surgia o Bairro da Caponte; mesmo em frente à restinga, do outro lado do porto, ficava a habitação reservada aos indígenas, conhecida pela Canata. Aqui, embora já houvesse construções de alvenaria, predominava ainda o caniço e o zinco.Na dobragem da década de 50 o Lobito “cosmopolitou-se” definitivamente. Para dar resposta ao constante apelo dos seus habitantes e visitantes, cujo número não parava de aumentar, sofisticou o comércio cada vez mais intenso nas três ruas que envolviam o Mercado Municipal, que se viu em pouco tempo completamente rodeado de requintadas lojas a fazer lembrar o portuense Bulhão. Surgiram novos hotéis. Nos arredores incrementou-se a indústria. A actividade portuária conhece um desenvolvimento sem precedentes. E com a Guerra da Secessão do Catanga, no ex-Congo Belga, o porto do Lobito ganhou ainda mais movimento. Nesta altura o total de minérios escoados rondava as 500 mil toneladas por ano. Tinha um movimento semelhante ao de Leixões, só sendo ultrapassado, quanto à tonelagem, pelo de Lisboa, Lourenço Marques e Beira. Do Lobito saía também milho, cimentos, plásticos, zincos, sisal, óleos e açúcares. Eduardo Fernando de Matos, no seu livro Viagem por terras de África, chegou mesmo a afirmar: “(...) Comparando este porto ao de Luanda, temos a impressão de que é o Lobito e não Luanda a capital da colónia. Porém, Luanda, como cidade, é muito superior.”De 1952 a 1962 a população branca da cidade subiu 150%. O Anuário de Angola de 1962-63 regista 6500 europeus, 420 mestiços e 25000 negros. E nos últimos tempos do colonialismo (1974), a cidade rasava os 100 mil habitantes, dos quais 30 mil eram brancos. Não havia dúvida que era a urbe da colónia que registava maior crescimento a todos os níveis, e, se assim continuasse, facilmente ultrapassaria capital do Distrito, a histórica Benguela.Agora, a população jovem da cidade demandava diversões e entretimentos. Ficaram célebres as sessões de cinema no Cine-Esplanada do Jardim Flamingo, lá para os lados do Compão. Debaixo de uma gigantesca pala de betão,construída pelo engenheiro Edgar Cardoso, crianças, jovens e senhores respeitados abrigavam-se do sol e da chuva deleitando-se com os últimos sucessos de bilheteira. Era sobretudo um ambiente informal e descontraído, permitindo uma mobilidade jamais consentida no velho e pesado Cine-Imperium. Na época de Natal, a fachada do Mercado Municipal cobria-se de luzes e na Praça D. Carlos erguia-se uma enorme árvore profusamente iluminada.O Carnaval tinha fama de ser o melhor de Angola. Ficaram célebres os seus desfiles na Praça Salazar. Aqui, em frente da Câmara Municipal e sob decorativa calçada portuguesa – esta praça pretendia assemelhar-se ao Terreiro do Paço, não faltando sequer o cais das colunas – tinham lugar também as marchas dos santos populares, em que os diferentes bairros competiam em função da originalidade dos trajes e da dança."
Por ter achado muito interessante a história e querer compartilhar com todos os meus leitores, cá fica o link para a História da Cidade do Lobito e a própria história também.
"Durante mais de 300 anos o Lobito e a sua baía foram totalmente ignorados pela Administração Portuguesa. No início do nosso século, quando a povoação se tornou testa do Caminho de Ferro deBenguela e o principal porto de Angola, conheceu um desenvolvimento sem paralelo na colónia. Tanto assim que aquando da Independência, em 1975, o Lobito era, sem dúvida, a mais promissora das cidades portuguesas do Ultramar.
Não há quem tenha conhecido o Lobito que não reproduza, quase automaticamente, a frase assaz repetida nos folhetos turísticos da colónia nos anos 60: “A Sala de visitas de Angola.” E, se uma sala de visitas mostra o que há de melhor numa casa, então à cidade do Lobito, em relação a Angola, o epíteto assenta como uma luva. A urbe era arejada, limpa, modernamente traçada, com uma restinga de areia que se prolongava por mais de 3 km, toda ela bordada de viçosas e floridas moradias, que dividiam o mar alto do remanso da baía de águas tão tranquilas como uma piscina. O jornalista Julião Quintinha, em África Misteriosa, chama-lhe “(...) cidadezinha-cromo, cidade azul, quasi flutuante, que o mar beija e namora com perigoso amor”. O jornal O Lobito, o único título que ainda hoje resta da nossa imprensa colonial, refere a cidade como “uma estrofe d’Os Lusíadas, escrita por todos nós, numa estreita restinga de areia, sob a inspiração do mar”.Todavia, por estranho que possa parecer, a cidade do Lobito é das mais recentes na colonização portuguesa de Angola. Durante 300 anos ninguém ligou nenhuma àquele couto de corsários e contrabandistas. Nesses longos anos todo o movimento passou pela vizinha e histórica Benguela, a 30 km dali. Esta sim, prosperou e tornou-se a segunda da colónia.Diversas explicações há para justificar a tardia ocupação da baía do Lobito: há quem diga que os primeiros navegadores a terão passado sem dela fazerem reparo devido à grande restinga que a oculta; outros argumentam que terá sido a falta de água potável; estudiosos dizem também que é fácil passar a 4 milhas da baía sem a ver. O que se sabe é que no início do século XVII, Manuel Cerveira Pereira recebera ordens para navegar para sul e fundar uma cidade quando encontrasse uma baía. Foi assim que, em Maio de 1617, nasceu Benguela.A letargia atravessada pelo Lobito foi tal que só no fim do século XVIII passa a ter este nome, porque até aí o assentamento era conhecido, para se distinguir da Catumbela propriamente dita, por Catumbela da Água Salgada ou Catumbela das Ostras. Só depois da fundação da caieira de mariscos é que o Lobito entra para a história da ocupação do Reino de Benguela. O escritor Ralph Delgado, num apontamento sobre a história do Lobito, refere-se-lhe: “Baía abrigada e prenhe de matagais marinhos de caprichoso efeito (os mangais), onde se escondiam, à vontade, navios de contrabando, foi ela lugar de eleição para descaminho de direitos, a despeito das medidas adoptadas por Benguela, que destacara, para lá, um soldado com funções de cabo, a fim de dirigir os serviços da preparação da cal (...) Dentro destas duas serventias (fornecimento da cal, de ostras e de mangues e embarques abusivos sem despacho) o Lobito evolucionou lentamente, com fraca sinalização do interesse despertado ao governo subalterno de S. Filipe.” Foi curiosa a criação do Lobito. Nasceu a pedido de alguns moradores de Benguela, cansados com as baixas causadas pela insalubridade desta. E foi tal a vontade de o fazer que num ápice subscreveram 31 contos de réis para auxiliarem as despesas de transferência. Deste modo, em 1842, ainda antes da portaria régia aprovar a transferência, iniciou-se no Lobito a construção de um forte e do palácio do Governo, com fundos dos benguelenses e mão-de-obra escrava dos seus moradores. Quando, em Março de 1843, D. Maria II aprova o nascimento da cidade do Lobito, mais não havia que alguns barracões e uma plantação de coqueiros para consolidação da restinga de areia. Contudo, os interesses enraizados às pantanosas margens do Coringe, a carência de fundos e o esquecimento das epidemias – havia alguns anos que aquelas não fustigavam Benguela – adormeceram o ambicioso projecto, caindo o consentimento real na poeira dos arquivos sob a indiferença dos Chefes de Distrito. De tal forma que em 1853, quando o Lobito foi assaltado por uma quadrilha de gentio armado, apenas existiam escassas e insignificantes casas ligadas ao precário fabrico de cal das suas ostras. Em 1888 foi criado um posto fiscal, que foi confiado ao velho José Maria dos Santos, então o único branco que ali residia há mais de 30 anos.Efectivamente, a baía do Lobito só começou a atrair as atenções mesmo nos fins do século XIX, quando o comércio da borracha atingiu o seu zénite. O volume de transacções começou a reclamar um ancoradouro maior que o de Benguela, com capacidade somente para pequenas cargas. Foi assim que se começou a aproveitar as condições naturais da antiga Catumbela das Ostras. Mas foi só nos alvores do presente século (1902), com o início da construção do Caminho de Ferro de Benguela, que o Lobito saiu do marasmo em que esteve mergulhado durante mais de 300 anos. Com a concessão do caminho-de-ferro dada ao inglês Robert Williams, a cidade lançou definitivamente os seus alicerces, num combate quotidiano contra o pântano. Em menos de 20 anos o Lobito passava de uma baía abandonada coberta de mangal para uma cidade moderna, testa do Caminho de Ferro de Benguela e possuindo um moderno porto. Nestes anos aterraram-se pântanos, iniciou-se a construção do mercado, ergueu-se a ponte na Estrada Lobito-Benguela, levantou-se o edifício dos correios, do C.F.B., o Hotel Términus (o melhor da Província durante largos anos), acapela da N. S. da Arrábida. O “Boletim da Agência Geral das Colónias” de 1925 não tem pejo em afirmar que “o Lobito é a mais bela cidade desta costa”. E explica que tal se deve a três factores: “Excelência do seu pôrto; Ser testa da linha do C.F.B; Riqueza da ‘bacia económica’, ou seja o conjunto das regiões cujas vias de comunicação