2011/06/30
Abriu a época dos campeões!
Imagem Mais Futebol
Apesar de algo convulsionada pela saída do mini-Mourinho (que ridículas as declarações dele a dizer que o FC Porto cobria a proposta do Chelsea para tentar fazer passar a ideia que saiu pelo projecto e não pelo dinheiro...) e por não se saber ainda quem fica e quem entra.
Desde logo, o Platini em vez de andar a mandar bitaites sobre quantidades de jogadores estrangeiros (dentro das leis) ou se gosta ou não do Mourinho (o special one) deveria se preocupar era com as datas do mercado de transferências - não é possível que já estejam em decurso competições nacionais e europeias e o mercado aberto. Nesta altura, as transferências estão abertas até ao final de Agosto! Não há planificação e preparação de equipa possíveis com tal data...
Mas voltando ao que interessa, os nossos campeões já começaram a chegar - com excepção dos sul-americanos que estarão na Copa América e no campeonato do mundo U20.
Neste momento, apresentaram-se os seguintes 22 jogadores ao trabalho:
GUARDA-REDES: Helton, Beto, Bracali e Kadú
DEFESAS: Maicon, Otamendi, Sereno, Sapunaru, Emídio Rafael, David Addy, David e Tiago Ferreira.
MÉDIOS: Fernando, Belluschi, Rúben Micael, Souza e Castro.
AVANÇADOS: Hulk, James, Walter, Kelvin e Christian Atsu.
Faltam então peças fundamentais como Fucile, Palito, Moutinho, Guarin, Iturbe, Cebola, Falcao, pelo que entre este primeiro treino e o primeiro jogo oficial da época muita coisa vai mudar...
Depois, há ainda muitos excedentários que irão começar a ser colocados nos próximos dias:
Kieszek, 27 anos (guarda-redes): Integrou o plantel na temporada passada, mas pouco jogou. O Cluj, da Roménia, tem sido uma das possibilidades apontadas.
Ventura, 23 anos (guarda-redes): Esteve emprestado ao Portimonense e deve rodar novamente, mas tem passado ao lado do mercado, até ao momento.
Miguel Lopes, 24 anos (defesa direito): Fez uma boa época no Betis de Sevilha e já manifestou vontade de voltar, agora para a I Liga espanhola.
Ivo Pinto, 21 anos (defesa direito): Indiscutível no Sp. Covilhã, mas sem hipóteses no plantel portista.
André Pinto, 21 anos (defesa central): No ano passado fez a pré-época e seguiu para o Portimonense. Agora é mais um à espera de um novo clube.
Bura, 22 anos (defesa central): O P. Ferreira foi o sexto clube seguido ao qual foi emprestado. Teve uma utilização irregular.
Abdoulaye, 20 anos (defesa central) O gigante senegalês foi uma das figuras do Sp. Covilhã e deve, agora, rumar à Académica.
Tomás Costa, 26 anos (médio) Um dos activos mais valiosos a aguardar colocação, depois de uma época dividida entre o Cluj, da Roménia, e a Universidade Católica, do Chile.
Prediger, 24 anos (médio) A situação mais simples: se o F.C. Porto não activar a cláusula até à meia noite desta quinta-feira, fica no Colón, da Argentina, até Dezembro.
Soares, 22 anos (médio) Contratado ao Vila Nova, do Brasil, na época passada seguiu directamente para o Portimonense. Futuro pode passar pelo Penafiel.
Sérgio Oliveira, 19 anos (médio) O Mundial sub-20 «rouba-lhe» a pré-temporada. Esteve no Beira-Mar onde foi utilizado de forma intermitente.
Rui Pedro, 22 anos (avançado) Oito golos no Leixões não chegam para voltar a casa. Gil Vicente foi uma das hipóteses já levantadas.
Diogo Viana, 21 anos (avançado) Aguarda uma oportunidade na I Liga para mostrar o talento que levou o F.C. Porto a incluí-lo no negócio na venda de Hélder Postiga. Terminou a última época no Desp. Aves, que o quer de volta.
Rabiola, 21 anos (avançado) Nove golos e uma lesão a marcar a época no Desp. Aves. Pode voltar, também.
Yero, 19 anos (avançado) O senegalês de quase dois metros continua a adaptar-se ao futebol luso. Na Oliveirense fez seis golos, alguns bem importantes.
Por fim, as expectativas. Que são, no FC Porto, sempre altas. Espero sermos capazes de ganhar todas as provas de um só jogo (Supertaça de Portugal e Europeia) e o campeonato e a taça de Portugal. Da Liga dos Campeões espero uma boa participação, que passaria por chegar no mínimo aos quartos de final e idealmente às meias finais - o FC Porto é neste momento uma das 8 melhores equipas da Europa! Depois, é sonhar que é possível ir mais alem. E sobre a taça da cerveja, estou-me a borrifar para ela e só jogava com juniores e suplentes...
2011/06/28
O programa do Governo
E depois de toda a equipa ter sido apresentada, a nível do Governo, foi apresentado o Programa de Governo que será submetido à votação ainda esta semana.
A máquina, apesar de apelidada de inexperiente, está a trabalhar com força.
De uma leitura rápida, guiada apenas por algumas palavras chave, retenho e destaco os seguintes trechos, que me dizem mais em relação àquilo que tenho defendido.
"No âmbito de uma nova abordagem da política de cidades, o Governo irá combater o crescimento assimétrico das cidades e os graves desequilíbrios no ordenamento do território e promover o agravamento da penalização em sede de IMI para fogos e edifícios devolutos; a dedução aos rendimentos prediais das despesas de reparação de edifícios; a simplificação dos procedimentos para o licenciamento de obras de reabilitação urbana; o estímulo à constituição de Fundos Imobiliários de Reabilitação Urbana; o aperfeiçoamento da Política de Reabilitação Urbana, para que seja socialmente mais justa, bem como ao repovoamento dos centros urbanos; a simplificação do regime da reabilitação urbana, no que se refere à criação e delimitação das Áreas de Reabilitação Urbana (ARU); a inclusão no regime da reabilitação urbana das “operações de reabilitação urbana isoladas”; e a promoção de um quadro fiscal, tanto quanto possível, favorável ao arrendamento"
ou
"Revisão dos mecanismos de prevenção e controlo que impeçam deslizamentos de custos e prazos inaceitáveis, na concepção, contratação e execução das obras públicas, acima de um determinado montante."
ou ainda
"O Governo propõe uma agenda reformista e inovadora para o Poder Local assente nos seguintes eixos: proximidade com os cidadãos e descentralização administrativa. Essa agenda comporta quatro vectores estratégicos destinados a substituir o paradigma centralista e macrocéfalo por um paradigma de responsabilidade que valorize a eficiência na afectação de recursos destinados ao desenvolvimento social, económico, cultural e ambiental das várias regiões do País de acordo, também com o princípio da subsidiariedade: a descentralização e a reforma administrativa, o aprofundamento do municipalismo, o reforço das competências das Associações de Municípios, a promoção da coesão e competitividade territorial através do poder local."
Já agora, "redução de custos" aparece 5 vezes no documento, a "descentralização" aparece 3 vezes, "crescimento" 31 vezes e "eficiência" 41 vezes. Ou seja, é mais do que pensar na redução de custos e do défice, é um orçamento que visa proporcionar o crescimento e a eficiência de Portugal.
2011/06/27
Porquê tantos independentes?
Da notícia da restante equipa governativa, ou seja, os Secretários de Estado, fica-me apenas uma questão, que dá titulo a este post. Porquê tantos independentes indicados pelo PSD? Ao contrário do CDS, que apenas indicou militantes seus para os vários cargos.