para o litoral devem ter a sua testa no Lobito.”Efectivamente, nessa altura a ponte-cais já possuía 225 m de muro acostável, comportando os maiores paquetes do mundo, sendo igualmente porta marítima de todo o vastíssimo planalto central de Angola, compreendendo as riquíssimas zonas do Huambo, Bié, Moxico. Mas não era só uma “gare” marítima do interior da colónia, era também o porto natural de uma grande parte da África Austral, e o mais económico para as comunicações entre as minas de cobre do Catanga (Congo Belga) e os portos da Europa. Em 1929, o C.F.B. atingiu finalmente a fronteira do Congo Belga. Em território angolano a linha ficou com 1347 km. Agora o porto do Lobito, mais económico por ser muito mais perto da Europa, já podia substituir os da Beira e do Cabo no escoamento do minério. O aumento do número de passageiros do comboio é impressionante: em 1908 é de 25.957 para passar, em 1926, a ser de 233.865. O jornalista Julião Quintinha, em África Misteriosa, não deixou de registar este enorme progresso: “(...) esta nova cidade marítima do Lobito, entre palmeiras, elegantes avenidas, chalets, pequeninos palácios, mimosos jardins orvalhados, e paquetes arrumados à terra, deu-me a sensação daqueles postais ilustrados que reproduzem magníficos portos estrangeiros - qualquer coisa de aguarela muito fresca e azul, com sabor salino, cheiro a carvão e ambiente cosmopolita (...)”Mais adiante, descreve: “Primeiro o Lobito velho de casebres derrubados onde se acoitam mendigos e pretos ladrões; depois, sucessivamente, o Mangal com salgueiros encharcados; o bairro indígena, de palhotas em fila por onde os negros gritam, pulam ou tombam a descansar; as construções do Porto, Caminho de Ferro, oficinas, residências operárias; grandes armazéns alfandegários, um pequeno posto aduaneiro enfeitado a trepadeiras, guardado por soldados negros, descalços, vestidos de caki; ruas comerciais onde passam comboios com vagões carregados de mercadorias, moradias ajardinadas de ar estrangeiro e feliz; e o palácio do govêrno, com parque e court de tennis, entre krotonos e roseiras.”No fim dos anos 40 rasgaram-se grandes avenidas: Duplo Centenário, Império, Marechal Carmona, Marginal do Atlântico, D. Maria II. Iniciaram-se trabalhos de jardinagem e o primeiro arranjo das praças Salazar, Camões e Infante D. Henrique. Começaram-se a desenhar os principais bairros: a Restinga, o mais chique, exclusivamente residencial, com espaçosas moradias que ora dão para o Atlântico, ora para a baía. Com 3 km de extensão e em alguns sítios nem 300 m de largura, era um autêntico jardim emergido do mar. Dizia-se que até as palmas das palmeiras batiam palmas à sua beleza. O único senão era quando o mar galgava tudo em tempo de cheias; o Bairro Central ou Comercial alternava esta actividade com as residências, aqui ficava também o porto e todas as suas dependências, a estação terminal do Caminho de Ferro de Benguela, a Câmara Municipal, os Correios, o Hotel Términus e o Mercado Municipal; mais à frente, no caminho para Benguela, já fora da zona portuária e de construção mais recente, situava-se o Bairro do Compão, uma zona reservada à classe menos abastada; com características idênticas, talvez um pouco mais comercial, surgia o Bairro da Caponte; mesmo em frente à restinga, do outro lado do porto, ficava a habitação reservada aos indígenas, conhecida pela Canata. Aqui, embora já houvesse construções de alvenaria, predominava ainda o caniço e o zinco.Na dobragem da década de 50 o Lobito “cosmopolitou-se” definitivamente. Para dar resposta ao constante apelo dos seus habitantes e visitantes, cujo número não parava de aumentar, sofisticou o comércio cada vez mais intenso nas três ruas que envolviam o Mercado Municipal, que se viu em pouco tempo completamente rodeado de requintadas lojas a fazer lembrar o portuense Bulhão. Surgiram novos hotéis. Nos arredores incrementou-se a indústria. A actividade portuária conhece um desenvolvimento sem precedentes. E com a Guerra da Secessão do Catanga, no ex-Congo Belga, o porto do Lobito ganhou ainda mais movimento. Nesta altura o total de minérios escoados rondava as 500 mil toneladas por ano. Tinha um movimento semelhante ao de Leixões, só sendo ultrapassado, quanto à tonelagem, pelo de Lisboa, Lourenço Marques e Beira. Do Lobito saía também milho, cimentos, plásticos, zincos, sisal, óleos e açúcares. Eduardo Fernando de Matos, no seu livro Viagem por terras de África, chegou mesmo a afirmar: “(...) Comparando este porto ao de Luanda, temos a impressão de que é o Lobito e não Luanda a capital da colónia. Porém, Luanda, como cidade, é muito superior.”De 1952 a 1962 a população branca da cidade subiu 150%. O Anuário de Angola de 1962-63 regista 6500 europeus, 420 mestiços e 25000 negros. E nos últimos tempos do colonialismo (1974), a cidade rasava os 100 mil habitantes, dos quais 30 mil eram brancos. Não havia dúvida que era a urbe da colónia que registava maior crescimento a todos os níveis, e, se assim continuasse, facilmente ultrapassaria capital do Distrito, a histórica Benguela.Agora, a população jovem da cidade demandava diversões e entretimentos. Ficaram célebres as sessões de cinema no Cine-Esplanada do Jardim Flamingo, lá para os lados do Compão. Debaixo de uma gigantesca pala de betão,construída pelo engenheiro Edgar Cardoso, crianças, jovens e senhores respeitados abrigavam-se do sol e da chuva deleitando-se com os últimos sucessos de bilheteira. Era sobretudo um ambiente informal e descontraído, permitindo uma mobilidade jamais consentida no velho e pesado Cine-Imperium. Na época de Natal, a fachada do Mercado Municipal cobria-se de luzes e na Praça D. Carlos erguia-se uma enorme árvore profusamente iluminada.O Carnaval tinha fama de ser o melhor de Angola. Ficaram célebres os seus desfiles na Praça Salazar. Aqui, em frente da Câmara Municipal e sob decorativa calçada portuguesa – esta praça pretendia assemelhar-se ao Terreiro do Paço, não faltando sequer o cais das colunas – tinham lugar também as marchas dos santos populares, em que os diferentes bairros competiam em função da originalidade dos trajes e da dança."
1 semana!
Está quase. Não é que não esteja a gostar de estar em Angola, porque estou, quer pessoalmente, quer profissionalmente.
Mas a saudade, essa palavra que alguém já disse só existir na lingua e alma portuguesa, a saudade de quem não veio, essa leva-nos a contar os dias, as horas, os minutos até, pelo momento de estarmos outra vez com os nossos, em casa!
Porque a nossa casa, mais do que o nosso país ou a nossa cidade, é o local onde estão aqueles que amamos. E sábado que vem, espero eu, eu estarei lá...
Mas a saudade, essa palavra que alguém já disse só existir na lingua e alma portuguesa, a saudade de quem não veio, essa leva-nos a contar os dias, as horas, os minutos até, pelo momento de estarmos outra vez com os nossos, em casa!
Porque a nossa casa, mais do que o nosso país ou a nossa cidade, é o local onde estão aqueles que amamos. E sábado que vem, espero eu, eu estarei lá...
2006/12/08
7 Maravilhas de Portugal
É dificil escolher apenas 7! Há tantas...
Primeiro, a lista de 21 escolhidas:
Castelo de Almourol
Castelo de Guimarães
Castelo de Marvão
Castelo de Óbidos
Convento de Cristo
Convento e Basílica de Mafra
Fortaleza de Sagres
Fortificações de Monsaraz
Igreja de São Francisco
Igreja e Torre dos Clérigos
Mosteiro da Batalha
Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro de Sta Maria de Belém
Paço Ducal de Vila Viçosa
Paços da Universidade
Palácio de Mateus
Palácio Nacional da Pena
Palácio Nacional de Queluz
Ruínas de Conímbriga
Templo Romano de Évora
Torre de S. Vicente de Belém
E agora, uma primeira selecção. Os monumentos que me dizem mais pela relação de proximidade que tenho com eles:
Antigos Paços Municipais de Guimarães
Castelo de Guimarães
Igreja e Torre dos Clérigos
Igreja de São Francisco no Porto
E são apenas 3... Vou escolher mais quatro, pelos seguintes critérios: arquitectura, beleza, história e loucura.
Assim, pela arquitectura inovadora na época em que foi construída, com as suas abóbodas de arcos extremamente abatidos e toda a decoração de motivos manuelinos, o Mosteiro de Santa Maria de Belém (Jerónimos).
Pela sua beleza intrinseca, a sua implantação na ilha escarpada, as suas torres e muralhas integradas no verde da paisagem e no azul das águas do Tejo pelo constraste que produzem, pela paz e tranquilidade que uma construção de guerra consegue transmitir, o Castelo de Almorol.
Pela sua ligação à história do país, à loucura que foi o último momento de grandiosidade que Portugal teve e que começou pela mentalidade empreendedora do Infante D. Henrique e da sua escola de navegação, a Fortaleza de Sagres. Por ser a última grande construção que o dinheiro da nossa epopeia marítima troixe, simbolo da loucura total de um país que gastou o que não tinha e não deixou muito mais que descendentes nas 7 partidas do mundo e hoje ainda pena por erros cometidos há séculos atrás, o Convento e Basílica de Mafra.
E pronto, escolhas feitas... Resta-me votar. Em 7 Maravilhas.
Primeiro, a lista de 21 escolhidas:
Castelo de Almourol
Castelo de Guimarães
Castelo de Marvão
Castelo de Óbidos
Convento de Cristo
Convento e Basílica de Mafra
Fortaleza de Sagres
Fortificações de Monsaraz
Igreja de São Francisco
Igreja e Torre dos Clérigos
Mosteiro da Batalha
Mosteiro de Alcobaça
Mosteiro de Sta Maria de Belém
Paço Ducal de Vila Viçosa
Paços da Universidade
Palácio de Mateus
Palácio Nacional da Pena
Palácio Nacional de Queluz
Ruínas de Conímbriga
Templo Romano de Évora
Torre de S. Vicente de Belém
E agora, uma primeira selecção. Os monumentos que me dizem mais pela relação de proximidade que tenho com eles:
Antigos Paços Municipais de Guimarães
Castelo de Guimarães
Igreja e Torre dos Clérigos
Igreja de São Francisco no Porto
E são apenas 3... Vou escolher mais quatro, pelos seguintes critérios: arquitectura, beleza, história e loucura.
Assim, pela arquitectura inovadora na época em que foi construída, com as suas abóbodas de arcos extremamente abatidos e toda a decoração de motivos manuelinos, o Mosteiro de Santa Maria de Belém (Jerónimos).
Pela sua beleza intrinseca, a sua implantação na ilha escarpada, as suas torres e muralhas integradas no verde da paisagem e no azul das águas do Tejo pelo constraste que produzem, pela paz e tranquilidade que uma construção de guerra consegue transmitir, o Castelo de Almorol.
Pela sua ligação à história do país, à loucura que foi o último momento de grandiosidade que Portugal teve e que começou pela mentalidade empreendedora do Infante D. Henrique e da sua escola de navegação, a Fortaleza de Sagres. Por ser a última grande construção que o dinheiro da nossa epopeia marítima troixe, simbolo da loucura total de um país que gastou o que não tinha e não deixou muito mais que descendentes nas 7 partidas do mundo e hoje ainda pena por erros cometidos há séculos atrás, o Convento e Basílica de Mafra.
E pronto, escolhas feitas... Resta-me votar. Em 7 Maravilhas.
2006/12/07
Furacão, a operação!
Que se pode dizer dela?... Que está a combater o crime económico e de colarinho? Talvez. Que está a criar condições para mais empresas fecharem e mudarem-se para outros países e locais? Quase de certeza. Que como quase sempre nada vai mudar e tudo deverá continuar como antes? De certeza quase absoluta...
O que é facto é que todas essas noticias, como a "Operação Furacão", apenas servem para minar o clima de confiança dos empresários e dos investidores. Como o IVA altíssimo que temos. Ou a alta taxa de IRC. Que são a causa maior da evasão fiscal que a "Operação Furacão" pretende combater. Mas que são também causa da diminuição do investimento no último trimestre, segundo o telejornais hoje noticiaram entre directos do Porto do Congresso dos Partidos Socialistas europeus e o dopping do Nuno Assis...
Talvez por isso é que cada vez mais portugueses e cada vez mais empresas portuguesas procuram mercados como Angola e abandonam, lenta e gradualmente, a velha Europa e o decrépito Portugal que construímos nas últimas décadas. Portugal esse que continua a envergonhar-se e envergonhar-nos por nem sequer conseguir levar à barra dos tribunais o caso "Sá Carneiro" quando há cada vez mais e mais consistentes dados que houve, de facto, um atentado contra a vida do homem que teve razão antes do tempo, que poderia ter mudado para melhor um pouco o Portugal que hoje temos!
Estou cada vez mais triste e desolado com Portugal e com os governantes de Portugal!
Cada vez mais olho com tristeza para o país que herdei do meu pai e do meu avô. Este não é o país que eu queria para mim, que eu aprendi a amar e colocar acima de tudo o resto. Um país de oportunidades perdidas. De jeitosos a remediarem o que outros jeitosos não souberam construir. Um país de gente que se acomoda e vive do pai-Estado que dá emprego, segurança social, reforma, saúde e ensino tendencialmente gratuíto, subsisdios para tudo e para nada... Mas com cada vez mais velhos, com cada vez mais pobres, com cada vez mais desempregados... Mas com cada vez menos poder de compra, com cada vez menos nascimentos, com cada vez menos Portugal...
Já cantava o Jorge Palma há muitos anos atrás:
O que é facto é que todas essas noticias, como a "Operação Furacão", apenas servem para minar o clima de confiança dos empresários e dos investidores. Como o IVA altíssimo que temos. Ou a alta taxa de IRC. Que são a causa maior da evasão fiscal que a "Operação Furacão" pretende combater. Mas que são também causa da diminuição do investimento no último trimestre, segundo o telejornais hoje noticiaram entre directos do Porto do Congresso dos Partidos Socialistas europeus e o dopping do Nuno Assis...
Talvez por isso é que cada vez mais portugueses e cada vez mais empresas portuguesas procuram mercados como Angola e abandonam, lenta e gradualmente, a velha Europa e o decrépito Portugal que construímos nas últimas décadas. Portugal esse que continua a envergonhar-se e envergonhar-nos por nem sequer conseguir levar à barra dos tribunais o caso "Sá Carneiro" quando há cada vez mais e mais consistentes dados que houve, de facto, um atentado contra a vida do homem que teve razão antes do tempo, que poderia ter mudado para melhor um pouco o Portugal que hoje temos!
Estou cada vez mais triste e desolado com Portugal e com os governantes de Portugal!
Cada vez mais olho com tristeza para o país que herdei do meu pai e do meu avô. Este não é o país que eu queria para mim, que eu aprendi a amar e colocar acima de tudo o resto. Um país de oportunidades perdidas. De jeitosos a remediarem o que outros jeitosos não souberam construir. Um país de gente que se acomoda e vive do pai-Estado que dá emprego, segurança social, reforma, saúde e ensino tendencialmente gratuíto, subsisdios para tudo e para nada... Mas com cada vez mais velhos, com cada vez mais pobres, com cada vez mais desempregados... Mas com cada vez menos poder de compra, com cada vez menos nascimentos, com cada vez menos Portugal...
Já cantava o Jorge Palma há muitos anos atrás:
"Ai, Portugal, Portugal,
De que é que estás à espera?
Tens um pé numa galera,
E outro no fundo do mar!
Ai, Portugal, Portugal,
Enquanto ficares à espera,
Ninguém te pode ajudar!"
2006/12/06
10
Número mágico, redondo, dos grandes jogadores e mistico por ser o primeiro de dois dígitos no nosso sistema decimal... 10 são tambem os dias que faltam para o regresso, também ele mágico como todos os regressos, o redescobrir o que ficou e o que mudou...
Está quase, o Natal está no ar...
Está quase, o Natal está no ar...
2006/12/05
Hoje, Sporting, amanhã, FC Porto
Neste duplo embate da Liga dos Campeões, diferentes coisas estão em jogo. O Sporting hoje joga a continuidade na Taça Uefa, o FC Porto amanhã tendo assegurado a Uefa vai tentar os oitavos de final da Liga dos Campeões, bastando-lhe para tanto um empate.
Espero que consigam ambos os seus objectivos. Gostava de estar no Dragão amanhã para ver o FC Porto e, porque não dizer, o Arsenal também que tem alguns dos melhores jogadores da actualidade como o Henry, por exemplo.
Para quem gosta de futebol, é (quase) sempre um regalo para os olhos ver jogadores deste calibre actuarem no mais bonito estádio que conheço.
Esperançado em ver também bons espectáculos e mais ainda por saber que os lesionados do FC Porto no embate com o Boavista estão todos aptos para amanhã, espero sinceramente que consigam ambos a vitória para juntarem mais pontos ao pecúlio das equipas luso-marroquinas na UEFA... :)
Espero que consigam ambos os seus objectivos. Gostava de estar no Dragão amanhã para ver o FC Porto e, porque não dizer, o Arsenal também que tem alguns dos melhores jogadores da actualidade como o Henry, por exemplo.
Para quem gosta de futebol, é (quase) sempre um regalo para os olhos ver jogadores deste calibre actuarem no mais bonito estádio que conheço.
Esperançado em ver também bons espectáculos e mais ainda por saber que os lesionados do FC Porto no embate com o Boavista estão todos aptos para amanhã, espero sinceramente que consigam ambos a vitória para juntarem mais pontos ao pecúlio das equipas luso-marroquinas na UEFA... :)
2006/12/04
Pensamento do dia
Quando tantos têm de procurar entre quem ontem não quis ser Portugal aquilo que o Portugal de hoje não oferece, não nos devemos perguntar se valeu a pena 800 anos de construção de Portugal?
2006/12/03
Parabéns, Mariana, primita linda
2006/12/02
Angola 7 - Encontro de culturas
Cada vez mais o mundo é um espaço pequeno onde em qualquer local as culturas se encontram.
Lobito, Angola, Dezembro de 2006. Três arquitectos reunem-se por causa de uma obra. Um português, um angolano e um moçambicano. A lusofonia que anda no mundo. Um português formado em Portugal a trabalhar em Angola. Um angolano formado na Rússia a trabalhar em Angola. Um moçambicano formado em Moçambique a trabalhar em Angola. Ponto comum, a lingua que Camões celebrizou.
A troca de culturas acontece com naturalidade, o português que está a ler o "Equador" do Miguel Sousa Tavares, o angolano que contrapõe "A Gloriosa Familia" do Pepetela e o moçambicano que fala com orgulho do seu Mia Couto.
As histórias da História dos Reinos de N'Gola, de Mussa Al Bique (perdoem-me o grafismo que não sei se é o mais correcto) e de Portugal e dos Algarves que se desfiam e encontram pontos comuns, 500 anos depois, ainda e sempre!