Não quero que me entendam mal, aceito perfeitamente que é necessário alguns independentes num Governo, nomeadamente em áreas onde é necessário algum saber mais especializado e que, normalmente mas não sempre, só se encontra na área da investigação e fora dos círculos partidários.
No entanto, este Governo tem 4 ministros independentes (tantos como do PSD e apenas mais um que o CDS) e 14 Secretários de Estado independentes (contra 7 do CDS e 15 do PSD) naquilo que parece ter sido uma aposta clara de Pedro Passos Coelho em encontrar fora do partido a equipa de governação.
Ora a minha questão vem por um motivo. Se a nossa democracia é parlamentar e representativa, através dos partidos, se os eleitores votam nos partidos para governarem, porque é que há, hoje em dia, uma fobia tão grande aos "militantes"?
Em parte, julgo eu, a resposta encontra-se nos tempos mais recentes dos elencos governativos de Guterres e Sócrates, o primeiro famoso pelo "no jobs for the boys" e o segundo por espalhar muitos "boys" por todas as estruturas do aparelho de estado e das empresas estatais. Desta forma, a opinião pública foi moldando uma ideia que havia um certo preenchimento de vagas políticas por pessoas sem curriculo ou capacidade adequada para tal, aparentando ser um "favor" partidário.
O problema é que essa noção, essa ideia que está a fazer escola em Portugal, levada ao exagero pode por vezes ser contraproducente e em vez de vermos pessoas como Pedro Duarte, por exemplo, no Governo, vemos as pastas que lhe poderiam caber ocupadas por independentes. Que trazem sempre alguma desconfiança no partido.
Para além disso, há uma clara divergência entre o que fez o PSD e o CDS. O primeiro colocou 18 independentes no Governo, o segundo não escolheu nenhum. E era o CDS que estava preocupado com o PSD indicar "boys" para os lugares políticos...
Esta opção de Pedro Passos Coelho tem um lado bom e outro mau. Por um lado, vai de encontro àquilo que parte da sociedade esperava dele na constituição do Governo, o que é bom. Por outro lado, cria algum distanciamento entre a estrutura de base do partido e o Governo, o que é mau - afinal, quem andou a fazer a campanha, quem deu o peito às balas socialistas de norte a sul do país, foram os militantes. E a única forma que há de ultrapassar tal situação é colocar rapidamente o Governo no terreno a ir aos concelhos do país explicar a situação do país, o que está a ser feito e como pode o PSD ajudar.
Mas esta jogada de colocar tantos independentes pode ser também em favor do partido. Provavelmente, os membros governativos que estão a entrar em funções vão ter um enorme desgaste nestes 3 primeiros anos de mandato onde será necessário cumprir o rigoroso calendário da "troyka". Assim, ao escolher tantos independentes agora, estará a abrir a possibilidade de numa segunda fase do Governo, já mais liberto do espartilho do acordo, poder colocar então mais alguns militantes na equipa governativa.
Em todo o caso, com ou sem independentes, estou plenamente confiante no trabalho que o Governo vai desenvolver. Aliás, os primeiros sinais que tem dado são extremamente positivos, como eu esperava.
Não quero que me entendam mal, aceito perfeitamente que é necessário alguns independentes num Governo, nomeadamente em áreas onde é necessário algum saber mais especializado e que, normalmente mas não sempre, só se encontra na área da investigação e fora dos círculos partidários.
No entanto, este Governo tem 4 ministros independentes (tantos como do PSD e apenas mais um que o CDS) e 14 Secretários de Estado independentes (contra 7 do CDS e 15 do PSD) naquilo que parece ter sido uma aposta clara de Pedro Passos Coelho em encontrar fora do partido a equipa de governação.
Ora a minha questão vem por um motivo. Se a nossa democracia é parlamentar e representativa, através dos partidos, se os eleitores votam nos partidos para governarem, porque é que há, hoje em dia, uma fobia tão grande aos "militantes"?
Em parte, julgo eu, a resposta encontra-se nos tempos mais recentes dos elencos governativos de Guterres e Sócrates, o primeiro famoso pelo "no jobs for the boys" e o segundo por espalhar muitos "boys" por todas as estruturas do aparelho de estado e das empresas estatais. Desta forma, a opinião pública foi moldando uma ideia que havia um certo preenchimento de vagas políticas por pessoas sem curriculo ou capacidade adequada para tal, aparentando ser um "favor" partidário.
O problema é que essa noção, essa ideia que está a fazer escola em Portugal, levada ao exagero pode por vezes ser contraproducente e em vez de vermos pessoas como Pedro Duarte, por exemplo, no Governo, vemos as pastas que lhe poderiam caber ocupadas por independentes. Que trazem sempre alguma desconfiança no partido.
Para além disso, há uma clara divergência entre o que fez o PSD e o CDS. O primeiro colocou 18 independentes no Governo, o segundo não escolheu nenhum. E era o CDS que estava preocupado com o PSD indicar "boys" para os lugares políticos...
Esta opção de Pedro Passos Coelho tem um lado bom e outro mau. Por um lado, vai de encontro àquilo que parte da sociedade esperava dele na constituição do Governo, o que é bom. Por outro lado, cria algum distanciamento entre a estrutura de base do partido e o Governo, o que é mau - afinal, quem andou a fazer a campanha, quem deu o peito às balas socialistas de norte a sul do país, foram os militantes. E a única forma que há de ultrapassar tal situação é colocar rapidamente o Governo no terreno a ir aos concelhos do país explicar a situação do país, o que está a ser feito e como pode o PSD ajudar.
Mas esta jogada de colocar tantos independentes pode ser também em favor do partido. Provavelmente, os membros governativos que estão a entrar em funções vão ter um enorme desgaste nestes 3 primeiros anos de mandato onde será necessário cumprir o rigoroso calendário da "troyka". Assim, ao escolher tantos independentes agora, estará a abrir a possibilidade de numa segunda fase do Governo, já mais liberto do espartilho do acordo, poder colocar então mais alguns militantes na equipa governativa.
Em todo o caso, com ou sem independentes, estou plenamente confiante no trabalho que o Governo vai desenvolver. Aliás, os primeiros sinais que tem dado são extremamente positivos, como eu esperava.
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Nuno Leal
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2011/06/22
República versão 3.5
Com a eleição de Assunção Esteves hoje, terminou a primeira fase do upgrade da República versão 3.1, iniciada com a chamada da "troyka" e entremeada pelo novo Governo de ruptura geracional que Pedro Passos Coelho escolheu.
Esta versão 3.1 vinha já de longos tempos atrás, quando desapareceu os restos do PREC da Constituição.
Agora, para finalmente entrarmos na moderna versão 4.0, falta expurgar a elevada carga ideológica retrograda da Constituição, ao mesmo que tempo que se emagrece as suas gorduras para passarmos a termos uma Constituição indicativa e não restritiva. Simultaneamente, deverá ser re-organizado o país territorialmente, porque advém de uma organização que fazia sentido até meados do século passado, mas com o advento das vias de comunicação modernas, da internet e dos fluxos migratórios dos anos 60 em diante, já não faz nenhum sentido.
No dia em que tal acontecer, entraremos de facto na modernidade. Até lá, viveremos sempre subjogados numa anacrónica Constituição restritiva das necessidades do cidadão de 2011 porque continua presa a utopias de 1974.
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2011/06/21
O fim do adepto
A anunciada e ainda não confirmada saída de André Villas-Boas para o Chelsea foi, para mim, uma enorme desilusão. Porque quando o ouvia falar e o via em campo na forma como vibrava, pensei sempre que era verdade o que ele apregoava - ser um adepto que tinha um lugar anual no banco dos suplentes.
Desde os tempos de Pedroto que a massa adepta do FC Porto não se identificava e revia tanto num treinador como com AVB. Ele criou essa empatia, ser um de nós. E cimentou-a ao longo da época vitória após vitória.