Três países, uma identidade comum, uma profissão comum. Foi bom, promete repetir-se na amizade da "kizomba" angolana, os "kambas" voltarão a encontrar-se e a partilhar culturas e ideias que afinal não são de um, mas de todos!
Lobito, Angola, Dezembro de 2006. Três arquitectos reunem-se por causa de uma obra. Um português, um angolano e um moçambicano. A lusofonia que anda no mundo. Um português formado em Portugal a trabalhar em Angola. Um angolano formado na Rússia a trabalhar em Angola. Um moçambicano formado em Moçambique a trabalhar em Angola. Ponto comum, a lingua que Camões celebrizou.
A troca de culturas acontece com naturalidade, o português que está a ler o "Equador" do Miguel Sousa Tavares, o angolano que contrapõe "A Gloriosa Familia" do Pepetela e o moçambicano que fala com orgulho do seu Mia Couto.
As histórias da História dos Reinos de N'Gola, de Mussa Al Bique (perdoem-me o grafismo que não sei se é o mais correcto) e de Portugal e dos Algarves que se desfiam e encontram pontos comuns, 500 anos depois, ainda e sempre!
Três países, uma identidade comum, uma profissão comum. Foi bom, promete repetir-se na amizade da "kizomba" angolana, os "kambas" voltarão a encontrar-se e a partilhar culturas e ideias que afinal não são de um, mas de todos!
Faltam 2 semanas...
O count-down regressivo continua rápido, pelo menos para mim o tempo está a passar depressa, mais um semana de muito trabalho se completou... Ainda ontem me dizia o fiscal da obra, um arquitecto moçambicano muito simpático chamado Samuel Lopes que estava muito cansado porque o meu ritmo é muito elevado! E defacto, vendo bem as coisas, 10 horas de reunião apenas interrompidas para um breve almoço é dose...
Mas o que interessa é que as coisas correm bem, as dúvidas estão a ser ultrapassadas e com toda a certeza teremos no final uma obra da qual todos nos poderemos orgulhar - projectista, construtor e dono da obra!
E faltam 14 dias para o meu regresso. Já estamos em Dezembro...
Mas o que interessa é que as coisas correm bem, as dúvidas estão a ser ultrapassadas e com toda a certeza teremos no final uma obra da qual todos nos poderemos orgulhar - projectista, construtor e dono da obra!
E faltam 14 dias para o meu regresso. Já estamos em Dezembro...
2006/12/01
Stauch Vorster
Este é o nome do gabinete de arquitectos autor do projecto de remodelação do edificio do BNA do Lobito.
É um gabinete sul-africano, com muitos funcionários e já muita experiência, visto que tem projectos desde pelo menos os anos 70.
Tem um trabalho interessante, como se pode atestar na página da internet, e perfeitamente integrado dentro dos parametros das modernas tendências arquitectónicas e urbanisticas.
Quanto ao projecto do BNA-Lobito, sabendo que é extremamente complexo quer por causa da especificidade de ser um banco (com projectos que normalmente não existem), quer por causa da dimensão (8 pisos, mais de 2500 m2 área de pavimento), quer por ser uma recuperação de um edifício existente nunca concluído, está a ser rectificado ainda em conjunto com o dono da obra e com o construtor de forma a optimizar os recursos da construção e utilização desta obra.
Claro que nem sempre tomaria as mesmas opções, não haverá porventura no mundo dois arquitectos que pensem da mesma forma em resolver um problema. Mas na globalidade parece-me bem conseguida a remodelação, atendendo às alterações que agora estão a ser introduzidas com o apoio de um arquitecto sul-africano que colocaram na obra para apoiar e fiscalizar nesta fase de arranque a mesma.
A visitar em www.svarchitects.com.
É um gabinete sul-africano, com muitos funcionários e já muita experiência, visto que tem projectos desde pelo menos os anos 70.
Tem um trabalho interessante, como se pode atestar na página da internet, e perfeitamente integrado dentro dos parametros das modernas tendências arquitectónicas e urbanisticas.
Quanto ao projecto do BNA-Lobito, sabendo que é extremamente complexo quer por causa da especificidade de ser um banco (com projectos que normalmente não existem), quer por causa da dimensão (8 pisos, mais de 2500 m2 área de pavimento), quer por ser uma recuperação de um edifício existente nunca concluído, está a ser rectificado ainda em conjunto com o dono da obra e com o construtor de forma a optimizar os recursos da construção e utilização desta obra.
Claro que nem sempre tomaria as mesmas opções, não haverá porventura no mundo dois arquitectos que pensem da mesma forma em resolver um problema. Mas na globalidade parece-me bem conseguida a remodelação, atendendo às alterações que agora estão a ser introduzidas com o apoio de um arquitecto sul-africano que colocaram na obra para apoiar e fiscalizar nesta fase de arranque a mesma.
A visitar em www.svarchitects.com.
2006/11/29
Nicolinas
Confesso! Nunca fui grande fã das Nicolinas. Por causa do barulho, que me incomoda, por causa dos excessos de adoração a Baco... Mas sempre gostei do historial que está por detrás da festa.
Mas não sei se é da distância, este ano estou com uma certa nostalgia e apetecia-me ouvir os tambores, cada vez mais desafinados com o passar das horas, o movimento caótico que me dificulta a ida para casa no centro da cidade, o ar de sono e satisfação das pessoas amanhã de manhã...
Há coisas, e são tantas, cujo valor só descobrimos com a sua ausência de fruicção.
Angola 6 - A segurança
Lobito não é inseguro, muito pelo contrário. Apesar de em Luanda haver um clima de insegurança com muitos assaltos à mão armada, tal deve-se ao facto de se concentrar na capital muito mais população do que aquela que comportaria em situação normal. Segundo me disseram, porque parece que não há censos actualizados, são cerca de 5 milhões de habitantes na área da grande Luanda, sendo que a cidade foi pensada e preparada para apenas 750 mil...
O Lobito, apesar de ter bastante mais de 100 mil habitantes e estando inserido num eixo viário onde talvez triplique essa população (Lobito-Catumbela-Benguela) consegue ser uma cidade perfeitamente normal, onde se anda quer de dia, quer de noite, em quase total segurança. Andar de carro de vidro aberto e porta destrancada é coisa normal no Lobito - no Porto ou em Lisboa já não é!
Podemos andar de telemovel e relógio na rua, sem "makas" (problemas) e o pior que tem são as crianças (e as menos crianças...) a pedincharem junto aos cafés e restaurantes 10 ou 50 Kwanzas... E os lavadores, que aqui não há arrumadores, que a partir de 200 Kwanzas nos lavam a viatura cada vez que a paramos num local público... se preciso for, várias vezes ao dia, basta que tenha um pouco de pó!
Este é um dos motivos porque gosto do Lobito.
O Lobito, apesar de ter bastante mais de 100 mil habitantes e estando inserido num eixo viário onde talvez triplique essa população (Lobito-Catumbela-Benguela) consegue ser uma cidade perfeitamente normal, onde se anda quer de dia, quer de noite, em quase total segurança. Andar de carro de vidro aberto e porta destrancada é coisa normal no Lobito - no Porto ou em Lisboa já não é!
Podemos andar de telemovel e relógio na rua, sem "makas" (problemas) e o pior que tem são as crianças (e as menos crianças...) a pedincharem junto aos cafés e restaurantes 10 ou 50 Kwanzas... E os lavadores, que aqui não há arrumadores, que a partir de 200 Kwanzas nos lavam a viatura cada vez que a paramos num local público... se preciso for, várias vezes ao dia, basta que tenha um pouco de pó!
Este é um dos motivos porque gosto do Lobito.
2006/11/28
2006/11/27
Só podes ser um arquitecto!
Dilbert: Como de costume, trabalhei até à meia-noite ontem à noite, mãe.
Mãe: Pelo menos, ganhaste algum dinheiro extra.
Dilbert: Eu não recebo horas-extras.
Mãe: Pelo menos, era um trabalho importante.
Dilbert: Não exactamente.
Dilbert: O meu patrão fez-me mudar a apresentação toda, mas isso piorou-a.
Mãe: Bem, pelo menos estás preparado para a reunião.
Dilbert: Foi cancelada.
Dilbert: Mas não tem mal porque o projecto não tinha fundos, de qualquer das maneiras.
Mãe: Então trabalhaste de graça para piorar a apresentação numa reunião que não aconteceu de um projecto que não existe?
Dilbert: Yup!
Mãe: Oh... Só podes ser um arquitecto!
2006/11/26
Hoje não há praia...
...porque há chuva, mas pelo menos está calor! Enfim, um dia caseirinho na net, a ver futebol na TV e a ler mais um pouco do "Equador", cujo primeiro capítulo me agradou sobremaneira.
Mas, de facto, preferia estar a ler na praia...
Mas, de facto, preferia estar a ler na praia...
2006/11/25
Faltam 3 semanas...
...e a esta hora devo estar já em Portugal. Confesso que estou com saudades. Não do país, que continua tão ou mais miserável pelo que vejo nos noticiários, mas de algumas pessoas que aí ficaram. E do cinema. De ir ao cinema, ao NorteShopping à loja da FNAC...
De resto, gosto de aqui estar, gosto do clima, das pessoas e da comida. E da praia. Faz-me falta a "civilização" como nós, europeus, a entendemos. Acho que se estivesse na América ou na Ásia a trabalhar iria ter esta mesma sensação. Há coisas que só na nossa casa, na nossa terra, conseguimos encontrar...
E está quase, já cheira a Natal...
De resto, gosto de aqui estar, gosto do clima, das pessoas e da comida. E da praia. Faz-me falta a "civilização" como nós, europeus, a entendemos. Acho que se estivesse na América ou na Ásia a trabalhar iria ter esta mesma sensação. Há coisas que só na nossa casa, na nossa terra, conseguimos encontrar...