E o criador, de repente, e sem ninguém prever - desconfio que nem o próprio Pinto da Costa - matou a criatura: ao não desmentir a sua saída (como o fez com o Inter, por exemplo) e ao aceitar ir para o Chelsea pelo dinheiro, deixou de ser o adepto e passou a ser um "pesetero" em nada diferente de Figo ou Mourinho. Porque colocaram o dinheiro acima do amor, gratidão e respeito ao clube.
Não me quero enganar - é muito dinheiro! Mas digo eu, que ganho ordenados banais (se calhar nunca ganharei num ano o que ele ganhava no FC Porto num mês...) tal coisa, porque quando se tem as condições todas para se fazer um excelente trabalho (instalações de topo, vasta e completa equipa de pessoal à disposição, um bom orçamento e um excelente plantel) e se recebia valores na ordem do milhão de Euros por ano, pergunto-me se isso ainda se aplica. Vai ganhar mais, é certo. Terá excelentes condições de estruturas, é certo. Terá uma vasta equipa de pessoal, é certo. Terá um orçamento do outro mundo, provavelmente, enquanto o Abramovich estiver enamorado dele e não fechar a torneira das petrolibras como fez com Mourinho. Mas não tem um excelente plantel - está velho, com muitas falhas, vai ter várias guerras de balneário para dispensar alguns "lobos" e tem de reconstruir o onze inicial, com a agravante de lhe ser exigido vitórias imediatas.
Quebrou-se assim o encanto que um clube e uma cidade, uma região tinham com ele.
Afinal, André não é um adepto como eu e como os outros 30 mil que têm uma cadeira anual na bancada. Ele é um frio profissional do futebol, que cedeu à tentação do dinheiro e abandonou o clube do coração a horas de começar nova época e abrindo a porta a que outros jogadores abandonem o clube também - provavelmente levados por ele - e destruindo assim o sonho azul e branco de fazer história na Liga dos Campeões esta época.
André, não te desejo boa sorte. Não o posso fazer depois de teres feito o que fizeste agora. Nem te desejo azar. Simplesmente não quero saber de ti, na medida em que afinal não és adepto - nem sequer um mau adepto. Mas agradeço o trabalho feito, evidentemente. Obrigado pelas vitórias e futebol positivo que proporcionaste. E não te nego as qualidades profissionais, mas afinal o teu carácter é igual ao do Mourinho - que nos abandonou de forma semelhante. Tendo tu dito que não és um clone dele, afinal estás a fazer o possível por fazer o mesmo caminho que ele. Lamento... não esperava isso de ti, o adepto na cadeira de sonho...
Este foi o fim do adepto. Mas não dos adeptos, nem do clube. Que já sobreviveu a outros "rombos" e continuou a ganhar sempre.
Desde os tempos de Pedroto que a massa adepta do FC Porto não se identificava e revia tanto num treinador como com AVB. Ele criou essa empatia, ser um de nós. E cimentou-a ao longo da época vitória após vitória.
E o criador, de repente, e sem ninguém prever - desconfio que nem o próprio Pinto da Costa - matou a criatura: ao não desmentir a sua saída (como o fez com o Inter, por exemplo) e ao aceitar ir para o Chelsea pelo dinheiro, deixou de ser o adepto e passou a ser um "pesetero" em nada diferente de Figo ou Mourinho. Porque colocaram o dinheiro acima do amor, gratidão e respeito ao clube.
Não me quero enganar - é muito dinheiro! Mas digo eu, que ganho ordenados banais (se calhar nunca ganharei num ano o que ele ganhava no FC Porto num mês...) tal coisa, porque quando se tem as condições todas para se fazer um excelente trabalho (instalações de topo, vasta e completa equipa de pessoal à disposição, um bom orçamento e um excelente plantel) e se recebia valores na ordem do milhão de Euros por ano, pergunto-me se isso ainda se aplica. Vai ganhar mais, é certo. Terá excelentes condições de estruturas, é certo. Terá uma vasta equipa de pessoal, é certo. Terá um orçamento do outro mundo, provavelmente, enquanto o Abramovich estiver enamorado dele e não fechar a torneira das petrolibras como fez com Mourinho. Mas não tem um excelente plantel - está velho, com muitas falhas, vai ter várias guerras de balneário para dispensar alguns "lobos" e tem de reconstruir o onze inicial, com a agravante de lhe ser exigido vitórias imediatas.
Quebrou-se assim o encanto que um clube e uma cidade, uma região tinham com ele.
Afinal, André não é um adepto como eu e como os outros 30 mil que têm uma cadeira anual na bancada. Ele é um frio profissional do futebol, que cedeu à tentação do dinheiro e abandonou o clube do coração a horas de começar nova época e abrindo a porta a que outros jogadores abandonem o clube também - provavelmente levados por ele - e destruindo assim o sonho azul e branco de fazer história na Liga dos Campeões esta época.
André, não te desejo boa sorte. Não o posso fazer depois de teres feito o que fizeste agora. Nem te desejo azar. Simplesmente não quero saber de ti, na medida em que afinal não és adepto - nem sequer um mau adepto. Mas agradeço o trabalho feito, evidentemente. Obrigado pelas vitórias e futebol positivo que proporcionaste. E não te nego as qualidades profissionais, mas afinal o teu carácter é igual ao do Mourinho - que nos abandonou de forma semelhante. Tendo tu dito que não és um clone dele, afinal estás a fazer o possível por fazer o mesmo caminho que ele. Lamento... não esperava isso de ti, o adepto na cadeira de sonho...
Este foi o fim do adepto. Mas não dos adeptos, nem do clube. Que já sobreviveu a outros "rombos" e continuou a ganhar sempre.
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Faltou Nobreza...
...na eleição do Presidente da Assembleia da República.
Nobre fez o que tinha de fazer - desistir da candidatura - mas tarde de mais. Expôs-se desnecessariamente ao ridículo de não conseguir ser eleito. Desnecessariamente porque já se sabia que o PS e o CDS tinham dado indicação para os seus deputados votarem em branco e do BE do PCP só se podia esperar um voto contra.
Assim, a desistência deveria ter acontecido na reunião do Grupo Parlamentar antes da eleição. Dessa forma, Pedro Passos Coelho teria cumprido a sua promessa de o apresentar e ele teria saído com o mesmo discurso que fez ao final da tarde de não ter condições para o poder fazer. A votação foi só um pró-forma porque antes disso ele já o sabia - ele e todos nós.
Aliás, se houve alguém responsável pelo mau resultado do episódio foi ele o maior de todos. A começar pelas infelizes declarações após o convite a dizer que se não fosse eleito Presidente da AR abdicava do cargo, passando pela altivez e sobranceria que sempre demonstrou sobre os demais deputados (eleitos e a eleger).
Ninguém pode negar o excelente trabalho cívico que produziu ao longo da sua vida. Que se traduziu inclusive num excelente resultado presidencial. Mas isso não é por si só o suficiente para se eleger Presidente da AR - precisava para tal do apoio de um partido, que o PSD deu, mas também da maioria dos deputados - e isso ele não soube conquistar, claramente. E oportunidades não lhe faltaram, ao longo da campanha, para o fazer.
Agora deixa o problema nas mãos de Passos Coelho.
Que não é de fácil resolução.
Fala-se assim nos nomes de Mota Amaral (eterna referência e Presidente da AR entre 2002 e 2005) mas também do madeirense Guilherme Silva e da Teresa Morais. Acredito a escolha venha a recair no açoreano, mas não me desagradava a ideia de ter a Teresa Morais a presidir à AR. Era, no mínimo, uma lufada de ar fresco ter uma mulher com 51 anos, outro corte geracional...
Nobre fez o que tinha de fazer - desistir da candidatura - mas tarde de mais. Expôs-se desnecessariamente ao ridículo de não conseguir ser eleito. Desnecessariamente porque já se sabia que o PS e o CDS tinham dado indicação para os seus deputados votarem em branco e do BE do PCP só se podia esperar um voto contra.
Assim, a desistência deveria ter acontecido na reunião do Grupo Parlamentar antes da eleição. Dessa forma, Pedro Passos Coelho teria cumprido a sua promessa de o apresentar e ele teria saído com o mesmo discurso que fez ao final da tarde de não ter condições para o poder fazer. A votação foi só um pró-forma porque antes disso ele já o sabia - ele e todos nós.
Aliás, se houve alguém responsável pelo mau resultado do episódio foi ele o maior de todos. A começar pelas infelizes declarações após o convite a dizer que se não fosse eleito Presidente da AR abdicava do cargo, passando pela altivez e sobranceria que sempre demonstrou sobre os demais deputados (eleitos e a eleger).
Ninguém pode negar o excelente trabalho cívico que produziu ao longo da sua vida. Que se traduziu inclusive num excelente resultado presidencial. Mas isso não é por si só o suficiente para se eleger Presidente da AR - precisava para tal do apoio de um partido, que o PSD deu, mas também da maioria dos deputados - e isso ele não soube conquistar, claramente. E oportunidades não lhe faltaram, ao longo da campanha, para o fazer.
Agora deixa o problema nas mãos de Passos Coelho.
Que não é de fácil resolução.
Fala-se assim nos nomes de Mota Amaral (eterna referência e Presidente da AR entre 2002 e 2005) mas também do madeirense Guilherme Silva e da Teresa Morais. Acredito a escolha venha a recair no açoreano, mas não me desagradava a ideia de ter a Teresa Morais a presidir à AR. Era, no mínimo, uma lufada de ar fresco ter uma mulher com 51 anos, outro corte geracional...
2011/06/19
Há esperança novamente!
Tenho reparado, nomeadamente nos comentários que se fazem no Facebook, que há uma corrente de esperança que varre o país. Esperança mesmo naqueles que não são das cores do Governo em que o grupo que se voluntariou a tomar conta do país neste momento consiga, de facto, dar a volta à situação.
Nota-se essa esperança em particular na educação. Nuno Crato foi o melhor nome que Pedro Passos Coelho podia ter escolhido - tudo o que nas últimas 24 tem saído sovre ele, na TV e na net, com velhas entrevistas e conferências, mostra que com ele virá uma nova era educativa. O fim do facilitismo. O fim dos novos oportunismos... transformadas em Novas Oportunidades. Virá maior rigor e aprendizagem integrada.
Mas também em áreas como as finanças, em que quanto mais se vai sabendo do currículo de Vítor Gaspar, mais as pessoas confiam que é o homem certo no momento certo no lugar certo.
É bom ver que as pessoas estão, novamente, com uma centelha de esperança que é possível cumprir Portugal. Só por isto, já valeu a pena a queda de Sócrates!
Nota-se essa esperança em particular na educação. Nuno Crato foi o melhor nome que Pedro Passos Coelho podia ter escolhido - tudo o que nas últimas 24 tem saído sovre ele, na TV e na net, com velhas entrevistas e conferências, mostra que com ele virá uma nova era educativa. O fim do facilitismo. O fim dos novos oportunismos... transformadas em Novas Oportunidades. Virá maior rigor e aprendizagem integrada.
Mas também em áreas como as finanças, em que quanto mais se vai sabendo do currículo de Vítor Gaspar, mais as pessoas confiam que é o homem certo no momento certo no lugar certo.
É bom ver que as pessoas estão, novamente, com uma centelha de esperança que é possível cumprir Portugal. Só por isto, já valeu a pena a queda de Sócrates!
2011/06/18
Mudar Portugal: um Governo de Maioria para a Mudança
Um bom inicio deste Governo.
Primeiro, porque Passos Coelho foi indigitado na quarta-feira à hora do almoço e a meio da tarde de sexta, pouco mais de 48 horas depois, já tinha o Governo formado e estava a entregar o mesmo ao Presidente da República.
Em segundo, porque quase nada transpirou para a comunicação social, que falhou muitos dos nomes, quase não acertou nenhum. Exemplar a condução do processo.
Em terceiro lugar, porque seguiu os trâmites que é suposto seguir: concertação de um programa político entre os partidos, apresentação do programa ao Presidente, indigitação, convites para formação do Governo. Não queimou etapas e fez todas elas num tempo quase recorde. Tudo feito de forma responsável, digna, de estadista. Sem comentários e à partes, quer pelo PSD, quer pelo CDS.
Em quarto porque, finalmente, há um corte geracional e são novos nomes e sem experiência política - afinal de contas, quem tem experiência política de Governo ajudou a chegarmos ao ponto onde estamos. Eu gosto disso. A audácia e o arrojo de colocar pessoas como Álvaro Santos Pereira, Vítor Gaspar ou Assunção Cristas é de enorme capacidade de visão. Apostar em gente nova, com capacidade técnica elevada e comprovada.
Fica a composição do XIX Governo Constitucional liderado por Pedro Passos Coelho:
Finanças - Vítor Gaspar
Economia - Álvaro Santos Pereira
Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
Justiça - Paula Teixeira da Cruz
Administração Interna - Miguel Macedo
Assuntos Parlamentares, Autarquias e Desporto - Miguel Relvas
Educação e Ensino Superior - Nuno Crato
Segurança Social - Pedro Mota Soares
Agricultura, Ambiente e Território - Assunção Cristas
Saúde - Paulo Macedo
Defesa - Aguiar-Branco
É uma equipa que acredito vir a ser muito coesa, muito boa tecnicamente, que se bem gerida politicamente poderá ser, de facto, a tábua de salvação deste país.
Estou muito optimista neste Governo, confesso. Aliás, nota-se... Mas pela primeira vez, serei mais velho que alguns ministros, sou de idade aproximada dos principais ministros. Desde o 25 de Abril, este é o primeiro Governo que cortou com os políticos dos anos 70 e 80, os mais antigos são, para além de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Miguel Relvas - todos eles aparecidos nos anos 90 na política.
Primeiro, porque Passos Coelho foi indigitado na quarta-feira à hora do almoço e a meio da tarde de sexta, pouco mais de 48 horas depois, já tinha o Governo formado e estava a entregar o mesmo ao Presidente da República.
Em segundo, porque quase nada transpirou para a comunicação social, que falhou muitos dos nomes, quase não acertou nenhum. Exemplar a condução do processo.
Em terceiro lugar, porque seguiu os trâmites que é suposto seguir: concertação de um programa político entre os partidos, apresentação do programa ao Presidente, indigitação, convites para formação do Governo. Não queimou etapas e fez todas elas num tempo quase recorde. Tudo feito de forma responsável, digna, de estadista. Sem comentários e à partes, quer pelo PSD, quer pelo CDS.
Em quarto porque, finalmente, há um corte geracional e são novos nomes e sem experiência política - afinal de contas, quem tem experiência política de Governo ajudou a chegarmos ao ponto onde estamos. Eu gosto disso. A audácia e o arrojo de colocar pessoas como Álvaro Santos Pereira, Vítor Gaspar ou Assunção Cristas é de enorme capacidade de visão. Apostar em gente nova, com capacidade técnica elevada e comprovada.