E está quase, já cheira a Natal...
2006/11/24
Eu no Alto-Catumbela
2006/11/23
Solidão não é estar só
Solidão não é estar só,
É estar sem ninguém,
É não ter quem desejar
E sentir cair o pó
Por não poder ir mais além
Nem ter por quem almejar.
Só não estou então,
Pois alguém tenho eu
Que me ilumina o dia,
Que me afasta da solidão
E ter um pensamento meu
Nesta minha companhia.
Companhia, companheira,
Meia laranja, parceira,
Partilhas a distância
Mas também a ausência.
E sabemos nós,
Graças ao amor, não estamos sós!
É estar sem ninguém,
É não ter quem desejar
E sentir cair o pó
Por não poder ir mais além
Nem ter por quem almejar.
Só não estou então,
Pois alguém tenho eu
Que me ilumina o dia,
Que me afasta da solidão
E ter um pensamento meu
Nesta minha companhia.
Companhia, companheira,
Meia laranja, parceira,
Partilhas a distância
Mas também a ausência.
E sabemos nós,
Graças ao amor, não estamos sós!
2006/11/22
Angola 5 - O clima
O clima aqui em Angola, ou pelo menos no Lobito, é, no mínimo, estranho! Apesar de ter estado sempre calor desde que cheguei (a temperatura mais baixa que me recordo foram 18ºC à noite logo nos primeiros dias que cheguei, em finais de Agosto e principios de Setembro) mesmo assim, às vezes, tem-se frio! E pior que nós, "expatriados", são os "nacionais": a esses já os vi de cachecol, gorro, "kispo" ou sobretudo! De inverno...
Por norma está sol, apesar de até final de Outubro haver uma quase permanente neblina ou nuvens altas que davam um ar meio cinzento aos dias. Agora, em Novembro, o tempo tem estado cada vez melhor - de dia! Porque as noites têm sido verdadeiros temporais com chuvas "diluvianas" e até trovoadas à mistura.
A humidade é que sempre elevada e pelo que me contam, em Janeiro e Fevereiro é que as coisas vão ser mesmo quentes e húmidas! Mas por mim, antes isso que o nosso inverno frio e húmido e molhado! Apesar de estranhar ainda um pouco isto tudo, gosto muito mais deste clima angolano do que do nosso frio e molhado e seco clima de Portugal!
Ah! E o meu FC Porto, ontem, na Rússia, com amor... pelos seus torcedores de todo o mundo! Grande jogo, grande vitória! Grande FC Porto!
Por norma está sol, apesar de até final de Outubro haver uma quase permanente neblina ou nuvens altas que davam um ar meio cinzento aos dias. Agora, em Novembro, o tempo tem estado cada vez melhor - de dia! Porque as noites têm sido verdadeiros temporais com chuvas "diluvianas" e até trovoadas à mistura.
A humidade é que sempre elevada e pelo que me contam, em Janeiro e Fevereiro é que as coisas vão ser mesmo quentes e húmidas! Mas por mim, antes isso que o nosso inverno frio e húmido e molhado! Apesar de estranhar ainda um pouco isto tudo, gosto muito mais deste clima angolano do que do nosso frio e molhado e seco clima de Portugal!
Ah! E o meu FC Porto, ontem, na Rússia, com amor... pelos seus torcedores de todo o mundo! Grande jogo, grande vitória! Grande FC Porto!
2006/11/21
E o FC Porto?
Já está a ganhar... Quaresma, logo aos 2'' marcou! Este é o primeiro jogo do FC Porto que vejo aqui em casa e é, por isso, até ao momento, uma estreia positiva!
Puuuuuoooooorto!
Puuuuuoooooorto!
2006/11/19
Angola 4 - Prato do dia: Cozido à Portuguesa!
Hoje, domingo, aqui em Angola há um prato tradicional: o nosso cozido! E normalmente, bem confeccionado, com os ingredientes todos, desde a vitela, o porco e a galinha passando pelos enchidos e verduras que rematam o prato.
E depois de nos enchermos com este peso pesado da nossa culinária, como hoje está bom tempo, vamos para a praia "ruminar" até ao por-do-sol lá pelas 17h30/18h00.
E amanhã começa mais uma semana longa de trabalho... e faltam 4 semanas destas para o meu regresso a Portugal!
E depois de nos enchermos com este peso pesado da nossa culinária, como hoje está bom tempo, vamos para a praia "ruminar" até ao por-do-sol lá pelas 17h30/18h00.
E amanhã começa mais uma semana longa de trabalho... e faltam 4 semanas destas para o meu regresso a Portugal!
2006/11/18
Mais uma tarde de sábado na praia!
É, de longe, o melhor que tem esta vida no Lobito! A praia, em meados de Novembro, está cada vez melhor. Com o aproximar do pico do verão, que aqui se dá em Janeiro/Fevereiro, o tempo tem de facto vindo a melhorar (e não é que se possa falar de mau tempo verdadeiramente...) e ainda hoje de tarde pude estar mais 3 horitas na praia do Terminus incluindo banhoca no mar e tudo!
Aliás, para quem quiser ver, fica aqui uma imagem e o link no Google para poder ver melhor o pequeno "paraíso" onde vim ter.
De resto, a vida não é fácil, pois trabalha-se mais horas que em Portugal - temos de entrar antes e sair depois dos "nacionais" para que o trabalho decorra com normalidade... - e tenho um horário de 10 horas diárias e ainda mais 5 horas ao sábado, pelo que apesar do ritmo ser mais calmo e brando que em Portugal, acabo sempre a semana bastante cansado e estes bocados de descanso na praia ou a comer umas lagostas (compramos 20Kg por 100000 Kwanzas, isto é, 100 euros, e ainda nos ofereceram 4 Kg extra de lagosta!) ou uns caranguejos são, portanto, o melhor que tem esta vida!
As pessoas têm sido muito simpáticas e ao contrário de Luanda, onde o sentimento de insegurança é latente, aqui no Lobito podemos sair à rua com tranquilidade e sem "makas" (como eles chamam aqui aos problemas!) e passear, quer de dia quer de noite.
Estou perfeitamente "engajado" (integrado!) no Lobito e julgo que apesar da distancia de quem gosto ser grande, conseguirei passar aqui o tempo da obra (que se prevê de cerca de 2 anos) sem problemas de maior.
E entretanto, pode ser que a construção em Portugal comece a recuperar um pouco que tal como ela está neste momento é dificil trabalhar por aí.
Aliás, para quem quiser ver, fica aqui uma imagem e o link no Google para poder ver melhor o pequeno "paraíso" onde vim ter.
De resto, a vida não é fácil, pois trabalha-se mais horas que em Portugal - temos de entrar antes e sair depois dos "nacionais" para que o trabalho decorra com normalidade... - e tenho um horário de 10 horas diárias e ainda mais 5 horas ao sábado, pelo que apesar do ritmo ser mais calmo e brando que em Portugal, acabo sempre a semana bastante cansado e estes bocados de descanso na praia ou a comer umas lagostas (compramos 20Kg por 100000 Kwanzas, isto é, 100 euros, e ainda nos ofereceram 4 Kg extra de lagosta!) ou uns caranguejos são, portanto, o melhor que tem esta vida!
As pessoas têm sido muito simpáticas e ao contrário de Luanda, onde o sentimento de insegurança é latente, aqui no Lobito podemos sair à rua com tranquilidade e sem "makas" (como eles chamam aqui aos problemas!) e passear, quer de dia quer de noite.
Estou perfeitamente "engajado" (integrado!) no Lobito e julgo que apesar da distancia de quem gosto ser grande, conseguirei passar aqui o tempo da obra (que se prevê de cerca de 2 anos) sem problemas de maior.
E entretanto, pode ser que a construção em Portugal comece a recuperar um pouco que tal como ela está neste momento é dificil trabalhar por aí.
2006/11/15
Falta 1 mês...
...para o regresso do "expatriado" a casa para 3 semanitas de férias de Natal. Nada mau...
Pois é, dia 15 de Dezembro saio de Lobito em direcção a Luanda, onde pernoitarei. E talvez me consiga encontrar com o meu antigo vizinho Valter, com quem não estou há 18 anos! Já falei com ele pelo telefone e tenho muita vontade de o (re)ver, matar saudades dos nossos tempos de infancia, dos campeonatos de caricas, dos jogos de bola nas escadas, das asneiras que faziamos!
Depois, no dia seguinte, 16 de Dezembro, se tudo decorrer com a normalidade que esperamos, deverei partir de mãnha de Luanda directamente para o Porto, onde chegarei de tarde. O regresso a Angola deverá ser apenas no dia 5 ou 6 de Janeiro...
Faltam, por isso, 31 dias, um mês inteiro ainda, para regressar à "santa terrinha"!
Para rever a "sobrinha" Truta no já tradicional jantar de Natal na casa dela, conhecer os novos "sobrinhos" José Manuel (filho do André e Susana) e Miguel (filho do Gabriel), reencontrar os amigos do PSD, da JSD, do Forum Vimaranis e da Ascrev, comer as nossas comidinhas que tanto gosto, ver muitos, muitos, muitos filmes!
E estar com quem mais gosto... Pais, Sara e Daisy!
Está quase... 31 dias, passam depressa; como se passaram estes dois meses mais de meio que já cá estou!
Pois é, dia 15 de Dezembro saio de Lobito em direcção a Luanda, onde pernoitarei. E talvez me consiga encontrar com o meu antigo vizinho Valter, com quem não estou há 18 anos! Já falei com ele pelo telefone e tenho muita vontade de o (re)ver, matar saudades dos nossos tempos de infancia, dos campeonatos de caricas, dos jogos de bola nas escadas, das asneiras que faziamos!
Depois, no dia seguinte, 16 de Dezembro, se tudo decorrer com a normalidade que esperamos, deverei partir de mãnha de Luanda directamente para o Porto, onde chegarei de tarde. O regresso a Angola deverá ser apenas no dia 5 ou 6 de Janeiro...
Faltam, por isso, 31 dias, um mês inteiro ainda, para regressar à "santa terrinha"!
Para rever a "sobrinha" Truta no já tradicional jantar de Natal na casa dela, conhecer os novos "sobrinhos" José Manuel (filho do André e Susana) e Miguel (filho do Gabriel), reencontrar os amigos do PSD, da JSD, do Forum Vimaranis e da Ascrev, comer as nossas comidinhas que tanto gosto, ver muitos, muitos, muitos filmes!
E estar com quem mais gosto... Pais, Sara e Daisy!
Está quase... 31 dias, passam depressa; como se passaram estes dois meses mais de meio que já cá estou!
2006/11/08
Imagens [12] - Angola
Mais algumas fotos de Angola, da viagem que fiz ao Alto-Catumbela no principio de Outubro, cerca de 400Km para o interior de Angola. Passamos por Catengue, Caimbambo, Cubal e Ganda. Para mais tarde ficam mais fotos que a net é lenta e demora muito a carregar...
Ponte sobre o Rio Cavaco
Montanha "Vitória Certa"
Igreja de Caimbambo
Ponte sobre o Rio Cavaco
Montanha "Vitória Certa"
Igreja de Caimbambo
Leituras [10] - A Gloriosa Familia, de Pepetela
Este é o livro que estou a ler actualmente e que retrata a saga familiar da familia de Baltazar Van Dum, chegada a Angola cerca de 1600, familia de "mafulos" (holandeses) e que deu origem a extensa linhagem que sobrevive até aos nossos dias - apesar de não ter ainda essa confirmação, julgo que se trata da história romanceada da familia Van Dunnen.
A forma de escrita adoptada, com narração por um escravo do 1º Van Dum em Angola é mais uma vez de uma imensa originalidade, como o foi no outro livro a opção tomada que não vou revelar aqui para não estragar a surpresa.
De facto, julgo que Pepetela mereceu bem o Prémio Camões e outros mais que sei já lhe terem sido atribuídos. A ler a sua obra com atenção.
SINOPSE:
"A história da família Van Dum, formada por Baltazar, um holandês, sua esposa africana e vários filhos, durante a ocupação holandesa de Angola no século XVII. O pai tenta manter boas relações tanto com os holandeses, chamados "flamengos", quanto com os portugueses, pois havia incorporado valores lusitanos, como a religião católica. Misturam-se elementos fictícios e factos históricos."
Leituras [9] - Jaime Bunda, Agente Secreto, de Pepetela
Descobri aqui em Angola este autor local, Pepetela, galardoado com o mais importante prémio da literatura portuguesa (Prémio Camões, 1997) e estou a adorar ler os seus livros.
Este "Jaime Bunda, Agente Secreto", foi o primeiro que li e estou agora a ler a "A Gloriosa Familia" sobre a história de uma familia holandesa, os Van Dum, desde 1600 até aos dias de hoje.
A sua escrita é muito engraçada, num português fácil de se ler. Recomendo vivamente para se perceber bem o país que Angola hoje é.
SINOPSE:
"A moça se despediu da amiga e avançou para a avenida. Ainda conservava nos lábios o sorriso da despedida, quando parou bruscamente, assustada com o automóvel preto. O carro também estacou de súbito. O condutor viu o sorriso desaparecer dos lábios dela. Mediu num relance o tamanho dos seios pontudos, querendo furar o vestido muito curto. Esperou gentilmente que se refizesse do susto e continuasse a travessia. Ela hesitou, mas depois agradeceu com um vago sorriso para os vidros escuros e correu à frente do carro, mostrando o corpo meio de menina meio de mulher, moldado pelo vestido justo. Uma gazela, uma cabra de rabo de leque, pensou o motorista, sentindo compulsivos apetites de caçador. Arrancou com o carro e seguiu até ao fundo da Ilha."
2006/10/21
Angola 3 - Lobito
Esta será a minha morada para os próximos anos desde hoje. Ou melhor, desde a noite passada que foi a primeira que dormi aqui em casa.
Para quem quiser ficar a conhecer um pouco mais da provincia de Benguela e de Lobito, pode ver este interessante link ou então pode ver muitas fotos antigas do Lobito neste outro link.
Nos próximos tempos espero começar a ser um pouco mais regular na net e no blog. Sem promessas, até breve.
Para quem quiser ficar a conhecer um pouco mais da provincia de Benguela e de Lobito, pode ver este interessante link ou então pode ver muitas fotos antigas do Lobito neste outro link.
Nos próximos tempos espero começar a ser um pouco mais regular na net e no blog. Sem promessas, até breve.
2006/09/23
Nova actualização
Tem sido poucas vezes que tenho actualizado, mas não é fácil por aqui a net...
Em todo o caso, ainda estou no hotel, local onde devo ficar nas próximas duas semanas. A nossa futura casa vai entrar em obras esta semana, mas já tem telefone e a internet está já pedida mas ainda não activa.
As coisas aqui vão bem, lentas e calmas, com um cacimbo muito prolongado, nesta altura ainda não estão os dias limpos e bons para a praia, afinal ainda estamos no Inverno, mas mesmo assim na segunda fiz uma horinhas (foi feriado cá, comemoração do nascimento do Herói Nacional, Agostinho Neto, na véspera...) e espero amanhã estar lá mais um pouco, assim a pedra metreológica esteja com sombra por baixo dela! :)
Em todo o caso, ainda estou no hotel, local onde devo ficar nas próximas duas semanas. A nossa futura casa vai entrar em obras esta semana, mas já tem telefone e a internet está já pedida mas ainda não activa.
As coisas aqui vão bem, lentas e calmas, com um cacimbo muito prolongado, nesta altura ainda não estão os dias limpos e bons para a praia, afinal ainda estamos no Inverno, mas mesmo assim na segunda fiz uma horinhas (foi feriado cá, comemoração do nascimento do Herói Nacional, Agostinho Neto, na véspera...) e espero amanhã estar lá mais um pouco, assim a pedra metreológica esteja com sombra por baixo dela! :)
2006/09/11
Imagens [11] - Angola
Por dificuldades em aceder à net por aqui, para já, colocquei no Ringo bastantes fotos (a resolução é fraca, mas a ADSL por aqui é à velocidade de caracol...) e assim em vez das imagens fica o link para verem as fotos.
Aqui, no Ringo.
Aqui, no Ringo.
2006/09/08
Imagens [10] - Angola
2006/09/05
Angola 2 - Já no Lobito
Ainda não consigo colocar fotos, mas tendo vindo a Benguela consegui acesso num cyber-centro à net e aproveito para colocar mais um post.
As coisas aqui no sul são muito lentas - demasiado mesmo! - e se é uma vantagem ser isto muito mais sossegado, também isso é uma grande desvantagem.
Estamos a tentar preparar tudo para a obra se iniciar e para nos instalarmos na nossa casa e sairmos do hotel.
As praias são bonitas e como estamos no Inverno (cacimbo, dizem eles) ninguém vai para lá, apesar das temperaturas superiores a 20º até de noite... E é normal ver "locais" de kispos, luvas e gorros nesta altura enquanto nós, "expatriados" andamos de t-shirts e calções...
A vida corre assim lentamente, tudo é feito nas calmas e qualquer pressa é votada ao insucesso! Por isso, daqui a algumas semanas, terei internet em casa. E então tudo será mais simples...
Até lá, terá de ser esporadicamente que virei aqui...
As coisas aqui no sul são muito lentas - demasiado mesmo! - e se é uma vantagem ser isto muito mais sossegado, também isso é uma grande desvantagem.
Estamos a tentar preparar tudo para a obra se iniciar e para nos instalarmos na nossa casa e sairmos do hotel.
As praias são bonitas e como estamos no Inverno (cacimbo, dizem eles) ninguém vai para lá, apesar das temperaturas superiores a 20º até de noite... E é normal ver "locais" de kispos, luvas e gorros nesta altura enquanto nós, "expatriados" andamos de t-shirts e calções...
A vida corre assim lentamente, tudo é feito nas calmas e qualquer pressa é votada ao insucesso! Por isso, daqui a algumas semanas, terei internet em casa. E então tudo será mais simples...
Até lá, terá de ser esporadicamente que virei aqui...
2006/08/30
Angola 1 - Ainda em Luanda
Rapidamente, que o tempo escasseia, apenas escrevo para dizer que me encontro ainda em Luanda, mas devo seguir hoje à tarde para o Lobito, local da obra.
A viagem correu muito bem e a realidade superou em muito aquilo que esperava encontrar.
Luanda deveria ser uma cidade linda há uns 40 anos atrás. Tinha (e tem) edificios com uma arquitectura fabulosa, muito anos 60-70, avenidas e ruas amplas, vistas fabulosas do alto de Miramar, a ilha (que é um istmo) é o ponto da noite (restaurantes, esplanadas, bares e discotecas) que não fica atrás do que podemos encontrar em Portugal, quer em qualidade quer em design e arquitectura.
A experiência é, para já, gratificante!
As saudades são muitas, claro, mas acho que esta foi a melhor opção profissional que tomei na minha vida!
A viagem correu muito bem e a realidade superou em muito aquilo que esperava encontrar.