Fica a composição do XIX Governo Constitucional liderado por Pedro Passos Coelho:
Finanças - Vítor Gaspar
Economia - Álvaro Santos Pereira
Negócios Estrangeiros - Paulo Portas
Justiça - Paula Teixeira da Cruz
Administração Interna - Miguel Macedo
Assuntos Parlamentares, Autarquias e Desporto - Miguel Relvas
Educação e Ensino Superior - Nuno Crato
Segurança Social - Pedro Mota Soares
Agricultura, Ambiente e Território - Assunção Cristas
Saúde - Paulo Macedo
Defesa - Aguiar-Branco
É uma equipa que acredito vir a ser muito coesa, muito boa tecnicamente, que se bem gerida politicamente poderá ser, de facto, a tábua de salvação deste país.
Estou muito optimista neste Governo, confesso. Aliás, nota-se... Mas pela primeira vez, serei mais velho que alguns ministros, sou de idade aproximada dos principais ministros. Desde o 25 de Abril, este é o primeiro Governo que cortou com os políticos dos anos 70 e 80, os mais antigos são, para além de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas e Miguel Relvas - todos eles aparecidos nos anos 90 na política.
2011/06/16
Maioria para a Mudança
Já está disponível o acordo político entre o PSD e o CDS intitulado "Maioria para a Mudança" que advém das negociações entre os partidos após a vitória no passado dia 5 de Junho nas urnas.
Aborda assim os desafios, "pesados e complexos", a que estaremos sujeitos nos próximos anos. Em particular nos próximos dois anos, que como Pedro Passos Coelho já afirmou, serão duríssimos, de forma a que Portugal se apresente então, em 2013, aos mercados novamente possuidor de credibilidade e respeitabilidade por cumprir os acordos firmados. Por ser, novamente, um país na rota do crescimento e aproximação aos indices dos países da frente da Europa.
Este documento traça assim, em 4 capitulos, aquilo que vai nortear o próximo Governo de Portugal, espera-se que por 4 anos.
No primeiro e mais importante para mim, discorre-se sobre a formação e a orientação programática do Governo. Esta é para mim a mais importante porque é aqui que se faz a aproximação entre dois partidos tão diferentes e que, no fundo, sempre que necessário no país ou nas autarquias, são capazes de encontrar pontos de confluência para governarem em conjunto. E é no ponto 6 que consta o fundamental, em 10 alíneas que são o fundamental do programa de Governo. Onde, resumidamente, se fala de como ultrapassar a crise económica, restaurar a credibilidade, gerar emprego, garantir o Estado Social sustentável, estruturar o Estado diminuindo as despesas com estruturas e dirigentes em todos os níveis do Estado e sector empresarial, gerar uma nova política de juventude que a prepare para o futuro, aumentar a poupança e reduzir o endividamento externo, proceder às reformas do mercado de trabalho, viabilizando a empregabilidade e a contratação, do mercado de arrendamento, promovendo a mobilidade, a reabilitação urbana e a diminuição do endividamento das famílias, do sistema fiscal, valorizando nomeadamente o trabalho, a família e a poupança; da Segurança Social, garantindo a
sua sustentabilidade, a solidariedade inter-geracional e a progressiva liberdade de escolha, nomeadamente dos mais jovens, da justiça, promover o desenvolvimento humano e social e garantir o exercício da liberdade.
O segundo capitulo versa a colaboração no plano parlamentar, ou seja, fala dos termos em que ambos os partidos devem colaborar na Assembleia da República e como suportaram o Governo.
O terceiro capítulo, muito curto, fala sobre a colaboração extra-parlamentar, ou seja, sobre o que ambos os partidos devem fazer no seu dia a dia e na preparação dos futuros actos eleitorais. Destaco apenas isto: "No respeito pela identidade própria de cada partido, a cooperação e a mobilização das respectivas estruturas e responsáveis, em todos os escalões da sua organização interna"...
O último capítulo nada acrescenta, mas coloca as partes em situação de igualdade de direitos e deveres, de lealdade para com o outro.
É este acordo que permitiu, num tempo muito curto para os prazos dilatados existentes, que Portugal disponha ainda esta semana, muito provavelmente, um Governo formalmente constituído.
Mudar Portugal, dizia o slogan de campanha do PSD. Maioria para a Mudança, de Portugal, acordaram os partidos que irão suportar e constítuir o Governo. Os dados estão lançados...
2011/06/15
Amadorismo muito caro...
...foi o resultado visível da ultima acção para a CEC2012.
A ideia, ao que consta, surgiu da Escola Francisco de Holanda e sem custos para a CEC2012: fazer um logotipo humano com o simbolo da CEC2012.
Mas, ao que parece, a organização decidiu fazer a coisa de uma forma mais profissional, contratando para o efeito os meios humanos e materiais que permitissem fazer uma acção em grande. Até aqui, tudo (quase) normal...
O problema é que quem organizou a acção falhou no desenho do logotipo, que agora terá de ser corrigido electronicamente para ser mostrado "correctamente" ao mundo.
Veja-se o original e que fizeram:
É um detalhe pequeno, mas que profissionais da área não deviam falhar, não é admissível tal coisa.
Como já nos habituou, a CEC falhou na organização, novamente. Um amadorismo muito caro...
A ideia, ao que consta, surgiu da Escola Francisco de Holanda e sem custos para a CEC2012: fazer um logotipo humano com o simbolo da CEC2012.
Mas, ao que parece, a organização decidiu fazer a coisa de uma forma mais profissional, contratando para o efeito os meios humanos e materiais que permitissem fazer uma acção em grande. Até aqui, tudo (quase) normal...
O problema é que quem organizou a acção falhou no desenho do logotipo, que agora terá de ser corrigido electronicamente para ser mostrado "correctamente" ao mundo.
Veja-se o original e que fizeram:
É um detalhe pequeno, mas que profissionais da área não deviam falhar, não é admissível tal coisa.
Como já nos habituou, a CEC falhou na organização, novamente. Um amadorismo muito caro...
2011/06/14
Mudar Portugal: Responsabilidade
Segundo noticiam neste momento os telejornais, o PSD e o CDS já terão chegado a um entendimento político e programático para o futuro Governo de coligação saído das eleições do passado dia 5 de Junho.
E há uma coisa que se destaca neste processo negocial: a excelente forma como nada do que se passa tem transpirado cá para fora, o sentido de responsabilidade que os partidos e as pessoas envolvidas puseram no assunto, o que é um excelente prenuncio para o futuro.
Porque o momento em que o país se encontra, implica que se abandone de vez o estilo propagandista usado pelo anterior Governo e se passe a aplicar um estilo mais sóbrio e responsável. Assim queira o agora principal partido da oposição entrar neste jogo em parceria com os partidos do Governo, porque assim o exige o estado em que o País está.
Estou confiante, cada vez mais confiante, que o futuro Governo será uma pedrada no charco político que se instalou em Portugal há muitos anos. Portugal já está a mudar...
2011/06/12
Filmes [13]: O Discurso do Rei
Vi hoje, finalmente, o excelente "O Discurso do Rei", um filme sobre a luta que o príncipe Alberto, depois rei Jorge VI, pai da actual rainha de Inglaterra, teve de travar para conseguir superar o seu problema de gaguez.
Um filme muito interessante porque nos dá a conhecer o homem por detrás da figura real. Os seus problemas, a sua infância, o peso que recebeu nos seus ombros em substituir o irmão que não só queria casar com uma americana divorciada como, ainda por cima, tinha algumas simpatias por Hittler e o seu regime...
Para além disso, mostra como foi construída a relação de amizade com o seu terapeuta da fala, talvez o seu unico amigo - ele próprio lhe respondeu à pergunta "para que servem os amigos" com um honesto "não sei", pois não tinha nenhum até então...
Vale a pena ver, não só pela história, como ainda pela fotografia e planos de realização que enfatizam a dramaticidade de cada momento chave. Gostei particularmente de um momento em que o rei tem de discursar perante o parlamento e se sente sobrecarregado pelo peso dos antecessores e do local, culminando com um plano inferior desde os pés do rei a ver com uma grande angular todos os presentes e a amplidão da sala. Muito bom.