Luanda deveria ser uma cidade linda há uns 40 anos atrás. Tinha (e tem) edificios com uma arquitectura fabulosa, muito anos 60-70, avenidas e ruas amplas, vistas fabulosas do alto de Miramar, a ilha (que é um istmo) é o ponto da noite (restaurantes, esplanadas, bares e discotecas) que não fica atrás do que podemos encontrar em Portugal, quer em qualidade quer em design e arquitectura.
A experiência é, para já, gratificante!
As saudades são muitas, claro, mas acho que esta foi a melhor opção profissional que tomei na minha vida!
2006/08/18
Falta 1 semana
É triste ter de partir, sinto-me triste por ter de partir, mas tem de ser. E como me dizia ainda agora a Bequitas no MSN, "não deixa de ser triste o nosso [país] não ter condições para manter aqui o seu povo e depois leva à emigração separando muitas das vezes pessoas que se gostam [e que gostam] do nosso país"!
Infelizmente é verdade, mas quem tem sonhos e sente que não os consegue concretizar num local, tem de partir e procurar outro sítio para os concretizar. Mas é bom partir e ter presente as palavras que o Miguel, o Luís Pires, a Bequitas ou a Maria, todos do Observador Cósmico me têm dito/escrito. A todos os meus mais sinceros e enormes abraços e beijinhos, obrigado pelo enorme apoio que me têm dado. A todos, o mínimo que posso fazer é desejar boa sorte por cá a quem cá fica...
Infelizmente é verdade, mas quem tem sonhos e sente que não os consegue concretizar num local, tem de partir e procurar outro sítio para os concretizar. Mas é bom partir e ter presente as palavras que o Miguel, o Luís Pires, a Bequitas ou a Maria, todos do Observador Cósmico me têm dito/escrito. A todos os meus mais sinceros e enormes abraços e beijinhos, obrigado pelo enorme apoio que me têm dado. A todos, o mínimo que posso fazer é desejar boa sorte por cá a quem cá fica...
2006/08/17
E faltam 9 dias...
...para a minha partida. Dia 25 de Agosto, 20h15, no aeroporto Sá Carneiro, em transito para Lisboa, de forma a aterrar em Luanda às 7h25 do dia 26! Longa jornada será esta, a mais longa da minha vida, com toda a certeza, não pela distância que percorrerei (pois já fiz maior do que isto quando fui à China em 1997) mas por tudo aquilo que deixo para trás e pelo tempo que lá vou ficar!
O que o Homem não faz em busca de melhores condições...
O que o Homem não faz em busca de melhores condições...
A "sobrinha"
2006/08/11
Imagens [9] - Fogos
Mais uma vez, Portugal está a arder. De nada valem os planos de emergência ou de contingência, de nada vale a actuação dos políticos, quem paga são sempre os bombeiros. Continuem a mandar tropas para o Libano (como pretendem) ou para países que nada nos dizem respeito e depois digam que não há dinheiro para aviões de combate a incêndios...
2006/08/10
2006/08/09
Mariza em Viana do Castelo
Tive a fantástica oportunidade de assistir ao concerto da Mariza em Viana do Castelo na passada sexta-feira, integrado ainda na digressão do seu último album "Transparente".
A Sara é uma admiradora dela, como eu, e assim juntamos o útil (o concerto dela) com o agradável (um fim de semana em Viana no excelente Hotel Flor de Sal, que recomendo vivamente) com um tempo fantástico e um dia de sábado de praia na Amorosa até quase às 8 da noite!
Do concerto, para além do espectáculo muito bem construído, registo duas notas: o som não era dos melhores, mas esse é um defeito da maioria dos concertos em Portugal e o profissionalismo de toda a equipa, acabada de chegar de Chicago e com concerto no dia seguinte em Bragança mas sempre pronto para mais um encore e para os autografos e fotos no final.
Nota - Simpatia total da grande Mariza, que falou connosco no final, assinou o CD e ainda tirou uma foto comigo e com a Sara, dentro de dias espero publicar a foto aqui.
A Sara é uma admiradora dela, como eu, e assim juntamos o útil (o concerto dela) com o agradável (um fim de semana em Viana no excelente Hotel Flor de Sal, que recomendo vivamente) com um tempo fantástico e um dia de sábado de praia na Amorosa até quase às 8 da noite!
Do concerto, para além do espectáculo muito bem construído, registo duas notas: o som não era dos melhores, mas esse é um defeito da maioria dos concertos em Portugal e o profissionalismo de toda a equipa, acabada de chegar de Chicago e com concerto no dia seguinte em Bragança mas sempre pronto para mais um encore e para os autografos e fotos no final.
Nota - Simpatia total da grande Mariza, que falou connosco no final, assinou o CD e ainda tirou uma foto comigo e com a Sara, dentro de dias espero publicar a foto aqui.
2006/08/01
Novo rumo, linha a 180º, virei a sul
Alguns leitores já o sabem, outros irão ler agora a primeira vez e tomar contacto com a noticia.
Por contingências várias da vida, a Linha de Rumo não irá acabar, mas possivelmente nunca mais será a mesma. Porque ainda este mês de Agosto me devo deslocar para Angola onde irei iniciar uma nova etapa na minha carreira profissional.
Quem me tem lido nestes mais de 3 anos de Linha de Rumo sabe que passei de um contentamento descontente para um descontentamento total com o Rumo que o meu país e o meu concelho apresentam.
Motivo mais que suficiente para começar a germinar a semente da mudança. Aos poucos tenho vindo a sentir que Portugal não me oferece as oportunidades que procuro. Sinto que por mais que trabalhe nunca sairei da medíocridade que se instalou por cá, no meio deste espirito pequeno e invejoso.
De repente, sem o contar, surge o telefonema com o convite.
Primeiro, o choque. Angola? Tão longe, tão pobre...
Depois, a fase de pesquisa. Saber como está, ouvir quem lá está/esteve falar daquela terra que habita o nosso imaginário colectivo-saudosista.
Por fim, a aceitação. Afinal, serão apenas um par de anos e entretanto, quem sabe, Portugal poderá melhorar financeiramente porque esta cultura portuguesa de atavismo e provinincianismo não se muda em tão curto espaço de tempo...
Vou tentar, sempre que me for possivel, plasmar aqui na net a minha experiência e aventuras por terras da mãe-África. Espero ter sucesso e abrir outras portas à minha carreira profissional, bem como fazer o famoso pé-de-meia que caracteriza os nossos emigrantes. É evidente que não sou um emigrante comum - serei um quadro superior. Se quiserem, serei mais uma pequeno cérebro que tem de sair de cá para encontrar noutras paragens espaço de progressão profissional.
Vou já com saudades e vontade de regressar. Detesto muitas coisas em Portugal e nos portugueses. Mas apesar de tudo, é do nosso país, da nossa bandeira e das nossas gentes que eu gosto. Levo o FC Porto e a cidade de Guimarães ao peito, os meus amigos na memória, os meus pais, tios e primos num cantinho especial só para eles, como também para a Sara.
Não sei quando volto (de vez, porque pelo menos no Natal e férias estarei cá) nem tão pouco sei ainda ao certo quando quando vou, mas vou dando noticias por aqui.
Por contingências várias da vida, a Linha de Rumo não irá acabar, mas possivelmente nunca mais será a mesma. Porque ainda este mês de Agosto me devo deslocar para Angola onde irei iniciar uma nova etapa na minha carreira profissional.
Quem me tem lido nestes mais de 3 anos de Linha de Rumo sabe que passei de um contentamento descontente para um descontentamento total com o Rumo que o meu país e o meu concelho apresentam.
Motivo mais que suficiente para começar a germinar a semente da mudança. Aos poucos tenho vindo a sentir que Portugal não me oferece as oportunidades que procuro. Sinto que por mais que trabalhe nunca sairei da medíocridade que se instalou por cá, no meio deste espirito pequeno e invejoso.
De repente, sem o contar, surge o telefonema com o convite.
Primeiro, o choque. Angola? Tão longe, tão pobre...
Depois, a fase de pesquisa. Saber como está, ouvir quem lá está/esteve falar daquela terra que habita o nosso imaginário colectivo-saudosista.
Por fim, a aceitação. Afinal, serão apenas um par de anos e entretanto, quem sabe, Portugal poderá melhorar financeiramente porque esta cultura portuguesa de atavismo e provinincianismo não se muda em tão curto espaço de tempo...
Vou tentar, sempre que me for possivel, plasmar aqui na net a minha experiência e aventuras por terras da mãe-África. Espero ter sucesso e abrir outras portas à minha carreira profissional, bem como fazer o famoso pé-de-meia que caracteriza os nossos emigrantes. É evidente que não sou um emigrante comum - serei um quadro superior. Se quiserem, serei mais uma pequeno cérebro que tem de sair de cá para encontrar noutras paragens espaço de progressão profissional.
Vou já com saudades e vontade de regressar. Detesto muitas coisas em Portugal e nos portugueses. Mas apesar de tudo, é do nosso país, da nossa bandeira e das nossas gentes que eu gosto. Levo o FC Porto e a cidade de Guimarães ao peito, os meus amigos na memória, os meus pais, tios e primos num cantinho especial só para eles, como também para a Sara.
Não sei quando volto (de vez, porque pelo menos no Natal e férias estarei cá) nem tão pouco sei ainda ao certo quando quando vou, mas vou dando noticias por aqui.
2006/07/31
7 anos
7 anos costuma ser o momento da crise, assim o leio aqui e ali, numa relação entre duas pessoas.
7 anos são muitos dias, 2557 dias. Em que pensei sempre nela, em que lhe enviei sempre uma sms ou lhe fiz um telefonema.