Recomendo. Não é um filme fantástico, inesquécivel. Mas é um bom filme, com boas interpretações de Colin Firth e Geoffrey Rush e uma boa realização do novato Tom Hooper.
2011/06/10
Porquê 10 de Junho?
Dizem que é o dia de Camões. Segundo consta, morreu a 10 de Junho de 1580. Mas poucas certezas há sobre a sua vida. Certo só que terá escrito os Lusíadas, obra maior da literatura do renascimento em Portugal e no Mundo. Mas é um dia que só é comemorado desde 1924 enquanto tal, segundo li aqui, ou seja, é uma tradição com menos de 100 anos e amplificada pelo regime de Salazar - coisa que me faz ficar perplexo como a esquerda permitiu manter esta tradição e apenas lhe retirou a "raça" da comemoração (já que até 1978 era dia de Camões, de Portugal e da Raça!) que a II República tanto glorificou.
Mas daí até ser hoje o dia de Portugal, das Comunidades e de Camões, parece-me um excesso.
Porque nem sequer há certezas.
Mal por mal, incerteza por incerteza, prefiro o 24 de Junho, suposto dia da batalha ocorrida no campo de S. Mamede, em Guimarães, e que deu início segundo todos os relatos e mais ou menos unanimidade dos historiadores ao nosso país, Portugal, no já longinquo ano de 1128.
Quanto ao resto, parece-me bem que se comemore o dia da nação, que se festeje Portugal - mesmo que de forma contida porque não só a nossa independência já não é o que era (graças a quem nós sabemos) como a crise (graças a quem nós sabemos também) não o aconselha. Já agora, faltam 17 anos para comemorarmos os 900 anos de história enquanto nação. Que data fantástica será o ano de 2028, gostaria de cá estar para a celebrar também! Quem sabe nesse ano já se comemore em 24 de Junho o dia de Portugal!
Editado em 2011.06.12
Mas daí até ser hoje o dia de Portugal, das Comunidades e de Camões, parece-me um excesso.
Porque nem sequer há certezas.
Mal por mal, incerteza por incerteza, prefiro o 24 de Junho, suposto dia da batalha ocorrida no campo de S. Mamede, em Guimarães, e que deu início segundo todos os relatos e mais ou menos unanimidade dos historiadores ao nosso país, Portugal, no já longinquo ano de 1128.
Quanto ao resto, parece-me bem que se comemore o dia da nação, que se festeje Portugal - mesmo que de forma contida porque não só a nossa independência já não é o que era (graças a quem nós sabemos) como a crise (graças a quem nós sabemos também) não o aconselha. Já agora, faltam 17 anos para comemorarmos os 900 anos de história enquanto nação. Que data fantástica será o ano de 2028, gostaria de cá estar para a celebrar também! Quem sabe nesse ano já se comemore em 24 de Junho o dia de Portugal!
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2011/06/08
Linha de Rumo Mobile
Com o evoluir das plataformas de suporte dos blogues, este tem vindo a ajustar-se com o tempo.
Assim, é agora possível visualizar esta Linha de Rumo na sua versão para telemóveis.
No telemovel basta procurar pelo endereço do costume, http://linhaderumo.blogspot.com .
Para uma previsão da página que lá poderão ver, cliquem aqui.
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Nuno Leal
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2011/06/07
A abstenção ou eleitores fantasma
Imagem Bom Vernáculo
Este é um tema que não só me preocupa como acho que deveria ser uma das prioridades da próxima legislatura.
Urge resolver esta situação que deixa sempre um travo amargo em qualquer eleição.
Quanto a mim, há duas coisas a ter em conta neste assunto. Uma é o desacerto dos cadernos eleitorais. Outra é o desinteresse das pessoas, as pessoas não participativas civicamente.
Vamos por partes.
CADERNOS ELEITORAIS
Não são fiáveis. Ponto final. Há muitos, imensos, eleitores fantasma: mortos, duplicados ou qualquer outra situação. Senão, repare-se no seguinte: há 9.429.024 de eleitores inscritos, quando há apenas 10.632.481 habitantes residentes em Portugal e destes 1.619.804 são menores de 14 anos e 571.027 têm entre os 15 e os 19 anos (o que significa que grande parte deles, cerca de metade, também não vota) - isto segundo dados recolhidos na Pordata referentes a 2009 - e isto significa que, seguramente, há menos de 9 milhões de eleitores em Portugal, talvez uns 8,7 ou 8,8 milhões. Assim sendo, quanto a mim, logo à partida há mais de 700 mil eleitores fantasma no país. A abstenção de 41,3% anunciada deverá ser, realmente, da ordem dos 36,4% (ver quadro abaixo).
Este momento em que terminaram as eleições era uma excelente altura de perceber se os que não votaram são abstencionistas ou fantasmas. E era simples limpar um bom bocado os cadernos já: enviando uma carta a cada um dos abstencionistas, no sentido de se apresentarem na Junta de Freguesia para actualização de dados e confirmação de inscrição eleitoral. Só isso, provavelmente, iria limpar dos cadernos muitos mortos, muitos repetidos, muitos emigrantes. E depois irá ser necessário trabalhar seriamente no restante caderno - cruzando dados de várias bases de dados, como a fiscal, a segurança social, a carta de condução. Um bom trabalho dessa forma poderia, finalmente, criar um caderno eleitoral real e ajustado ao país que temos.
PESSOAS NÃO PARTICIPATIVAS
Este é o outro lado da moeda, a contra-parte do problema da abstenção.
Há pessoas que não se dão ao trabalho de ir votar. Há pessoas que já não acreditam que o voto possa mudar as coisas. Há pessoas que não votam por protesto. Há de tudo.
Não sei como convencer as pessoas da importância de cada voto. Dizer-lhes que é um direito conquistado a muito custo, parece não resolver. Dizer-lhes que é um dever para com todos os outros também não.
Por outro lado, sei de uma coisa. Não é por haver multas que se cumpre, mas sabemos que quando a fiscalização é grande, há tendência de se comportar melhor e cumprir minimamente, mesmo que com protestos, o que for obrigatório.
As pessoas deveriam participar por vontade própria - gostei de ouvir um eleitor em Figueiredo, mais ou menos da minha idade, quase analfabeto, a dizer que nunca falhou uma eleição e era um dever vir votar - e eu não percebo que não o façam.
Mas quando não vão a bem, vão a mal. Alguém acredita que se não fosse obrigatório entregar os elementos referentes aos impostos em determinada data, sob pena de multa, que alguém o faria voluntariamente? Pois aqui passa-se o mesmo! Se as pessoas não vão votar a bem, devem passar a ser forçadas a ir sob pena de não indo terem de pagar uma coima - coisa que o Brasil faz há bastante tempo com relativo sucesso, ao que sei.
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Nuno Leal
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2011/06/06
As minhas previsões foram quase certeiras!
Estou, assim, à disposição de todas as agências que gastam milhões para falharem as suas previsões em sondagens e inquéritos...
A 31 de Maio, previ aqui os resultados.
Veja-se o comparativo, primeiro a previsão, depois o resultado oficial...
PSD - 37-40% - 38,63% (OK)
PS - 29-31% - 28,05% (fui optismista demais, falhei 1% por excesso!)
CDS - 12-15% - 11,74% (mais uma vez fui optimista, falhei 0,26% por excesso!)
CDU - 7-9% - 7,94% (OK)
BE - 5-7% - 5,19% (OK)
Qual foi a técnica? Ouvir o que as pessoas diziam na rua, nos cafés, nas filas do supermercado. Sentir a reacção das pessoas à passagem das campanhas eleitorais na rua. Feelings! Sentia nas pessoas uma grande rejeição a Sócrates, apesar de socialistas. Sentia que a mensagem de Portas passava bem, nomeadamente no eleitorado urbano e jovem. Sentia que o PSD era o único encarado como solução para o momento presente, apesar de algumas questões menos claras e mais conflituosas. Sentia que a coerencia do PCP seria premiada com um resultado semelhante aos anteriores. Sentia que as posições de rejeição constante, de radicalismo, de incoerência entre o apregoado e practicado pelo BE iria tirar muitos votos a essa coligação de interesses de partidos não democráticos.
O resto já nós sabemos. Por interesse ou por incompetência, as sondagens todas, sem excepção, apontavam para valores muito diferentes e até as de boca de urna, do próprio dia, não foram muito certeiras. Gostaria que isso fosse devidamente investigado... O que também é engraçado é que na net, em diversos blogues, muitas pessoas também previram resultados com maior fiabilidade que os das empresas de sondagens...
A 31 de Maio, previ aqui os resultados.
Veja-se o comparativo, primeiro a previsão, depois o resultado oficial...
PSD - 37-40% - 38,63% (OK)
PS - 29-31% - 28,05% (fui optismista demais, falhei 1% por excesso!)
CDS - 12-15% - 11,74% (mais uma vez fui optimista, falhei 0,26% por excesso!)
CDU - 7-9% - 7,94% (OK)
BE - 5-7% - 5,19% (OK)
Qual foi a técnica? Ouvir o que as pessoas diziam na rua, nos cafés, nas filas do supermercado. Sentir a reacção das pessoas à passagem das campanhas eleitorais na rua. Feelings! Sentia nas pessoas uma grande rejeição a Sócrates, apesar de socialistas. Sentia que a mensagem de Portas passava bem, nomeadamente no eleitorado urbano e jovem. Sentia que o PSD era o único encarado como solução para o momento presente, apesar de algumas questões menos claras e mais conflituosas. Sentia que a coerencia do PCP seria premiada com um resultado semelhante aos anteriores. Sentia que as posições de rejeição constante, de radicalismo, de incoerência entre o apregoado e practicado pelo BE iria tirar muitos votos a essa coligação de interesses de partidos não democráticos.
O resto já nós sabemos. Por interesse ou por incompetência, as sondagens todas, sem excepção, apontavam para valores muito diferentes e até as de boca de urna, do próprio dia, não foram muito certeiras. Gostaria que isso fosse devidamente investigado... O que também é engraçado é que na net, em diversos blogues, muitas pessoas também previram resultados com maior fiabilidade que os das empresas de sondagens...
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Nuno Leal
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Liberdade!
5 de Junho de 2011 foi um dia histórico, o Dia da Libertação, como ontem escrevi, porque finalmente Portugal conseguiu ver-se livre do pior governante que a história de Portugal registou nos seus anais.
E foi histórico também por vários outros motivos.
Porque pela primeira vez em Portugal um opositor derrotou um Primeiro Ministro em funções (excluindo o caso atípico de Santana Lopes que foi um PM cooptado e com poucos meses de funções) e chegou assim, da forma mais difícil, à eleição.
Porque foi um vitória clara e arrasadora - apesar de não ter chegado à maioria por si só - pois ganhou todo o país (com as habituais excepções dos distritos "vermelhos") por vezes com votações que dobravam a do PS, mas ganhando em vários concelhos desses distritos difíceis.
Porque, como muito bem disse Henrique Raposo no Expresso, "o PSD vence com um programa claro, ideologicamente separado da esquerda. A CDU não tem razão: o programa do PSD foi discutido. Ninguém pode dizer que "não sabia"" e porque "Passos vence contrariando os manuais do "comentário político português", isto é, Passos vence dizendo coisas complicadas e duras. Disse que era preciso acabar com feriados e ganhou de forma clara, disse que era preciso mudar a lei laboral e a TSU, e venceu de forma clara, disse que era preciso mexer na CGD e ganhou de forma clara, disse que não podia prometer nada e ganhou de forma clara. É por isso que a sua vitória representa um governo forte, porque disse o que ia fazer antes das eleições. Dentro da nossa III República, isto é uma novidade." E isto é fundamental, porque o Programa de Governo foi claramente anunciado e discutido, pelo que se espera que a esquerda seja DEMOCRÁTICA e aceite o claro veredicto do Povo português...
E foi uma vitória clara porque o PSD por si só quase chegava à maioria absoluta - que foi dada como possível nas sondagens à boca da urna da RTP e TVI. Durante semanas andaram a apresentar-nos empates técnicos, que eram claramente desditos pela realidade do dia a dia, mas que faziam parecer que não havia uma clara reprovação e rejeição das politicas do Governo. Como se viu, e conforme previ, o PS nem aos 30% chegou e o PSD andou boa parte da noite acima dos 40%, tendo só na recta final da contagem caído até aos 38%. Também a esquerda radical foi claramente chumbada, reprovada, bem como as suas propostas radicais - o nosso caminho é na Europa, no Euro, no cumprimento dos acordos e tratados internacionais que subscrevemos. Outro grande derrotado foi Carlos César, que perdeu estrondosamente os Açores, o que lhe deveria fazer reflectir sobre o seu futuro como governante, ainda mais após os disparates que disse durante a campanha eleitoral...
Derrotado foi também um certo PSD que viu assim que a forma de ganhar não é o populismo, o discurso fácil. Ganhou o outro PSD, de Marques Mendes e Manuela Ferreira Leite, que apelavam à responsabilidade e verdade.
E agora que Sócrates se afasta da vida política nos próximos tempos - estará ele a pensar nas Europeias do próximo ano? - o país respira melhor, cheira melhor, camminha melhor.
Gostei, também, foi da festa contida que em todo o país se fez. Porque ontem à noite não havia muita coisa a comemorar, o estado em que o País está não é para comemorar. Houve contentamento e alegria, como é evidente, mas sem entrar em euforias. Porque, como bem disse Pedro Passos Coelho (e Paulo Portas), este momento é de arregaçar mangas e trabalhar muito para reconstruir o país...
E unidos e mais fortes depois do resultado claro de ontem, vamos à obra!
2011/06/05
Dia da libertação!
Ontem foi o anacrónico dia de reflexão.
Hoje, mais que o dia de eleições, é o prometido dia da libertação! Finalmente! Custou, mas demos Passos rápidos, de Coelho, até aqui.
Hoje, estamos a mudar Portugal. Amanhã, é um novo Portugal!
Hoje, mais que o dia de eleições, é o prometido dia da libertação! Finalmente! Custou, mas demos Passos rápidos, de Coelho, até aqui.
Hoje, estamos a mudar Portugal. Amanhã, é um novo Portugal!
2011/06/04
Valeu a pena!
Foi interessante a ida à Feira do Livro. Desde que fui para Angola em 2006 que raramente tive oportunidade de voltar a ir às feiras dos livros (Porto ou Braga) porque raramente coincidiam com as minhas estadias cá.
Desta vez, consegui ir ao Porto (a minha preferida) e foi proveitosa.
De lá trouxe mais uns livros para a mesa de cabeceira, a ver se ponho leituras em dia (em Angola lia 1 livro por mês, às vezes mais, e agora cá ainda não acabei o que trouxe de lá iniciado...) - mas acima de tudo um que me deverá agradar pela temática e tipo de livro e porque o autor é já conhecido (li em 2007 "O Último Papa" de Luís Miguel Rocha) e porque hoje tive a oportunidade de o conhecer e comprar com um autografo dele o seu último livro, "A Mentira Sagrada". Nesta altura, na cabeceira da cama já estão uma biografia sobre "Sá Carneiro" (de Miguel Pinheiro) e outra de "Salazar" (de Filipe Ribeiro de Meneses), um livro de José Eduardo Agualusa ("Milagrário Pessoal") e ainda "O Império dos Espiões" de Rui Araújo. Curiosamente, todos autores portugueses...