7 anos é o tempo que nem a distância separou porque a vontade de um foi mais forte que os quilómetros que oponhum ao outro.
7 anos foi um tempo lindo, uns momentos mais bonitos que outros, cheios de primeiras vezes que ainda hoje acontecem. Não foram isentos de baixos, mas os altos são aqueles que me recordo sempre e me trazem o sorriso aos lábios e o sangue ao coração.
7 anos foram bons. Mas, para mim, foram poucos. Quero muitos mais sempre ao teu lado, Sara. Sempre, até ao fim, ao teu lado por maior que seja a distância que nos separe fisicamente, pois que do meu pensamento estarás sempre aqui, ao meu lado, enroscada nos meus braços naquela posição que só nós sabemos e em que encaixamos como se fossemos para todo o sempre apenas 1.
Beijos, parabéns.
7 anos são muitos dias, 2557 dias. Em que pensei sempre nela, em que lhe enviei sempre uma sms ou lhe fiz um telefonema.
7 anos é o tempo que nem a distância separou porque a vontade de um foi mais forte que os quilómetros que oponhum ao outro.
7 anos foi um tempo lindo, uns momentos mais bonitos que outros, cheios de primeiras vezes que ainda hoje acontecem. Não foram isentos de baixos, mas os altos são aqueles que me recordo sempre e me trazem o sorriso aos lábios e o sangue ao coração.
7 anos foram bons. Mas, para mim, foram poucos. Quero muitos mais sempre ao teu lado, Sara. Sempre, até ao fim, ao teu lado por maior que seja a distância que nos separe fisicamente, pois que do meu pensamento estarás sempre aqui, ao meu lado, enroscada nos meus braços naquela posição que só nós sabemos e em que encaixamos como se fossemos para todo o sempre apenas 1.
Beijos, parabéns.
2006/07/30
FC Porto 2006-07
Foi hoje no Dragão, com quase 40 mil pessoas para assistir à apresentação do plantel.
Novidades, só os números das camisolas que voltaram a mudar novamente. Novos jogadores, Hesselink ou qualquer outro, nada...
De resto, do que vi do jogo sensaborão contra a Roma, parece-me que vamos ter mais ou menos o mesmo FC Porto da última época, com as suas virtudes e defeitos. Chegará para revalidar o título? Não sei, espero que sim, mas desconfio que o Sporting este ano estará mais forte.
De salientar a boa forma do Ibson, o talente enorme do Anderson e alguns pormenores interessantes do Bruno Moraes. O resto, foi muito cansaço dos treinos da pré-temporada... O Tarik não me convence, como também não me convenceram mais nenhum dos reforços. Dos "novos" apenas os "velhos" estiveram num plano aceitável: Anderson, Vieirinha e Bruno Moraes. Parece-me muito discutivel a necessidade de jogadores como o Ezequias, o Tarik, o Alan ou o Diogo Valente integrarem este plantel... porque mais-valias não são, logo...
Enfim, espero que possa ver muitas vezes ainda o meu FC Porto, só desconfio que não será mais esta época...
Novidades, só os números das camisolas que voltaram a mudar novamente. Novos jogadores, Hesselink ou qualquer outro, nada...
De resto, do que vi do jogo sensaborão contra a Roma, parece-me que vamos ter mais ou menos o mesmo FC Porto da última época, com as suas virtudes e defeitos. Chegará para revalidar o título? Não sei, espero que sim, mas desconfio que o Sporting este ano estará mais forte.
De salientar a boa forma do Ibson, o talente enorme do Anderson e alguns pormenores interessantes do Bruno Moraes. O resto, foi muito cansaço dos treinos da pré-temporada... O Tarik não me convence, como também não me convenceram mais nenhum dos reforços. Dos "novos" apenas os "velhos" estiveram num plano aceitável: Anderson, Vieirinha e Bruno Moraes. Parece-me muito discutivel a necessidade de jogadores como o Ezequias, o Tarik, o Alan ou o Diogo Valente integrarem este plantel... porque mais-valias não são, logo...
Enfim, espero que possa ver muitas vezes ainda o meu FC Porto, só desconfio que não será mais esta época...
2006/07/29
GNR na estrada
Não, não são os GNR do Rui Reininho, são mesmo os verdadeiros, da Brigada de Transito!
Em quase 15 anos de carta de condução e com mais de 210 mil quilometros percorridos nos últimos 7 anos, desde Agosto de 1999, fui hoje (finalmente) mandado parar numa operação stop, coisa que não me sucedia talvez há uns 3 anos...
Como é evidente, nada me aconteceu pois tudo está dentro dos parametros da lei: seguro em dia, selo automóvel comprado, livrete e registo, carta de condução, bilhete de identidade, tudo direitinho. Como também não bebo alcóol desde um "traçado" no jantar de 3ª feira...
Gostava que isso acontecesse mais vezes, pois se eu nada tenho a temer porque tento ser cumpridor, muita gente que aí anda nas estradas não é cumpridora e ainda faz gala disso mesmo! E só com a GNR-BT à vista e em operações destas é que consegue dissuadir os infractores de continuarem a infringir impunemente... Infelizmente, desconfio que isto hoje foi a conjunção de dois factores: o inicio da operação de férias de verão e as festas gualterianas na cidade de Guimarães.
Em quase 15 anos de carta de condução e com mais de 210 mil quilometros percorridos nos últimos 7 anos, desde Agosto de 1999, fui hoje (finalmente) mandado parar numa operação stop, coisa que não me sucedia talvez há uns 3 anos...
Como é evidente, nada me aconteceu pois tudo está dentro dos parametros da lei: seguro em dia, selo automóvel comprado, livrete e registo, carta de condução, bilhete de identidade, tudo direitinho. Como também não bebo alcóol desde um "traçado" no jantar de 3ª feira...
Gostava que isso acontecesse mais vezes, pois se eu nada tenho a temer porque tento ser cumpridor, muita gente que aí anda nas estradas não é cumpridora e ainda faz gala disso mesmo! E só com a GNR-BT à vista e em operações destas é que consegue dissuadir os infractores de continuarem a infringir impunemente... Infelizmente, desconfio que isto hoje foi a conjunção de dois factores: o inicio da operação de férias de verão e as festas gualterianas na cidade de Guimarães.
2006/07/28
Rui Miguel Barreira ganhou o PP em Guimarães
O grande Miguel conseguiu concretizar (mais) um seu objectivo de quando eramos crianças... Paulatinamente, tem-se imposto e cumprido os designios a que se tem proposto.
Miguel, parabéns! Tu, eu sei-o bem, mereces este momento.
Agora está nas tuas mãos ajudar a oposição em Guimarães a tirar o PS do poder local. Sem um PP forte acho que nunca será possível. Nas próximas autárquicas, se o PSD não ganhar (só ou coligado) terá no mínimo de ter 40% para poder aspirar a ganhar em 2013 e entretanto retirar a maioria ao PS. Acho que o PSD não tem possibilidade de por si só mobilizar esse eleitorado pelo que o PP é, para mim, crucial para atingir esse resultado, obrigando-se a ter cerca de 10% para isso. Esse deverá ser o teu norte, quanto a mim.
Boa sorte, vais precisar...
Miguel, parabéns! Tu, eu sei-o bem, mereces este momento.
Agora está nas tuas mãos ajudar a oposição em Guimarães a tirar o PS do poder local. Sem um PP forte acho que nunca será possível. Nas próximas autárquicas, se o PSD não ganhar (só ou coligado) terá no mínimo de ter 40% para poder aspirar a ganhar em 2013 e entretanto retirar a maioria ao PS. Acho que o PSD não tem possibilidade de por si só mobilizar esse eleitorado pelo que o PP é, para mim, crucial para atingir esse resultado, obrigando-se a ter cerca de 10% para isso. Esse deverá ser o teu norte, quanto a mim.
Boa sorte, vais precisar...
2006/07/26
Saudade
É uma palavra da qual parece-me que vou aprender o seu verdadeiro significado pela distância e pela vida. Será mais que do que o Fado canta ou será menos do que os poetas declamam?
2006/07/25
2006/07/22
E às vezes...
...o futebol também tem acções que surpreendem.
Apesar de estarem reunidos na Holanda para mais concentrados poderem trabalhar de uma forma (ainda mais) profissional, o presidente, treinador e o mais carismático jogador do FC Porto encontraram tempo e espaço para apoiar uma causa muito nobre. Através da pintura de uns quadros que irão ser leiloados por uma galeria de arte holandesa, vão apoiar dessa forma crianças holandesas vitimas de cancro.
É bonito ver que o futebol não é só as vedetas e os rios de dinheiro que movimenta e que alguns dos seus profissionais encontram espaço e tempo para ajudar quem mais necessita, como já é o caso do Baia com a sua Fundação Vitor Baia 99 que auxilia crianças carentes.
Fica o registo de alguns futebolistas que (também) são Homens!
Apesar de estarem reunidos na Holanda para mais concentrados poderem trabalhar de uma forma (ainda mais) profissional, o presidente, treinador e o mais carismático jogador do FC Porto encontraram tempo e espaço para apoiar uma causa muito nobre. Através da pintura de uns quadros que irão ser leiloados por uma galeria de arte holandesa, vão apoiar dessa forma crianças holandesas vitimas de cancro.
É bonito ver que o futebol não é só as vedetas e os rios de dinheiro que movimenta e que alguns dos seus profissionais encontram espaço e tempo para ajudar quem mais necessita, como já é o caso do Baia com a sua Fundação Vitor Baia 99 que auxilia crianças carentes.
Fica o registo de alguns futebolistas que (também) são Homens!
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