Para além deste livro, ainda comprei o romance "Os Demónios de Berlim" de Ignacio del Valle e "Moderno Troppical", um livro fotográfico de arquitectura em Angola e Moçambique de 1948 a 1975, de Ana Magalhães e Inês Gonçalves, onde falam de diversos edifícios nas ex-colónias entre os quais o da ENSA no Lobito onde tive a oportunidade de intervir enquanto lá trabalhei.
Recebi ainda de oferta um livro sobre "O Islão", de Paul Lunde, um livro algo didáctico para compreendermos melhor o que é o Islão que tanto nos aflige nos dias de hoje, muitos vezes sem sabermos exactamente de que é que estamos a falar.
Por fim, a Sara trouxe mais uns livros de culinária, dos quais me faz já água na boca os "1000 Sabores da Doçaria Conventual" que só de folhear já nos engorda um kilo!
Desta vez, consegui ir ao Porto (a minha preferida) e foi proveitosa.
De lá trouxe mais uns livros para a mesa de cabeceira, a ver se ponho leituras em dia (em Angola lia 1 livro por mês, às vezes mais, e agora cá ainda não acabei o que trouxe de lá iniciado...) - mas acima de tudo um que me deverá agradar pela temática e tipo de livro e porque o autor é já conhecido (li em 2007 "O Último Papa" de Luís Miguel Rocha) e porque hoje tive a oportunidade de o conhecer e comprar com um autografo dele o seu último livro, "A Mentira Sagrada". Nesta altura, na cabeceira da cama já estão uma biografia sobre "Sá Carneiro" (de Miguel Pinheiro) e outra de "Salazar" (de Filipe Ribeiro de Meneses), um livro de José Eduardo Agualusa ("Milagrário Pessoal") e ainda "O Império dos Espiões" de Rui Araújo. Curiosamente, todos autores portugueses...
Para além deste livro, ainda comprei o romance "Os Demónios de Berlim" de Ignacio del Valle e "Moderno Troppical", um livro fotográfico de arquitectura em Angola e Moçambique de 1948 a 1975, de Ana Magalhães e Inês Gonçalves, onde falam de diversos edifícios nas ex-colónias entre os quais o da ENSA no Lobito onde tive a oportunidade de intervir enquanto lá trabalhei.
Recebi ainda de oferta um livro sobre "O Islão", de Paul Lunde, um livro algo didáctico para compreendermos melhor o que é o Islão que tanto nos aflige nos dias de hoje, muitos vezes sem sabermos exactamente de que é que estamos a falar.
Por fim, a Sara trouxe mais uns livros de culinária, dos quais me faz já água na boca os "1000 Sabores da Doçaria Conventual" que só de folhear já nos engorda um kilo!
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2011/06/03
Pritzker 2011: A noite em que Obama elogiou Souto de Moura
Foi um dia grande para a arquitectura portuguesa ontem, com a entrega do prémio Pritzker de Arquitectura ao "nosso" arquitecto Eduardo Souto de Moura, incluindo um enorme elogio pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que foi orador e presidiu à sessão.
E que elogio!
E ao elogiar Souto Moura, acabou por, como ele próprio o disse, elogiar todos os arquitectos de Portugal.
Que grande noite de promoção de Portugal e da arquitectura portuguesa!
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Nuno Leal
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2011/06/01
Petição pela CEC2012 mais participada pelos cidadãos
Eu já assinei e concordo com o teor da mesma. Até porque foi promovida pela recente demissão de Carlos Martins, que se viu esvaziado de poderes e colocado de lado pela administração da CEC2012 - ele que era o mais bem visto dos elementos da equipa, quer pela União Europeia (e basta ler os relatórios deles), quer pelos agentes culturais vimaranenses.
É preciso democratizar, popularizar, trazer até aos vimaranenses a CEC2012, JÁ! Porque já, já é tarde. Já devia ser assim há muito tempo. Sob o risco de a CEC2012 ser uma coisa das elites culturais do Porto e de Lisboa, e vazia de representatividade de Guimarães. A administração da CEC2012 continua isolada no seus gabinetes, ligados ao Porto e a Lisboa e continuam a pensar que em Guimarães não há capacidade de gerir e levar adiante uma empreitada destas. Como estão enganados...
Assinem!
Imagem retirada de Memórias de Araduca
Aqui fica o texto da petição:
É preciso democratizar, popularizar, trazer até aos vimaranenses a CEC2012, JÁ! Porque já, já é tarde. Já devia ser assim há muito tempo. Sob o risco de a CEC2012 ser uma coisa das elites culturais do Porto e de Lisboa, e vazia de representatividade de Guimarães. A administração da CEC2012 continua isolada no seus gabinetes, ligados ao Porto e a Lisboa e continuam a pensar que em Guimarães não há capacidade de gerir e levar adiante uma empreitada destas. Como estão enganados...
Assinem!
Imagem retirada de Memórias de Araduca
Aqui fica o texto da petição:
"POR UMA CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA DOS CIDADÃOS
Senhor Presidente da Câmara Municipal de Guimarães
Senhor Presidente do Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães
No dia 29 de Março de 2011, o Conselho Geral da Fundação Cidade de Guimarães tornou pública uma moção em que notou ser “indispensável criar condições para relançar a confiança e o entusiasmo em torno do projecto, de forma a garantir a adesão e apoio da comunidade vimaranense à Capital Europeia da Cultura 2012” e recomendou “ao Conselho de Administração que promova uma reflexão estratégica com vista a adoptar práticas que permitam uma ligação reforçada entre a CEC2012 e os agentes culturais, económicos e sociais de Guimarães e da região”.
Esta tomada de posição foi entendida pelos cidadãos signatários como um claro sinal de esperança de que ainda seria possível uma Capital Europeia da Cultura que envolva os cidadãos de Guimarães e promova uma imagem positiva da cidade.
No entanto, assim não o entendeu o principal destinatário da recomendação, o Conselho de Administração da FCG. Nos dois meses que entretanto decorreram, aprofundou-se o afastamento entre a entidade organizadora da CEC e os cidadãos e agentes culturais, económicos e sociais de Guimarães.
Com o recente afastamento do Director de Projecto, a estrutura da FCG ficou amputada do único elemento que funcionava como elo de ligação entre as diferentes áreas de programação. As sucessivas declarações, por parte do CA, de que a saída do Director do Projecto não acarreta um acréscimo de dificuldades, põem a claro um manifesto défice de percepção da realidade.
Os cidadãos de Guimarães já deram mostras de que, quando mobilizados, são capazes de dar respostas positivas e entusiásticas a situações adversas. A mobilização ainda é possível. Não será fácil recuperar o tempo perdido, mas ainda se irá a tempo de construir uma Capital Europeia da Cultura que dignifique Guimarães e Portugal.
Os signatários não se resignam a vir a ser os que tiveram nas mãos uma oportunidade única e a desperdiçaram. Convictos de que o divórcio entre o actual Conselho de Administração da FCG e os cidadãos de Guimarães é irreversível e nocivo para o sucesso da Capital Europeia da Cultura, apelam ao Presidente da Câmara Municipal de Guimarães e ao Presidente do Conselho Geral da FCG para que usem os meios ao seu alcance para que se encontre uma solução que infunda uma nova esperança neste projecto, dotando-o de novos protagonistas, que se identifiquem com Guimarães e que introduzam uma dinâmica no processo que possa suscitar o reforço do entusiasmo, da vitalidade e da energia dos vimaranenses.
Se concorda com este apelo público, assine o abaixo assinado POR UMA CAPITAL EUROPEIA DA CULTURA DOS CIDADÃOS em www.peticaopublica.com"
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